O povo diz que "a união faz a força". Os Enfermeiros uniram-se contra a criação dos "paramédicos" em Portugal, e depois da Ordem dos Enfermeiros, foi a Associação Portuguesa da Enfermeiros de Emergência Pré-Hospitalar (APEEPH) que enviou um comunicado à imprensa, cimentando a união e a vontade da classe de Enfermagem, reafirmando que a proposta da criação dos referidos técnicos é "despropositada uma vez que, a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar deve ser assegurada pelos enfermeiros"!
Deixo-vos o comunicado na íntegra:
"ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA, COMPETÊNCIAS RECONHECIDAS"
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"O desempenho na área de emergência pré-hospitalar é cada vez mais uma preocupação dos profissionais de saúde, nomeadamente dos enfermeiros, actores privilegiados na assistência aos cidadãos. A resposta em cuidados à pessoa em situação crítica, neste contexto, exige competências específicas que permitam agir em situação de emergência com a máxima brevidade e eficiência.
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Relativamente à constituição das equipas de emergência no pré hospitalar, a Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Emergência Pré Hospitalar (APEEPH) reafirma a tomada de posição da Ordem dos Enfermeiros (Janeiro de 2007) que refere que "o enfermeiro possui formação humana, técnica e científica adequada para a prestação de cuidados em qualquer situação, particularmente em contexto de maior complexidade e constrangimento, sendo detentor de competências específicas que lhe permitem actuar de forma autónoma e interdependente, integrado na equipa de intervenção de emergência, em rigorosa articulação com os Centros de Orientação de Doentes Urgentes e no respeito pelas normas e orientações internacionalmente aceites".
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Relativamente à constituição das equipas de emergência no pré hospitalar, a Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Emergência Pré Hospitalar (APEEPH) reafirma a tomada de posição da Ordem dos Enfermeiros (Janeiro de 2007) que refere que "o enfermeiro possui formação humana, técnica e científica adequada para a prestação de cuidados em qualquer situação, particularmente em contexto de maior complexidade e constrangimento, sendo detentor de competências específicas que lhe permitem actuar de forma autónoma e interdependente, integrado na equipa de intervenção de emergência, em rigorosa articulação com os Centros de Orientação de Doentes Urgentes e no respeito pelas normas e orientações internacionalmente aceites".
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É nesta perspectiva que há alguns anos os enfermeiros integram equipas de emergência pré hospitalar a vários níveis, inicialmente integrando equipas de Suporte Avançado de Vida (nas Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação - VMER e Helitransporte) e mais recentemente equipas de Suporte Imediato de Vida (nas ambulâncias SIV).
Os enfermeiros articulam-se nestes domínios, com os restantes actores intervenientes nas equipas de socorro pré-hospitalar, que incluem os tripulantes de ambulância.
A APEEPH salienta a relevância dos tripulantes de ambulância na prestação de socorro básico. Assim, parece de extrema importância que a sua formação caminhe no sentido da requalificação, para que estes sejam capazes de melhorar a sua actuação neste domínio, ao invés de despender esforços desnecessários na criação de uma carreira com a intenção de criar novos profissionais.
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Deste modo, a APEEPH, tendo tido conhecimento através da comunicação social, da hipotética formação de novos profissionais para este sector, considera-a despropositada uma vez que, a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar deve ser assegurada pelos enfermeiros que possuem todas as competências necessárias para tal."
Deste modo, a APEEPH, tendo tido conhecimento através da comunicação social, da hipotética formação de novos profissionais para este sector, considera-a despropositada uma vez que, a prestação de cuidados de emergência pré-hospitalar deve ser assegurada pelos enfermeiros que possuem todas as competências necessárias para tal."
Quem fala assim não é gago....
ResponderEliminarEspermos que sejam ouvidos...
Sei que o comentário em nada tem a ver com o artigo mas convido a todos a verem o movimento que se está a gerar nos estudantes de enfermagem que no dia 7 de Abril iniciarão em Braga uma Acção de Sensibilização e que durará até ao ENEE. Apoiem os futuros enfermeiros deste país.
ResponderEliminarCumprimentos
Carlos
Sei que o comentário em nada tem a ver com o artigo mas convido a todos a verem o movimento que se está a gerar nos estudantes de enfermagem que no dia 7 de Abril iniciarão em Braga uma Acção de Sensibilização e que durará até ao ENEE. Apoiem os futuros enfermeiros deste país.
ResponderEliminarCumprimentos
Carlos
Já era tempo de os enfermeiros fazerem algo pela profissão. Assistimos frequentemente a alguns profissionais ou técnicos (alguns novos e ainda fresquinhos) a acercarem-se da enfermagem, temos de actuar, antes que seja tarde... No caso da, na minha opinião, moribunda enfermagem de reabilitação, os enfermeiros generalistas deviam ter mais formação e actuação nesta área, combatendo a lacuna terrível da enfermagem neste campo. A enfermagem obstétrica é uma das áreas onde a enfermagem é mais autónoma (outras das suas áreas deviam tomá-la como exemplo), mas porque não ir mais além e fazer o acompanhamento pré-natal sem complicações?
ResponderEliminarInteiramente de acordo com a apeeph. Pra quê formar mais gente se temos gente mais que especializada e pronta pra actuar no PH. Esperemos que a voz de um caldeira armado em visionario e detentor da verdade não se faça ouvir , pois qualquer dia, ninguem se entende no PH e assim, casos como os que estão em voga, relacionados com o INEM, irá haver aos montes.....
ResponderEliminarDe onde terá surgido esta ideia???
ResponderEliminarDevem andar a ver muitos filmes americanos ou séries que não passam de ficção...
Não chegam as SIV's e ainda querem PARADOUTORES... qual a ideia??? Criar uma classe cuja remuneração seja ainda mais baixa que a misera remuneração dos Enfermeiros??? Só pode!
Que ninguém me venha dizer que é para prestar melhores serviços...
Já agora, e por falar em SIV's... mais uma vez, será certamente um bom meio para transferências inter-hospitalares... pois não estou a ver conseguirem dar resposta ao pré-hospitalar em locais onde as corporações de bombeiros têm + de 200 saidas/mês (por vezes 3 ou 4 simultaneamente...) com uma SIV apenas (se colocassem 4 ou 5 talvez...)
Porque criar estas guerrinhas no pré-hospitalar???
Qual o verdadeiro interesse do INEM em criar estes atritos se, por mais que o desejassem, não conseguem existir sem as Corporações de Bombeiros?
Querem melhor serviço, com pessoal com mais formação? Muito bem: Invistam na formação do pessoal que já está no terreno (pois nestes motivação não falta concerteza... são voluntários!) e que já tem toda uma estrutura formada de meios e comunicações...
Actualmente é do conhecimento público as dificuldades do voluntariado, pela actual conjectura socio-politico-económico-cultural existente... Espero estar enganado, mas ao passarem para segundo plano os bombeiros, estes vão escacear ainda mais nos quarteis (não vão estar lá de braços cruzados à espera que a SIV esteja Não disponivel ou INOP...) e não se faz pão sem farinha...
Como já disse, não me parece que o INEM consiga a curto/médio prazo prescindir ou tornar-se autónomo dos serviços dos Bombeiros (com SIV's ou PARADOUTORES.) Mas enquanto esse dia não chega... muitos episódios como o de "faBaios" poderão acontecer: Estou sozinho!
Uma notícia interessante do brasil:
ResponderEliminarUma decisão administrativa simples e polêmica está se revelando um dos melhores remédios para a saúde pública de Brasília. As constantes faltas dos médicos ao trabalho caíram 22% desde que o governo do Distrito Federal (DF), há exatos dois meses, mandou afixar diariamente em painéis nos centros de saúde e hospitais as escalas dos profissionais de serviço.
Além de nome por nome de cada médico, o painel mostra também o telefone da ouvidoria da Secretaria da Saúde para que os pacientes possam reclamar do atendimento ou da ausência do médico escalado para o trabalho diário ou plantão.
Os resultados da medida são evidentes, mas azedaram o relacionamento entre o presidente do Sindicato dos Médicos do DF, César Galvão, e o secretário da Saúde, Geraldo Maciel. Duas semanas atrás, em uma das primeiras reuniões do início da campanha salarial dos médicos, Galvão agrediu Maciel em uma sala da sede do governo distrital e foi preciso chamar os seguranças para conter o médico sindicalista.
o obhectivo não é passar os bobeiros para segundo plano. criar a figura de paramédico, isso sim, seria passar os bombeiros para segundo plano. o objectivo é rentabilizar os profissionais já existentes, que pode passar pela melhoria da formação dos bombeiros...
ResponderEliminarExistem países onde os Bombeiros têm que ter um determinado número de enfermeiros...porque fazer o mesmo em Portugal? Porque não dar mais formação a um grupo específico de bombeiros que juntamente com alguns enfermeiros formariam a base da generalidade do PH em Portugal, deixando apenas as VMER com médico e enfermeiro para determinados casos! Era só integrar as SIVs nos Bombeiros. Se cada corporação de bombeiros tivesse uma SIV ganhava toda a minha gente ganhava com isso:
ResponderEliminarOs bombeiros aumentavam as suas competências no PH, agora com apoio de enfermagem;
Os enfermeiros nos bombeiros poderiam desenvolver diversas actividades na área da saúde e formação,dentro dos Bombeiros ;
As VMER mantinham a sua função e utilidade e poderiam trabalhar em articulação com as SIV.
A parte da coordenação dos meios poderia manter-se centralizada no INEM como agora o é!
É assim tão complicado?
Existem muitos bombeiros com pouca formação, mas também existem outros muito motivados e que poderiam ser úteis e penso que na esmagadora maioria dos casos as vítimas ficariam bem entregues a um enfermeiro e um bombeiro, até poerque se forem bem treinados são dois profissionais que se podem complementar bem.
Deixem-se de guerras parvas e pensem no bem das pessoas.
Os médicos, como é óbvio tb têm uma importancia fundamental, mas julgo que deverá estar mais vocacionada para a retaguarda, para o hospital, para a integração de unidades móveis em caso de catástrofe. Temos que saber racionalizar os recursos que temos e não inventar!!!
Independentemente das guerras de classes existente, existe uma dúvida persistente, quem vai financiar esses novos elementos?
ResponderEliminarSe analisar que a ordem de marcha dos SNS é a redução de custos, que tem originado o encerramento muitos serviços de saúde básicos a população, lançando para o desemprego centenas de profissionais, como é que depois vai existir avultadas somas para a existência desse profissionais para actuarem na área do Pré-Hospitalar?
Será que esse pai tem capacidade financeira?
Ou teremos a continuação de andarmos a formar profissionais para depois não actuarem nas áreas, ou pior estarem no desemprego.
Obrigado
Antes de mais, deixe-me enviar-lhe os meus parabéns pelo fabuloso blogue "doutorenfermeiro". Já tem imensos leitores!
ResponderEliminarCheguei até aqui, porque me falaram nele e gostei do que vi e li!
Resta-me dizer que, concordo com a presença dos enfermeiros no ph!
E ainda bem que os enfermeiros se unem em benefício de si próprios!
sempre a contradizer-se
ResponderEliminarA classe começa a dar os primeiros passos em em voz sincrona.
ResponderEliminarÉ um bom começo.
Vamos la a isto sr enfermeiros!!! Unidos para lutarmos contra as adversidades que nos surgem... Assim sim, força...
ResponderEliminarO pré-hospitalar será num futuro próximo uma area onde o enfermeiro terá um papel de destaque,seja no inem, seja nos bombeiros,seja na cruz vermelha.porque a profissionalização deverá ser uma realidade e porque o enfermeiro continua a ser o profissional mais adequado para a função, apesar e DIGO APESAR, de a maior parte das escolas de enfermagem em portugal estarem de costas voltadas para esta realidade e não existir formação especifica para o pré-hospitalar.É pena...
ResponderEliminarEnfermeiros na rua... tou pra ver... Lá pra 2050 +-...
ResponderEliminarIsto do Dr.Enfermeiro e de blogues de igual teor põe mais uma vez a nú a enorme falta de civismo,assertividade e ,acima de tudo, desconhecimento das causas que estão em discussão.
ResponderEliminarSalvaguardando alguns comentários cívicos e conhecedores das matérias em questão a verdade é que para além disto este blogue é base profícua de todo o tipo de mentalidades débeis onde abunda a expressão máxima da inépcia mental a que muitos indivíduos e classes profissionais(com pena minha) estão votadas.
Respeito a Enfermagem,como classe, tal como respeito todas as classes profissionais, mas temos que assumir efectivamente a baixa qualidade mental de muitos destes blogues,e especialmente este, mas… conhecendo o seu autor outra coisa não era de esperar.
É característico deste blogue o achincalhar de profissionais,o disparar contra a dignidade mental de outros profissionais sejam eles quais forem,o apontar o dedo como se os intervenientes dos comentários "tristes" fossem donos absolutos da verdade e se esta se revestisse de um dogma inabalável.Dogmas ? não existem !Agora o que existe é muita gente cujo "crossing-over" na sua formação correu muito mal, e tiveram ainda viabilidade suficiente para nascer. Tal facto deve-se provavelmente a mais um dos milagres da Natureza.
E o que faz esta gente ? Ocupa estes blogues com o tipo de comentários que exprime e comprova que Darwin não tinha razão quando afirmava a “sobrevivência dos mais aptos”.
Salvaguardando os comentários civilizados e construtivos este blogue é manancial imenso das mentalidades com velocidade de processamento torniquetada por neurónios aos quais faltam um potencial de ação capaz de fazer a diferença.
Quando a esmagadora maioria destes autores, neste blogue e noutros, conseguir crescer e fazer crescer a sua profissão ou classe sem que para isso tenha de efectuar ataques a outras classes e melindrar seja de que forma for a dignidade mental de outros profissionais ,então ai será grande.Sera concerteza um grande homem e uma grande mulher.Pois consegue crescer de forma autónoma.Sem que para isso tenha de difamar ou “pisar” alguém.
Até que isto ocorra parece-me que tais mentalidades vão continuar a fazer sucessivas mas infrutíferas trocas para atingir o que não tem ….Um potencial de ação efectivo,assertivo, qual convulsão inconsequente….Muito disparo,mas sem acertar o sítio certo.
Ao exmo enfermeiro do CHLC(num hospital do centro de Lisboa), digno autor deste blogue,sei que provavelmente não autorizará a publicação desta minha …digamos…cogitação,mas não é algo que me preocupe.A Internet é enorme.
Se porventura aceitar a publicaçao destas palavras, então ficarei concerteza surpreendido.
É um passo a mais no percurso !