domingo, setembro 30, 2007

Publicidade enganosa....


Recebi um e-mail dizendo que na página da Escola Superior de Saúde da Universidade de Aveiro (ESSUA), relativamente ao curso de Enfermagem, havia "marketing falacioso"....
De facto é possível ler o seguinte:

"Há assumidamente falta de técnicos na área de saúde em Portugal. Dentre estes técnicos, a maior falta sentida é, sem dúvida, a de enfermeiros. É, portanto, necessário intervir nesta área."
Prof. Doutora Helena Nazaré, Reitora da UA e ex-Directora da Escola Superior de Saúde

O mesmo discurso de sempre... gasto.

sábado, setembro 29, 2007

A dualidade: Ordem dos Enfermeiros e Sindicatos...



Bons amigos? Inimigos? Estratégias semelhantes ou divergentes?

Vai começar a "época gripal"...


Já foi emitida a Circular informativa da DGS dirigida a todos os Médicos e Enfermeiros, que aponta os objectivos para a época gripal 2007/2008 e define os grupos populacionais de risco.

www.gripenet.pt


"O projecto Gripenet procurou criar e testar um sistema de vigilância epidemiológica inovador que envolvesse activamente a sociedade portuguesa. Este primeiro estudo foi dedicado à monitorização da epidemia de gripe (causada por influenza) em 2005-2006, mas o seu âmbito poderá ser futuramente alargado a outros problemas de saúde pública. O sistema tem como base o website – http://www.gripenet.pt/ – especialmente criado com duas funções:
informar e difundir conhecimentos sobre a gripe;
recolher informação relativa ao estado de saúde da população através de inquéritos online.
Depois de se registarem no site, os participantes receberam semanalmente uma newsletter com curiosidades e notícias sobre a gripe e foram convidados a preencher, em alguns segundos, um pequeno questionário sobre os sintomas gripais (ou ausência deles) da semana anterior. A recolha de dados teve por objectivo monitorizar, em tempo real, a evolução da epidemia no Inverno passado em Portugal
Desta forma, qualquer cidadão pôde contribuir com informação pertinente para o desenvolvimento de modelos epidemiológicos sobre a gripe em Portugal. Esta informação é susceptível de complementar aquela que é obtida pelos métodos de vigilância convencionais actualmente a cargo do Centro Nacional da Gripe (CNG) e do Observatório Nacional de Saúde (ONSA), possibilitando uma detecção mais precoce de eventuais anomalias, e uma captação de pessoas que recuperam sem recorrer aos serviços de saúde. Os dados foram analisados por investigadores do IGC e toda a informação daí proveniente foi disponibilizada à Direcção-Geral da Saúde (DGS). Este trabalho foi acompanhado pelo desenvolvimento de modelos matemáticos e plataformas computacionais com capacidade para simular a propagação da gripe em Portugal e avaliar cenários de intervenção. Informação geográfica e demográfica foi igualmente incluída com vários níveis de detalhe.
A Holanda foi o país que em 2003 viu nascer este sistema, tendo contado desde o ínicio com a adesão de cerca de trinta mil pessoas. O site que suporta o projecto holandês designa-se
http://www.degrotegriepmeting.nl/. O sucesso do caso holandês motivou os investigadores portugueses a encetar uma colaboração com a restante equipa holandesa, que veio a revelar-se frutífera, nomeadamente com a intervenção directa e pessoal do astrónomo e comunicador de ciência Carl Koppeschaar , dinamizador do projecto naquele país."

quarta-feira, setembro 26, 2007

Enfermagem: o "estado" da nação!


Um especial obrigado à OE e sindicatos, sem eles nunca conseguiríamos "bater no fundo"!

O nosso sincero desejo de "breves melhoras"...



Erros...


"As gerações moderadas de antibióticos, estão a ficar impotentes para atacarem as gerações, progressivamente agressivas, de bactérias hospitalares, que existem à custa do ambiente que lhes é favorável.
Sendo os médicos um grupo secundário, nos hospitais, acerca dos erros clínicos, por ineficácia do combate à bactéria resistente ao antibiótico barato, pois há grupos muito mais responsáveis, por essa área, que são os enfermeiros, não para receitarem os ineficazes antibióticos da geração rasca, nem da geração 3ª, a de elite, mas por manterem a higienização do meio em condições aceitáveis, disciplinando tudo e todos, com mão de ferro. Impedir a Enfermagem, em Portugal, de exercer esta sua competência natural, desde sempre e sobretudo a partir de Florence, tem os resultados que estão à vista. Foi assim antes do antibiótico.
Mas o acesso foi vedado à Enfermagem, na douta conferência sobre os “erros médicos”, que não são erros, nem são médicos; (Francisco Jorge quer ver o seu registo para fins estatísticos, de culpas órfãs) foram-no, enquanto paulatinamente engordavam a bactéria, com as rotinas óbvias de prescreverem medicamentos bacteriologicamente inócuos. Este isolacionismo é suspeito, no mínimo.
Para além de revelarem um complexo de inferioridade dos médicos, patente em várias das suas manifestações inconscientes, como a de “reforçar o poder dos médicos nos cuidados primários” diz o candidato, ou; “É o médico – e só o médico! – quem pode combater o centralismo das soluções gestionárias “one-size-fits-all”; é o médico – e só o médico!” diz um “gestor” desempregado, na Ordem dos Médicos, aos seus alunos médicos, MJC , que de bancário desempregado, passou a gestor hospitalar e de conta, de quem tem dinheiro, virando “perito” de saúde e gestor docente. Na sua pouca experiência e má, como demonstrou, para ganhar “algum” enfatiza que o caminho é atribuir aos médicos competências que não têm nem devem ter, pois, à medida que viram gestores de má qualidade, vão deixando de ser médicos de melhor qualidade. E com professores de gestão deste quilate, a endeusarem-lhes o “egocentrismo” bacoco é impossível aprenderem a gerir o que quer que seja, muito menos enquanto idóneos desnaturados, na área.
Lá no fundo, querem destituir os enfermeiros chefes, que MJC desconhece, em absoluto e a origem da sua natural capacidade gestora, sem alardes nem professores de gestão, tipo OTL.
Florence Nightingale reduziu a mortalidade de 42% para 2%, com métodos próprios, nos anos de 1854-55. Ora se estes professores percebessem os ensinamentos de Florence não diziam “e só o médico”, seu ganha-pão, extemporâneo (dele).
A conferência sobre “Investigação em Segurança dos Doentes” está ferida de legitimidade e de pouco serve, a não ser para lançamento hipotético de antibiótico de 4ª geração, pois o principal agente natural, o Enfermeiro, está dela ausente.
É pena que a Direcção Geral de Saúde dê um tão mau exemplo de discriminação técnica, em matéria de tanta importância para a saúde. É justamente por perda de carácter profissional e assunção de autoridade deficiente pelos enfermeiros, em geral, no controlo dos mecanismos difusores da infecção, que a situação é vergonhosa no nosso país. Bactéria não respeita doutorices.
Esperamos da Ordem dos Enfermeiros um adequado protesto. Os erros clínicos (de doentes acamados no hospital) e não médicos, para afunilar o conceito, não são exclusivos do médico. Como gostávamos de apreciar como definiam a esterilização (tempos e métodos) do material cirúrgico, vistos doutoralmente pelos cirurgiões.
Sr. Dr. Francisco Jorge, (George para os locutores), não se sente envergonhado com o evento?
É pena!
Quando se perceber, em Portugal, por que vão proibir em Inglaterra o uso das gravatas no pessoal que contacta com doentes, assim como objectos de adorno, vão tentar descobrir onde foram os ingleses buscar esta inspiração e quem vai impor o seu cumprimento, britanicamente assumido"


Fonte: www.sen.pt

terça-feira, setembro 25, 2007

The making of an ICU Nurse...


Uma reportagem impressionante do jornal norte-americano The Boston Globe, intitulada "The making of an ICU Nurse". A pesonagem central é a Enf M. J. Pender, Enfermeira veterana da Intensive Care Unit (ICU) do Massachusetts General Hospital.
Imperdível.

Quando a VMER passa...


Viram? Já passou....

segunda-feira, setembro 24, 2007

Belisquem-me!! Será verdade?


A Ordem dos Enfermeiros diz que está preocupada com a fuga de Enfermeiros para o estrangeiro (anedota?)...
Muitos licenciados (neste caso a notícia refere-se aos dos Açores) vão procurar emprego em Espanha (quem diria, heim?) e outros países... o que faz preocupar a OE...!!!!!!!
Bom, eu nem quero acreditar nesta notícia do Diário Insular, pois deve ser um anedota de mau gosto, ainda para mais porque quase todos os recém-licenciados dos Açores estão sem emprego....!!

A OE está preocupada com quê? Para que quer cá os Enfermeiros? Para engordar as listas do desemprego? Para melhorar as estatísticas dos "rácios" (não se esqueçam que até os desempregados contam para o rácio... ridículo, não?)

Mais uma linda pérola da OE!
Já conto os dias que faltam para as eleições pelos dedos...

O tiro que saiu pela culatra...!


Como sempre, o tiro da Ordem dos Enfermeiros saiu pela culatra!

Sempre a um passo atrás, a OE, à semelhança de outras ordens profissionais, tinha intenções de implementar um controlo de acesso à profissão( através de um internato de Enfermagem e de provas teóricas)! O acesso seria então limitado e condicionado.
Segundo o jornal Diário Económico, essa intenção não será levada adiante, pois o PS e o PSD querem acabar com os exames de acesso às ordens profissionais.

No caso de Enfermagem todos os licenciados terão acesso livre à profissão, tenha a sua escola de proveniência qualidade ou não, quer o curso seja exigente e rigoroso ou não.... ou seja, o facilitismo chegou para se instalar!
A opinião dos diferentes bastonários não deixa margens para dúvidas:


"Temos de salvaguardar o facilitismo dos governos"

Fernando Santo, Bastonário da Ordem dos Engenheiros


"Proibição de exames de acesso deve ser eliminada"

Murteira Nabo, Bastonário da Ordem dos Economistas


"É perigosíssimo retirar o controlo do acesso"

Maria Augusta de Sousa, Bastonária da Ordem dos Enfermeiros


"Tem que haver forma de controlar o acesso"

Pedro Nunes, Bastonário da Ordem dos Médicos


"Há dúvidas sobre alguns estabelecimentos de ensino"

Rogério Alves, Bastonário da Ordem dos Advogados



P.S. - Mais uma vez constato que a comunicação social fornece dados errados relativamente ao números de Enfermeiros Portugueses. O dados que a notícia apresenta estão completamente desactualizados. Começo a pensar que alguém gosta de veicular dados obsoletos... hum...

domingo, setembro 23, 2007

E porque hoje é Domingo....





Deixo-vos com algumas imagens (para relaxar um pouco) de um dos locais mais bonitos deste planeta: o Alaska.


terça-feira, setembro 18, 2007

Foto-reportagem do INEM




"A morte ronda. Médicos e enfermeiros do INEM lutam contra a ceifeira."
*****
"Médicos e Enfermeiro do Instituto Nacional de Emergência Médica têm uma vida tão stressante como os soldados de guerra."
*****
"De dia e de noite, de norte a sul de Portugal, os médicos e os enfermeiros do INEM acorrem a qualquer emergência. Retrato duro e comovente de uma instituição que completa 25 anos."
Estes são excertos de texto de uma foto-reportagem da Noticias Sábado. Ver aqui.

P.S. - Em meados de Outubro, o INEM publica um livro comemorativo (reportagem fotográfica e escrita) denominado "25 anos".

Os "Monty Phyton" da OE


Ultimamente os discursos da OE tocam o hilariante e o surreal. Fazem lembram os velhinhos "Monty Phyton"!
Realmente é complexo mudar mentalidades, e penso que nem a OE acredita naquilo que diz!
Senão vejamos excertos daquilo que se disse na cerimónia de vinculação da região sul (de acordo com o site da OE):

"(...) actualmente, os jovens que terminam o curso de Enfermagem não têm a garantia de iniciar, de imediato, a sua actividade. (...)"

Enf. MAS, Bastonária

Eu diria mais, diria que actualmente os jovens que terminam o curso não têm garantias de alguma vez iniciar a sua actividade. Lembro que há licenciados no desemprego há mais de 3 anos. Eu conheço alguns!



"(...) as dificuldades de empregabilidade dos jovens enfermeiros não se devem ao excesso de profissionais (...)"

Enf Nélson Guerra, Presidente da Secção Regional da OE do Sul

Por vontade de muitos, incluindo eu, gostaríamos de ter um Enfermeiro por cada cama hospitalar ou um Enfermeiro por cada utente nos Centros de Saúde... mas, como é fácil concluir, tal não é possível, e com efeito o mercado não é aquilo que queríamos ou gostaríamos, é aquilo que temos, e na conjuntura que temos há mais Enfermeiros do que vagas. No dicionário de português a isso chama-se "excesso"!
No universo da profissão há excesso de muita coisa, principalmente de escolas!!! E escolas de qualidade!

A OE parece não ver bem a realidade que nos rodeia... será falta de óculos?

segunda-feira, setembro 17, 2007

O lento despertar para a verdade...

www.olhares.com


A comunicação social começa lentamente a falar da questão do desemprego dos Enfermeiros. Só hoje foram várias as notícias:

"ENFERMEIROS SEM ACTIVIDADE AUMENTAM" - Jornal Açoriano Oriental

"AUMENTAM OS ENFERMEIROS SEM ACTIVIDADE DECLARADA"- www.jornaldamadeira.pt

"ENFERMEIROS SEM EMPREGO" - Jornal de Notícias

"QUATRO EM CADA DEZ ENFERMEIROS DESEMPREGADOS" - Jornal "O Público"

"MERCADO NÃO ESTICA" - Jornal de Notícias


E estas foram só algumas das notícias....

"Cogumelização"...


O presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santa Maria (Dr. Adalberto Campos Fernandes), disse no Jornal Diário Económico de 14 de Setembro:


"As Escolas de Enfermagem crescem como cogumelos (...) Já há desemprego de Enfermeiros"

"Imaginação e creatividade"?!?!???

Podem clicar no artigo para o ampliar e possibilitar a sua leitura, mas de qualquer forma deixo aqui o essencial a reter:

- Não sei qual a fonte destes números, mas presumo que sejam provenientes de algum gabinete da OE, no entanto duvido da veracidade e optimismo dos mesmos;

- Só 37% dos licenciados em 2006 conseguiram emprego no primeiro ano (em 2005 foram 46%);
- Na saturada região centro foram apenas 22% em 2005 (em 2006 foram apenas 17%);

- 3% (dos inscritos em 2005) só conseguiram emprego em 2007 (após 2 anos!!);

- Não esqueçamos que muitos dos empregos que estes poucos enfermeiros conseguem, são forçadamente explorados, e os direitos e salários ficam muito aquém dos praticados na função pública!! (podemos chamar a isto emprego?)
a
Só na região centro a bastonária já entregou este ano a cédula a mais 200 recém-licenciados!!!
Pediu a todos os desempregados e sem perspectivas para serem "imaginativos e criativos"!!
Não concebo que uma bastonária possa dirigir-se aos desempregados nestes termos!
a
E deixo uma nota final para reflexão:
Saíram hoje as colocações do ensino superior, não sei quantos colegas tiveram oportunidade de analisar as mesmas, mas eu fiz uma análise breve, e constatei algo que já não observava há anos... pensando melhor, nunca me lembro de tal situação. Este ano ficaram vagas de Enfermagem por preencher na primeira fase.. só na Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende, sobraram 56 vagas....
Além disso, em Coimbra por exemplo, as médias de acesso caíram vertiginosamente... e também sobraram 12 vagas....
Sinal dos tempos?

quinta-feira, setembro 13, 2007

Cerimónias de vinculação da OE - Parte II


As cerimónias de vinculação à profissão promovidas pela Ordem dos Enfermeiros multiplicam-se um pouco por todo o país e ilhas. São aos milhares a vincularem-se não à profissão, mas ao desemprego dos licenciados em Enfermagem...

A bastonária estará presente em algumas delas. Tenho curiosidade para saber qual o seu discurso. Será que vai usar o habitual "faltam enfermeiros" ou "ainda não atingimos o rácio", ou vai enveredar pelo discurso de alguns representantes da OE: "emigrem"!

quarta-feira, setembro 12, 2007

Enfermeiros no "Medical News"


"A Medical News é uma publicação eclética, abordando diversas temáticas.
Compilação, em 22 publicações anuais, da informação mais relevante divulgada em cada quinzena, do Mundo da Saúde Humana, da Medicina, da Investigação Científica e da Inovação, da Indústria Farmacêutica, da Legislação aprovada, dos Eventos, etc., em formatos de fácil e rápida leitura. Foi exatamente com o propósito de manter o Profissional da Saúde actualizado e informado sobre as áreas do Saber e da Inovação nas suas especialidades, de forma sintética ou de forma mais alargada, através dos links "Saber Mais", que foi criada a newsletter Medical News. Uma publicação quinzenal onde se faz reflectir a actualidade do Universo alargado da Saúde, que poderá ser assimilada em 15 minutos de leitura."

terça-feira, setembro 11, 2007

Sopa dos pobres....


Infelizmente é isto (e sem desrespeito aos menos favorecidos) que me vem ao pensamento quando vejo avisos de abertura de vagas (ou futuras vagas) para Enfermeiros. São aos milhares de candidatos. Aos milhares...

Os concursos são autênticas "sopas dos pobres". Reina a imploração e o rebaixamento.

Mas nem todas são espinhos, também há rosas. A boa notícia é que, segundo a OE, estamos quase a atingir os rácios!

Não quero acreditar neste negro rumo da Enfermagem. Simplesmente não quero.

segunda-feira, setembro 10, 2007

RCP usando um DAE...


Deixo-vos um interessante vídeo da American Heart Association, sobre Reanimação Cardio-Respiratória (RCP), usando um Desfibrilhador Automático Externo (DAE). Obrigatório!

sexta-feira, setembro 07, 2007

O Governador Civil de Beja disse...

Foto: Autor - "Vitó", www. flickr.com


"(...) A determinação e clarividência da Direcção do INEM, que ultrapassando resistências conservadoras resolveu, e bem, criar equipagens para algumas das viaturas de socorro com base em enfermeiros (...)" !

O resto do artigo de opinião pode ser lido na página do INEM.

O Enf. J Azevedo (SE) respondeu ao "Simédicos"!!!


Penso que muitos se aperceberam da "tirada raivosa" do Sindicato dos Médicos (que podem ler uns posts abaixo...) contras as declarações do Enf. José Azevedo do Sindicato dos Enfermeiros.
Desta vez houve resposta, que deixo aqui na íntegra, sob a obrigatoriedade de ser lida:

a
"De quando em vez, os prosadores do Simédicos resolvem atirar-se a nós, sempre de forma indirecta e encapotada, sem se saber o perfil do autor, para falar ingenuamente de ódios alheios, que, no nosso caso, não existem, obviamente.
Desde o Hipócrates, com a sua conhecida teoria dos humores, nos quais incluía o bilioso, que certos médicos, tipo Simédicos gostam de usar chavões como o bilioso e truculento, mais que o habitual.
Se o Dr. Luís Pisco e os representados tivessem algum pejo, não se deviam deixar nomear para lugares de reconstrução duma área distorcida por eles. Ou entendem que a assistência primária está bem?!
Quanto ao terceiro mundismo só quer dizer que, nos centros de saúde os médicos estão a fazer de enfermeiros. O papel que lhes reservamos não é de ódio: é de dignidade, onde podem desempenhar o seu papel de médico, condignamente. Os Simédicos não perceberam a essência da mensagem. Nem admira. Nunca foram treinados para pensar.
Aquilo que dissemos está à vista de quem quiser ver.
As equipas multiprofissionais dão para rir, sobretudo a partir da douta afirmação que “na equipa de saúde o mais importante é o médico”. Tanta modéstia e tão perfeito conhecimento da equipa!
Luís Pisco não é o centro de todos os ódios: é um faz-que-faz um sistema que se limita a dar mais uns euros ao grupo que representa tentando reanimar o RRE, tristemente célebres.
Se há desemprego aí é porque os responsáveis ainda não entenderam que há médicos a mais, na área. Então essa de se dizer dos 1500 utentes como limite para cada médico de família é de morrer a rir. Será preciso passar para a versão USF para ir até aos 1750 (mais uma consulta e meia por dia).
A culpa não é vossa, caros Simédicos, que nem sequer tendes espaço na mente para perspectivar o que quer que seja; a culpa é de quem não discute, nem exige prova daquilo que considerais único e certo.
Foi com a nossa perspectiva que os tais países que racionalizam os gastos com saúde, diminuíram o excessivo “consumo de medicamentos”, muitos dos quais engordam as 550 toneladas de lixo perigoso. Triste fim do vosso receituário!
Nesses países este desperdício era impensável, sem medidas fortemente penalizadoras.
Tirai a ideia do ódio, porque aqui, não se odeia ninguém, pelo contrário, aspiramos por que os médicos sejam médicos, mesmo nos centros de saúde, mas numa óptica correcta. Não derivem a questão para o ódio e afins. Pensem alto! Olhem as estrelas; não chafurdem na lama!"

a
Fonte: www.sen.pt

quinta-feira, setembro 06, 2007

VMER HGSA - A (des)consideração pelos profissionais...


"Quem torto nasce tarde ou nunca se endireita”, diz o Povo.
Quando começaram a circular as viaturas de emergência e reanimação, começaram mal.
Tratando-se duma assistência de urgência pré-hospitalar devia ser levada a sério, desde o início.
Porquê?
Será que o tipo de assistência não justificava, desde logo uma equipa completa, com enfermeiros à mistura?
Claro que sim. Os responsáveis pela omissão nunca conseguirão explicar esta falha de modo a que os desculpemos. São demasiado egocentristas.
Por carolice, alguns enfermeiros foram oferecendo os serviços, em vez dos referidos tripulantes de ambulância, pois os médicos jovens não distinguiam entre os enfermeiros e tripulantes. Para eles não havia diferenças assinaláveis, apesar de aprenderem com os enfermeiros, muitas técnicas.
Com a remuneração nunca foi uma preocupação destes voluntariosos profissionais, a pontos de se deixarem remunerar como tripulantes e não técnicos altamente qualificados. Mais uma vez, os responsáveis não se dignificam com esta medida.
Estes bravos e voluntariosos enfermeiros são bem o reflexo duma certa forma de estar na vida e na profissão, dignificando-a, enquanto se dignificam. Mas esses valores éticos conferem-lhes um direito a uma remuneração justa, o que nunca aconteceu. Por isso é uma espanto que o Hospital Geral de Santo António (HGSA), passe a orientar-se pelos valores monetários.
Está na moda naquele Hospital rapar aos funcionários, em geral, sobras de verbas que dizem lhes foram abonadas em vencimentos mal calculados (?). Por isso a reanálise não deixou de fora os enfermeiros da VMER e vai de lhes retirar verbas sem um cálculo credível, com base em documentos aprovados por responsáveis.
Portanto ninguém escapa a estes administradores zelosos, e atentos para com os salários dos enfermeiros, sobretudo dos enfermeiros.
Pelos argumentos do Dr. Scolari Alegro, ficamos muito tristes com tamanho desrespeito e desconsideração pelos enfermeiros, nunca mais recebia os seus alertas.
Depois diz que há outras VMERs no Porto e que há mais enfermeiros para contratar, por isso a assistência não sai prejudicada, segundo ele.
Será que o treino e formação não contam para este Administrador Hospitalar?
Será que faz dos enfermeiros tão mercenários, que não lhes reconheça o mínimo de solidariedade activa para com os colegas?
Vamos ver os próximos capítulos, ainda por escrever e para os quais chamamos a atenção dos nossos leitores."

Fonte: www.sen.pt

Será que o Sr. Enfermeiro-Director do HGSA não tem uma palavra a dizer?

Parabéns à OE, pois sem ela não era possível os administradores hospitalares argumentar que "há mais enfermeiros para contratar", numa situação em que os colegas fazem as suas reivindicações!

Médicos "atiram-se" raivosamente aos Enfermeiros!!!


"José Azevedo, líder do Sindicato dos Enfermeiros, utiliza o site deste Sindicato para exigir a retirada de Luis Pisco. Num estilo truculento, talvez mais bilioso que o habitual, Azevedo arrasa as USF, apelidando-as de "nado-morto". No decorrer da surrealista prosa, perspectiva-se (se isto é possível) o motivo de tanto ódio – “o terceiro mundismo médico” e o facto de os Centros de Saúde não serem “entregues” aos Enfermeiros, como é uso nos “países ricos e prósperos”.Ficamos a saber que, para Azevedo, a partilha, a lógica de grupo e as equipas multiprofissionais e o respeito pelas respectivas competências não têm qualquer valor. Valor teria, sim, se aos enfermeiros, nesta reforma, tivesse sido facultada a possibilidade de liderarem, coordenarem, mandarem, sozinhos e em exclusivo. Coisa que, pelos vistos, Luis Pisco, nomeado como centro de todos os ódios, terá impedido e contrariado. Interessante perspectiva. Simédicos não conseguiu apurar se Azevedo diz e escreve o que outros, de estruturas no mesmo contexto profissional, pensam e têm vergonha, ou pudor, de dizer. Mas admitimos que, em surdina, este pensamento possa ter seguidores, matéria que será interessante de seguir num sector onde se inicia um lamentável ciclo de desemprego."

Fonte. www.simedicos.pt

quarta-feira, setembro 05, 2007

A "verruga" da discórdia....


Deixo-vos um recorte de jornal interessante. Trata-se de um processo judicial que decorre contra cirurgiões de Coimbra. A velha história repetiu-se: os médicos tentaram atirar as culpas para os Enfermeiros... mas a coisa não lhes correu bem!
No final, os médicos acusados, ainda vão tentar processar a queixosa... Só visto!
(Cliquem na imagem, para ampliar e possibilitar a leitura )

Medo?


O fórum de discussão do site da Ordem dos Enfermeiros está encerrado há anos.
A explicação oferecida na data do encerramento argumentava que o "break", seria para o fórum ser remodelado....
Remodelação eterna?
Será que a OE tem medo de alguma coisa?

Pós-Graduação em Gestão e Direcção de Serviços de Saúde

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Está aberta a segunda fase da inscrição para a Pós-Graduação em Gestão e Direcção de Serviços de Saúde, na Faculdade de Economia da Universidade de Porto. Destina apenas a Médicos, Enfermeiros e Administradores Hospitalares.
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(Clicar na imagem para ampliar e ler)

terça-feira, setembro 04, 2007

Rácios: toda a verdade!


Todos nós já ouvimos a bastonária da OE, Enf. Maria Augusta de Sousa, propangandear ao megafone que o nosso pequenino e sossegado país, tem um rácio Enfermeiro/1000 habitantes mais baixo que a média europeia. Mas será que já se questionaram "como é que esta alminha faz as contas"? Eu digo-vos.
Os rácios são componentes estatísticas muito falaciosas!
Todos sabemos que no nosso país não existem Auxiliares de Enfermagem. Foram extintos há muito. Ora, os rácios a que nossa digníssima se refere, são feitos com base em números completamente desfasados da nossa realidade, pois para os cálculos desses rácios europeus, "entra" tudo para o mesmo "saco": Enfermeiros, Auxiliares de Enfermagem, Técnicos de Enfermagem (com diferentes denominações nos vários países)..., etc,...! Bom, logicamente, esse rácio será de facto elevado... O mesmo seria, numa situação análoga, colocar no mesmo saco para efeitos estatísticos no nosso país, Enfermeiros e Auxiliares de Acção Médica. Aí, já teríamos um rácio superior à média Europeia!!!!!!!
Se falarmos exclusivamente de Enfermeiros diplomados (equivalente aos nossos licenciados!), aí é fácil constatar que já atingimos um rácio semelhante há muito tempo....
E claro, resta referir que a OE contabiliza tudo a fim de obter estas médias, incluindo países com excesso de Enfermeiros...
Os médicos por exemplo, esses, usam uma estratégia astuta: fazem sempre as suas comparações com países cujos rácios são baixos. Assim, os médicos em Portugal (pouco mais de 3 médicos/mil habitantes) tem legitimidade para referir que têm um rácio superior à Inglaterra (com cerca de 3/mil habitantes) por exemplo! Mas esquecem-se de dizer a Itália (por exemplo...) têm um rácio de cerca do dobro do nosso país!
Estes malditos rácios fizeram com que em pouco anos, a Enfermagem, uma profissão com emprego e condições de trabalho garantidos, para uma profissão precária, mal remunerada e explorada...!! Para gaúdio da nossa bastonária, fiquem sabendo que mesmo os licenciados em Enfermagem que estão sentados nas caixas registadores dos hipermercados ou a servirem de auxiliares de acção médica, TAMBÉM CONTAM PARA O RÁCIO DE ENFERMEIROS EM PORTUGAL!!!!! E esta, heim? (Saudades do Fernando Pessa...)

Só pode ser brincadeira!!!!!!!!!!


"A VMER (viatura de emergência e reanimação) do Hospital Geral Santo António (EPE) vai parar a partir de 15 de Setembro, porque os Enfermeiros disponíveis para esse serviço, vão deixar de estar disponíveis, a partir dessa data.
Porquê?
Por razões bem conhecidas as viaturas de emergência e reanimação, começaram sem enfermeiros. Os primeiros aderentes foram contratados como TAE (Tripulante de Ambulância de Emergência), sem vencimento definido, sem seguro; somente com a sua consciência profissional a orientá-los
Em 1996 a ARSN dava orientações ao HGSA para que as remunerações destes enfermeiros fossem calculadas com base no 3º escalão do enfermeiro graduado, pois até aí estavam a ser pagos como TAE. Foram actualizados, somente em 1998, dois anos depois do parecer, portanto.
A situação manteve-se, sendo remunerados por uma tabela que lhes foi fornecida pelo Departamento dos Recursos Humanos do Hospital. Sem se preocuparem tanto com a remuneração, foram sendo úteis à Comunidade acidentada.
Há dias, uma funcionária do Departamento dos Recursos Humanos do Hospital, lembrou-se de notificar os 25 enfermeiros que prestam serviço na VMER, para devolverem quantias que variam entre os 1000€ e os 7.000€.
Profundamente ofendidos pela forma como o seu trabalho de alto risco é descurado pelo Hospital, pois o Presidente do Conselho de Administração, apesar de notificado no dia 1 do mês corrente, ainda não deu mostras de recepção da missiva, com aviso de recepção, vão deixar de estar disponíveis a partir de 15 de Setembro 2007 se não for retirado o débito de que são acusados, tanto mais que qualquer alteração remuneratória pressupõe o acordo dos próprios, determina o regulamento interno.
E ninguém os ouviu."
Fonte: www.sen.pt

domingo, setembro 02, 2007

Já perdi a conta...


Lembro-me bem que o primeiro Enfermeiro que conheci pessoalmente já tinha eu mais de 18 anos. Até então só ouvia falar deles. Nunca tinha conhecido nenhum. Havia aquele fascínio de ouvir falar naqueles profissionais que trabalhavam de dia, de noite, feriados, fim-de-semana, Páscoa, Natal... quando todos nós dormíamos, os Enfermeiros trabalhavam para salvar vidas.

Lembro-me da admiração com que conheci esse Enfermeiro.

A sua vida privada era recatada, pouco se sabia sobre eles. Eram muito ocupados e pouco saiam à rua. "Este senhor é Enfermeiro" - lembro-me da minha mãe dizer.
Fiquei entusiasmado. Depois tirei o curso de Enfermagem. Durante muitos anos, fui o único Enfermeiro da rua... Havia arquitectos, médicos, engenheiros, contabilistas, polícias, etc, .. mas Enfermeiros... só havia eu, e com muito orgulho. Sentia que as pessoas admiravam os Enfermeiros. Quando conversavam comigo, faziam perguntas de quem tem curiosidade para saber como é a vida dos Enfermeiros....

Hoje em dia a minha rua está povoada de Enfermeiros. É a profissão mais comum aqui. A maior parte é explorada, desempregada e lamuria-se com toda a gente. Quando olham para "nós", a sociedade já não o faz com admiração. Estamos banalizados. A ideia que paira no ar é que qualquer um pode ser Enfermeiro, basta querer....

Pergunto-me todos os dias a mim próprio, se esta é a vida que quero... e se esta é a visibilidade que nós merecemos?

O que eu sinto neste momento (perante a actual conjuntura da profissão)?


Desmotivação

s. f.,
perda da motivação, do interesse;

s. m.,
desalento;
desencanto.


Fonte: Dicionário Priberam

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Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!