domingo, agosto 02, 2009

Nova carreira de Enfermagem: melhor ou pior?


Li no Forum Enfermagem a análise de um suposto delegado sindical, relativamente à nova carreira de Enfermagem.
Fiquei decepcionado com esta versão final - não nego! - porque simplesmente as minhas expectativas para a mesma eram manifestamente elevadas! No séc. XXI espera algo mais do que um facelift...
Levando em linha de conta a análise formulada pelo prezado colega, não queria deixar de tecer breves comentários relativamente a certos excertos:
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Avaliação de desempenho
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"quando eles forem negociar a adaptação os Sindicatos partem da actual: só Enfermeiros avaliam enfermeiros; não há ainda quotas para méritos, e a Progressão está em aberto"

Está é uma dedução arriscada, principalmente porque é algo a ser adaptado à posteriori (e não me alongo mais)...
O MS pretende adaptar o SIADAP aos Enfermeiros. Isto é ponto assente. Até lá mantêm-se em vigor as actuais regras. No futuro ninguém sabe - serão definidas quotas de progressão? Enfermeiros continuarão a avaliar Enfermeiros?
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Suplementos Remuneratórios
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"Horas Suplementares – Todas as Propostas do MS (...) sempre nos remeteram para a Lei Geral (Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas/Lei 59/2008. Na versão acordada com os Sindicatos, isso desaparece. Só fala que se mantém as 35 h. Mas no artigo 28, diz que se mantém em vigor os artigos 54 a 56 do actual 437/91.
Conclusão: Mantém-se os Actuais Horários da Actual Carreira de Enfermagem e o Pagamento das HQualidade/Extra pelo 62/79".

Vejamos: de facto o artigo 28º refere que, apesar do DL 437/91 (antiga carreira) ser revogado, os artigos 43º a 57º se mantêm em vigor ("na medida em que não forem contrárias ao regime por ele estabelecido, até ao início da vigência do instrumento de regulamentação colectiva de trabalho"). O disposto no ponto 9 do artigo 54º do DL 137/91 remete-nos para o velhinho DL n.º 62/79 de 30 de Março de 1979 (vigente mesmo com a revogação de alguns pontos e alíneas), no qual o artigo 5º, 6º e 7º definem os suplementos remuneratórios (ainda?) em vigor para a nossa profissão.

Mas, é bom não esquecer que o diploma que regulará esta matéria será negociado à posteriori (e não me alongo mais)...
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Concursos
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"Falaram nos Concursos e andam a comparar versões? Perceberam que nas 1.ªs Propostas do MS divulgadas pelo SEP, o MS remetia-nos para a Lei geral. Conclusão: passaria a haver outros que não enf nos júris de concursos dos enfermeiros. Na versão acordada pelos Sindicatos, art. 13, nº4, diz lá que se mantém a actual legislação de Concursos do 437/91. Ou seja, só enfermeiros continuam a fazer parte de júris de enfermeiros."

É verdade, mas... (só?) até à aprovação da portaria prevista no número 2 do mesmo artigo.
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Hierarquia da Enfermagem
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"As Funções de Chefia/Serviço e Direcção/Departamento (“chefes e Supervisores”) estão no n.º 2 do art.º 10 e no art.º 18 … os colegas negociadores não conseguiram o “concurso""

Este "" é tremendamente importante. Isto coloca em causa a suposta defesa e imparcialidade na estrutura hierárquica dos Enfermeiros. Uma comissão de serviço, nomeada a título mandatário com o objectivo impor regras políticas e vontades trucidantes dos Conselhos de Administração e do Poder Central, mata toda a estrutura começando logo por destapar a casa, retirando-lhe o telhado. Se a política "designate-my-boy" reina nos CA's, então também começará a reinar bem perto de todos os Enfermeiros: pelo mão do respectivo "chefe"!
Troca-se assim a competência/formação pelas amizades e pelas almas vendidas ao diabo. De uma penada só encurralaram a Enfermagem! Os concursos e nomeações definitivas podiam não ser a pérola que brilha no topo da perfeição, mas não auguro boas novas com as comissões "designadas"... podem desenganar-se aqueles que pensam que o critério "capacidade de liderança" seria útil...

Relativamente às nomenclaturas "Enfermeiro/Enfermeiro Principal" não lhes reconheço lógica alguma! Não têm qualquer afinidade com a profissão - são demasiadamente simplex! Estávamos bem melhor com o Enf/Grad/Esp/Chefe/Supervisor - mais específicas e adequadas!
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Remunerações
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"Mesmo a remuneração a regulamentar será acima do Nível 57"

O interesse além do topo superior, é a porta de entrada e a rápida progressão. SeRá que os Enfermeiros desejam, por justiça meritória, ter um bom salário depois de dezenas e dezenas de anos de exercício profissional?
Tal como os outros diplomas de elevada importância, será negociado à posteriori...

Incentivos/Bonificações
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"Quanto a ter mais “escalões” por mestrados, pós graduações e doutoramentos, esqueçam. Nenhum Sindicato defende isso. No SEP, em 2003 fizemos essa discussão em reuniões com os colegas por todo o país. E a decisão geral dos colegas foi NÃO. E bem. É realista pensar que uma EPE ou o H da Arrábida/Boavista/Luz/Lusíadas/, etc, paga mais por terem mais uma habilitação literária?"

É realista e pertinente premiar a formação. É mais do que realista pensar que todas as instituições têm de respeitar a lei estabelecida. É tão realista, como por exemplo, um especialista ser compensado monetariamente após o seu investimento académico/formativo.

Imensos colegas beneficiaram do artigo 60º do DL 437/91 (relativo a esta matéria). Aliás, aqueles devidamente informados requereram a avaliação dos estudos e trabalhos de investigação (para bonificação de 2 anos de serviço...)! Nada disto inviabiliza ou é oponente ao Modelo de Desenvolvimento Profissional, por isso a afirmação "os Sindicatos não defendem isso" (várias classes profissionais também usufruem deste incentivo/bonificação)!
Afinal de contas, os Enfermeiros lutam por algo paralelo: pela equiparação salarial (no fundo é uma bonificação, ou não?!) aos restantes licenciados (também é é um grau académico, ou não?!) da Administração Pública!
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Perante um cenário menos bom, a maioria dos Enfermeiros, ao que constato, já fica satisfeita se se mantiverem as condições da antiga carreira... "já não é mau!" - pensarão alguns! No fim veremos. Eu, sincera e obviamente, espero que sim!

Comments:
Gostei da análise realista!
 
Começando pela designação de Enf e Enf Principal, não me choca nada a simplificação; ridículo parece-me andar a inventar títulos para parecermos que somos algo muito complexo e diferenciado, quando na realidade tudo se resume a dois grupos de gente: os que trabalham e os que mandam.
Aliás, realidades bem mais à frente da nossa utilizam essa mesma nomenclatura: "nurse" e "principal nurse". Só não sei é se a lógica deles serã semelhante à nossa quanto às exigências para aceder a essas categorias. Suspeito que é capaz de ser um pouquinho diferente.

Quanto à hierarquia da profissão, arriscaria pensar que a nova geração de enfermeiros já não quer saber de chefes para nada; o que começa a fazer sentido é ter gente a liderar equipas e que seja capaz de compreender e acompanhar a prestação de cuidados. Os aprovisionamentos, os medicamentos, os horários, e outras áreas a cargo dos enfermeiros da antiga gestão vão sendo realizadas por sistemas externos à nossa profissão, libertando o enfermeiro para realizações mais interessantes e úteis.

Quanto às nomeações (para chefias), no que é que diferem dos concursos actuais? Todos sabemos que as instituições abrem concursos muitas vezes para pessoas amigas ou que são convenientes para o poder instalado. Todos sabemos como os CA's souberam ter chefes na mão a troco de um punhado de lentilhas (42h), ou não?

Lamento alguns aspectos da formação, mas sobre a qual muito haveria a dizer porque as coisas não são lineares nem os enfermeiros - como classe - retiraram grandes benefícios do que existia. A formação em serviço era quase sempre para os amigos do chefe; as subidas de escalão eram para os que já beneficiavam com os favoritismos dos concursos a novas categorias; a maioria dos trabalhos de investigação decorre de contextos académicos e portanto dificilmente proporcionaria ganho de 2 anos como recompensa da instituição. Quantos enfermeiros beneficiaram desses 2 anos? Há dados sobre isso? Uns 20, 30, 100? O que é que isso interessa para uma classe?

Não lamento muito mais. Nem sequer a avaliação do desempenho me deixa pena se mudar. Farsa maior do que aquela que temos não pode existir.

Sejamos pragmáticos e deixemo-nos de estar a querer salvaguardar uma carreira que asfixiava literalmente os enfermeiros. Como está asfixiada uma geração inteira de profissionais que foram impedidos sistematricamente de aceder a cursos de especialidade, de concorrer a lugares que não eram postos a concurso, de serem literalmente "julgados" pelos seus pares (i.e., chefes) que os avaliavam para mostrar "quem manda".

Usando a metáfora do slogan, era uma carreira, mas não para a enfermagem inteira.

VV
 
Também gostei...
Principalmente porque vêm os sindicatos a dizer que se fez tudo para ter estas "regalias", estes "avanços" mandando areia para os olhos e tampando o sol com a peneira... e nós cegos dum raio comemos satisfeitos e vamos trablahr ao dia seguinte como se nada fosse. "ja não é mau..." ?? Que é isto? Este era o momento em poderíamos esperar, lutando com tudo o que temos à mão, uma nova cara para a Enfermagem...
Mas...vai-se a ver e fica tudo na mesma ou pior... :(
Os sindicatos e responsáveis (nós) que se mentalisem que isto assim só faz descer a moral da classe... e isso é a ruína...

Tínhamos que ter feito TUDO para auspiciarmos algo melhor, bem melhor... devia ser "ou vai ou racha"...
Qualquer dia não há ninguém que faça uma greve, uma manifestação... pois tudo o que se fez... e foi muito,pois houve bastante adesão nossa, foi em "vão"!!

Que tristeza de negociações!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
W

Agora é uma carreira, para a enfermagem inteira... mas que a subjuga cada vez mais e mais...

Que felicidade a nossa!!! :(

"Quanto às nomeações (para chefias), no que é que diferem dos concursos actuais? Todos sabemos que as instituições abrem concursos muitas vezes para pessoas amigas ou que são convenientes para o poder instalado. Todos sabemos como os CA's souberam ter chefes na mão a troco de um punhado de lentilhas (42h), ou não?"

Terá razão... mas seria algo por direito... algo que quem de direito poderia impugnar... assim é comer e calar!! Melhor, muito melhor....

Que (in)felicidade a nossa!!! :(
 
Será que alguém me consegue esclarecer, se com a nova carreira, eu consigo negociar com o Hospital EPE o meu contrato de 40h, de modo a passar para 35h?
 
O colega LifePassenger faz referência a uma lógica que eu considero altamente perigosa:


“E Para isso são precisos Enfermeiros em lugares poder e infelizmente são poucos. São precisos mais Enfermeiros Deputados e presidentes de câmara e juntas de freguesia, pois só assim conseguiremos ser ouvidos.”


É claro que os enfermeiros são inteiramente livres de enveredarem pelo mundo da política. Mas assumir que uma classe só será respeitada quando isso acontecer é no mínimo anti-democrático.

A enfermagem é, sem dúvida alguma, nas profissões da saúde, uma das que mais mal tem sido tratada. Não importa se o partido do Governo é do partido A, B ou C, ou se a maioria dos ministros e deputados são advogados, engenheiros ou enfermeiros…
O fundamental é o reconhecimento de uma classe profissional baseado nas provas dadas.

Talvez por ter essa visão das coisas, já apareça aqui nestes espaço “de fato e gravata”.
Como dizem no Eixo do Mal (Sic Notícias), a propósito de algumas caras do PSD, “já cheira a poder…”

É pena que se encare assim a política…
 
Há colegas nossos com CV “gordos” graças a terem feito “folhas de registos”, “integração de elementos”, “manuais de serviço”…
Pobre Enfermagem a nossa!
 
Os concursos para enfermeiro -chefe estavam regulamentados num decreto-lei.É obvio que seguiam todos os trâmites do processo e daí ser possível a sua impugnação. Os concursos eram de provas públicas, agora os cargos de chefia passam para comissão de serviço. Como bem sabemos, a sabor do poder político. Pobre Enfermagem! Tanta luta para quê? Fomos vendidos por uma minuria.
 
Caro Doutor Enfermeiros e todos os leitores:
Estou cansada... estou cansada de lutar e da hipocrisia e ignorância de alguns enfermeiros (que por acaso parecem bem mais do que o que eu pensava)... Pois bem, luta-se pela concretização da elevação da nossa dignidade profissional e também pessoal. É com muita pena que vejo pessoas sem capacidade na profissão, e relaticamente a este post não posso deixar de manifestar o meu desagrado. Para além de tudo aquilo o que se vem falando posso dizer concretamente que os enfermeiros enquanto não mudarem a sua mentalidade de pequenez nunca conseguirão nada. Em todas as classes profissionais se as pessoas investirem na nossa formação académica para além da profissional são reconhecidos, no entanto, se um enfermeiro investe num mestrado ou doutoramento (e não estou a falar daqueles que se fazem com relatórios finais de estágio em escolas de enfermagem ou daqueles onde se debate um tema que já 200 enfermeiros falaram, mas sim daqueles que investem em investifgação científica)nunca é reconhecido. Falo por experiência própria e digo que sou mais rapidamente reconhecida pelos médicos, professores universitários, e comunidade científica em geral do que pelos meus pares. É triste, não é? Decepcionante... Pois, ninguém se lembrou que estas pessoas que trabalham com tanto afinco, afinal também trazem prestígio e inovação à profissão. Desta forma, seremos sempre aqueles que dão as "picas". Deixo esta reflexão que penso que será compreendida por todos.
 
Resumo da da nova carreira:

Não se ganhou nada;

Mantemos "provisoriamente" algumas "conquistas" antigas até à próxima "etapa"

Perdemos algumas coisas importantes.

Simples, não é? Onde está o motivo para a festa?

Só uma coisa: Esta do enfermeiro e enfermeiro principal!!!! Não tinha mais lógica a anterior carreira...querem ideias, para outras designações mais dignas:

Enfermeiro interno
enfermeiro
enfermeiro graduado
enfermeiro especialista
enfermeiro especialista graduado

enfermeio chefe
enfermeio supervisor

Claro que é baseado na antiga carreira...com uns pequenos ajustes.

Nós não queremos mudar os nomes, queremos mudar as políticas, algumas competências e sermos pagos de acordo com a nossa formação. O resto é empatar!!! e perda de tempo!!
 
Bem, não sei se percebi correctamente o acordo que foi assinado por ambas as partes e aprovado em conselho de ministros, mas o que li no artigo 2 foi: "o presente decreto-lei aplica-se aos enfermeiros integrados na carreira especial de enfermagem cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS."... Bem..isto significa então que a carreira é só para ALGUNS?! Será que alguém me poderá explicar o que "RESTA" para os CIT???
 
Tanta tinta corre por causa da carreira.
É UMA VERGONHA!

O país e o mundo está em crise. Devíamos pelo menos saber discutir esta questão com o máximo de objectividade. Bastava:
- 4 ou 5 escalões;
- regras claras de progressão dentro de cada um deles e inter-escalões;
- regras claras relativamente à remuneração;

Mas não: preferimos andar “às voltas e mais voltas”, com “alíneas e mais alíneas”… e na prática, dois factos incontornáveis: nem os cuidados de saúde melhoram, nem os profissionais estão mais satisfeitos.

Devíamos ter vergonha da nossa atitude.
(Sou sindicalizado, mas não sou parvo!)
 
As eleições estão à porta.
É bom que não se bipolarizem as opções de voto.
Talvez não seja má ideia o voto útil (CDS, BE ou CDU).
Não que nos identifiquemos com todos os seus ideais. Mas dar o voto aos grandes partidos, é como se lhe estivéssemos a dar um sinal de que connosco está tudo bem.

A Manuela é mulher, e parece ter alguma seriedade no discurso. Mas não me esqueço de quando era ministra com o Luís Filipe Pereira. Tenho dúvidas se votarei nela.

Quanto ao Sócrates, tenho uma certeza: é um verdadeiro “papa-votos”. Não encara os problemas com a seriedade desejável.
Talvez o Portas, o Louçã ou o Jerónimo tenham mais sorte…
 
Falta remunerações para avaliar...
Sempre ao mais alto nivel!!!
 
O problema de múltiplas categorias é que o acesso às categorias seguintes é sempre a "afunilar" em nº de vagas e portanto não permite que imensos enfermeiros consigam evoluir na carreira.
Por isso a defesa de uma única categoria que não foi aceite pelo Governo. Ficámos com um concurso para principal, mas permite que um maior nº chegue ao topo da carreira. Não se pode limitar as críticas à nomenclatura das novas categorias sem ver o que conseguiu. O nome não interessa.

E claro que o momento é de resistir o máximo para manter muitas coisas que já tinhamos. Esta época político-económica não é de grandes novidades, de novas conquistas mas de não perder como nos querem impor.
 
Bem, não sei se percebi correctamente o acordo que foi assinado por ambas as partes e aprovado em conselho de ministros, mas o que li no artigo 2 foi: "o presente decreto-lei aplica-se aos enfermeiros integrados na carreira especial de enfermagem cuja relação jurídica de emprego público seja constituída por CONTRATO DE TRABALHO EM FUNÇÕES PÚBLICAS."... Bem..isto significa então que a carreira é só para ALGUNS?! Será que alguém me poderá explicar o que "RESTA" para os CIT???



Tenho a mesma duvida que colega...

Alguem responde?
 
Os Sindicatos sentem-se lesados porque os colegas têm demonstrado o seu descontentamento, muito em especial pelas suas posições negociais. O que de facto demonstraram a todos os enfermeiros foi a incapacidade negocial que lhes assiste e fazendo uma pequena parábola, similar aquela com que nos presentearem para justificarem a assinatura da carreira, (a historia do soldado que perde o pai mas a quem o sargento diz ter sido toda a família para mais tarde lhe demonstrar que afinal a morte do pai é uma insignificância perante as possibilidades apocalípticas da perda de toda a família) quando apontam para a nova batalha que se aproxima, estão a dizer a estes “soldados” cansados e batidos, mal tratados e desamparados, não percam a esperança, estão feridos e magoados, gozaram convosco e ultrajaram o vosso nome, não se preocupem VAI HAVER MAIS!!!
De facto vou oferecer o beneficio da duvida até ao terminus da ronda que se aproxima, depois tomarei a minha posição de continuar ou não sindicalizado.

E já chega de alguns colegas dizerem que estão a fazer o que podem e conseguem, que sem eles seriamos órfão….etc… este tipo de discurso só esconde uma dependência não satisfeita. Em muitos países, sem sindicatos, os enfermeiros têm um reconhecimento social muito mais valido, regalias económicas e uma posição activa na sociedade civil.
Quando nos falaram nas tomadas de posição duras e de alguma inflexibilidade ainda esperei que alguém com os ditos no sitio tivesse definido uma fronteira para a humilhação aceitável.
Ainda ninguém me explicou o que é que efectivamente melhorou??!!! O que tem esta nova carreira de benefícios???!!!
Enfim…peço desculpa pelo desabafo mas sinto-me seriamente magoado com a nossa incapacidade. Não tenho, neste momento, nenhum orgulho na profissão e na carreira que tenho, sinto-me desiludido porque depositei esperança naqueles que me representavam, que assim o escolheram, mas começo a perceber que mais para se servirem do que para servirem os interesses da classe.

Ainda tento, no serviço, com os colegas, mostrar algum animo e alguma esperança, mas bem cá por dentro sei que se continuarmos por este caminho vamos alcançar o mesmo resultado… vamos novamente ser gozados de reunião para reunião, esmolando aquilo que andamos a conquistar, á custa de muita privação pessoal e familiar. Estou farto, como o Oliver Twist, de olhar a mesa dos “patrões”, repleta de mananciais e lautos banquetes, esperando pela migalha que caia, pela côdea de pão duro que ninguém consegue comer. CHEGA DE MENDIGAR AQUILO A QUE TEMOS DIREITO.
 
Há por aí Chefes de ACES que estão a lançar circulares para obrigar os tristes contratados a conduzir a viatura de serviço. Metem nojo estes Chefes! Para isso mais vale acabar com todos e pôlos todos a prestar cuidados, a ver se também gostam de ser tratados como uma raça menor. Só tenho pena é das excepções que confirmam esta regra imunda.
Sempre ao mais alto nivel!
 
BEM PARA JÁ VAMOS VER O QUE O NOSSO PRESIDENTE FAZ COM ESTE DIPLOMA!

PARECE-ME QUE OS SINDICATOS ESTÃO MUITO FELIZES COM O ACORDO EFECTUADO!

MAS DA NOSSA PARTE, SEMPRE PODEMOS ATULHAR A CAIXA DO CORREIO DO PALÁCIO DA PRESIDÊNCIA E TENTAR CHAMAR A ATENÇÃO PARA O QUE O SR PRESIDENTE TERÁ EM MÃOS E ASSIM QUE ELE PERCEBA A INDIGNAÇÃO DOS ENFERMEIROS. PARA TAL BASTA ENVIAREM TODAS AS OPINIÕES (ALGUMAS BRILHANTES DEVO DIZER)QUE TÊM COLOCADO AQUI E NOUTROS BLOGS PARA: belem@presidencia.pt
 
Alguém me sabe explicar o que foi o SNED?
Algum sindicato?
(Ver post 29 Julho 2009 09:13:00 PM; um dos últimos comentários)

“O último que tentou isso chamou-se SNED e a sua promotora acabou como vereadora da Câmara Municipal de Lisboa, cargo que acumula com o de Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Ordem dos que são enfermeiros.”
 
Agora em vez de uma carreia, temos duas. Uma para enfermeiros com contrato em funções públicas e outra para contrato individual de trabalho. Só vantagens e claro dignificação da "CLASSE".
 
"O problema de múltiplas categorias é que o acesso às categorias seguintes é sempre a "afunilar" em nº de vagas e portanto não permite que imensos enfermeiros consigam evoluir na carreira.
Por isso a defesa de uma única categoria que não foi aceite pelo Governo. Ficámos com um concurso para principal, mas permite que um maior nº chegue ao topo da carreira. Não se pode limitar as críticas à nomenclatura das novas categorias sem ver o que conseguiu. O nome não interessa."

Para passar de enfermeiro para graduado o que é necessário?

Clar que pode afunilar!!! Mas para não afunilar e para se dar hipóteses a todos devem estar lá os sindicatos a negociar!!!!

Considera que um enfermeiro com 20 anpos de serviço, com uma especialidade deva pertencer à mesma categoria profissional que um recém formado....e ter um vencimento quase igual????

Por favor!!! Não tentem defender o que não tem defesa!!!

Esta carreira completamente generalista, não diz de relevante para além de divir os enfermeiros em principais e secundários e relega tudo para depois .. para legislação que já existe ou que vai existir(!!!) serve para quê???
Para salvar a face de governo e sindicatos???

A questão das categorias é importante, quando aluém enra numa profissão deve ter margem de progressão, e não olhar para um vazio de dezenas e dezenas de anos até ser principal (que raio de nome...só faz lembrar electricista principal, trolha principal, ...).
Mas se tem dúvidas veja a arreira médica e verá várias categorias com designações bem mais dignas!!!!
A anterior legislação contemplava funções para todas as categorias, até o graduado era o elemento capacitado para responsável de turno, ruto da experiência acumulada...
Uma carreira não se afunila por existirem categorias profissionais diferentes, elas muitas dignificam é a própria profissão (exemplo enfermeiros especialistas). O que foi aprovado é uma marcha atrás sem garatias de voltar a andar para a frente!
 
Vergonhoso
 
A carreira médica também foi aprovada em 2 diplomas (iguais em conteúdo) e também não foram revistas as questões salariais entre outras.

Se a revisão das carreiras implicasse aumento da despesa, com influência no orçamento de estado (e no que toca à enfermagem todos estamos na luta pela actualização para licenciados Mais que justa e merecida) o presidente da republica chumbaria esses diplomas. O momento não é favoravel.
 
Não foram revistas as condições salariais do médicos...e também não ficaram com médico e médico principal...mantiveram, no geral, as anteriores designações !!!

Não venham com tretas, SFF...

E essa treta das carreiras , bla, bla bla ...estão todas condicionadas, bla, bla, ...são todas muito para o geral ....bla, bla , bla...

"JOVENS" sindicalistas, já leram a nova carreira dos professores e educadores de infância? É muito para o geral, não concretiza nada??? Diz tudo! Até horários de trabalho, direito a dispensas, formação, bonificações por mestrado e doutoramento, valorização da formação profissional, ...diminuição da carga horária para quem coordena isto e aquilo ...não me venham com idiotices e a pensar que falam para idiotas!!

Senhores dos sindicatos a FENPROF transformou uma vitória em derrota e conseguiu mais umas coisitas!!!

Vocês foram enxovalhados e "gozados", e até cantam vitória com um cheque em branco que passaram ao governo!!

TRISTEZA...

Será que me posso sindicalizar na FENPROF?

NOTA: Para ter tempo de antena nos media também preciso "jeito" para comunicar...a boca vai direitinha para os dirigentes máximos dos sindicatos e da OE.
 
Não percebo nada... e os contratados? Se a carreira está aprovada porque não passamos já a 35 horas semanais? Alguém me sabe explicar? Agradecida.
 
Não era preferível adiar as negociações de toda a carreira, exigindo "apenas" que a antiga carreira fosse integralmente aplicada, incluindo-se as progressões 3/3 anos, avaliação de desempenho, suplementos, categorias, aberturas de concurso para especialista - definir critérios obrigatórios para os abrir ...

O que foi feito foi quase isto, mas com a agravante de se ter perdido parte do que já existia e de se ter descaracterizado toda a lógica da antiga carreira. E não esquecer que com O SIADAP é para subir de 10 em 10 anos, com congelamentos, quotas, ...

Será que a subirmos de 3/3 e com suplementos de 50 e 100% agora, não vamos perder com o que já está para aprovar?? E o que irá ser aprovado?
 
Qual a versão dos advogados dos sindicatos, ao analisarem esta carreira?

Seria Interessante ver as opiniões dos mesmos.
 
É preocupante o teor do insulto barato que fzem a uma parte dos negociadores.
É verdade que negociação envolve duas ou mais partes.
Então só os sindicatos é que são os responsáveis.
Gotaria de ver atacar os principais responsáveis pelas boas ou más negociações que são os ministros e os secretários de Estado.
A valentia deste punhado habitual de blogistas não vai até aí. Atacar os sindicatos e os colegas é fácil, porque não têm respeito por ninguém, incluindo-se.
A total ausência de valores, que não é exclusiva da enfermagem faz com que só elejam um valor o aqui e agora e, para complemento do não te rales; o dinheiro.
Os professores ou imitações disso, podem pôr aqui os olhos, se é que têm disponibilidade para verem o que por aqui vai, no fruto do seu trabalho ou falta dele.
Durante muito tempo a enfermagem viveu do impulso que lhe vinha de trás, e a geração actual criou um conjunto de práticas pouco incentivadoras da solidadriedade. Ora sem esta não há respeito e sem este não há unidade nem congregação de esforços. Atiram as pedradas e nem sequer prevêem o efito bomerangue.
Exigem aos outros que lutem por eles, só se esquecem que esses outros já não estão cá.
Julgam-se mais espertos que os colegas, por isso nem têm a humildade de reconhecer os erros.
Não se escondam atrás do anonimato ou de sindicatos imaginários; venham lutar com os que defendem os vossos interesses.
Esforcem-se por ser realistas.
Pior do que o vazio de valores de que sofreis é inspirardes um sentimento de pena.
Meteis dó, mesmo que não o noteis.
Não foi com atitudes e pensares como o vosso, que a enfermagem é o que é hoje.
O vosso mal é o mimo, que leva muitos filhos de boas famílias aos maus caminhos.
O facto da escola não vos ter ensinado a serdes enfermeiros, não estais impedidos de tentar a aproximação a esses profissionais.
E se puserdes adubo nos sapatos até pode ser que cresceis mais e mais depressa.
O derrotismo e o desânimo até o Sócrates já percebeu que não são boas práticas.
Vejam se conseguem ser úteis e esperar pela vossa vez.
Não se julguem mais espertos que os outros. Eu também tinha essa mania e, à medida que ia aprendendo, perdia-a, até que me passou e consigo ver melhor as coisas e as suas dificuldades
 
Realmente naõ é saudosismo,mas a carreira tal como estava parecia-me muito bem. Ia diferenciando os enfermeiros de acordo com o tempo de experiência profissional, a formação especifica(especialidade)e deixava a cada um a decisão de ir até onde queria.

Estas novas designações são ridiculas para já não falar na indiferenciação entre um enfermeiro com 20 anos e um com apenas 5 ou 6 anos. Mais uma vez continuamos a não ter recompensa pela formação (pos graduação e mestrado) nem em dinheiro, nem em diferenciação de categoria, funções ou experiência.
Aguardo serenamente o desfecho desta novela par ser aumentada 1%. Vou trabalhar todos os dias porque é do meu ordenado que vivo mas perdi o amor á camisola e a entrega total ao serviço que sempre pautou o meu desempenho profissional.
Lamento o caminho que fomos traçando e, tal como o ditado diz quanto mais se sobe maior é o trambolhão. Começar algo pelo telhado é meio caminho para o desastre. Não se iludam! O espirito de classe, a união e o sentido de dever profissional não está presente nos jovens licenciados que não se sabem afirmar nem defender os nossos cuidados em detrimento de muitas vezes se deixarem pisar pelas hierarquias dos serviços.
Enfim....
Chamem-me velha.............
 
A maoiria dos chefes vai ser subsistente!!
Não podia isto ser uma categoria??????????

Deixem-me rir
 
Esta nova carreira é uma vergonha. Não sei como é possivel os nossos representantes assinarem uma coisa assim. Talvez seja a velhice a falar mais alto. Colegas temos de nos unir, está visto que com estes representantes não vamos a lado nenhum. Que saudades já tenho da anterior carreira. Concordo com os colegas quando dizem que bastava actualizar a grelha salarial e fazer aplicar a anterior carreira em todas as instituições. Aquilo que observamos é uma estagnação completa da profissão e da subida de escalões por inercia anterior dos Sindicatos. Os Enfermeiros não têm de pagar a crise.
 
Alguem me sabe responder se com est nova carreira quem trabalha nos EPE, passa de 40 para 35h semanais???
 
Concordo com o comentário anterior.
Acabou-se a carreira de Enfermagem, não tenhamos mais ilusões. Negociar a tabela salarial? Isso ainda vai ser pior. Nunca se viu alterar uma carreira e deixar para depois de sabe-se Deus quando, a actualização da tabela salarial, isto para não falar da vergonha que vai ser a nova carreira.Achamos que somos muito importantes dentro do sistema de saúde, mas depois somos tratados desta forma e pior ainda, perante a inercia de quem nos representa. Sou sindicalizado desde que exerço a minha actividade mas vou deixar de o ser, pois não será mais à custa de 1% do meu vencimento que pessoas como as que temos no sindicato possam destruir aquilo que muitos construiram durante tantos anos.
Tenham vergonha e demitam-se e venham para o campo para serem vocês próprios vitimas da desgraça que acabaram de construir.
Sou enfermeiro há acerca de 18 anos e pela primeira vez sinto que valemos muito pouco:
- somos licenciados e não ganhamos como tal
- qualquer outro nos substitui e nada se faz
- Reclamou-se tanto contra os enfermeiros chefes, mas agora podemos ser chefiados por lambe botas e nada vamos conseguir fazer
- No meu serviço a minha enfermeira chefe é mais nova do que eu, tem um percurso académico que a habilita a ser enfermeira principal, mas a nova carreira não lhe permita porque o seu vencimento base é pouco mais de 1700€. Passou por um concurso foi nomeada e agora cai no saco de tantos outros que não quizeram ou não conseguiram ou simplesmente decidiram que nada faziam?
- São estes enfermeiros chefes mais novos que têm uma postura de proximidade com a equipa, com os doentes e na orientação e gestão dos cuidados que serão mais penalizados, porque aqueles de que todos nos queixamos esses vão ser enfermeiros principais, e amigos vão continuar a minar todo o sistema.
- Mais uma vez estamos enganados, fomos todos enganados pelos colegas dos sindicatos e agora vamos ter uma carreira que não serve para nada.
Adeus Enfermagem...Gostei de te ter conhecido.....
 
gostaria que alguém me esclarecesse como ficam os enfermeiros contratados que trabalham em algumas EPE´s (nomeadamente a de Viana do Castelo) e que recebem os suplementos a 25%?????
Vai continuar a ser assim, o básico para a profissão é sermso reconhecidos como licenciados que somos e sermos remunerados como tal, MAS existem enfermeiros que nem recebem de forma igual no que diz respeito às horas nocturnas!!!!
Acham justo fazer uma noite e receber a 25% de suplementos (independentemente da noite!!!!) e os restantes colegas receberem a 50% ou 100% (sábado para domingo)....
Nós (contratados das EPE´s) nem tão pouco o básico temos, que é receber de forma igual pelo trabalho que realizamos de forma igual!!!!
Isto é que é uma carreira justa????
Onde é que nós estamos nela???
 
OS NOSSOS SINDICALISTAS TÊM DE FAZER UM ESTÁGIO COM O PROF. MÁRIO NOGUEIRA DA FENPROF:

"O Conselho de Ministros aprovou hoje alterações ao Estatuto da Carreira Docente, entre as quais a redução em cinco anos do tempo de permanência nos primeiros escalões da categoria de professor.

Assim, o tempo de permanência obrigatório em cada um dos três primeiros escalões passa de cinco para quatro anos, enquanto no quinto escalão é reduzido de quatro para dois, num total de cinco anos.

Por outro lado, são introduzidos efeitos positivos para os docentes avaliados com as classificações mais elevadas, como a aceleração na carreira e prémios de desempenho.

Por exemplo, um docente avaliado com "excelente" consecutivamente terá uma redução de quatro anos no tempo de serviço exigido para aceder à categoria de professor titular.

Actualmente, apenas um terço dos professores pode aceder à segunda e mais elevada categoria, mesmo que reúna os requisitos necessários.

O Governo decidiu que os professores que não cheguem a titular por falta de vaga poderão aceder a um escalão coincidente com o primeiro escalão de professor titular.

Para os docentes posicionados no final da carreira, é criado um escalão equiparado à carreira técnica superior da administração pública.

O diploma aprovado hoje estipula ainda a diminuição do tempo exigido para apresentação à prova pública e aos concursos de recrutamento de professores titulares.

No que diz respeito à prova de ingresso na carreira, é introduzido um maior reconhecimento da experiência lectiva, desde que positivamente avaliada, para efeitos de dispensa da prestação da prova." (DE, 2009)
 
Muito choram os enfermeiros.
O mais chorão é o Dr. Enfermeiro.
Ponham os olhos nos professores sim, mas nas lutas que eles travaram e adesões também.
Assim se demonstra o brio de classe.
Façam comparações.
 
A nossa carreira era invejada por outras classes profissionais cá e lá fora. Progressão de três em três anos, sem cotas e apenas com relatório crítico, concursos de provas públicas para mudança de categoria, hierarquia de enfermagem, avaliação de desempenho pelos pares, suplementos nocturnos a 50% e 100%, carreira única, o que levava as instituições a pagarem de igual forma aos contratados (antes das EPES),formação em serviço atribuida ao graduado na inexistência do especialista...
 
As dores do crescimento são lixadas, não são?
Acredito que o grupo dos mais atiradiços, que fazem muita formação sem sedimento, saltando de especialidade para mestrado e deste para doutoramento, sem outro objectivo que não seja o de imitarem os maus chefes: aqueles que degradam a profissão com o seu imobilismo, acredito, repito, que esse grupo se sinta desiludido porque vai ter a profissão inteira a seu lado, com facilidades para poder ser igual, mais igual entre si.
Se todos os enfermeiros forem especialistas principais ao fim de 5 anos, como tudo indica, é notório que os mais avançados, que espreitam as oportunidaes todas mesmo as mais pequeninas, sentem que a sua esperteza tem muita concorrência.
Depois vêm para o DE e choram e lamentam-se e dizem que os sindicatos não prestam e fizeram mau trabalho, quando deviam dizer que ainda não entendem a nova filosofia da carreira, onde só trepam os que tiverem unhas num universo mais alargado.
Se toda a profissão caminha para a especialização naturalmente, este salto qualitativo é óptimo, mesmo que os mais "espertos" não estejam a entendê-lo.
Obrigar cada chefe a conquistar o mérito do seu cargo, onde não constam muitas das práticas a que alguns nos habituaram e que no futuro não terão uma presença estática nesse cargo, com todos os inconveneientes que se conhecem, pode ser para os sábios de circunstância um obstáculo para os seus intentos de gabonete e profissional do estudo.
Cortar este filão e encerrá-lo é uma prova de que a enfermagem deu um grande salto, em frente, que muitos não estão a perceber, nem podem, porque ainda estão presos ao penedo da saudade e não passam disso. Mas esses já pouca influência positiva tinham na enfermagem.
Para esses a licenciatura não passou de estarem mais um ano na escola, ou de fazerem um complemento a martelo, com professores ainda menos sabedores.
A licenciatura, já o vi escrito, é a principal responsável da aparente singeleza da carreira.
Sabemos que os penedos da saudade estão ainda no paradigma das hierarquias dos auxiliares e dos conteudos funcionais muitos discriminados e pormenorizados, que sirviram para defender os enfermeiros de quem os pretendia eleger pau para toda a colher, mas que, numa perspectiva de licenciatura, não fazem qualquer sentido, porque o licenciado tem competência e capacidade para alterar o seu percurso sempre renovado e inovador.
Tanta asneira que se diz, a coberto do anonimato.
Uma andorinha não faz a primavera.
Por isso os blogs têm o valor reflexo de quem os emite.
Por mim lamanto tanta ignorância, dos que, como o porco, só pensam na boleta.
Não percebem que o figurino da carreira se aproxima em tudo dos que estão habituados a decidir. Neste contexto o papel do chefe, transforma-se.
Nem por viverem ao seu lado conseguem identificar as semelhanças na carreira de enfermage.
De tudo isto ressalta que a responsabilidade se vai como já ouvi dizer, sobrepor à obediencia.
E os verdeiros especialistas da enfermagem, vão ter sobejos motivos de regozijo com a dignificação da profissão.
Ali acima um pessimista dizia que a Enfermagem morreu. Concordamos com ele: um certo paradigma da enfermagem morreu, não por culpa das negociações, mas porque o marasmo e comodismo em que muitos a lançaram determinou as mudanças.
Morra a enfermagem!
Viva a Enfermagem licenciada, competente, consciente e preocupada; viva!
 
E não são avaliados pelo SIADAP, valoriza-se quem fez mestrados ou doutoramentos, tem os horários de trabalho legislados, incluindo as reduções, etc.. ...

A nosssa carreira é omissa em muitos aspectos, remete para isto e para aquilo...

Os sindicatos dizem que é má altura, que é culpa da actual quadro legislativo...olhem!!!!

PERGUNTEM AO NOGUEIRA COMO SE FAZ!!!!
 
Como se pode achar dignificante uma carreira para contratos em funções públicas e outra para contratos individuais de trabalho?Tanta areia que nos querem atirar para os olhos!A bela carreira de que alguns com tanta soberba se orgulham, cria enfermeiros de pleno direito e os outros.
Defende a criação de especialistas de generalidades, sim todos vão ser especialistas, o que não admira, o facilitismo das novas oportunidades, como foi com o complemento.
 
É verdade que a vida não está fácil para ninguém com este governo em que muitos votaram.
Dentro do possível, os sindicatos já há muito parecem estar acima dos que representam.
Aconselham a consultar o Nogueira e o Nogueira gostava de estar no lugar dos enfermeiros.
Não sabem esperar as suas oportunidades. Faltam alguns ajustamentos na cabeça de alguns blogistas.
É necessário para a revitalização da enfermagem, toda esta dinâmica.
Os mais aptos sobreviverão com as exigências da profissão.
Aponta para uma maior autenticidade e responsabilidade.
Pelo que li e ouvi, é um desafio para todos, desde a escola ao campo de trabalho.
No que respeita aos atrasos na negociação é uma refinada estupidez estarem a culpar os vossos sindicatos, quando Sócrates já demonstrou que na saúde só há médicos.
Como não podia investir nos dois grupos deu preferência aos médicos.
Dá-la-ia sempre fossem os vossos sindicatos os maiores do mundo.
Sois vós os enfermeiros que tendes de demonstrar o vosso valor e não atirardes tudo o que vos aflige para cima dos sindicatos.
Não podeis meter a cabeça na areia como a avestruz.
Estais a enfrentar a hora da verdade.
A carreira é apenas um pretexto para esconderdes o medo de enfrentar a realidade.
Há coisas que não podem ser feitas pelos sindicatos, mas por cada um, perante o seu papel profissional.
Estar a culpá-los é apenas adiar certos desafios.
 
O Azevedo mudou...

Agora é HD!!!

Saiu da Covadonga. Já não é principe Visigodo.

Agora é um "artista" HD, tipo "disco duro". É a modernidade!!!
 
Li num comentário "é necessário para a revitalização da enfermagem, toda esta dinâmica. Os mais aptos sobreviverão. Estais a enfrentar a hora da verdade. Sócrates já demonstrou que na saúde só há médicos"...Com inimigos destes, Sócrates tem a vitória assegurada.
Perante o cenário dos conselhos de administração escolherem as chefias de enfermagem, o futuro nos serviços ou é rosa ou laranja e este cérebro iluminado pronuncia-se desta maneira. Venderam-nos a ALMA.
 
Não se trata ser amigo ou inimigo de Sócrates, mas de saber o que elege para ser o melhor grupo. É a estratégia dele e não a nossa que está em causa.
Se ele ganhasse as eleições não só era mau para os enfermeiros, mas para o país.
Posso dizer que com amigos daqueles (médicos) não precisa de inimigos.
A carreira dos enfermeiros anda aos bochechos mas a dos médicos já foi publicada.
E os médicos agradecem não de forma directa mas habilidosamente e à sua maneira.
Veja-se a palahaçada da gripe A e a forma como os médicos mantêm os portugueses afastados dos reais problemas!
Quem se lembrará da crise nesta espera incessante de mais um gripado.
Para mudar o cenário da ministra o secretário da saúde usa o seu hospital para explorar um cenário escandalosamente ridículo de meterem nos cuidados intensivos dois doentes que durante dois ou 3 dias foram nota de abertura de todos os noticiários.
Depois, com a pressa e sem cuidarem do desmontar cuidadoso da peça a mulher que foi 3 vezes ao CS de Celorico de Basto onde não faltam MF, mas são pouco peritos na caça à gripe, ou não obedecem à voz do dono. Quer dizer que com a atrapalhação até mandaram a mulher dos cuidados intensivos para a rua.
ESPANTOSO!
Por isso os médicos têm a retribuição do PM Sócrates, que já não surpreende. É um já visto em que ninguém acredita a não ser os que estão a viver do expediente e do compromisso como é o caso em apreço, entre muitos outros.
Sinto-me lisongeado pelo Sindicalista atento me confundir com o Azevedo, esse grande vulto da profissão de enfermagem.
Diz que ele mudou. è capaz o outro dizia que "sós os burros é que não mudam". Chegou a casa, viu-se ao espelho, de frente e de perfil e corigiu o seu diário, mandando o cronista mor escrever: "até os burros mudam".
Ó Sindicalista atento, você é mesmo um ponto. Preocupa-se mais com quem diz do que com o que o quem diz.
Se isso é um quebra-cabeças para si, tente com o DE ter acesso à origem de quem diz. Só assim terá a certeza que o apoquenta.
Já agora, para seu informe é tido como certo a permanência do Azevedo nas suas posições e convicções durantes muitos anos.
Não serão as circunstâncias que se mudam e o põem a dançar ao som da música que outros tocam?
Não me parece que mude com a facilidade que sugere.
Seja como for obrigado, pela honrosa comparação.
 
o HD ou e o azevedo ou o martins, se nao é alguem a mando
 
Nem é um nem outro e, em mim, mando eu.
Acredite.
Sou teimoso como um burro.
Somente me sinto inferiorizado por isso, pois estou a imitar um dos especimens mais dotados de massa cinzenta a tal que dizem fazer a gente esperta.
Pois é: o burro é o mamifero que tem mais cubicagem de massa cinzenta.
Possivelmente é por isso que é tão teimoso.
Modéstia à parte e passe a comparação. É um facto.
Mas, já agora, continui como sindicalista e atento, pois são dois atributos de que vai precisar, nos próximos tempos.
 
Caros colegas,
É com muita mágoa que vejo a destruição da nossa carreira (actual e futura) pela mão daqueles que nada mais têm feito na sua vida profissional do que viverem com os restos do nosso trabalho, que são o que paga os vencimentos de todos os sindicalistas que temos a tempo inteiro nos sindicatos de enfermagem. Sou enfermeiro, tenho uma especializaçao, tenho a categoria de enfermeiro chefe, e desempenho funções dirigentes na Admn. Publica como chefe de divisão. Para além disso tenho investido a minha formação, porque tenho três pós-graduações, um mestrado e no momento encontro-me a frequentar um programa de doutoramento. Sou sindicalizado, e já fui dirigente sindical (no tempo em que não eramos remunerados por esse exercicio). Sou profissional há 25 anos, e portanto acho que estou à vontade para falar sobre o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Para mais, estou ainda mais à vontade para saber qual a diferença entre um chefe de carreira (o meu caso) e um chefe de nomeação (que também é o meu caso). E posso-vos dizer que é muito diferente. Por outro lado, enquanto que os médicos lutaram para ter mais categorias, os enfermeiros só ficaram com duas, e valeu-nos o empenho da Ministra, porque pelos sindicatos, até não tinhamos nenhuma. E sabem para quê? Para que aqueles que não investiram em formação, que não se preocuparam em construir os seus curriculos (sim, porque os curriculos constroem-se), possam, de um momento para o outro subir na carreira, sem grande esforço, basta apenas uma nomeação. De fora da carreira vão ficar os actuais enfermeiros chefes e supervisores, e os actuais especialistas passam a enfermeiros, para bem junto dos laboriosos sindicalistas. Este é o verdadeiro espirito de camaradagem soviética. Todos iguais, só que uns são menos e outros serão mais ... esperem para ver ... aliás, vejam o percurso de grande parte dos sindicalistas profissionais quando deixam os sindicatos ...
 
Sou sindicalista e a tempo inteiro sem qualquer vencimento dado pelo sindicato.
Já respondi a este colega maldoso mas fui censurado e é pena.
Devia pedir desculpa aos que trabalham para enfermeiros como o anónimo das 9,45 PM pela calúnia de meter tudo no mesmo saco.
Não é digno de pertencer a uma profissão que tem sindicalistas e muitos a trabalhar para caluniadores destes, que só medem as coisas pelo dinheiro.
Os enfermeiros a tempo inteiro e pagos pelos sindicatos, se os há, é porque perderam o vencimento de carreira e têm de ser indemenizados desse facto.
Mas há os que sempre trabalharam a tempo inteiro ou quase sem receberem mais do que as despesas que fazem em serviço sindical.
Como não os excepciona, espero que o DE não volte a censurar-me, pois tenho o direito de exigir, assim como aqueles que estão nas mesmas circunstâncias, um pedico de desculpas de um anónimo para um nónimo.
Não são, já agora, e a talho de foice, os sindicatos que destroem a carreira: são eles os que a limpam de coxos e marretas que se servem dos cargos de chefia muletados, (com muleta de apoio)para mse deixarem engraxar por louvaminhas que têm tendência para vilão de vergasta na mão e que pagam com prendas e prendinhas essa posição, a situação de muleta de chefe.
São esses que atrofiam a enfermagem e não os sindicatos, que dignificam a profissão e quem a merece
Dê a cara e venha informar-se para não ter de sujeitar os bloggistas a calúnias e mentiras, na pessoa de quem serve honradamente pessoas do seu estofo, não obstante.
Mostre o seu real valor, se é que o tem, pois a nova carreira vai-lhe dar essa oportunidade, ao contrário do que pensa e diz.
Não dá tanto para os tradicionais acomodados.
Nisso tem razão!
Mas isso não é destruir: é reconstruir.
 
Sou sindicalista e a tempo inteiro sem qualquer vencimento dado pelo sindicato.
Já respondi a este colega maldoso mas fui censurado e é pena.
Devia pedir desculpa aos que trabalham para enfermeiros como o anónimo das 9,45 PM pela calúnia de meter tudo no mesmo saco.
Não é digno de pertencer a uma profissão que tem sindicalistas e muitos a trabalhar para caluniadores destes, que só medem as coisas pelo dinheiro.
Os enfermeiros a tempo inteiro e pagos pelos sindicatos, se os há, é porque perderam o vencimento de carreira e têm de ser indemenizados desse facto.
Mas há os que sempre trabalharam a tempo inteiro ou quase sem receberem mais do que as despesas que fazem em serviço sindical.
Como não os excepciona, espero que o DE não volte a censurar-me, pois tenho o direito de exigir, assim como aqueles que estão nas mesmas circunstâncias, um pedico de desculpas de um anónimo para um nónimo.
Não são, já agora, e a talho de foice, os sindicatos que destroem a carreira: são eles os que a limpam de coxos e marretas que se servem dos cargos de chefia muletados, (com muleta de apoio)para mse deixarem engraxar por louvaminhas que têm tendência para vilão de vergasta na mão e que pagam com prendas e prendinhas essa posição, a situação de muleta de chefe.
São esses que atrofiam a enfermagem e não os sindicatos, que dignificam a profissão e quem a merece
Dê a cara e venha informar-se para não ter de sujeitar os bloggistas a calúnias e mentiras, na pessoa de quem serve honradamente pessoas do seu estofo, não obstante.
Mostre o seu real valor, se é que o tem, pois a nova carreira vai-lhe dar essa oportunidade, ao contrário do que pensa e diz.
Não dá tanto para os tradicionais acomodados.
Nisso tem razão!
Mas isso não é destruir: é reconstruir.
 
De facto com o perfil do desvaloriza sindicalistas só conheço um ali para os lados de Viana, por sinal detentor duma situação confusa que o põe à margfem da enfermagem (chefe de divisão)
E antes?
Por onde terá passado e quem o ajudou?
Tem mágoa de fazer pena, dó...
LA
 
Caros colegas:

Sou leitor diário do blog e após reflexão com uma colega da mesma Instituição onde trabalho, gostaria de expor a nossa opinião relativamente ás negociações da carreira de Enfermagem.

Ficamos sinceramente “comovidos” com a ingenuidade de alguns colegas (de enfermagem) quando só conseguem ver aspectos positivos na nova Carreira de Enfermagem…uma carreira onde ninguém é premiado por ter mais formação, onde a progressão é feita a conta gotas e de forma arbitrária (leia-se não premiando o mérito!) e onde a remuneração nem se imagina o que será!

Ficamos realmente, surpreendidos com o argumento (reunião do SEP em Viana do Castelo) de que a formação na área da investigação (mestrados e doutoramentos) nada acrescentam ao exercício, no âmbito de competências técnicas. Para além de discordar desta posição, por considerar que toda a formação dá contributos para o exercício desde que quem a faça saiba mobilizar e colocar em prática esse conhecimento, parece-me que estamos a assumir a nossa incapacidade (de todos os ENFERMEIROS!) de conduzirmos a enfermagem para uma CIÊNCIA, criando um limite de progressão (os Curso de Pós-Licenciatura em Enfermagem), ou seja, a Enfermagem é uma profissão que não irá evoluir para ciência ficando confinada a um domínio puramente técnico!

Face a tudo isto, deixamos a nossa proposta aos colegas do sindicato: Revejam o vosso trabalho, lutem pelo interesse de TODOS aqueles que vocês representam e não pensem somente nos vossos interesses particulares, caso contrário, permitam-me o conselho: “Assumam a vossa falta de visão, DEMITAM-SE e venham para a prática serem vítimas da desgraça que conquistaram!”
 
"Ficamos realmente, surpreendidos com o argumento (reunião do SEP em Viana do Castelo) de que a formação na área da investigação (mestrados e doutoramentos) nada acrescentam ao exercício, no âmbito de competências técnicas. Para além de discordar desta posição, por considerar que toda a formação dá contributos para o exercício desde que quem a faça saiba mobilizar e colocar em prática esse conhecimento, parece-me que estamos a assumir a nossa incapacidade (de todos os ENFERMEIROS!) de conduzirmos a enfermagem para uma CIÊNCIA, criando um limite de progressão (os Curso de Pós-Licenciatura em Enfermagem), ou seja, a Enfermagem é uma profissão que não irá evoluir para ciência ficando confinada a um domínio puramente técnico!

Face a tudo isto, deixamos a nossa proposta aos colegas do sindicato: Revejam o vosso trabalho, lutem pelo interesse de TODOS aqueles que vocês representam e não pensem somente nos vossos interesses particulares, caso contrário, permitam-me o conselho: “Assumam a vossa falta de visão, DEMITAM-SE e venham para a prática serem vítimas da desgraça que conquistaram!”Cada vez mais os colegas se vão apercebendo do que estes sindicalistas nos fizeram
 
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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!