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sexta-feira, abril 18, 2008

Comemorar?


Na segunda-feira, dia 21, realizar-se-à uma cerimónia comemorativa dos 10 anos da Ordem dos Enfermeiros. Apesar de não haver qualquer motivo para comemoração, esta decorre enquanto a classe de Enfermagem vive a maior onda de desmotivação das últimas décadas.
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O Jornal Semanário Económico, refere que no respectivo dia a "Ordem dos Enfermeiros promove um almoço-debate sobre o "Papel dos Enfermeiros na nova política de saúde: que futuro na garantia de qualidade dos cuidados de saúde". O encontro debaterá temas como o desemprego, restrição do acesso aos cursos de Enfermagem (...)".
Restrição do acesso aos cursos de Enfermagem, isso sim, um tema que interessa aos Enfermeiros...
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P.s. - Transcrevo um dos comentários anónimos do post anterior: "Discute-se mais a enfermagem neste Blog do que na OE. E com conteúdo, com substância, não se fala só em banalidades. Talvez seja porque os que estão na OE não fazem ideia do que é ser enfermeiro no seu dia-a-dia! Parabéns aos participantes!"...
Muitos de nós, incluindo eu, quando foi constituída a OE, sonhava com a vanguarda e evolução da profissão nas suas várias dimensões. Sempre esperei que após uma década, a classe de Enfermagem fosse vigorosa, reconhecida e determinada. Após 10 anos, infelizmente, recordo-me que em 1998 nunca esperei ver a Enfermagem do Séc. XXI assim: submissa, derrotada, desmotivada, humilhada e mal retribuída.
Se a Ordem dos Enfermeiros desejar objectivamente - à semelhança de todos nós - construir uma profissão forte, então, que se una à classe...

19 comentários:

  1. Mas afinal vai-se comemorar o quê? Esta seria uma boa altura para celebrar 10 anos de evolução da Enfermagem mas...Afinal não houve evolução; ou melhor, evolui-se para o desemprego, para a banalização da condição de Enfermeiro, para a completa desregulação da profissão, para a depressão colectiva!
    Então, não percebo qual será o motivo para celebrar um aniversário vazio! Será que faz sentido celebrar a existência de algo que simplesmente nunca chegou a assumir a vocação da sua existência nestes 10 anos, o que equivale a dizer de uma Ordem que verdadeiramente nunca o foi?
    Esta data deveria ser um tempo de reflexão profunda acerca do estado actual das coisas para que sejam tomadas as devidas atitudes de modo a que volvidos mais 10 anos se encontrem alguns motivos para celebrar e não lamentar, como hoje se faz!

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  2. Passe no Cogitare tem lá um prémio .

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  3. Uma boa prenda seria a extinção da OE, uma organismo recente, mas sempre obsoleto, que defende os interesses de algumas centenas de enfermeiros, que não exercem enfermagem, em detrimento de toda uma profissão que está a mostrar um rumo idêntico ao Titanic. Ah, já agora, parabéns pelo péssimo trabalho; a ética, os tachos e todos menos os enfermeiros agradecem.
    desassossego

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  4. Concordo em absoluto com tudo o que foi dito.

    Os Enfermeiros Portugueses ficariam mais contentes se fosse comemorada a extinção da "dita Ordem".

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  5. aos comentadores anteriores...

    desculpem mas não digam asneiras.

    há classes que se roem de inveja por não terem uma ordem profissional.

    Nós enfermeiros temos essa vantagem.

    Agora se me disserem que quem gere a ordem devia ser extinto, não tenho a menor duvida, foi com uma desilusão enorme que vi a bastonária ser reeleita pois a politica dela seria a de continuaçao da ma gestão da enfermagem.

    Agora, se com a ordem estamos como estamos, sem ela então, ainda veríamos os auxiliares ou outros a prestar cuidados que estão definidos pela ordem como cuidados de enfermagem!

    é preciso sim uma mudança de forma urgente na ordem... a união faz a força... simplesmente na enfermagem não se vê união, logo não saímos do mesmo (basta ver nas eleições para a ordem).

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  6. Sem dúvida que a OE é uma honra para a profissão, mas compreendo os colegas... o problema é mesmo "esta" OE....
    O maria-augustismo de cabo de tudo isto...
    Sr. dr. enf. parabéns pelo blogue exemplar!

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  7. Quando falava em extinção é um dejeso real, mas falo dele metaforicamente. Eventualmete se não tivessemos ordem podiamos estar mais unidos e combativos. Os outros profissionais que não têm ordem se tomarem como exemplo a OE, mais ganham em não ter ordem, mas o que se passa na OE é caso único e vergonhoso.
    "veríamos os auxiliares ou outros a prestar cuidados que estão definidos pela ordem como cuidados de enfermagem!" Pode ser mais específica? Onde está o acto de enfermagem? Graduamente temos perdido cuidados para nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, etc. Só, ao que parece, os auxiliares ainda não ocupam funções de enfermagem... Tudo isto com uma OE que mantém, apesar de todos os avisos, o rumo do Titanic...
    O que ainda há são enfermeiros(!) a falar de auxiliares de enfermagem (que são AAM a desempenhar funções de de enfermeiro)...
    Desassossego

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  8. imaginem um auxiliar a puncionar um doente... a fazer uma algaliação... etc...

    digo um auxiliar como digo um farmaceutico, um fisioterapeuta, etc.

    quanto aos "cuidados perdidos" ai realmente podemos culpar todos os enfermeiros, pois nao nos soubemos impor!

    desculpem la, mas quando tirei o curso tive formaçao em nutriçao (nao sei se todos tiveram) sinto-me (e tenho o dever enquanto enfermeiro) capaz de informar e aconselhar doentes quanto a cuidados a ter, ainda que se calhar nao soubesse fazer uma dieta personalizada.

    mas o que quero reforçar é, tivemos a formaçao... nao aprofundamos... surgiu o curso de dietetica.. que por sinal é licenciatura (e ganham como tal) e ocuparam essas funçoes.

    Quanto à fisioterapia... claro que todos demos, ossos, musculos etc e até saberiamos fazer umas massagens ou alguns planos de reabilitaçao... mas oprofundamos ai? nao!

    Quero com isto dizer que eu vejo que a rotina de muitos colegas nossos é pura e simplesmente "ver parametros vitais... preparar medicaçao... ver o que é necessario fazer aos doentes a nivel imediato (pensos)... (longa pausa) depois... admnistar medicaçao... e passar o turno que se faz tarde que se calhar daqui a 8horas estao lá outra vez a fazer turno.

    com isto quem perde somos todos nós e os utentes claro que poderiam (e deveriam) ter cuidados mais personalizados e individualizados.

    nós estamos a assumir em muitos sitios papeis irrelevantes, em vez de prestarmos cuidados de enfermagem, andamos a repor stock's de materiais por exemplo...

    e depois claro que ha aqueles doentes cronicos que muitos dos enfermeiros passam ao lado e fingem nao olhar so para nao terem o trabalho de irem prestar cuidados (falo dos posicionamentos de X em X tempo) etc.

    isto está mal e precisa de mudar.

    A mudança deveria realmente vir de cima (Ordem) e chegar a muitos colegas que tal como a nossa ordem "se acomodaram"... e olhem que este sindrome é contagioso...

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  9. Vá lá, não sejam pessimistas. Diz o H.Bergson que mesmo que o mundo fosse destruído o "Élan vital" reconstruí-lo ia a partir dos escombros.
    A criação da OE é motivo para as louvaminhas se banharem nas águas que vão turvando e que todos temos que beber.
    Lá está no programa a repetição dos mesmos elogios às mesmas pessoas que mais se destacaram na criação da Ordem. É uma manisfestação sectária em circuito fechado pois estivemos a olhar a lista e falta lá gente, provavelmente tão ou mais influente na criação da dita OE, mas que não gosta que lhe lembrem um acto falhado da sua vida.
    A visão astigmática e enviesada das pessoas que teimam em ficar por lá a qualquer preço, mesmo o da batota é que torna a OE, não numa organização obsoleta e anacrónica, mas sim altamente perigosa para a Enfermagem. Parece que foi feita para desacreditar sindicatos e outros tipos de associação que depositaram na criação da OE fundadas esperanças, porque têm uma visão das Ordens que os actuais corpos sociais (desculpem a letra pequena mas não merecem a grande)nunca conseguirão ter. Servis mentalmente nunca conseguirão imprimir à OE a especificidade da Profissão, porque são mesmo ignorantes. Para militarem tão activamente na burrice e na ignorância, falta-lhes tempo para perceberem o crime que estão a cometer. Não têm coragem de dizer aos mandantes que os lá puseram e mantêm, que em nome da profissão, devem abandonar a acumulação de interesses alheios com a caracterização da Enfermagem.
    Encarregados de fazer progredir a Enfermagem, estão, pelo contrário a servir de protecção àqueles que vão roubando à luz do dia o cerne da profissão, empurrando cada vez mais o enfermeiros para a arratadeira e respectivo conteudo.
    Já que têm estado tão calados para ninguém dar por eles nas áreas onde fazem falta, por que vêm lembrar-nos a sua inutilidade com festas e horarias mútuas de múmias falantes?
    Senhor, tende piedade de nós, por termos de aturar tanta incompetência. Mandai que nos piquem os olhos como fez a filha mais velha ao pai Édipo, a rogo deste,quando descobriu que a Jocasta era sua mãe.
    É menos doloroso ficarmos cegos para o resto da vida do que termos a infeliz capacidade de vermos a degradação progressiva da profissão.
    Bem feitas as contas temos uma Ordem que se movimenta como um verdeiro caranguejo, no temo e no modo.
    Feita esta homenagem aos pessimistas, e retomando a teoria do Élan vital vamos desenvolver a nergia suficiente, que não é precisa muita, para encostar a ordem onde não estorve, para possibilitar o funcionamento da estrutura profissional que a Ordem não pretende ser e já o demonstrou cabalmente nestes 10 anos de escuridão.
    Não percam o ânimo!!!
    Gardingo

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  10. Para se ter uma noção da inutilidade da Ordem, vejamos a desfaçatez dos bombeiros que ontem (19 de Abril)começaram os seus estudos no forum da Maia, acerca do parto eutócico e da preparação para o parto.
    Quem pensam que são os professores do bombeiral?
    Médicos?
    Não. Esses apenas disponibilizaram os manekins lá da faculdade de medicina.
    São eles: a Olimpia Cepêda, a Fátima Oliveira, o Francisco Ribeiro e uma médica anestesista.
    Estas parteiras/os são do HSJ e iremos falar mais nelas, porque estando fartas da arte de partejar e com medo que alguém as escale para as ambulâncias, preferem ensinar o pouco que sabem ao bombeiral amigo dos incêndios.
    Que qualquer apressada possa parir nas ventas de um bombeiro, ainda pode considerar-se acidente, imprevisão...
    Mas a preparação para o parto, não sabemos se é ensiná-los a por a parideira de cabeça para baixo ou de cú para o ar.
    Se não querem ser respeitadores da profissão; se não querem exercê-la, por que não lhes tira a Ordem as licenças de voar e não as manda vendir bilhetes ou plantar pés de burro para o Alentjo?!
    Este gesto destas falsas profissionais é um hino de glória ao inteligente que lhes conseguiu roubar o espírito de autocrítica, ao ponto de não terem a noção da enormidade das aleivosias de que são protagonistas.
    Estas atitudes servem para demonstrar o pouco respeito por quem tem orgulho de ser parteira e pela Ordem inútil, que temos.
    Vamos partir isto tudo e não precisamos da Ordem.
    Já que assim é, viva a desordem. Vamos meter estas tipas na linha, obrigando-as a beber um purgante duplo ao pequeno almoço.
    E se não se corrigirem, além do purgante duplo que passa a triplo, levam três pontos com seda nº 4, cor preta, no anus, para saberem quanto custa a uma mulher parir na presença de bombeiros incendiários.
    Qualquer cidadão pode agir, nestes casos. Por maioria de razões, também os enfermeiros não podem ficar parados.
    Vamos a eles, Colegas Enfermeiros e Parteiras. Honremos a memória dos que nos legaram o seu saber, na esperança de o sabermos guardar e desenvolver.
    Gardingo

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  11. Pela mentalidade de muitos colegas e da própria OE só as AAM é que nos podem tirar o prazer do banhito...
    Ainda vou ver as funções dos enfermeiros reduzidas ao banhito!!! E os os próprios enfermeiros reduzidos a AAM!
    Ainda vou ver os fisioterapeutas a irem ao serviço posicionar o doente e transferi-lo para o cadeirão (já é caso real nalgumas situações e instituições), ainda vou ver os dietistas em sessões de educação pra a saúde para os familiares dos doentes internados (alimentação por SNG, ...), ainda vou ver médicos (ou mesmo técnicos de farmácia, ou farmacêuticos) a puncionarem veias periféricas para administração de terapêutica, "técnicos analíticos" a colherem sangue e outros produtos (isto já existe porra...), "Técnicos de ECG" a monitorizr doentes (há tempos idos eram os enfermeiros que realizavam os ECG...), a vir alguém da farmácia aos serviços de internamento administrar os remédios (já existe nalguns países), para não falar do surgimento dos paramédicos (esses sim uma efectiva preocupação) e etc...tantos e tantos exemplos...
    Ficaram "cegos" com medo do surgimento dos auxiliares de enfermagem e no final vão ficar todos com as funções de AAM...

    A OE na sua arte sofista de regular e regulamentar banalidades VS triavialidades!

    Com o surgimento da OE a enfermagem tinha obrigação de aumentar a sua área de competência técnica e não de a reduzir...

    FILIPE

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  12. Vamos festejar? O quê? A involução da enfermagem, que avança a olhos vistos e não se faz nada? Não adianta criticar a OE, mto menos a bastonaria, pois...
    CAros colegas, todos nós ainda vivemos numa democracia (embora às x não pareça), logo todos tivemos direito ao voto, certo?
    Tendo oportunidade de eleger outro bastonário, os meus caros colegas (a maioria claro) elegeram novamente a nossa querida Gustinha! É pk estão mto satisfeitos, com o k ela anda a fazer connosco, a cavar um buraco bem grd para enterrar a enfermagem (sim, pk nós somos mtos).
    Não adiante falar em greves, em manifestações, no dia tal...pk tudo estão acontecer minuto a minuto... dou-vos o exemplo de uma anúncio k foi publicado no Jn, e k já foi referido no forum enfermgem:
    "PROCURA-SE EMPREGADA INTERNA, uma família em Gaia procura empregada interna, dá-se preferência com formação em Educação de Infância ou Enfermagem. (F/m). Envia CV com foto para e-mail: emp.interna@gmail.com"
    Então?todos os dias aparecem anuncios tipo este, ou bem piores...Uma grd prova como a nossa querida Enfermagem se está afundar...e nao podemos atribuir a culpa só a OE, mas sim tb a cada um de nós!
    Há k divulgar, há k falar nos jornais, na tv, pedir mais atenção dos media, para divulgação da involução da enfermagem... a ver se realmente, alguem tem vergonha na cara e nos dá uma mãozinha!

    Desculpem o desabafo, mas cada dia k passo, sinto a revolta a crescer dentro de mim, perante a inércia da nossa classe!

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  13. "Dá Deus nozes a quem não tem dentes" !!!!!.....

    Quando num 3º congresso de enfermagem promovido , penso , pelo sindicatos , o Presidente do então SEZN Enfermeiro Azevedo ( hoje SE) propôs a criação da Ordem dos Enfermeiros , essa proposta foi votada favorávelmente pelos congressistas , apesar da contestação da responsável do SEZS . Fora dado um passo de gigante na criação de uma organização com responsabilidades acrescidas: dignificar a Profissão e os Enfermeiros.
    À satisfação inicial de ser criado algo de muito positivo , tem-se afinal constatado que tal não passou de uma miragem.Tinhamos todas as armas necessárias , tínhamos as vontades congregadas mas, temos desperdiçado as ocasiões douradas de proporcionar à Classe a Grandiosidade.
    Das muitas críticas que se lançam à inoperacionalidade imprimida pelos membros que há dez anos dirigem os destinos deste gigante, resta o amargo de boca de pensar que se perderam ocasiões únicas , por culpa dos que criticando , fizeram ouvidos moucos aos apelos de uma renovação. Desinteresse? apatia? falta de coragem?
    Colegas , a Ordem somos todos nós e não apenas um punhado de pessoas que inglória ou gloriosamente ocupam tais cargos..
    Porque não comemorar os 10 anos da Organização ? Porque não aderirmos em massa a ela e dizermos com todas as forças..: Queremos MAIS , queremos INTERVENÇÂO em tempo útil..queremos medidas que nos façam esquecer a depreciação e o esquecimento ..queremos a Ordem dos Enfermeiros a defender a nossa dignidade...NÓS SOMOS A ORDEM DOS ENFERMEIROS...e como diz Milan Kundera " A luta do Homem contra o Poder , é a luta da Memória contra o Esquecimento "....

    MB

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  14. Muitos enfermeiros ficaram muito alegres e contentes quando os técnicos de análises começaram a ir aos serviços realizar as colheitas de sangue...muitos continuaram alegres e contentes a ver os fisioterapeutas nos serviços a efectuar mobilizações e posicionamentos, treinos de marcha, transferências e até ensinos aos doentes e familiares (nos internamentos de medicina, ortopedia e cirurgia por exemplo...).
    Estas funções não são de enfermagem?
    A enfermagem resume-se a cuidados de higiene e à mudança da fralda e à arrastadeira?
    Claro que são funções no âmbito do cuidar e são de enfermagem, mas podem e devem ser delegadas e supervisionadas para que os enfermeiros com maior formação possam desenvolver actividades mais diferenciadas...
    Neste momento existem dois tipos de enfermeiros:
    Os "pau para toda a obra" realizando todo o tipo de tarefas (algumas das quais sobrantes...);
    E os especialistas, chefes e afins que não fazem NADA que seja de enfermagem...e foi com a maneira de pensar destes últimos, que em conjunto com os professores de enfermagem, transformaram a enfermagem no que se vê! E é triste...porque em Portugal a enfermagem durante uns momentos teve todas as condições para evoluir...Só evolui academicamente e muitas vezes de forma bastante duvidosa!!! Qual a aplicação prática nos serviços das pós graduações, mestrados e doutoramentos dos enfermeiros?
    Quero coisas concretas. Claro que pode haver dois ou três casos...mas na generalidade...e eu conheço muitos serviços de saúde, não falo de cor!!
    Meus amigos a questão é simples os enfermeiros passaram a licenciados e fazem actividades de menor diferenciação do que quando era apenas um curso geral e nem o 12º era necessário para ingressar em enfermagem...querem exemplos?

    Como é que isto se inverte?
    Já estamos atrasados, não sei se irremediavelmente atrasados...
    Mas passa por pensarmos que a enfermagem é a ciência do cuidar e que esse cuidar é um mundo...que esse cuidar é feito a vários níveis!
    Por isso não é possível todos enfermeiros fazerem tudo, pois acabam por todos não fazerem nada...
    Então é necessário vários níveis de enfermagem:

    Auxiliar de enfermagem – Curso profissional com equivalência ao 12º ano – as funções agora desempenhadas pelas AAM nos serviços;
    Técnico de enfermagem – 2 anos de curso ao nível do ensino politécnico e após conclusão do 12º ano (acesso restrito às necessidades do país) As funções relacionadas com a satisfação das necessidades básicas.)
    Enfermeiros diplomado – 5 anos de formação básica mais formação complementar em formato de especialização (ensino universitário com acesso muito restrito, de acordo com as necessidades do país). Todas as funções agora desempenhadas por enfermeiros mais umas quantas a conquistar e de acordo com as várias especializações existentes Exemplos:
    Enfermeiros de reabilitação – prescrição de produtos para a realização de pensos, diversas pomadas, aerossóis, etc;
    Enfermeiros de emergência – prescrição de fármacos em situações de emergência, IOT, desfibrilhação, etc;
    Enfermeiro do trabalho – Funções de enfermagem mais as de Técnico Superior de HST (já foi quase assim…);
    Enfermeiro de família – Possibilidade de vigiar a saúde da população através da prescrição dos exames complementares de rotina, encaminhando para o médico os casos de doença ou de suspeita.

    Os diferentes níveis de enfermagem não necessitavam de trabalhar em simultâneo nos serviços.
    Exemplos:
    Nos lares e serviços de apoio ao domicílio: obrigatoriedade de ter ajudantes de enfermagem e técnicos de enfermagem e de um responsável diplomado (por exemplo em geriatria);
    Nos locais de trabalho com mais de x trabalhadores, obrigatoriedade de ter um enfermeiro do trabalho
    Nos Bombeiros, obrigatoriedade de ter um enfermeiros de emergência, que seria o responsável pela área da saúde e o elemento de articulação com o INEM...

    etc

    etc


    NOTA: ao contrário de muitos colegas nunca concordei com a expressão AAM. O que fazem são funções de enfermagem mas de diferenciação técnica menor pelo que a plavra correcta só pode ser Auxiliares de enfermagem.
    ´
    Poderá continuar a existir AAM mas para tarefas gerais que tanto podem consistir m ajudar um enfermeiro, como um médico, como um administrativo, o que for...


    FILIPE

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  15. Caro Filipe,
    Mais uma vez muito bem no seu comentário. Agora como é que vamos fazer "ouvir" as nossas sugestões?
    Enviar e-mails para a ordem? Penso que será tempo perdido (ou talvez não...). É que finalmente tive resposta (meses depois) ao um mail que enviei.
    Creio que seria importante REUNIR, nem que seja na clandestinidade.
    Usar o dia da "comemoração" para contestar.
    O que acham?

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  16. O último anónimo fui eu

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  17. Cara colega nursing, na Suécia são AAM (quer se goste ou não do termo ou não é assim que são designados) que algaliam... Tudo é possível. Será a OE capaz de definir em concreto o acto de enfermagem. A enfermagem portuguesa será o que fizermos dela. Existe na enfermagem uma tendência à acomodação que se levar à "escravidão", não conheço outros profissionais, que aceitem, em alguns casos, condições insuficientes para não dizer indignas. Será difícil operar modificações na enfermagem, levadas a cabo por um pequeno grupo de enfermeiros. A OE seria a instituição ideal, mas como se vergou à sua decrepitude intelectual e a interesses, continua no trilho do Titanic.
    A tal reunião clandestina não sentido, a não ser que planeie uma deposição da actual bastonária. As reuniões da OE serão a ocasião apropriada para os protestos. De certa forma, todos nós ao não denunciar certas situações compactuamos com a usurpações de práticas que foram ou ainda são da enfermagem.
    O referido pessimismo, não o entendo como tal, mas antes como realismo, basta estar atento aos acontecimentos para prever, se nada se modificar, o futuro além de péssimo da nossa profissão.
    O desenvolvimento da enfermagem está encalhado no iceberg:
    - da OE que continua sem rumo, sem ideias, sem projectos, sem defender as competências e a dignidade da enfermagem, deixando, alegremente, espaço para que outros tomem competências nossas como suas
    - das escolas de enfermagem que não fornecem o conhecimento suficiente para dar aos enfermeiros instrumentos para que estejam aptos a evoluir (ex: como se pode sair de uma escola de enfermagem sem, no mínimo, um curso SBV?)
    - dos enfermeiros que continuam a realizar funções ou práticas oficiosamente e não as reclamam para a sua profissão
    - das dotações inadequadas que não permitem aos enfermeiros irem além das necessidades mais prementes, não deixando que emirja uma enfermagem de excelência

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  18. Entre outras considerações , Hugo Roque disse :
    "Creio que seria importante REUNIR, nem que seja na clandestinidade."

    Caro Colega.É sim ...é importante REUNIR mas não na clandestidade. Só este conceito me põe os cabelos em "pe"....Clandestinidade...

    No dia que me derem mais info , contem comigo...

    MB

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