quinta-feira, maio 10, 2007

De coice de burro ninguém está livre (diz o ditado)... e o SE(N)!


Acerca das mais recentes ofensas de uma certa classe de profissionais de saúde, o sindicato dos Enfermeiros teceu o seguinte comentário:


"Dia 8 de Maio foi o dia escolhido pelo governo para dar a conhecer ao público o serviço telefónico 808 24 24 24. Do outro lado da linha está uma voz calma e avisada, com conhecimentos suficientes para esclarecer quem liga o número.
Esperava-se uma informação óbvia do Primeiro-ministro: “É um serviço que já existe em muitos países e onde a Ordem dos Médicos local tem o comportamento para com o trabalho dos Enfermeiros como a Ordem dos Médicos Portugueses”;
Não se esperava a prudência envergonhada do Ministro da Saúde ao ir buscar o saber da experiência feito ao gineceu da família que era um santuário das mulheres da família (quando havia esse tipo de família) onde o homem só entrava para nascer e para morrer. Depois continuou com as cautelas para dizer que o tipo de informação do 3x24 nem era de diagnóstico nem de receita de medicamentos.
Com a experiência que tem na área da Saúde que temos, não lhe ficava nada mal reconhecer publicamente que os Enfermeiros são técnicos altamente qualificados e os principais obreiros da saúde, com conhecimentos teóricos e práticos para muito mais do que os simples aconselhamentos telefónicos.
A tendência para hiper valorizar a prescrição terapêutica e o diagnóstico, por serem as defesas da corporação da medicina seria bom para o povo que também em Portugal se reduzisse à sua dimensão real de valor relativo.
Ao Bastonário da Ordem dos Médicos lembramos mais uma vez que, nada do que os Enfermeiros fazem é em substituição de consultas médicas. Estas têm o seu tempo e modo que não substitutos de outras acções tão ou mais válidas do que essas.
Àquele dirigente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, retiramos o direito de emitir aleivosias ou mesmo alarvices de classificar as Enfermeiras dos ex-SAP de telefonistas. Dizia o inteligente dirigente: “Nos SAPs de Bragança não há lugar para um Médico de estetoscópio ao pescoço, mas há lugar para uma Enfermeira de telefone ao pescoço”. Emitiu este pedaço de prosa altamente esclarecedor da mentalidade do autor, no noticiário da TVI, veiculado pelo repórter para o Bastonário.
Será que esta medicina, que temos, ainda não percebeu que a relação dos seus agentes para com os Enfermeiros é muito semelhante à dos engenheiros com os arquitectos?
Temos de lhes retirar a possibilidade de verterem todo o trabalho dos Enfermeiros na acção do Médico!
Vai-lhes doer muito, mas vai fazer bem à saúde. Temos de erradicar esta escara do SNS, já!"
a
a
Fonte: www.sen.pt

Comments:
Parabéns uma vez mais ao SE(N)!

É assim que se defende uma classe. Muito obrigado e continuem!

Enfermagem XXI
 
E como não poderia deixar de ser, cá está aquilo que considero de resposta "à maneira".
FABULOSO!

Assim já me eentendo melhor...
Aquele abraço!
 
Post colocado noutro blog e cuja leitura me parece de reflexão

"Cumprimentos a todos
Intervenho pela primeira vez neste blog para lhe dizer que estou em perfeita concordância com o post anterior. Neste momento não deve existir classe profissionalmente mais heterogénea que a de Enfermagem. Encontramos no mesmo "barco" os topos de gama aos quais confiaria de bom grado a minha vida, trabalhando lado a lado com outros cuja formação se resume a uma progressão duvidosa em termos de habilitações académicas e profissionais. É o que me parece neste momento colocar a fasquia ainda baixa para que as ambições (provavelmente fundamentadas)de uns poucos sejam atingidas. Se visitarmos UCI's, blocos, alguns SU e outras unidades diferenciadas, provavelmente a visão que colhemos será a de uma Enfermagem eficiente, competente, dinâmica e rica em conhecimentos na minha opinião completamente sub-aproveitados. Mas não esqueçamos que basta visitar a maioria dos serviços de internamento de medicina, cirurgia, ortopedia, centros de saúde e tantos outros para contatar que aqui a realidade não é a mesma. E se migrarmos um pouco dos centros urbanos para a periferia e interior então a realidade é mais gritante. Abunda a falta de conhecimentos por vezes básicos em saúde, desempenho de tarefas mecanizadas, rotinadas, sem qualquer fundamentação teórica ou técnica para argumentar a sua intervenção quando assim é requerido. A componente relacional com o doente então nem se fala... Assim, penso que efectivamente a classe está desaproveitada de uma forma geral, mas em relação a prescrição, diagnósticos, autonomia e outras questões, há primeiro que não confundir o topo da pirâmide da classe de enfermagem com a sua base... e fazer para que esta rapidamente se torne homogénea na fasquia mais alta. Então sim. "

Sexta-feira, Maio 11, 2007

medicoexplicamedicinaaintelectuais@blogspot.com
 
Não sei qual a classe profissional da pessoa que fez o comentário anterior, mas seja qual for parece-me que essas afirmações, ou melhor essas impressões carecem de prova e até de alguma credibilidade, pq já trabalhei em vários serviços de entre aqueles que classifica como "topos de gama" e outros que considera a escória (expressão minha) da enfermagem e da saúde (ou será que só os enfermeiros é que são maus nestes serviços? então e os outros?!?).
E caro colega de comentário, nuns e noutros existem grandes e maus profissionais e não é só na enfermagem...

Tenho dito!

Enfermagem XXI
 
A enfermagem é de facto uma classe profissional heterogénea, no que diz respeito à formação académica dos seus membros, pelo facto de ser a profissão que mais evoluiu nos últimos trinta anos, quer em termos de formação académica, quer em desempenho e competências. Acreditando que o desenvovimento da enfermagem mantenha o mesmo ritmo, essa carecteristica passará a fazer parte apenas do passado (a licenciatura em enfermagem e o complemeto de formação em enfermagem já existem há cerca de oito anos).
Não posso concordar com a globalidade do comentário, pelo facto de passar a ideia de que os enfermeiros que trabalham nas UCI’s, BO’S e alguns SU’S são mais eficientes e competentes, que os outros. E também pela ideia de que os enfermeiros que trabalham nos grandes centros urbanos são mais competentes que os outros.
Relativamente à autonomia profissional, só está ao alcance de quem fizer por isso; quanto à prescrição, se em Portugal se tornar realidade, é óbvio, só estará assecível a quem fizer a formação adequada.
 
A heterogeneidade também existe noutras profissoes. A medicina por exemplo. Os médicos especialistas intensivistas e cirurgiões nada têm a haver com o médicos da aldeia e de regiões mais remotas do interior, onde os conhecimentos não são actualizados e ficam aquém dos outros profissionais. A própria formação em medicina é diferente: os médicos que se formaram antes e nas alturas do 25 de abril não têm a mesma formação dos actuais. Lembro quem não sabe ou já não se recorda que muitos médicos actualmente em exercício fizeram o curso em 3 anos, ou já se esqueceram??
 
Como havia prometido, lá fui visitar o tal blog médico explica.
Comentei, mas não sei se ficou registado, pelo que transcrevo para aqui:

"Ora saudações!
Cá estou eu então a tentar explicar qualquer coisinha.
Meu caro administrador deste blog, o que é que o preocupa em ver enfermeiros a desenvolver investigação, quer seja no desenvolvimento do solutos, pensos ou outros?? Não acha natural (diria mesmo tão natural como a nossa sede)??
O que é que não compreende ou aceita neste facto?
Se há maus enfermeiros? Correcto e afirmativo. Na realidade, acho que alguns mereciam simplesmente serem banidos...mas mais uma vez, tal facto também se aplica (e de que maneira...) a colegas seus, cuja minha vontade é a de lhes apertar o "papo".
Está farto de ver médicos na televisão? Olhe então eu nem se fala, particularmente o seu bastonário (é simplesmente de bradar aos ceús - qual figura triste!).
Se os enfermeiros devem prescrever?
Tão só não acho que podem, como efectivamente penso que DEVEM. Também aqui creio ser uma inevitabilidade. Porquê? Creio que está mais que explicado em comentários anteriores.

Relativamente ao complemento do curso de enfermagem, concordarei consigo em algumas coisas.
Terá que ser revisto o plano de estudos, para efectivamente dar objectividade a esse complemento (que agora já é de base - eu próprio já saí como licenciado), portanto "mea culpa".

Bom, para já me despeço, não sem antes lhe deixar o convite de visitar e expressar o seu comentário no blog doutor enfermeiro. Teremos todo o gosto em o ter por lá."

Aquele abraço!
 
É com enfermeiros de Piaget e da maior parte das fábricas desses profissionais, ex alunos de Literaturas, de Direito...cozinheiras das escolas profissionais ... que querem elevar-se no poleiro? Lol
Como é possivel, fazer o curso de enfermagem um aluno que entrou com média de 17 valores,na Esc. de Enf. do Hospital de S. João e outro que fez o nono ano na escola profissional, atrvás do curso de cozinheiro e o 12º à noite, também por equiparação. Que formação tão distinta. Erros nos relatórios, textos ilegíveis quando têm que escrever alguma coisa...
 
Que doutoramento pode fazer um enfermeiro que apenas aprendeu a por pensos, dar "picas", lavar quem precisa ... Estudantes da Esc. de Enf. de Bragança afirmam que estudaram mais para fazer o 12º ano que para o curso.Leiam-se os textos "defensores" dos enfermeiros deste blog e verifique-se as agramaticalidades, as estruturas de discurso erradas, os erros ortográficos ...
Enfermeiro, hoje, é ter pago as propinas nos Piagets, porque o canudo estava garantido.

Enfº no Porto, da Esc. de Enf. do S. João
 
Que doutoramento pode fazer um enfermeiro que apenas aprendeu a por pensos, dar "picas", lavar quem precisa ... Estudantes da Esc. de Enf. de Bragança afirmam que estudaram mais para fazer o 12º ano que para o curso.Leiam-se os textos "defensores" dos enfermeiros deste blog e verifique-se as agramaticalidades, as estruturas de discurso erradas, os erros ortográficos ...
Enfermeiro, hoje, é ter pago as propinas nos Piagets, porque o canudo estava garantido.

Enfº no Porto, da Esc. de Enf. do S. João
 
Eu sou Enfermeiro além de ter também uma licenciatura em psicologia, que tirei após o curso de Enfermagem, tendo continuado a exercer esta profissão com muita dedicação e prazer.
Fiz a licenciatura em piscologia sem ter ido às aulas, com poucas horas de estudo e com pouco tempo gasto em investigação. Fí-lo por prazer intelectual.
O curso de Enfermagem é bem mais penoso do ponto de vista do sacrifício, exige estudo e interesse, pesquisa e conhecimento.
De facto, as privadas de Enfermagem parecem não ter a exigência da maior parte das públicas, e como tal, a qualidade dos profissionais não está garantida.
Quanto às "agramaticalidades, as estruturas de discurso erradas, os erros ortográficos" estes são de desprezar, pois, nos blogs muitos comentários são escritos de uma forma rápida, muitas vezes em simultâneo com outras visualizações na internet, ou simplesmente sob a influência de ira ou reacção mais calorosa do momento, o que leva a estes "deslizes"...
No entanto, é bem visível este problema (gramatical, ortográfico) noutros blogs de outros profissionais intelectuais. Não significa nada!
 
A Enfermagem é realmente um papel multicolor: temos do melhor e do Pior. Temos profissionais de gabarito e outros que nem para aplicarem uma IM servem.
MAs na classe médica também os há. MAs aí, felizmente, os incompetentes poucos estragos fazem, pois àos Medicos é-lhes facultado o privilégio exclusivo de nada fazerem, de trabalharem apenas se lhes apetetecer, e portanto a ausência de acções conduz à ausência de Efeitos. Por sorte, os médicos incompetentes são também Baldas e portanto não surtem efeito nos cuidados de saúde pois virtualmente eles não existem.
 
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