segunda-feira, outubro 08, 2007

Dor: Prescrição pelos Enfermeiros

Num mundo ideal as equipas de saúde trabalham harmoniosamente em perfeita sintonia. A Ordem dos Enfermeiros levou (e continua a levar) a cabo várias iniciativas de sensibilização dos profissionais de Enfermagem relativamente à dor.
A nossa dependência relativamente a outros profissionais (na prescrição de analgésicos) é grande. Muitos são os Enfermeiros que tomam iniciativas pessoais, embora não permitidas legalmente, na prescrição e administração de analgesia.
A insuficiência e ineficácia dos métodos não farmacológicos de alívio da dor ao dispor dos Enfermeiros, permitem apenas o combate da mesma até uma determinada intensidade relativa. Existem serviços e especialidades, tal como os Cuidados Continuados, nos quais os Enfermeiros e os utentes só teriam ganhos com a autonomização da Enfermagem.
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Se a OE defende todos os aspectos relativos ao combate à dor, então para quando defender a prescrição de fármacos pelos Enfermeiros?
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Aproveito para vos apresentar os carros de medicação do futuro (modelos Artromick International). Certamente ainda faltarão alguns anos até ficarem disponíveis para os Enfermeiros Portugueses.





E computadores de uso hospitalar para Enfermeiros...


Como funcionam este computadores de apoio aos Enfermeiros? Clique aqui, e depois na janela "EXPERIENCE" para uma espantosa demostração automática on-line!


Comments:
Já existem no H Sta Maria desde há quase 1 ano.
 
Boas meus amigos!
O que eu não gostaria de ter um carro destes só para mim...
É o que chamo de enfermagem na vanguarda.
Quanto ao facto dos enfermeiros deverem ou não ter autonomia para prescrever fármacos, nomeadamente analgésicos, é de todos conhecida a minha opinião. Realmente é um ABSURDO um enfermeiro numa UCPA ou recobro anestésico (ou outras) não ter "legalmente" a possibilidade de executar algo para o qual está mais que habilitado a fazer. Também aqui outras actuações se exigem por parte de TODOS NÓS.
Portanto, siga.
 
Em Santa Maria esses modelos de distribuição de fármacos...já existem! Afinal não está assim tão longe!

Um grande abraço!
:)
 
A Autonomia do Enfermeiro passa pelas pequenas coisas, mas são as grandes coisas que fazem diferença e são realmente valorizadas nesta tão digna profissão.

Um testemunho pessoal...

Sempre achei os médicos uns seres heroicamente superiores.

A partir do momento em que, estando com demasiados vómitos e sendo as minhas veias demasiado imperceptiveis, e após 5picadas consecutivas, já estava eu na maior palidez que algum dia me pudesse encontrar, a Enfermeira teve a autonomia de me dar um medicamento para que me parasse o meu mal estar. A verdade é que não vomitei e fui poupada de mais um furo...Para além de ter melhorado consideravelmente!

O mais giro? Ela chegou-se para mim e disse: Não digas nada ao médico...

Que medo absurdo é este que os enfermeiros têm dos médicos, visto que para estas pequenas coisas, tanta falta fazem?

E o facto de agilizar e optimizar o tempo....o médico demorou cerca 2h para me atender, e visto que eram altas horas da noite, pelo seu ar esbugalhado, deveria de ter estado a dormir!

É então este gesto, que tenho a certeza que é repetido vezes sem conta, que se torna uma ilegalidade absurda, e que poderia perfeitamente ser dada a responsabilidade a enfermeiros como esta, de ter a autonomia de me dar um simples medicamento, sem ter medos...

A Medicina está decadente em Portugal, mas mais decadente está este sistema que despreza as funções da tão digna Enfermagem.

Penso que não se trate de frustração na Enfermagem...Mas frustração médica quando pretende dificultar este desejo aos enfermeiros, pois assim será tirado o mérito e o prestigio do médico.

é triste, mas a profissão é mais valorizada do que o fundamento que esta tem. Se o objectivo UNICO é apaziguar a dor do utente..Porquê entrar em conflitos e guerras de titãs, enquanto o doente sofre?

Tenho pena que nem todos os enfermeiros estejam unidos nessa luta, pois, falando como utente, muita falta faria um enfermeiro para estas "pequenas" grandes coisas.


Cumps, N.Nif.
 
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