sexta-feira, junho 30, 2006

GOVERNO REVOGA DECRETO DAS HORAS EXTRAORDINÁRIAS


Ministro revogou o decreto que legitimava o pagamento de horas extra aos médicos pelo topo máximo da tabel remuneratória. Desta forma é reposta a igualdade entre as diversas classes da saúde.

"Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, onde foi chamado por uma interpelação do CDS-PP, António Correia de Campos salientou que a medida é a «reposição de legislação anterior a 2001» e que, segundo a Lei Geral do Trabalho, «as pessoas são pagas em função do seu salário base."
(Fonte: TSF)


Parabéns pela excelente medida!!

Comments:
Somos um país falido e, assim sendo, as medidas de contenção de despesa devem abranger tudo e todos. Pelo menos esta injustiça deixará de existir. Mas, muito sinceramente, estou admirado pelo facto do Sr. Ministro Da Saúde estar finalmente a lembrar-se da classe médica. Pensei que a iria deixar sempre esquecida...inabalável...
Um abraço
 
Concordo em absoluto!
 
Alguém percebe minimamente do que estão a falar! De que valores falamos, sobrecarga de trabalho às vezes sem grande margem para não aceitar...? Ou pura e simplesmente dizer mal por dizer!
Para uma classe que faz turnos de 8 horas...se calhar não são os melhores para comentarem bancos de 24h
 
Os Enfermeiros fazem muitas vezes mais de 24 horas seguidas e não por isso que reivindicam horas extra pagas pelo topo da tabela. Amigo(a), um exemplo: um professor no início da carreira desempenha o mesmo papel profissional que um professor do topo, e não é por isso que vão reivindicar vencimentos iguais.
 
Esse sr (enfermeiro?) rui também parece não perceber do que fala.. apenas frases feitas contra médicos (clichés sem fundamento)com um sabor algo ressabiado! De uma vez por todas: salários diferentes consoante escalão/nº horas semanais/difereciação MUITO BEM - trabalho extra horário para as mesmas funções e desempenhos? Pegando no exemplo dado do professor: 10º escalão ganha mais que os outros (e até faz menos horas ao contrário da classe médica que ganha mais em 42 que 35 horas lógico não é?) mas se destacassem professores em horário extra para visita de estudo ao Zoo ou apoio à biblioteca mas porque carga de água o de último escalão havia de ganhar mais?
 
Enfermeiros a fazer turnos de » 24 horas ONDE? isso é terminantemente proibido pelos enfermeiros chefes de todos os locais que conheço: turnos de 8 horas 16 horas seguida é excepção e geralmente às escondidas dos chefes - agora por fora é convosco - e certamente recebem pela mesma tabela em função do mesmo desempenho
 
O sr Anónimo há de me explicar onde é que está o cliché no meu primeiro comentário. Frases feitas contra os médicos? Felicitar uma medida que garante uma maior igualdade social e que era urgente em Portugal é estar contra os médicos??? Enfim...
E sim, sou enfermeiro. Não invejo os médicos, trabalho com eles. Não tenho prazer em que eles ganhem menos, gostaria que TODOS ganhassemos mais.
Já agora, sr Anónimo, ficava-lhe bem não insultar quem desconhece. Seja menos prepotente. Até porque, da forma como isto está a evoluir, a sua prepotência poderá trazer-lhe problemas e tempo gasto no tribunal...lê jornais, não lê?
Cumprimentos.
 
Caro enfermeiro Rui apesar de opiniões diferentes estamos a falar de problemas da sociedade, de desigualdades que dizem respeito a todos - tudo nos diz respeito
Neste contexto vir falar de prepotência só porque não concorda, não ter refutado (argumentando) nenhum dos elementos apresentados e ainda por cima fazer alusões claras a questões judiciais (ameaças?) não é de todo o propósito e objectivo dos blogs -local de troca livre de opiniões (contrárias necessariamente, outras não). Assim não! Se quiser manter troca de opiniões tubo bem caso contrário não conte comigo
 
Não Sr Anónimo, não referi as questões judiciais com a intenção de o ameaçar, não me tome por alguém rude...tentei, isso sim, precavê-lo contra esse tipo de acções tomadas por outros, na sua vida "não bloguística".Daí também a alusão à imprensa escrita. Tal como o Sr. Anónimo, também pretendo apenas discutir e de forma tão saudável e produtiva quanto possível.
Devo também dizer que quem teve um tom "menos eloquente", foi o Sr. Anónimo. Recordo-o: "Esse sr (enfermeiro?) rui também parece não perceber do que fala".
Mas argumentando (e produzindo, finalmente) alguns aspectos então:
1º Os enfermeiros, em geral, não fazem 24h de trabalho ininterruptas. Bem, pelo menos não na mesma insitituição. Mas a acumulação de horários em diferentes serviços, acarretando as suas consequências, é da inteira responsabilidade do próprio. Há casos, porém, em que por circunstâncias do serviço em que desempenha funções, o enfermeiro TEM que assegurar turno. No caso (felizmente raro) de não existir outra forma de compensar a falta de profissionais, pois bem, lá terá alguém que trabalhar 24 ou mais horas.
2º O pagamento de horas laborais, extras ou não, é feito mediante a tabela salarial, ou seja, o trabalhador recebe em função do escalão em que se encontra. Funciona assim para todas as classes em Portugal. Apenas os médicos eram excepção. Não encontro justificação plausível para isso.
3º Utilizando o seu exemplo do professor que vai ao Zoo com os alunos: um professor que se encontra no último escalão deve ganhar mais do que um que se encontra nos escalões inferiores. Mesmo em horas extra...ainda que não concorde, a lei assim o diz. Razões para este facto? Muitíssimas, desde as que invocam princípios sociais até às que descriminam a experiência como uma mais-valia em qualquer profissão. Por favor, compreenda-me Sr. Anónimo. O que eu gostaria é que a excepção existente até agora para os médicos fosse alargada a todas as profissões em Portugal. Mas, pelos vistos, não há dinheiro. Portanto, acabam-se as excepções e passa a existir igualdade. Não me congratulo com o facto dos médicos "ganharem menos uns trocados (valentes)". Congratulo-me, isso sim, pelo facto deste Governo ter tomado uma atitude que visa a igualdade social e por ter tido uma posição firme com uma classe poderosíssima neste país. Ou não concorda?
Cumprimentos.
 
Gostei das suas justificações, ponto por ponto.
1. Se fui ofensivo com "...a do não perceber... peço desculpa porque não era de facto essa a intenção"
2. pelos visto percebi mal "a questão judicial"
3. de referir que esta medida das horas extra foi apenas paga aos especialistas e não aos internos de especialidade (revogam uma lei que nem foi aplicada a grande parte dos visados)
4. é de louvar as medidas do ministro no sentido de poupar dinheiro não pagando mas também não obrigando às horas extra: mas ver é se vão ter gente para compor equipas de urgência QUALIFICADA ou teremos ainda mais empresas de contratados a granel de péssima qualidade na maioria dos casos (se for enfermeiro de SU certamente sabe do que estou a falar...)
5- o minstro que assuma de uma vez que quer americanizar o sistema de saúde e que quem tiver seguro tudo bem quem não tiver... mas que enquanto o SU for o serviço mais rentável de um hospital - onde se pagam taxas (superiores às das consulta externas) e não se blindar o acesso aos que dele abusam reservando o espaço para situações graves e urgentes isto não vai ter emenda.
Saudações
 
Aceito o seu pedido de desculpa e compreendo que não tivesse intenção de ser ofensivo. Peço também desculpa se alguma das minhas afirmações o ofendeu.
Concordo consigo a 100% na questão da composição das equipas médicas. Também não sei se a qualidade do atendimento será mantida com o reduzir do número de horas extraordinárias dos médicos. Certamente que a solução passará pelo recurso ainda mais frequente a empresas de recursos humanos que disponibilizam médicos, tanto quanto vejo, sul-americanos, que para além de possuírem competências científicas questionáveis, debatem-se com graves problemas de comunicação, o que prejudica ainda mais o seu rendimento. Certo é que estes médicos são monetariamente vantajosos para o estado, auferindo muitas vezes menos de 10 Euros por hora de trabalho...veremos se a médio e longo prazo não se pagará uma factura pesada por isto.
Não sou enfermeiro de SU, mas trabalho num hospital distrital e vou estando atento ao que se passa.
E fico procupado, tal como o Sr. (ou Dr.?) Anónimo.
Cumprimentos.
 
Devo dizer que me congratulo pela direcção que este debate está a tomar. A partilha de ideias e informações, princípio de existência dos blogues, revela-se rica e extremamente produtiva. Além disso é intelectualmente estimulante.
Não sei se frequenta outros espaços de discussão. Se para tal se disponibilizasse, gostaria que me recomendasse alguns.
Com os melhores cumprimentos.
 
Não sou propriamente um participante activo da blogosfera pelo que não tenho recomendações... Vamos ter de facto um atendimento progressivamente pior do ponto de vista científico (e humano porque a barreira linguística é muitas vezes inultrapassável)... dos locais que conheço das ditas empresas os médicos recebem um pouco mais do que referiu - o que há é uma grande fatia para o "empresário, contratador, manager, recrutador, o finório" e não para quem de facto trabalho (por hora a empresa retém (que eu saiba em alguns locais)à volta de 8 euros À HORA. Vamos ver no que vai dar...
 
eu adoro enfermagem e detesto ser enfermeiro, ao ponto de não dizer que o sou em lado nenhum. E porquê... pela simples razão que da minha experiência de 20 anos de profissão tenho uma imagem de:
1 - valorização do carreirismo
2 - Transmissão de valores aos alunos de quanto mais se sobe na carreira mais longe estamos dos utentes (doentes)... não me venham agora com os exemplos de que tiveram um chefe que x e y... que para além de ser a excepção nem para ele é a norma de um dia...
3 - Chefes prepotentes e arrogantes a ponto de eu saber quais dos meus colegas irão para chefes... o perfil define-os - têm de ser teóricos, gostar do processo de enfermagem, ir a congressos e estar o mais longe dos doentes possivel, pois isso é porco e invasivo e eles já não fazem isso pois estão noutro escalão... o que os define como incompetentes.
4 - depois existem os graxistas e as que casam com os médicos (enfermeiras), pois assim sobem de estatuto... vejam quantos enfermeiros casam com médicas?
6 - depois há ainda uns que detestam todas essas coisas e tentam estar com os utentes na relação... claro que nunca são reconhecidos mas quan se importa... por isso ainda bem que no banco pensam que sou engenheiro...
 
Olá viva,,,,
Camarada,estou completamente,e absolutamente de acordo com a tua prespectiva.Não são os medicos que me incomodam,porque esses ate valorizam e reconhecem o meu valor,são sim os meus colegas os "yes men,s" os "lambe botas" os "teoricos" e os "Social show" que me enojam.São esses energumios que jamais valorizarão a profissão porque so pretendem sim valorizar-se por valores que não atendem ao principio do profissionalismo,do conhecimento e do saber estar.
Sou de Braga e trabalho no Bloco Operatorio...Um bem haja aqueles que elevam a Profissão
 
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