quarta-feira, março 31, 2010

Greve dos Enfermeiros na Comunicação Social!










Memory refresh...


Imagem: tabela Salarial dos Professores, fruto da recente negociação do Estatuto da Carreira Docente.
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"Não há dinheiro" - diz o Ministério da Saúde, enquanto concede bolsas de 750 euros a clínicos deslocados e se prepara para acordar os salários da nova carreira médica, que, notem bem, exigem um aumento de 1700 euros para a entrada na grelha salarial!
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Os Médicos (Sindicatos e Ordem) têm sentado à mesa com a tutela num processo sereno e profícuo. A Ordem? Sim, a Ordem dos Médicos. Apesar desta matéria não ser da sua jurisdição, a sua presença reforça a união, bem ao contrário dos Enfermeiros, onde cada um tem a "sua mesa".
Que legitimidade tem este Ministério da Saúde para evocar a crise na negociação salarial dos Enfermeiros, quando se prepara para oferecer aumentos chorudos aos Médicos.
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Lembrem-se bem colegas, a nossa persistência (ou não) determinará, no mínimo, a nossa condição remuneratória para a próxima década!! No mínimo, reitero!

terça-feira, março 30, 2010

Greve dos Enfermeiros continua com elevados níveis de adesão....










Press Release da Ordem dos Enfermeiros: O Pizarro é mentiroso! (digo eu...)


A Ordem dos Enfermeiros (OE), de acordo com as atribuições que lhe estão cometidas, vem por este meio denunciar a degradação que se está a verificar no acompanhamento e encaminhamento dos meios de socorro pré-hospitalar, após a decisão de afastar os Enfermeiros dos CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes do INEM). Tal afastamento já acontece em Lisboa e perspectiva-se que venha a acontecer nos restantes centros a partir de 1 de Abril.

Esta decisão foi tomada sem uma avaliação prévia das suas consequências, apesar de o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Dr. Manuel Pizarro, se ter comprometido com a OE que não o faria.

Aos CODU chegam diariamente milhares de chamadas telefónicas provenientes do serviço 112 que dizem respeito a situações de doença súbita ou acidentes. A definição dos meios a envolver carece de avaliação clínica prévia, o que acontecia quando nos CODU existiam Enfermeiros e médicos. 

A concretizar-se o afastamento dos Enfermeiros que trabalham nos CODU, grande parte das chamadas serão avaliadas por Técnicos de Operações de Telecomunicações de Emergência - que não têm qualquer competência para fazer juízo clínico relativo aos dados transmitidos - dada a impossibilidade humana de só dois médicos poderem responder a todas as chamadas.

Esta situação terá feito com que, durante o mês de Março, numa altura em que durante a maior parte do horário deixou de haver enfermeiros no CODU de Lisboa, não houvesse qualquer activação de Via Verde Coronária e o número de erros de encaminhamento na Via Verde de AVC fosse de cerca de 50% (de um total de 42 activações até 15 de Março, 19 estavam erradas).

A OE considera este facto da maior gravidade, especialmente num país em que as doenças coronárias e os AVC têm uma taxa de mortalidade altíssima. Numa palavra, os objectivos que se pretenderam atingir com a criação das Vias Verdes estão seriamente ameaçados, o que significa que há milhares de portugueses em que o tratamento daquelas situações pode estar comprometido.

Esta decisão terá ainda implicações no processo de validação dos procedimentos efectuados pelos profissionais no terreno. Esse processo sofrerá atrasos expressivos que serão prejudiciais para a saúde das populações, bem como implicará o aumento significativo de chamadas não atendidas - que, segundo dados apurados pela OE, atingem hoje cerca de 25%.

Estamos perante uma decisão inqualificável que, objectivamente, diminui a qualidade do socorro pré-hospitalar.

A OE não pode aceitar que o acompanhamento das intervenções efectuadas por Enfermeiros, no âmbito da emergência pré-hospitalar, seja efectuado por profissionais não qualificados. Assim, recomenda-se que na sua acção diária, os Enfermeiros que trabalham nesta área não transmitam nem recebam dados clínicos a profissionais não clínicos.

Conforme referiu o Senhor Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, tratou-se de «fazer uma escolha».

A OE lamenta que a escolha tenha sido a de diminuir a qualidade e a segurança na emergência pré-hospitalar, em claro prejuízo da saúde dos cidadãos portugueses, e responsabiliza a Senhora Ministra da Saúde por todas as consequências que daí possam advir.

Denunciaremos, como é nosso dever, todas as situações que chegarem ao nosso conhecimento que coloquem em causa a qualidade e a segurança dos cuidados prestados em ambiente pré-hospitalar. link

Energúmenos.



"A espécie mais perigosa da estupidez é um entendimento agudo"
- Hugo Hofmannsthal -

Os Enfermeiros são demasiado suspeitos para afirmar que a Greve Geral que está a decorrer é justa. Mas as razões da mesma são tão esclarecedoras e inequívocas, que exigem um esforço hercúleo para argumentar no sentido inverso. Há alguem que se atreva a afirmar que esta greve é infundada? Aparentemente, há.
Dou dois exemplos que, se me permitem, divido em duas categorias: argumentação assente no fenómeno e argumentação assente no efeito.

Começo pela última.
É legítimo - e lógico - pensar que uma greve tem consequências. Mesmo no sector da saúde onde, pela particularidade que encerra, existe a obrigatoriedade de prestação de cuidados mínimos! 
Ora, isto só por si reflecte a importância deste sector e dos seus profissionais. É um bom indicador relativo às necessidades sociais impreteríveis (difíceis de definir).
Recorro, desde já, a uma analogia para que se perceba melhor o que vem a seguir: é natural que quem goste de viajar de avião, saiba de antemão, que o transporte será feito por via aérea, certo? Deste modo, previsivelmente, quem tem medo de alturas, não viaja, certo? Errado.

No blog Aventar comete-se esta incongruência de raciocínio. Há um indívíduo (um tal de José Magalhães) que é (era) totalmente a favor da Greve dos Enfermeiros, todavia, afirmou ontem que "os Enfermeiros perderam a razão" quando descobriu que muitas cirurgias, por força da circunstância, não seriam efectuadas. 
A tristeza deste senhor deve ter sido igual à minha quando há muitos anos atrás descobri que o Pai Natal não existia. Não sei a idade do Sr. Magalhães, mas este nosso concidadão descobriu hoje que as as greves têm consequências! Parabéns! Ainda assim, reitero o aviso: as greves dos Enfermeiros não são arbitrárias, são estruturadas com base num acordo recíproco com o objectivo de minimizar todos os efeitos dela decorrentes!

A primeira categoria a que me referi no início (argumentação assente no fenómeno) é, à similitude da última, fértil em argumentos descabidos. Encontrei dois exemplos: um, oriundo novamente do blog Aventar, outro do Jornal Expresso, da responsabilidade Cronista Henrique Raposo.
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Voltemos ao blog Aventar. Um outro autor, cujo bilhete de identidade o apelida de "José Freitas", começa assim o post denominado "Os Enfermeiros, os pilotos da TAP, os salários e a minha estupidez": "Só posso ser estúpido. A sério. Só uma clara e inevitável estupidez me impede de perceber onde estão os argumentos sensatos dos sindicatos dos Enfermeiros (...)". Não quero ser rude, a sério, mas, de facto, o Sr. Freitas é mesmo estúpido. 
Talvez evitasse este opróbrio se, antes de escrever alguma coisa, pensasse em reunir informação factual. 
Basta ler o primeiro parágrafo do referido post para extrair algumas conclusões. Não admira que nos últimos 500 anos o povo lusitano se tenha devotado ao declínio voluntário. O nosso património genético era fantástico - fenótipos com raça, audácia e inteligência. Os ácidos nucleicos diluíram-se com o fluir do tempo e, actualmente, temos, suprajacente a isto, uns Freitas aqui e acolá. Temos mesmo de aguentar com eles. Paciência.
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Sendo eu um homem tendencioso (queiram desculpar-me, mas sou humano), sinto-me mais inclinado para o artigo, crónica ou lá o que é, do Dr. Henrique Raposo no Expresso. O homem é uma máquina. Literalmente. O homem é uma máquina exímia na produção de... lixo.
De um cronista de segunda categoria, que tenta ser um imitação - barata - do ex-Manuel Ribeiro, da Revista Pública, não poderíamos ter grandes expectativas. Basta ler o que escreve.
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Este senhor, licenciado em História, habilidoso e tal, sem se perceber muito bem o que faz no Expresso (se me desse ao trabalho de procurar bem, descobriria que é filho, sobrinho ou amigo de alguém, que conhece alguém, que conhece alguém,etc, etc...), quer de alguma forma criar um estilo próprio, com base em ingredientes com irreverência, suposta coragem, frontalidade, propiciadores de celeuma e sentimentos de ira, enfim, um estilo já gasto, aborrecido e obsoleto. Não obstante, o homem tem o seu direito e as suas razões. Não quero nem pretendo saber quais são.
No entanto, quando pega na "caneta" e escreve coisas absurdas, não está a ser consentâneo com o estilo que anseia e muito menos com a verdade. Poderia estar aqui a refutar e a esgrimir argumentos como o energúmeno. Não me apetece. São tão descabidos que não valem um byte das minhas palavras ou um segundo do meu tempo.

91% de adesão no primeiro turno da Greve Geral dos Enfermeiros!


O Ministério da Saúde afirmou que a adesão rondou os 50%, quando, efectivamente, os números reais apresentam outras proporções (91%). 
O truque ministerial foi simples: contabilizou os Enfermeiros dos turnos da Manhã e da Tarde, quando a Greve, como é do conhecimento geral, teve início apenas a partir do turno da Tarde! 
Obviamente, a estatística fez "magia" e de forma ilusória, fez passar na comunicação social números que, inargumentavelmente,  pecam por defeito (e muito)! 
Não satisfeito, andou a fazer malabarismos matemáticos nos Centros de Saúde! Isso é batota!
Os Enfermeiros estão de parabéns, a adesão é esmagadora!


sexta-feira, março 26, 2010

GREVE GERAL DOS ENFERMEIROS!



** GREVE GERAL DOS ENFERMEIROS! **

Porquê? - aqui.
Orientações - aqui.
Pré-aviso - aqui.

Cunhacracia.








Diziam, os néscios, que a elevada oferta de Enfermeiros aumentaria a competitividade saudável, incrementando os níveis formativos e o empreendimento profissional. Na Enfermagem, a teoria da selecção natural, proposta por Charles Darwin, não funciona. Entre nós, predomina a teoria do autoclismo.

Nos concursos há até quem faça a seriação pela ordem alfabética dos nomes dos candidatos. Ignora-se currículo, experiência, classificações nominais ou ordinais, etc. Pouco interessa. Aliás, não interessa. O autoclismo fomenta a cunha - passo a expressão do povo!

No último concurso do Hospital de São João (Porto), as cunhas incidiram com um força descomunal. Sem critérios, a subjectividade é raínha. O tráfico de influências, rei. 

Vem um Enfermeiro e pede uma cunha para o filho ou para a filha, Enfermeiro(a). Vem  um Médico e pede uma cunha para o filho ou para filha, Enfermeiro(a). Vem um Electricista e pede uma cunha para o filho ou para a filha, Enfermeiro (a). Tudo quer cunha, tudo tem um familiar que é Enfermeiro!
Milhares de entrevistas e montanhas de currículos depois,não importa quem lá vem, a cunha já tem a porta aberta. Este fenómeno já tomou uma proporção tal, que a Enfermagem começa a parecer um jardim de cúscutas.
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Será que os membros destes júris conseguem chegar a casa e deitar a cabeça na almofada, tranquilos e serenos com a sua própria consciência?
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Como sempre, os néscios estavam errados.

Em Espanha, um Enfermeiro inicia a carreira assim...


Salário-base (calcula-se incluindo o convénio): 1993 euros
Salário ilíquido: 2713 euros
Salário líquido: 2030 euros

Ainda há quem inicie mais bem remunerado.
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Nota: imagem cedida por cortesia de uma colega emigrada... involuntariamente.

Ignorância!



É no que dá quando a mesa negocial do Ministério da Saúde/Finanças é composta por ignorantes. Vêm negociar com Enfermeiros e nem sabem o que é a Enfermagem. 
Hoje, os negociadores da FENSE, mais concretamente o Enf. Fernando Correia, prestou-se à amabilidade de lhes dar uma lição sobre especialidades em Enfermagem e outros aspectos, inclusivé os mais prosaicos.
A proposta continua aquém da justiça exigida pelos Enfermeiros: propõe a tabela de Setembro de 2009 (início nos 1200 euros) e um acréscimo de 20% para os Enfermeiros Especialistas sobre o vencimento base que auferirem da transição. Paralelamente, a tabela do Enfermeiros Chefes, Supervisores e Directores será apresentada em diploma próprio. Todos os sindicatos continuam inflexíveis nos 1500 euros! A greve mantém-se! Nova ronda negocial para depois da Páscoa!

quarta-feira, março 24, 2010

Ou vai ou racha...

Hoje, a reunião da Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros com o Ministério da Saúde estendeu-se. O Ministério da Saúde reconheceu a "injustiça da proposta", mas a representante do Ministério da Finanças... não quer ceder.
Amanhã, reunião com a FENSE. Esperanças depositadas no Enfermeiros José Azevedo e Fernando Correia.

Comunicado urgente do SIPE!


terça-feira, março 23, 2010

Horizonte.


Numa atitude sem precedentes, pautada pela rapidez na marcação de novas reuniões negociais, o Ministério da Saúde parece querer acelerar: já amanhã reúne com a CNESE, depois de amanhã com a FENSE.
Da parte dos Enfermeiros podem ter uma certeza: cedência zero

1500 euros... ou não há acordo!


"A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) vai avançar para a greve se na reunião negocial de hoje o Ministério da Saúde não aceitar a proposta de 1500 euros de ordenado para os Enfermeiros licenciados [início da carreira]" link

No preciso momento em que escrevo este post, a FENSE está reunida com o Ministério da Saúde.

Quando há coragem...


(Clicar para ampliar e ler - pág. 1)



(Clicar para ampliar e ler - pág. 2)

sábado, março 20, 2010

Livro: "Novos Horizontes da Gerontologia - Promoção da Esperança".




Sofia Raquel Teixeira Nunes nasceu em Amarante em 1981. 
Terminou a licenciatura em Enfermagem na Escola Superior de Enfermagem da Imaculada Conceição no Porto em 2003.
É Mestre em Bioética e doutoranda em Biologia Humana pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Foi docente em tempo parcial, e mantendo a actividade profissional como enfermeira, realizou projectos de formação hospitalar e de educação para a saúde a crianças do ensino básico. 
Actualmente, elabora uma coluna sobre educação para a saúde num jornal concelhio, colabora em investigação clínica como study coordinator e é coordenadora do Núcleo de Enfermagem em Cardiologia (NEC) da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC). É membro da ESC (European Society of Cardiology) e faz parte do CCNAP (Council on Cardiovascular Nursing and Allied Professions).

23...24!

Ministerio da Saúde marcou, de forma mais celére que o habitual, a próxima ronda negocial com a Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros: 24 de Março, pelas 18.30h.
Curioso, tendo em conta que a actual ronda negocial (que se iniciou dia 16 de Março, com a CNESE) só termina dia 23 de Março, com a FENSE, às 11h.
Ora, dia 23 vão trazer para a mesa o quê? Analisar e discutir o quê? A "velha" proposta? A nova? Mais do mesmo?

sexta-feira, março 19, 2010

Conversas de elevador...



Os Farmacêuticos exigem negociar uma "carreira especial" com o intuito de se demarcarem da amálga da carreira "técnica superior". Os outros "técnicos superiores" não concordam.
Se se abrir um precedente, todos os outros vão querer usufruir do mesmo direito, mas essa até nem será a questão essencial. O que me intriga é que eu não consigo vislumbrar qual a especificidade do trabalho farmacêutico, que suporte a justificação para uma hipotética excepção.

Hoje questionei Enfermeiros, Médicos, Técnicos e Técnicos Superiores, tudo e mais alguma coisa, pedi opiniões, fomentei reflexões... e ninguém compreende nem sabe justificar.
Todavia, note-se que apesar de "todos" assumirem uma posição acerca do assunto, a importância que lhe conferem não vale mais do que uma conversa de elevador. Mesmo assim, tem a dignidade de estar um "patamar acima" das conversas sobre o tempo.

O homem do cadáver...


"Ministério diz que exigências dos Enfermeiros são "injustas"" link


Onde está o "homem do cadáver"? Em última instância encontramos aqui e aqui qualquer coisa sobre cadáveres....

Tabu...



Proponho que "Falta de Enfermeiros" seja considerada uma expressão tabu
Além de enfurecer os Enfermeiros (por motivos óbvios), a mensagem que a comunicação social passa, é quase sempre, senão sempre, distorcida. 
Permitem-me que sugira? "Déficit de activos" por exemplo... reflecte melhor a realidade.

quinta-feira, março 18, 2010

Hoje, na Assembleia da República, discutiu-se Enfermagem...



Ao rubro!



Neste momento, na Assembleia da República, os ânimos estão ao rubro - discute-se sobre a Saúde! Os argumentos a favor dos Enfermeiros são inúmeros, contra, ainda não tive a oportunidade de constatar nenhum!
Nunca vi a Ministra da Saúde gaguejar tanto... frases inacabadas, sem lógica, redundantes, omissas, etc...
Que degredo!

quarta-feira, março 17, 2010

Quem anda a trair os Enfermeiros?



"Enfermeiros 'recusam' aumento de 17,7% no salário" link

terça-feira, março 16, 2010

Resultados da ronda negocial de 16 de Março de 2010.

Contraproposta do Ministério da Saúde: sem evolução salarial substancial acrescentada (relativamente à proposta anterior).

Objectivo: vencer os Enfermeiros pela exaustão, desmotivação e desunião.

Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros (SEP + SERAM): postura pouco incisiva. Pouco agressiva, demasiado passiva.

"A divergência de posições entre enfermeiros e Governo veio para ficar. Ministério da Saúde e sindicatos do sector estiveram ontem reunidos e tudo ficou na mesma. O desfecho do encontro era, contudo, expectável, depois dos enfermeiros terem reforçado o aviso de greve anunciado na passada sexta-feira.

O Governo ficou, segundo os sindicatos, de enviar "algumas ponderações" sem fixar prazo.

A contraproposta apresentada pelo Ministério de Ana Jorge pouco avançou, de acordo com os sindicatos, relativamente ao documento anterior, mantendo de pé questões que os sindicalistas consideram inaceitáveis.

Entre elas, e a que levanta maior discordância no sector, o início da carreira que o Ministério continua a fixar em 1.201 euros apenas em 2014, contra a proposta dos sindicatos de 1.510 euros imediatamente "Perante isto os enfermeiros têm mais motivos para fazer greve", disse Guadalupe Simões ao Negócios, reafirmando que os enfermeiros voltarão a paralisar da tarde de 29 de Março às 8h do dia 1 de Abril." link

Encontro negocial.

Hoje, pelas 15 horas, reunião entre Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e Ministério da Saúde.


"Os Sindicatos dos Enfermeiros vão reunir-se esta tarde com o Ministério da Saúde e esperam que a tabela remuneratória proposta segunda-feira, que representa «uma evolução praticamente irrelevante», seja alterada, considerou José Carlos Martins." link

segunda-feira, março 15, 2010

Inquisição!



Dois pesos, duas medidas e uma Engenheira.

A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) é, no mínimo, um lugar misterioso onde acontecem coisas misteriosas. Sem explicação. Congratulo-me por ser um céptico, senão quase que ficava inclinado a pensar que algo "fantasmagórico" vagueia por aqueles lados. Como bom assinante da revista norte-americana Skeptic, interessei-me profundamente pelo fenómeno.
Mas então, o que se passa na ULSAM?
A ex.ma Srª Enfª Directora, Céu Faia, está na posse das razões que razão desconhece, e, de forma suspeita, decidiu suspender o pagamento de horas extra dos Enfermeiros... das unidades hospitalares. Para colegas dos Centros de Saúde (onde já estão programadas - ?- até ao final de 2010), tudo normal. Cumpre-se a lei, pagando-as. Há quem arrisque e afirme, despudoradamente, que espíritos irritados "roubaram" os pedidos de pagamento. 
Ora, devendo a Srª Enfª Céu Faia (de cognome, "a caloteira"), milhares e milhares de horas extra, porque paga a "A" e não paga a "B"? 

A ULSAM recorre massivamente ao trabalho extraordinário dos Enfermeiros, devido à elevada taxa de incidência e prevalência de "atestados médicos" em alguns serviços. Quando alguém interpela - via formal - a caloteira, a carne vira espectro, e a voz, silêncio. Esfumam-se as explicações. Os mais afoitos não têm dúvidas: trata-se de mais um caso invertido da Síndrome Robin dos Bosques -  rouba-se aos pobres para dar aos ricos.
Ninguém põe em causa a justiça do pagamento aos colegas dos Centros de Saúde (caso se cumpra a lei...), não, mas a curiosidade paira nas mentes que quem se interroga... para onde vai o dinheiro das horas extra dos Enfermeiros? E são muitas, mesmo muitas mentes.

Mas a Engª Céu Faia (sim, engenheira) usa a sua arte e engenho para solucionar os problemas mais complexos. Pensado na melhor forma de dignificar a sua classe, esta guru da gestão reflectiu e... assumiu a sua intenção de não ficar a dever horas a ninguém. 
Vai proceder à sua liquidação? Obviamente que não, seria um tolice infame pensar nisso. Solução: reduziu o número de Enfermeiros por turno (a começar pelo serviço de urgência!). 
É assim, que, brilhantemente, a Engª Céu Faia, tentar evitar o alargamento do passivo.
Porque hão, os Enfermeiros, ficar aborrecidos com isto?

sexta-feira, março 12, 2010

Decretada Greve Geral dia 29, 30 e 31 de Março e 1 de Abril!



CARREIRA DE ENFERMAGEM

No desenvolvimento da última reunião negocial (www.sep.org.pt),
 - ficou agendada uma nova reunião para dia 16 de Março
 - ficou o MSaúde da Saúde de remeter à CNESE, até dia 16, dois documentos: Uma Nova Contraproposta de Projecto de Diploma global e integral (sobre todas as matérias, sobre as quais a CNESE apresentou Propostas) relativo a Grelhas Salariais e Transições; um documento sobre se a Lei 12-A/2008 é de valor reforçado face ao Parecer que, sobre esta matéria, apresentámos.
Decorrente das reuniões dos Órgãos Nacionais, foi decidido afirmar junto do MSaúde a importância determinante (ultimato) de remeter a sua Contraproposta até ao final do dia 10/Março (www.sep.org.pt). NADA CHEGOU.
Depois da articulação (Reunião em 11/Março) que tem vindo a ser estabelecida entre a CNESE e a FENSE, FOI HOJE REMETIDO UM PRÉ-AVISO DE GREVE PARA DIAS 29 (só Turno da Tarde), 30 e 31 DE MARÇO (Turnos da Noite, Manhã e Tarde de ambos os dias) e 1 de ABRIL (só Turno da Noite) – anexos.

PELA ESTABILIDADE, VAMOS LUTAR

O diagnóstico de situação relativamente à Precariedade de milhares de Enfermeiros é conhecida: seja a CIT a Termo; CTCerto/CTFPT a Termo; ou em Regime de SubContratação.
Assume particular relevância a Anulação de vários Concursos que visavam a estabilização/efectivação de colegas a CTCerto/CTFPT a Termo … cuja cessação dos Contratos acaba em 31/7. As Propostas Sindicais para a solução do problema são conhecidas.
Neste quadro, tal como com a Carreira de Enfermagem, não há alternativa … PRESSIONAR … LUTAR …
APELAMOS À PARTICIPAÇÃO DOS JOVENS PROFISSIONAIS:
 - NA CONCENTRAÇÃO DE JOVENS ENFERMEIROS, JUNTO AO MSAÚDE: dia 26/Março, às 11h00, “de branco” (SEP organiza Transportes); E, DE TARDE, NA MANIFESTAÇÃO DE TODOS OS JOVENS TRABALHADORES.
 - NA SUBSCRIÇÃO DA CARTA INDIVIDUAL (Anexo)  - Dirigentes/Delegados “recolhem” na passagem pelos Serviços ou remissão por mail/fax para Sede e Delegações do SEP – PARA ENTREGAR NO MSAÚDE DIA 26/3

quarta-feira, março 10, 2010

Hoje, 10 de Março...

.. é o último dia do prazo imposto pela Comissão Negociadora Sindical dos Enfermeiros (CNESE), para o Ministério da Saúde enviar a sua contraproposta relativamente aos salários e transições respeitantes à nova carreira de Enfermagem. São neste momento 20:27'. Ainda nada chegou. Já cheira a greve... outra vez.

Pharmaceutical Business!


segunda-feira, março 08, 2010

Eleições intercalares...

Decorrente da recente alteração dos estatutos da Ordem dos Enfermeiros, realizam-se a 17 de Março eleições intercalares para o Conselho de Enfermagem nacional e regionais, Conselho Fiscal e Colégios da Especialidade, por forma a proceder às alterações previstas na respectiva alteração. 
Os colegas poderão votar presencialmente (nas várias mesas de voto disponíveis em todo o país) ou via correio (preenchendo os cupões que a OE enviou pelo correio, que devem ser colocados dentro do envelope branco fornecido para o efeito, e, posteriormente, é necessário juntar uma fotocópia da cédula profissional devidamente actualizada, colocar tudo isto no RSF, não esquecendo da assinatura no verso do mesmo!)





LISTA A - MELHOR ENFERMAGEM, MAIS SAÚDE


LISTA B - CONTINUAMOS A CONSTRUIR A MUDANÇA
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P.s. - Infelizmente - e uma vez mais -  a Ordem dos Enfermeiros começa mal um processo que se queria transparente e idóneo. Então recebemos em casa os boletins de voto e não temos qualquer informação de apoio? Caricato, não? Mais ainda, porque não enviaram em simultâneo os boletins de voto e a revista informativa das listas candidatas?! Poupavam dinheiro de expedição, certo? E muito. É só fazer contas.

sábado, março 06, 2010

Ultimato!



Como é sabido, o Ministério da Saúde agendou a próxima ronda negocial para dia 16 de Março (dia 23 com a FENSE). Obviamente a CNESE (e a FENSE) considerou este adiamento "inadmissível" e lançou o ultimato: até dia 10 a tutela terá de entregar a sua contraproposta relativa às "grelhas salariais e transições"!
Segundo a FENSE, passa-se algo "estranho" no Ministério, "pois, a desorganização e falta de concentração dos [presentes na mesa negocial] era por demais evidente"!
Está dito.

sexta-feira, março 05, 2010

Carta ao PR.


(Clicar para ampliar)

Posição SIPE Reunião 2 de Março de 2010


Reunião do Sindicato dos Enfermeiros e do Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem com o Ministério da Saúde (2/Março/2010).


quarta-feira, março 03, 2010

OE reuniu com INEM.


Lisboa, 2 de Março de 2010 – A Ordem dos Enfermeiros reuniu esta tarde com o Dr. Manuel Pizarro, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, e com o Dr. Abílio Gomes, Presidente do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), entre outros elementos dos dois organismos.

Desta reunião, a Ordem dos Enfermeiros salienta o seguinte:

1. A afirmação inequívoca, por parte do Ministério da Saúde, que todos os meios SAV (Suporte Avançado de Vida – ou seja, VMER e helicópteros) e SIV (ambulâncias de Suporte Imediato de Vida) terão obrigatoriamente Enfermeiros na sua tripulação.

2. Da mesma forma, assegurou-se que o projecto SIV, tal como se encontra hoje, é para manter, tendo sido igualmente assumida a decisão de estabilizar o quadro de recursos humanos alocados às SIV, nomeadamente de Enfermeiros. Foi transmitido pelo Ministério que no futuro haverá um novo modelo de contratação desses profissionais, o qual será definido até ao final de Março. Foi ainda transmitida à Ordem dos Enfermeiros a intenção de aumentar a gama de resposta das SIV no transporte do doente crítico / Via Verde.

3. Também foi garantido que as 56 acções de formação previstas pelo INEM para 2010 vão ser realizadas e devidamente financiadas. Destas, 28 destinam-se a enfermeiros.

4. De acordo com uma preocupação há muito manifestada pela Ordem dos Enfermeiros – referida, aliás, num parecer elaborado em 2007 sobre segurança dos cuidados – ficou claro, entre os vários intervenientes na reunião, que não há razão para que os Enfermeiros não possam acompanhar os doentes dentro da ambulância, desde o local da ocorrência até ao hospital de referência.

5. Por último, foi aceite por todos que seja feita uma reflexão conjunta sobre a melhor forma de assegurar o acompanhamento dos meios dos CODU.


A reunião de hoje surge na sequência do pedido de audiência feito há cerca de duas semanas pela Ordem dos Enfermeiros ao Ministério da Saúde para debater soluções de estabilidade para recursos humanos qualificados do INEM - nomeadamente para os enfermeiros - e para prosseguir o trabalho de definição do plano estratégico da Emergência Pré-Hospitalar em Portugal. link

segunda-feira, março 01, 2010

2010, off.



"Enfermeiros e médicos estão a discutir tabelas salariais com o Ministério da Sáude, mas não têm aumentos em 2010". link

Os profissionais de saúde das entidades públicas empresariais (EPE), que por estes dias discutem as novas tabelas salariais para médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico e terapêutica, vão ficar com os salários congelados em 2010. E isto independentemente do que vier a ser celebrado nas novas tabelas remuneratórias.

O engodo do Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência (STAE)!



O Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência (STAE) continua a sua senda: enganar o povo, com argumentos quase fossilizados, com a intenção de implementar aqui o erro do outros. Nem com zarolhos... a coisa resulta.
Há bem pouco tempo, emitiram um documento (entretanto já comentado aqui no blog) denominado "Esclarecimento sobre o conceito Técnico de Emergência Médica", onde escrevem lá coisas do tipo banha da cobra. Não me vou alongar muito sobre esta questão, uma vez que, como referi atrás, já opinei.
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Mas continuo a achar interessante o esforço do moços, na tentativa de demonstrar que a tendência mundial é implementar "paramédicos" e excluir os Enfermeiros do pré-hospitalar, quando a tendência é precisamente... a inversa, como podem ler aqui!
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É que o STAE, para ajudar a provar a sua perspectiva (errada), recorre a umas mentirinhas aqui e umas meias-verdades acolá.
Por exemplo, no tal documento podemos ler que "Espanha emitiu em 2007 um Decreto-Lei, que exige que todos os Técnicos de Emergências Sanitárias – TES – tenham uma formação mínima de 2000 horas até Dezembro de 2010,que engloba conhecimentos e intervenções para além do tradicionalmente enquadrado no suporte básico de vida". Tentam logo aqui estabelecer um paralelo com a realidade portuguesa, numa tentativa subliminar e ansiosa de importar o tal conceito obsoleto. Quem lê este excerto no seguimento do enquadramento do texto, tende a deduzir que Espanha, prepara-se para reduzir a actividade dos Enfermeiros, ao mesmo tempo que os Técnicos de Emergências Sanitárias entram em cena. Quem pensa assim, está enganado.
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O Real Decreto (equivalente ao nosso Decreto-Lei) 1397/2007, que prevê a formação de Técnicos de Emergências Sanitárias em Espanha, não exige a presença deste Técnicos antes de Dezembro de 2010. É um curso de formação profissional, conduzido pelo Ministério da Educação (2000 horas), e que não é, actualmente, obrigatório em qualquer região da Espanha. No futuro (mas não em Dezembro de 2010) pretende-se que todos os Técnicos tenham essa formação. No presente momento, há regiões em que os cursos exigidos são têm um carga horária de 100 horas, algumas 500 horas, outras 40 horas e certas regiões, nada. 
Sem esta formação  não será possível tripular ambulâncias. Dentro de alguns anos o título de TES será obrigatório para todos os Técnicos. O primeiro curso vai acabar no próximo ano, mas levar vários anos para 100% dos Técnicos usufruírem desta formação.
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MAS (há sempre um grande "mas")...
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O Real Decreto não atribui competência dos Enfermeiros e Médicos a Técnicos (apesar das 2000 horas!). Não poderão administrar medicação ou colocar IVs, intubar, colocar sondas ou denagens de pneumotórax hipertensivo (nem agora, nem no futuro!) ... só podem fazer Suporte Básico de Vida e DESA, e "ajudar os Médicos e Enfermeiros em suporte avançado de vida" (estou a citar o Real Decreto!).
O suporte avançado de vida continuará ser competência de Médicos e Enfermeiros (em ambulâncias com Médico, Enfermeiro e Técnico (condutor)). O nossos Técnicos, hollywoodistas, queriam ter estas funções. Os espanhóis, colegas deles, com 2000 horas só podem fazer isto (pág. 1 e 2).
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A tendência é para englobar mais Enfermeiros no pré-hospitalar com mais competências e responsabilidade!
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Em muitas regiões de Espanha estão a ser implementadas ambulâncias com Enfermeiros, sem médicos (como SIV em Portugal, tal como inúmeros países europeus). 
Nas Ilhas Canárias existem há de 5 anos: são denominadas "ambulâncias sanitarizadas" (com Enfermeiros). 
Na Catalunha também existem há muitos anos: são apelidados de "SVI" (Suporte Intermédio de Vida). Em Espanha, existem cada vez mais SVI.
No País Basco é chamado de "SVE" (Suporte de Vida com Enfermagem).
Na Andaluzia está a ser implemetado agora o projecto ECA (Equipe de Coordenação Avançado). São ambulâncias de nível intermédio entre o SVA (com Médico e Enfermeiro) e SVB (só Técnicos)-  é uma tendência em muitos países europeus: Itália (em algumas regiões há ambulâncias avançadas com Enfermeiros (sem Médicos), noutras com Médicos e Enfermeiros).
Todos os helicópteros dispõem de Enfermeiros.
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Na Bélgica, por exemplo (citando o Enf. Pepe Gomez) existe a P.I.T. (Paramedical Intervention Team: com Enfermeiros). 
Holanda e Suécia (todas as ambulâncias de emergência têm Enfermeiros). Em França: os Infirmier Sapeur Pompier existem em muitas ambulâncias de bombeiros para apoiar o SAMU (com Médico e Enfermeiro)). 
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Obviamente, em Espanha, a maioria dos Centros de Coordenação (equivalentes aos nossos CODU's - Centros de Orientações de Doentes Urgentes) também tem Enfermeiros (Madrid, Castilla La Mancha, de Aragão, de Múrcia, Ilhas Canárias, País Basco, etc...)
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Por todo o mundo (principal e mais rapidamente na Europa), a tendência evolutiva é esta. Em Portugal, país desgraçado, discute-se agora o que os outros discutiram há 50 anos atrás e concluíram ser um erro, fruto do remedeio improvisado
Mas há muita gente, carniceira, interessada em ganhar dinheiro à custa da "prostituição" dos TAE's, baratos e naïves: umas belas postas de carne-para-canhão.
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Não me oponho que os TAE's tenham a sua carreira e  sua formação. Agora, usurpar as competências dos Enfermeiros ... não!


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P.s. - Agradeço a ajuda do Enf. Pepe Gomez, do pré-hospitalar espanhol.

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