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sexta-feira, abril 25, 2008

"Upgrade" de funções dos Enfermeiros: ó Maria (de Belém).... ilumina lá os "Filósofos"!


Depois de "metade do mundo" já ter opinado a favor dos Enfermeiros em várias matérias (porque infelizmente os Enfermeiros que deviam fazê-lo, andam a estudar matemática europeia), é a vez da ex-Ministra da Saúde, Maria de Belém Roseira, dizer que "é essencial redefinir as competências dos Enfermeiros, para que sejam mais diversificadas"!

É que em pleno Séc. XXI, os profissionais com formação superior mais dependentes de outrem, são os Enfermeiros. É que "palha" que ainda usam nas escolas - que pomposamente vai enfeitando o balão denominado de "intervenções interdependentes" - é um conceito bonito, mas é sinónimo de "execução-simples-e-sem-direito-a-alvitrar-muito"!

A invulgar e dotada Prof. Lucília Nunes é que gosta e apoia o "serventilismo-ao-médico".
Na sua teoria (que data do Séc. XVII), os Enfermeiros devem e podem algaliar (por ex.) quando o médico se dignar a movimentar as suas luxuriosas pernas, no sentido de deslocar o seu delicado e prodigioso cérebro para junto de um "conjunto-de-ossos-e-carne-com-luvas-brancas-nas-extremidades" (estrutura esquisita e macabra que muitos denominam de "Enfermeiro"), e magnanimamente disser: "pode algaliar"!
Ou então, como acontece várias vezes, esperar duas horas para ouvir dizer: "dê um paracetamol"!
(Sim povo português, é verdade verdadinha que, legalmente, não podemos administrar um ben-u-ronzito autonomamente)
Comigo, funciona a teoria do "faz-que-souber-em-prol-do-utente", e ainda não fui a tribunal. É que os "não-Enfermeiros" também sabem reconhecer onde não se pode calcar (e sim, conheço escrupulosamente a lei)!
Se é preciso intubar uma PCR, e se os Enfermeiros sabem... para quê esperar (segundos preciosos) até chegar um licenciado em medicina para vir "salvar" uma ex-PCR, presentemente cadáver?

Ora como todos sabemos, ainda muitos médicos estão a pensar em mexer a primeira perna, já os Enfermeiros resolveram a situação, senão muitas "bexigas estoiradas" faziam notícia de primeira página nos jornais dos escândalos!

Vamos lá ver (pela nossa parte e pela tutela) se o conselho da Maria (de Belém) é seguido, pois não é preciso pensar muito para compreender o upgrade de funções dos Enfermeiros só tem benefícios para todos (e acaba com os tiques "jet-séticos" de muita gente que anda a passear batas brancas pelo hospital)!
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Há "coisas" majestosamente absurdas. Um exemplo concreto (como este há muitos outros): porque é que Enfermeiros, que também são formadores de médicos no INEM, não têm a mesma autonomia no "terreno"? É paradoxal, mas em Portugal, um "professor" pode ensinar um "aluno", mas não pode fazer o que um aluno pode? Isto é irreal.
(O Gardingo e o Henri Bergson têm razão: é no Élan Vital dos Enfermeiros que reside a solução!)
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P.s. - Não podia deixar em claro a press release da Ordem dos Enfermeiros, que contesta a presença de apenas um profissional de Enfermagem (tal como já tinha sido referido neste blog há uns dias) na composição da nova equipa da Missão para os Cuidados de Saúde Primários.

45 comentários:

  1. Corrosivo.... mas falou com todas as letras! Parebéns! É por isso que este é o maior blogue de enfermagem!

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  2. Hoje disseram-me quem era o doutorenfermeiro. Fuquei supreendida. Parabéns. Carismático virtualmente e carismático em pessoa!
    Força Sr. enf.!! Tem muita gente consigo, e agora que sei quem é, ainda mais!!!!

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  3. Tenho pena que nem toda a gente leia o seu blog.

    Tenho ainda mais pena que muita gente passe pela enfermagem sem se preocupar com o futuro da nossa profissão.......

    Estou farto de ver as pessoas queixarem-se e pensar que parte da culpa do estado das coisas é delas.

    Temos a ordem que merecemos.

    Eu sei que é uma afirmação muito forte (não desejo esta "ordem" a ninguém!), mas estamos assim durante 4 anos sem alternativas porque não tivemos a coragem de mudar.

    Não quisemos ir votar. Não optamos pela mudança (e tinhamos duas opções....).

    Enfim.... só o futuro dirá a sorte da nossa profissão.

    Não quero que pensem que sou fatalista. Sei que a mudança está presente em todos nós e que temos força para inverter a maré.

    Apenas falta a gota que vai transbordar o copo....

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  4. Este blog é extraordinário pela pertinência e pela qualidade!
    Parabêns ao Dr Enfº, e a todos os que
    participam.
    Acredito que a criação e a divulgação
    deste blog, sejam percurssores de grandes mudanças na Enfermagem em Portugal.
    Obrigado Dr Enfº, somos muitos a pensar como o Colega, e a união faz a força!

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  5. Excelentíssimo Dr. enf.
    que belo post! Sem papas na língua!
    Este blogue está cada vez melhor! No meu serviço, os enfermeiros mais novos todos conhecem o doutorenfermeiro! O blog claro! O resto, está no segredo dos deuses...
    A colega em cima disse que era carismático em pessoa....gostava muito de saber quem era....

    Abraço do Sul

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  6. O que me entristece é que já sou enfermeira há 14 anos e ainda estamos no mesmo patamar.Afinal !! protocolos , manuais de actuação ???SERÁ QUE ISTO IA LÁ COM A TAL PETIÇÃO !
    QUE ESTRATÉGIAS??? SOMOS TANTOS E TÃO POUCOS!
    Temos que agitar a Ordem, exigir que façam alguma coisa (mas não esqueçam qdo nos convocam somos tão poucos ...é que se fossemos todos nem chegava o pavilhão atlantico)Temos que nos organizar em cada serviço , recolher assinaturas e todos a protestar sem medos de retaliaçoes porque seriamos todos BOA!

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  7. Cada vez há mais simpatizantes da petição on-line!!

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  8. Vamos a isso. Petição on-line será!
    Ó dr. enf. o seu blog está a levar ondas nunca vistas entre os enfermeiros! Parabéns!

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  9. Desculpe DE pelo repost, mas acho que se justifica:

    Então a petição ou assembleia geral ou email a circular, ou seja lá o que for????!!!

    Fica tudo em águas de bacalhau???!!!

    DE: chegou a hora de tomar o pulso à coisa e avançar com isso. Ninguém melhor posicionado para o levar a cabo que o próprio DE.

    Apoio não lhe há-de faltar!

    Pelo menos dê-nos algum sinal se tem em mente encabeçar (ou não) uma iniciativa de tal natureza.

    Cumps

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  10. Algo para todos (enfermeiros, sindicatos, Ordem) pensar-mos:



    ""Pior do que você querer fazer e não poder,
    é você poder fazer e não querer""

    Santana

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  11. O Vítor A. Tem razão. A petição on-line será umas das formas de mostrar o nosso descontentamento.

    Uma outra passa por fazer BOICOTE às QUOTAS que todos os meses pagámos à OE. Se não defende a classe, se não procura a sua evolução, e acima de tudo não a regula, então mais vale não existir...

    A outra e não menos importante DIVULGAR este site pelo maior número de Enfermeiros, quer verbalmente, quer imprimindo os "posts" do Dr. Enfermeiro e fixando-os pelos serviços onde trabalhámos.

    Na minha opinião é ESSENCIAL que o Dr. Enfermeiro se mantenha no anonimato,pelo menos para já, enquanto o movimento de descontentamento não estiver devidamente organizado.

    NEL

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  12. O doutorenfermeiro é um ponto de referência para os enfermeiros com uma nova perspectiva da profissão!

    Nuno

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  13. O doutorenfermeiro é um ponto de referência para os enfermeiros com uma nova perspectiva da profissão!

    Nuno

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  14. um homem é um homem, e este post nao deixa duvidas nenhumas que o dr enfermeiro é um grande homem que diz aquilo que tem que ser dito e não teme, porque simplesmente sabe o que pensa e pensa o que sabe !!!


    Eu sou aluno de mais uma velha e cansada licenciatura, mas mesmo assim, contra ventos e marés, ficarei de pé, não desistirei e hei-de ser enfermeiro, um enfermeiro que, ao contrario de outros profissionais, nao precisa de um prestigio cego de outrem que lhe facilite a vida, porque serei acima de tudo enfermeiro de alma e coração, a parte do exterior e das aparências deixo para os srs drs., porque acredito que essa máscara há-de cair um dia...

    connosco quem quiser, contra nós quem puder (é só isto que temos que meter na cabeça caros amigos)

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  15. A Enfermagem está perdida irremediávelmente, vítima de erros sucessivos perpetrados na última meia dúzia de anos. A recuperação, a acontecer, demorará décadas e nem os discursos mais refulgentes poderão alterar o estado das coisas. Nem 1000 doutoresenfermeiros nos valerão, a não ser para administrar a terapia anti-depressiva diária por via web a um bando de enfermeiros irremediavelmente inundados por uma melancolia de uma profissão que já o foi, debitando no teclado quimeras acerca da Enfermagem,mas que afinal sem darem conta vivem sentados no topo dos escombros da classe ruída .
    Não adiantam discursos se não conduzem à acção, pois é de acções que o mundo alimenta o seu perpétuo devir, e acções não se vêm nesta classe, que é cada vez mais um deserto onde nada se passa, onde de vez em quando lá vem um ou outro arrastando-se, impelido por miragens que apenas o levam ao vazio.
    Resta-nos blogs como este onde de quando em vez depositamos toda a nossa prosápia, e para nos fazer acreditar que as coisas ainda podem mudar pois alguém ainda resiste ao míldio que já fez definhar a quase totalidade dos enfermeiros.

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  16. "A Enfermagem está perdida irremediávelmente"
    - é forte esta afirmação e muito pessimista e redutora com a qual não concordo não podemos cruzar os braços e ficar á espera que alguem faça algo por nós.
    " Nem 1000 doutoresenfermeiros nos valerão"
    -mais uma triste afirmaçã! ai é que reside a solução, NA UNIÃO. Todos pela profissão, temos a responsabilidade do cuidar, isso não devemos perder de vista, os utentes sabem disso e estarão comnosco
    " bando de enfermeiros irremediavelmente inundados por uma melancolia de uma profissão que já o foi"
    -mas que idiotisse! (permita-me o comentário)não posso concordar! é uma afronta a uma profissão deveras importante e que precisa de tratamento medico (sim medicação , já não vai lá com relação empática e com diagnósticos de enfermagem mas com terapêutica porque delíra!)
    "nesta classe, que é cada vez mais um deserto onde nada se passa"
    - para sua informação,o deserto tem vida e rica!aparentemente pode parecer árido mas como eu muitos outros esperam por uma estratégia muito bem definida para que não percamos mais tempo AGIR É A PALAVRA DE ORDEM!
    EU TENHO DIVULGADO O BLOG!

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  17. Anónimo das 8:40

    Coneço bem a nossa classe na actualidade e afirmo :Daqui a uma dúzia de anos ainda andaremos às voltas pelo deserto

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  18. Pelo que depreendo das suas palavras não vai fazer nada é isso!?

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  19. Esta mudança de discurso da actual Ministra se calhar advem da actual negociação|encontros entre Ordem e Governo para tentar implementar o Modelo de Desenvolvimento ? Não?

    Conscordo consigo quando se refere que temos que definir competências, por vezes existem áreas cinzentas na lei que faltam definir.

    Existe alguma conguência, também pois se os Enfermeiros dão formação de Suporte Avançado a outros profissionais incluido médicos, têm que ter a mesma autonomia para qual estão certificados para dar formação.

    Bem pelo menos o qe o REPE actual diz é que tudo aquilo que sjamos reconhecidos e tenhamos competências para tal devemos faze-lo!

    Estou certo que se um de nós presenciar uma PCR actua... certo. Trabalhei numa Unidade de Cuidados Intensivos onde eramos autonomos... como haviam protocolos de actuação e prescrição . Todavia regulamentar será necessário...

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  20. Anónimo das 8h58m

    O que eu disse está patente nas palavras usadas: Não extrapole para além delas

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  21. Sabe que um lider dava jeito! Porque não começar? e assim não se anda ás voltas no deserto mas sim com um rumo certo!

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  22. Pois dava! Mas a maioria dos enfermeiros é mais "liderável" voluntáriamente por um médico do que por alguém da sua própria classe (infelizmente)!!!
    E para mais os líderes actuais da Enfermagem deixam muito a desejar.Se alguém tem pretensões de assumir a liderança das fileiras da Enfermagem é melhor que as consume rapidamente antes que o pelotão seja definitivamente "chacinado" pelos obuses que nos caem na cabeça vindos de todo o lado.

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  23. Precisávmaos era de alguém competente e completamente diferente dos que temos. Deviam era sugerir algum nome e tentar dar-lhe toda a força possível. Não vejo mais nenhuma solução. Mas aceito outras...

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  24. Ño meu serviço o doutorenfermeiro
    e um simbolo da revolta e do pensamento reflexivo.
    Aqui, em Lisboa, também afixamos os posts no placard do gabinete de enfermagem.

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  25. Ena pá....tanta dor de cotovelo.....esfrega, que passa.

    E tanto que há por fazer nesta terra....e se trabalhassem!?

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  26. pois é, mas será que nem umas manifestações conseguimos organizar?

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  27. Meus amigos,
    Petição, reunião, organização, ou outras coisas acabadas em "ão" são excelentes propostas, mas tem que ser dado o passo seguinte. Penso que estará para breve, certo,estimado colega doutorenfermeiro?

    "acaba com os tiques "jet-séticos" de muita gente que anda a passear batas brancas pelo hospital" (DRENF:2008)

    Neste "espectro" uma palavrinha para os profs.: SÃO UMA VERGONHA (a maioria). São eles próprios responsáveis por 90% da crise "existencial" da enfermagem. Querem é trabalhos (que os desgraçados dos formandos têm que fazer, claro - ao estilo Lúcilia Nunes e afins).

    Alguém escreveu acima que os enfermeiros preferem ser "comandados" por um "não-enfermeiro do que por um da sua própria classe. Não sendo generalizável, porque será? E neste "barco" incluo os "chefes". São eles, muitas das vezes factor de instabilidade, de DESUNIÃO, DE AZIA, DE INTRIGA, DE INJUSTIÇA. Podia dar mais exemplos mas...
    São alguns destes agentes (chefes, especialistas - de quê, já agora?, docentes, sindicalistas - ORDEM) que cavam o fosso entre os pares, no seio da classe.
    Não nos basta as amarguras da vida diária para ainda termos de aturar os devaneios ou indisposições deste ou daquele que se julga o maestro da orquestra. Pior do que isso é cair no ridículo de repreender sobre assuntos que não dominam ou que não executam, porque nestas coisas meus amigos, só erra quem faz. E onde é que está escrito que o enfermeiro chefe ou especialista não trabalha a par com os demais?

    Bem, hoje deu-me para aqui...

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  28. "Os profs são um vergonha"

    Quem ensina o que sabe a mais não é obrigado.
    Mas será normal alunos de enfermagem terminarem licenciaturas sem saberem o que é um desbridamento autolítico?
    Sem saberem para que serve uma placa hidrocolóide?
    Sem nunca terem treinado, ou pelo menos simulado qualquer técnica básica de reabilitação?
    Será que não deveria existir um grupo restrito de institições e de enfermeiros especialmente preparados e vocaciodados para o ensino clínico de enfermagem?

    Muitos vezes o que vemos é estudantes a treinarem a ser "desenrascados", a terem o doente "pronto" a horas!!

    Mas que absurdo é este!!

    Cada vez há menos exemplos bons das escolas de enfermagem...


    Assim não vamos lá!!

    FORÇA COM A PETIÇÃO ONLINE!!!

    Podemos ter algumas divergências, mas do grupo de frequentadores habituais deste Blog há muitas ideias para a enfermagem...não é só criticar!!

    Cumprimentos a todos

    FILIPE

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  29. Acho que devía-mos criar uma associação independente de Enfermeiros (à laia do movimento cívico contra as portagens na ponte 25 de Abril por explo) que operasse sem estar constrangida pelas amarras de uma lógica partidária( sindicatos ) ou de pseudo-intelectuais elitistas (OE)e cujo objectivo seria tornar visíveis ideias prolíficas acerca da Enfermagem como algumas que se revelam aqui e denunciar situações a combater que por algum motivo os nossos representantes escamoteiam da opinião pública.

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  30. FILIPE,
    o faria se fosse bastonário da OE?
    BRANCO

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  31. "Acho que devía-mos criar uma associação independente de Enfermeiros (à laia do movimento cívico contra as portagens na ponte 25 de Abril por explo) que operasse sem estar constrangida pelas amarras de uma lógica partidária( sindicatos ) ou de pseudo-intelectuais elitistas (OE)e cujo objectivo seria tornar visíveis ideias prolíficas acerca da Enfermagem como algumas que se revelam aqui e denunciar situações a combater que por algum motivo os nossos representantes escamoteiam da opinião pública."

    Isto da associação já propôs..

    Alias, todas as ideias aqui são viáveis... Até um certo ponto.. Isto é, em termos práticos, poucos colegas se dignificam a estarem presentes para qualquer actividade (ex: AGs).

    Temos alguma dificuldade em juntarmos...

    Primeiro cria-se um grupo de pessoas.. Depois aí debate-se qual a estratégia a adoptar..

    Cumprimentos!

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  32. Olá Doutor Enfermeiro:
    Porque gostamos da sua forma frontal de pôs as questões. Questiona denuncia com perícia a situação actual da enfermagem e luta por aquilo que acredita...
    Porque estende a mão a quem lhe pede ajuda e também para não quebrar a corrente do "é um blog muito bom sim senhora" deixamos-lhe no "milagre de vida" uma nomeação.
    Parabéns!

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  33. "o faria se fosse bastonário da OE?"

    Acordava para a realidade, já que a actual bastonária está num sono profundo...

    FILIPE

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  34. Depois:
    - Revisão do REPE, das competências dos enfermeiros...o acto de enfermagem;
    - Novas especialidades e com competências acrescidas...
    - Criava vários níveis de enfermagem, com grupos de enfermeiros altamente especializados e qualificados E COM NOVAS COMPETÊNCIAS TÉCNICAS e objectivas;
    - Terminar com as AAM no apoio aos enfermeiros (não são mais do que ajudantes de enfermagem) - o nome pouco importa, mas o que interesa é que teriam que ter uma formação profissional mínima e acreditada pela OE - não é necessário terem muito mais funções do que as que agora detêm, mas terão de ser enquadradas como alguém com conhecimentos básicos na área da enfermagem e dependentes funcionalmente de enfermeiros diplomados;
    - muito maior exigência nas escolas de enfermagem, nos estágios, nos orientadores de estágio, ...e com isto diminuição da formação de enfermeiros de base (apostar na diferenciação);

    ...
    ...

    FILIPE

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  35. Gostei do que escreveu FILIPE.
    Tudo isso têm de ser aprovado e publicado em DR, não basta a OE querer. É necessário influência política...
    Por acaso até acho que há um deputado do PCP que é enfermeiro, mas omite esse facto do seu CV, no site oficial da AR. Pertence à comissão parlamentar da saúde mas apresenta-se como jurista.
    BRANCO

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  36. "...há um deputado do PCP que é enfermeiro, mas omite esse facto do seu CV"

    Há descriminação política dos enfermeiros em Portugal, não tenho muitas dúvidas sobre isso...e é transversal aos vários patidos.

    E há mais exemplos: O Rodolfo Moura (era fisioterapeuta ou enfermeiro?) não me recordo de se indignar muito quando o tratavam por fisioterapeuta...

    Mas quando são os professores de enfermagem que não gostam de serem identificados como enfermeiros...

    Isto diz tudo, caro BRANCO...

    E assim é dificil ...

    Acho que fizemos as escolhas erradas em alturas cruciais do nosso desenvolvimento profissional, ficámos cegos com a licenciatura e não crescemos técnicamente, não nos diferenciámos ...

    FILIPE

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  37. Digo, "discriminação política".

    FILIPE

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  38. Estimado colega Filipe,
    Deu algumas sugestões, mas há mais...
    Por exemplo:
    - as especialidades deixarem de estar no foro das EscolasSEnf.;
    - deixar de pagar para fazer uma especialidade e, à semelhança de outros profissionais, passar a ser PAGOS PARA A FREQUENTAR...

    Mais há mais...

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  39. Caro hugo roque:

    De acordo!
    O problema é que mesmo que a OE concorde com algumas destas sugestões, demora um eternidade a fazer qualquer coisa e quando tenta fazer...ops...já passou...é preciso saber aproveitar as oportunidades!!

    Se os enfermeiros tivessem ganho/mantido competências em diversos domínios (saúde ocupacional, reabilitação, saúde ambiental e comunitária, exames complementares de diagnóstico) o mercado poderia absorver mais facilmente o excesso actual de enfermeiros. O que "fizemos" foi o contrário...

    FILIPE

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  40. Há de facto aqui uns colegas que defendem outra visão da enfermagem ...termos níveis de enf? de novo Auxiliares de Enfermagem (é a visão qd falam dos AAM)? querem enf de 1ª e de 2.ª como de sessentas a 75? querem cá o que em todos os países os enf pretendem acabar (outra coisa são as condições)? enf nos ECD ...quê? tirar sangues, fazer rx e ecg, pôr talas e fazer suturas (léxico dos anos 80)?
    Ó colegas, se não vos ensinaram, vão estudar a história da profissão. Contra isso fizeram os enf a maior greve de sempre, no referido prec em 75 ...muitos ainda cá estão. Era bom falarem ...e ouvirem ... ouvirem
    abraço, do colega de Braga

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  41. Caro colega das 10.36:

    A questão das auxiliares de enfermagem é um mito sem sentido...o que fazem as AAM nos hospitais, nomedamente nos serviços de medicina?
    O que fazem as ajudantes de lar nos lares de idosos?
    Se fossem auxiliares de enfermagem a qualidade dos cuidados melhorava, ou não? Ou quer colocar enfermeiros a substitui as AAM? Ah!!! é por isso que ainda faltam tantos enfermeiros em Portugal...
    se os enfermeiros cada vez têm menos competências, estão a ser formados tantos para quê?
    É que não consigo perceber a estratégia!!
    É ver fisioterapeutas a mobliza5r doentes totalmente dependentes nas enfermarias e fazerem cursos de preparação para o parto e querem fazer os partos!!! Os técnicos de análises a colherem sangue nos serviços!! Numa situação de emergência, lá vem o técnico fazer o ECG...para quê? Não era uma mais valia para a empregabilidade dos enfermeiros continuarem a fazer estes actos...é que os médicos fazem-no!! Tambésm algaliam, também puncionam veias periféricas, fazem ecg...
    Se souber a história da enfermagem vai perceber uma cois a muita simples: Se contuarmos assim a nossa profissão corre o risco de desmoronar...nós só ganhámos graus académicos, mas perdemos competências técnicas que são a base do sucesso de uma profisssão nos nossos dias...
    Os enfermeioros não ganharam autonomia.
    Os terapeutas da fala, os fisioterapeutas e os assistentes sociais ganharam muito melhor o seu espaço e sem terem uma Ordem Profissonal e sem terem assento nos conselhos de administração...
    Não acha isso estranho?

    FILIPE

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  42. Gosto muito dos textos, concordo com a maioria das ideias.

    Também sou Enfermeira e gostava de lhe fazer um reparo, não me leve a mal, é de coração.

    Entubar e não intubar, é que infelizmente aos Enfemeiros não se perdoa nada, nem erros ortográficos.

    Queria também deixar aqui uma nota, muito do espaço que perdemos, perdemos por culpa própria. Deixámos de realizar certas tarefas porque muitos saíram das Escolas com esses tiques de "jet-setismo" característicos de outros.

    Culpa nossa e da Ordem, claro está, mas afinal houve eleições há pouco tempo e ficou tudo igual...

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  43. SEMPRE A BATER NOS SEUS ÓDIOS PESOAIS DE ESTIMAÇÃO....
    DEPOIS É GIRO VER FALAR DE PETIÇÕES, DE MOVIMENTOS CÍVICOS.....
    FALAM, FALAM MAS SÓ TECLAM.
    DEPOIS INVENTAM QUE EXISTEM ENFERMEIROS ONDE NÃO EXISTEM.
    AH SIM UM ACESSOR DO BE QUE É ENFERMEIRO E CHAMA-SE ANDRÉ BEJA.

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  44. Boa intenção neste artigo, no entanto parece-me muito corrosivo e dá impressão de "azia" por aparte de alguém.
    Se a nossa classe está como está, e esta é uma discussão eterna, é sim por nós termos a mania de querer ser médicos pequeninos ou de querer parecer bonitinhos para os médicos de verdade. Esta guerra armada aqui contra médicos e afins parece-me um tanto ou quanto infantil, quase sem sentido, porque se os médicos agem de alguma forma connosco é porque nós permitimos que assim seja.
    Agora que expus a minha retórica muito gira, tenho uma sugestão prática: e que tal trabalharmos em conjunto para sermos enfermeiros de verdade, procurando deixar os conflitos dos enfermeiros entre os enfermeiros, procurando criar uma cortina de ferro que nos proteja, que tal sermos totalmente autónomos e não sermos vassalos de ninguém (seja por ignorância, laxismo ou num esforço de agradar alguém com estatuto "superior")?

    Só peço ao dr Enfermeiro deste blogue para pensar mais em nós e menos nos médicos, porque não são o nosso principal problema ainda. Só quando nós formos fortes como profissão e sabermos elevar o nosso estatuto poderemos ser tidos em conta. Pensem nisso.

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