segunda-feira, setembro 17, 2007

O lento despertar para a verdade...

www.olhares.com


A comunicação social começa lentamente a falar da questão do desemprego dos Enfermeiros. Só hoje foram várias as notícias:

"ENFERMEIROS SEM ACTIVIDADE AUMENTAM" - Jornal Açoriano Oriental

"AUMENTAM OS ENFERMEIROS SEM ACTIVIDADE DECLARADA"- www.jornaldamadeira.pt

"ENFERMEIROS SEM EMPREGO" - Jornal de Notícias

"QUATRO EM CADA DEZ ENFERMEIROS DESEMPREGADOS" - Jornal "O Público"

"MERCADO NÃO ESTICA" - Jornal de Notícias


E estas foram só algumas das notícias....

Comments:
É optimo que se comece a falar sobre estas coisas na comunicação social, porque infelismente os portugueses aindam pensem que a enfermagem é uma profissão com trabalho garantido...
Mas a julgar pelo número de vagas existentes por preencher nos cursos de enfermagem, as mentalidades ja começam a mudar...
 
Ainda para ler e reflectir sobre o futuro

fonte : saudesa.blogspot.com

"A proposta de Lei do Orçamento de Estado para 2008, a apresentar pelo Governo no dia 12 de Outubro, coloca a ênfase na redução da despesa com pessoal nos sectores da Saúde e Educação, cujos efectivos representam mais de 55% do total de empregos na administração pública. link Só na Saúde, o corte com pessoal poderá envolver 7.000 pessoas, das quais cerca de 5.000 profissionais com contrato a termo e 2.000 avençados, que podem não ver renovada a sua prestação de serviço. Em causa está, segundo fonte governamental, uma redução de despesa com pessoal decorrente do regime da mobilidade especial previsto na Lei nº 53/2006, das novas regras de contratação a prazo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e das avenças que não vão ser renovadas.



Com o número de excedentários ainda por fixar, o Ministério da Saúde tem já estimativas sobre o impacto orçamental. Estas decorrem da nova legislação que fixa que os contratos não podem ser renovados por duas vezes (sendo que a possibilidade de ocorrer duas renovações está condicionada à duração global do contrato, de um ano). Com este diploma, a celebração destes contratos ficou restrita ao pessoal envolvido na prestação directa de cuidados de saúde (pessoal médico, de enfermagem, técnicos superiores de saúde, de diagnóstico e de terapêutica ou auxiliares de acção médica). O levantamento do número de contratos designados como 3+3 – que até agora consistia em contratos de três meses automaticamente renováveis por outros três – aponta para existência de 9.000 contratos deste tipo, segundo dados de 31 de Dezembro de 2006. No passado, este número abrangia outras funções que não as de prestação directa de cuidados de saúde. Foram detectados nesta situação 2.819 casos a título de serviços gerais (limpeza, vigilância ...), 1.400 administrativos, 18 administradores hospitalares, 374 técnicos superiores, entre outros, num total de 5000 contratos sem cabimento à luz do diploma de 31 de Julho, que fixa as novas regras de contratação. Recorde-se que as regras são transitórias (até Julho de 2009) e visam dar estabilidade ao sistema, enquanto a reforma da Administração Pública não criar novos mecanismos de contratação (caso dos concursos públicos), que acabem com situações de precariedade laboral.



Com vista a atingir este objectivo, o ministério da Saúde propôs já uma quota máxima de 6000 contratos a prazo em 2007 e 2008, e que poderá abranger os actuais contratos envolvidos na prestação directa dos cuidados de saúde, mediante análise da satisfação das necessidades permanentes. Cabem aqui mais de 3000 enfermeiros, 181 médicos, 528 técnicos de diagnóstico e terapêutica e 211 auxiliares de acção médica.
Já relativamente às avenças, é intenção do Governo “analisar à lupa” os mais de 2000 casos de prestadores de serviços da Saúde, sendo este o universo alvo de não renovação dos milhares de profissionais. Contas feitas, a redução de pessoal ao nível de contratos a prazo e avenças poderá ascender a 7000, número que aumentará com reduções de pessoal previstas para os hospitais do SNS, na sequência da orientação de se fixar um tecto máximo de 25% para as funções de suporte (administrativas e outras) em relação ao pessoal total. O levantamento ainda está a ser feito, mas existem dados que apontam já para casos em que 40% do quadro de pessoal dos hospitais desempenha funções de suporte."
 
A crise económica é para todos, não é somente para alguns, como o povo diz, quem quer trabalhar facilmente arranja trabalho.
 
Talvez comecem também a aparecer noticias sobre erros graves de enfermeiros que assumem prestar cuidados sem o numero minimo seguro de enfermeiros por turno. E acreditem que os há!! Neste momento há colegas a responder em processos de averiguações e tribunal por mortes de doentes relacionadas com troca de unidades de sangue, administração de terapeutica errada,etc...é que antigamente era só nas privadas-1 enfermeiro para 40 doentes internados em dois pisos diferentes; 2 enfermeiros por sala operatória ;auxiliares a fazerem o recobro dos doentes.....Mas agora isto começa a vêr-se nas EPE's.Na Urgência de Gaia há 1 enfermeiro para 20 doentes na sala laranja.....querem mais ? Reparem nos racios das vossas instituições e dos vossos serviços.Será que se prestam cuidados de qualidade seguros e humanizados ou avaliam-se TA , administra-se drogas e fazem-se registos porque não há tempo para mais....
Concordo que haja controle da qualidade de formação em Enfermagem e que a ordem peca por não actuar nesse sentido.Mas todos nós contribuimos para o desemprego na enfermagem quando aceitamos trabalhar sem condições de segurança,abdicando do gozo dos nossos direitos e claro está com o triplo e quadruplo emprego, porque o duplo já é banal.Mas sempre é mais facil arranjar um culpado para os nossos males do que admitir que a culpa também é nossa.
 
Colega Manuela,
em parte a culpa tb é dos enfermeiros, pois pactuam com isto.
Na minha equipa nunca admitimos reduções de pessoal, pois de forma unânime fomos frontalmente contra e recusamos trabalhar em más condições, como seja a redução de enfermeiros.
Além de tudo, mais uma vez não vejo a ordem dos enfermeiros onde REALMENTE é necessária!!!
 
Concordo colega anonimo. A OE faz pouco ou nada!Mas nós temos que pressionar positivamente sendo intervenientes.Não basta dizer mal da OE.Façam denuncias das situações e pressionem para obter resolução.Participar nas assembleias gerais da OE e manifestarmos a nossa opinião é importante- contra mim falo que até hoje não fui a nenhuma.E já agora atenção em quem votamos se é que votamos.A verdade é que na maioria das vezes dizemos mal de tudo mas se perguntarem o que fizemos ou estamos dispostos a fazer a resposta é zero.
 
Também no meu serviço não estão a substituir pessoal que sai, a situação está a tornar-se insustentável, pelo que vamos recorrer à OE e aos sindicatos.
Denunciem situações idênticas!
O trabalho mal ou bem aparece feito... então para quê mais enfermeiros, devem pensar eles, mas a segurança do doente fica seriamente abalada e e algo corre mal as responsabilidades recaem sobre o enfermeiro. É um dever denunciar as situações em que não existem condições de trabalho.
Os enfermeiros-directores, podem estar numa situação difícil, mas a sua posição devia ser de defesa dos enfermeiros, tendo depois o apoio destes. Não me parece que isso seja frequente.

Desassossego
 
Meus caros, apontem os canhões à corporação dos médicos, e façam-na implodir!!! Esses chulos e chupistas são os responsáveis por toda a decadência do SNS!!!
 
Será que somente serão eles os culpados?

E os enfermeiros?
Devem ser uns santinhos…..
 
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