quarta-feira, outubro 31, 2007

Paradoxo finalmente resolvido?


Vamos lá ver se nos entendemos "de uma vez por todas", e explicamos à Ordem dos Enfermeiros (e aparentemente alguns colegas) algo que parecem não compreender de forma evidente (estaremos a falhar na comunicação?)!

Sigam, por favor, o raciocínio:

Alguém me perguntou (num comentário a um post):
"Sabia que o ratio da OCDE são 8,1 Enf/1000 hab?"

Eu (doutorenfermeiro), disse:
"Sabia. Mas o que se calhar o colega não sabe, tal como um colega anónimo também já aqui referiu, é que os rácios da OCDE são calculados usando para o efeito todo o pessoal de "Enfermagem", que nos outros países integram os auxiliares de Enfermagem e em alguns os técnicos de Enfermagem. Daí um rácio tão elevado!
Se calcular exclusivamente o rácio de Enfermeiros "diplomados", constatará (para sua surpresa?) que em Portugal temos ainda mais Enfermeiros "diplomados" que muitos países..."

De seguida, o colega "Manuel" lançou este desafio:
"Gostava de lhe deixar aqui o desafio de deixar a ligação ou site onde é explicado que os ratios abrangem na OCDE outros profissionais que não enfermeiros."

E eu, vou aceitar...

Ora, esse grande site é o da Organização Mundial de Saúde (WHO - sigla inglesa para World Health Organization), conhecem?

Vamos seguir os seguintes passos:

Após entrarem no site, clicam no item Countries. De seguida escolhem o país cujas estatísticas de pessoal de saúde querem consultar. Um exemplo: Reino Unido.
Posteriormente, clicam em "Doctors, Nurses and other health profissionals". Após estes passos têm acesso às estatísticas de cada país, neste caso o Reino Unido. Aqui, podemos ver um rácio de 12,1 Enf/mil habitantes.
Em seguida, para os mais distraídos, podem clicar no ponto de interrogação ao lado da palavra "Nurses", e terão acesso a uma página onde se esclarece que:

""Nurses": includes professional nurses, auxiliary nurses, enrolled nurses and other nurses, such as dental nurses and primary care nurses."

O próprio site esclarece que para os rácios entram mais pessoal do que apenas os Enfermeiros diplomados!!! Em Portugal, para os cálculos dos rácios, só contribuem exclusivamente os Enfermeiros, pois como sabem não há auxiliares ou os outros técnicos de Enfermagem! Temos mais Enfermeiros, em proporção, do que grande parte dos outros países!! (Quanto à estatística de Portugal apresentado no site da OMS, não se esqueçam que é de 2003, portanto desactualizada!)
a
Resumo final: os rácios de outros países ou da OCDE, não podem ser comparados com o de Portugal, pois estamos a falar de coisas diferentes (Portugal é o único país sem auxiliares ou técnicos de Enfermagem).
Neste caso (para seguir o exemplo), o Reino Unido tem uma rácio elevado porque não é constituído apenas por Enfermeiros, como puderam constatar! Se, hipoteticamente, os Auxiliares de Acção Médica portugueses também contribuíssem para a estimativa do rácio do nosso país, então tínhamos um rácio ("de pessoal de Enfermagem") superior ao da OCDE (sendo que dessa forma já seria uma comparação mais justa!)!
!
Pronto, ainda resta alguma dúvida?

Comments:
Caro colega doutorenfermeiro:
- não há nem pode haver, que foi assim que me ensinaram na tropa.

Palavras para quê ou para quem? Está mais que tudo explicado (pelo menos para mim)
 
Simplesmente... genial!!!!
 
Assunto resolvido!
 
É por isso que eu gosto deste blog. Curto, claro e conciso.
Eficaz.
Cumprimentos ao excelentíssimo doutor enfermeiro.
 
Foi dos melhores posts que já vi na minha vida! Excelente resposta a um anónimo esperto!!!!!!
 
Mais uma vez a clareza da sua perspicácia em prol da defesa da Enfermagem.
Continue o excelente trabalho.

Desassossego
 
Gostava de ver a Srª Badtonária comentar este post, que interessante seria...
D.
 
Gostava de ver a Srª Badtonária comentar este post, que interessante seria...
D.
 
Caso nõ saibam a Profissão como Carreira difere de Pais para Pais, ainda mais no R.U. (ou não fossem estes diferentes em quase tudo).

Comparem com a FILANDIA por exemplo, ou com os Paises Nordicos, Canada, USA...

Aqui os Ratios e as Dotações surgem de modo diferente, parecido sim ao Discurso da nossa Ordem e Pasmem-se dos Sindicatos.

Das duas uma ou andam todos a falar do que não sabem ou mais uma vez o Dr. Enfermeiro cometeu mais uma gafe.

"Saiba que a Ignorância Culpada não Desculpa Ninguém".

Gostei no entanto das reacções que este Post Provocou. A teoria do Caos, isto está mal, logo alguém diz mata e os cordeiros seguem atrás, sem pensar!
 
É pena que quem levantou o desafio agora se esconda...
"Fugir é feio, mas é saudável!"

MadureirA
 
Pois é… Caro Doutor Enfermeiro

Parece que não nos entendemos. Os dados a que me tenho referido são da OCDE e não os da OMS, sendo que os dados são da OMS são de 2003 e fazem na realidade a ressalva de haver mais funcionários na contabilidade apresentada.
Os dados da OCDE (de Outubro de 2007) que são aqueles nos quais tenho insistido são claros no sentido contrário e estão disponíveis em:

http://www.oecd.org/document/60/0,3343,en_2825_495642_2085200_1_1_1_1,00.html

São dados ainda mais actuais do que os da OMS e fazem a ressalva no sentido contrário, isto é os dados apresentados não incluem outros que não enfermeiros. Aliás até faz a ressalva de que em Portugal não há “Auxiliares de Enfermagem”.

Deixo-lhe de bom grado esta informação que lhe pedia que merecesse o mesmo carácter informativo aos leitores do Blog que têm merecido outras sobre o mesmo assunto.

Só para ajudar: Neste endereço vai aparecer um título: OECD Health Data 2007 - Frequently Requested Data, depois logo abaixo um link: Download this Excel file
Abre-se um ficheiro de Excel que é óptimo pois dá para fazer cálculos.
Deixo à sua consideração e de todos os leitores para discussão.

E agora em que ficamos?
 
Ainda mais, No file Excel carregando em Prsctise Nurses pode ler-se:

http://www.ecosante.org/OCDEENG/210060.html

Portugal

Instituto National de Estatistica, Estatisticas da Saúde (published annually).
* Until 1999, the figures refer to the number of nurses working in public and private health institutions (hospitals and health centres). Data is over estimated because nurses working both for public and private institutions are double counted.
* After 2000, the source of the data is the College of Nurses of Portugal.
* The category ‘auxiliary nurse’ does not exist.

Só para discutir...
 
Agora falta apenas dizer que como a partir de 2000 os dados são fornecidos pela Ordem dos Enfermeiros estes foram adulterados.
Seria grave, no mínimo, não?
 
Amigo Carlini

Já leu o coment sobre o site da OCDE?
Vá lá leia e dê a sua opinião aos espertos?
 
Amigo Carlini

Já leu o coment sobre o site da OCDE?
Vá lá leia e dê a sua opinião aos espertos?
 
Então o desafio era sobre a OCDE e você responde com a OMS?
Um pouco baralhado não. Parece que este Manel está a ganhar. Aquilo que ele diz é verdade.

Helloooooooooo...
 
Ex.mo colega "Manuel",
sinceramente deixa-me perplexo ao afirmar que não ficou esclarecido. Terei sido pouco eloquente? O colega deu-me ainda mais "razão", sem calhar, sem se ter apercebido disso.

Vou "arriscar" uma derradeira tentativa, desta vez ainda mais simples e sintético.

Vamos lá:
Os rácios da OCDE, à semelhança dos da OMS, (como pode verificar no site da OCDE) contabilizam todo o pessoal de Enfermagem (que inclui auxiliares e técnicos de Enfermagem).

Mas, deixemos a concepção abstracta e passemos a exemplos concretos para ver se comprende:

Começemos por considerar a médica da OCDE (8.1/mil hab., refere o meu caro):

Como sabe, em quase todos os países existem auxiliares de Enfermagem.
Nestes países, há sempre mais auxiliares de Enfermagem do que Enfermeiros "diplomados" nos serviços de saúde (um excelente exemplo é a Irelanda).
O que quero dizer com isto? Que destes "8,1" mais de 50% não são o equivalente aos nossos Enfermeiros "diplomados" (licenciados). Mas vamos fazer os nossos cálculos usando o "benefício da dúvida", ou seja vamos considerar "fifty-fifty", o que significa que vamos SUPOR que existem tantos auxiliares como Enfermeiros.
Logo, veria o rácio de "8,1" ser reduzido para "4.05", certo?
O que significa isso? Que Portugal tem mais Enfermeiros por mil habitantes do que a média da OCDE! Escandaloso?

Em suma, "bem vistas as coisas", até temos mais Enfermeiros. Se quiser fazer contas "à maneira" da OCDE, então, em Portugal, terá de contabilizar os AAM's, logo teria mais do que os famosos "8,1", e consequentemente estaremos ao nível dos melhores países!!

Por outro lado, "8,1" em Portugal, significariam 81 mil Enfermeiros. Portugal, como pode constatar, só absorve entre 45 a 50 mil Enfermeiros, lançando no desemprego cerca de 30 a 35 mil Enfermeiros. (em qualquer país, a barreira que interfere com a contratação de mais Enfermeiros, é sempre a "económica", não é só em Portugal)

O meu exemplo com a OMS (independentemte de ser de 2003 ou não) tem apenas um objectivo: mostar que o nosso país não pode fazer comparações com "rácios" de outros países, por que simplesmente a nossa contabilização não é feita como nos outros países.

Fui suficientemente claro desta vez?
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Mais, seguindo o exemplo particular da Irelanda (país com talvez o maior rácio do mundo!), pode ler no Relatória da OCDE acerca dos seus indicadores de saúde (http://www.oecd.org/dataoecd/31/2/36958547.pdf), na pág. n.º 2, que a "Ireland records a very high density of practising nurses, with 15 nurses per 1 000
population in 2004 (noting though that the comparability with other countries is more limited due to the
inclusion of different classes of nurses, mid-wives, etc.)."

O PRÓPRIO RELATÓRIO AVISA PARA O DO RISCO DAS COMPARAÇÕES!!!!!

Não queira extrapolar estes dados para o nosso país!
Apesar de em Portugal termos um rácio geral de cerca de 5,5 enf/mil habitantes, este rácio é falso! O rácio "activo" (enfermeiro empregados) deve rondar os 5,0 enf/mil hab!
Se tiver um rácio de 8,1 enf./mil hab.(exclusivamente enfermeiros licenciados) em Portugal, continuará a ter uma rácio "activo" de cerca de "5,0".
Ou seja, haverá mais enfermeiros, mas estes não estarão integrados nos sistemas de saúde. Em teoria terá um rácio elevado, na prática, será o mesma rácio de sempre!
Não entre em ideologias utópicas!
 
Só um aparte...em Portugal os AAM, não fazem o que os "Auxiliares de Enfermagem" fazem!! Logo não podem entrar na estatística! Aliás até há serviços em que não há AAM no turno da noite...e esta hein!?

Desculpem "desviar" o tema!!!

Cumprimentos
 
DEMAGOGIAS; DEMAGOGIAS... QUEM PREVALECE SERÃO SEMPRE OS DADOS DA OMS
 
Pois deixo à sua consideração se quiser o documento da OCDE como lher der mais jeito mas que os AAM são excluídos nesta estatística, isso são de certeza.
Ver este texto:
Inclusion:
- Persons who have completed their studies/education in nursing and who are licensed to practice (including both higher-level nurses, and lower-level nurses such as associate/practical/vocational nurses)
- Salaried and self-employed nurses delivering services irrespectively of the place of service provision
- Foreign nurses licensed to practice and actively practising in the country

Exclusion:
- Students who have not yet graduated
- Nursing aids/assistants and care workers who do not have any recognized qualification/certification in nursing
- Midwives (however registered nurses working part-time as midwives should be included)
- Nurses working in administration, research and in other posts that exclude direct contact with the patients
- Unemployed nurses and retired nurses
- Nurses working abroad.

Em:

http://www.ecosante.fr/OCDEENG/210060.html

Se ainda insistir pode ficar com a sua opinião que eu fico com a minha. Afinal é da diversidade e não da discórdia que se faz a discussão.

Saudações de Enfermagem para todos.
 
Quando nos fixamos demasiado na quantidade corre-se o risco de perder de vista a qualidade. Ouvimos falar de Enfermeiro e de AAM em Portugal e de auxiliares de Enfermagem e Enfermeiros "diplomados" em outros países. Afinal de que estamos a falar quando utilizamos estas denominações? Mais baralhados ficamos quando estamos num espaço virtual que se chama Doutor Enfermeiro!
Na minha opinião podemos prover, nas diferentes Instituições que beneficiam com a existência de Enfermeiros, o nº adequado de Enfermeiros e Enfermeiros Especialistas, quando soubermos o nº de horas de cuidados que as pessoas que se encontram nessas instituições necessitam e quando desenvolvermos o modelo de individualização de especialidades e de desenvolvimento profissional, sem saber que competências têm os enfermeiros especialistas e os contextos onde as irão desenvolver, estamos apenas a falar de suposições, como podemos constatar nem todos dizemos o mesmo quando falamos em cuidados de enfermagem. Para mim Cuidados de Enfermagem são os cuidados prestados por Enfermeiros, e apenas Enfermeiro. Depois temos de discutir as competências dos Enfermeiros Especialistas, das áreas de individualização que hoje conhecemos e de outras que se percebem emergentes. Em seguida podemos falar de números. Gostaria que todos os candidatos a Bastonário se prenunciassem sobre isto, Modelo de Individualização de Especialidades em Enfermagem e Modelo de Desenvolvimento Profissional dos Enfermeiros, falar claro e sem envieses para todos podermos ganhar, Enfermeiros e Cidadãos.
Apenas acrescento a necessidade de todos participarmos na discussão que se avizinha, para quando exercermos o nosso direito de voto, saber porque o fazemos, não apenas porque é contra ou a favor, mas porque defende e propõe um programa claro e objectivo.
Cumprimentos
 
Ex.mo Manel,
pela segunda vez consecutiva, dá-me "razão".
Os "lower-level nurses" (que refere no seu comentário) são os tais "auxiliares de Enfermagem". Ou não sabia?

Obviamente, tal como refere, todos os profissionais (Enfermeiros e Auxilares de Enfermagem), para serem contabilizados terão de ter a sua formação reconhecida e certificada.
Mas isso é lógico.

De qualquer forma, rácios à parte, o que importa é que o nosso país não absorve mais Enfermeiros. O desemprego acarreta desmotivações, salários muito baixos e diminuição da qualidade dos cuidados.
A "obcessão do rácio" é perigosa, e os resultados estão à vista de todos. E pelos menos 5 mil desempregados sofrem isso "na pele". O restantes sofrem a humilhação. Quais as vantagens disso? (Só se for para o patronato, que, provavelmente, mesmo oferecendo o salário mínimo, teria Enfermeiros para trabalhar. É UMA VERGONHA!)
 
Eu sinceramente não vejo dúvidas naquilo que o doutor enfermeiro explica. Surpreende-me que haja alguém que tenha!
 
Irra que já não há paciência...

Tal como o colega doutorenfermeiro refere:
- É UMA PORRA DE UMA VERGONHA. PORRA, PORRA E CARAGO.
 
Bravo Dr. Enfermeiro!!!
 
"De qualquer forma, rácios à parte, o que importa é que o nosso país não absorve mais Enfermeiros"

Bravo! Agora pomos o assunto de parte. Não dá jeito.
Recomendo vivamente um dicionário de Inglês.

Persons who have completed their studies/education in nursing and who are licensed to practice, ou seja Profissionais que tenham completado os seus estudos e que estejam autorizados a exercer, incluindo Enfermeiros, Enfermeiros (LIcenciados ou Bacharéis e ESpecialistas)e excluindo Nursing aids/assistants and care workers who do not have any recognized qualification/certification in nursing (Estes é que são os AAM).

Acho que acima de tudo você é um grande comnicador pois embora a razão não lhe assista consegue convencer alguns.

Caro Mendes

Leia bem o documento e não se fie só no que alguns dizem. Tb temos que formar a nossa própria opinião.

Manel
 
Colega "Manel"´, o ex.mo é deveras persistente. LEIA atentamente.

"Inclusion:
- Persons who have completed their studies/education in nursing and who are licensed to practice (including both higher-level nurses, and lower-level nurses such as associate/practical/vocational nurses)"

Está a ver onde está escrito "lower-level nurses"? Estes são os auxiliares de Enfermagem!!

Onde está escrito:
"Nursing aids/assistants and care workers who do not have any recognized qualification/certification in nursing"

Compreende bem a língua universal? Lógicamente, aqueles "assistants" sem a sua formação reconhecida não são contabilizados... mas aqueles que estão "reconhecidos", são-no. Assim como os alunos de Enfermagem, que só são contabilizados os que já tiverem a sua formação reconhecida (curso terminado e reconhecido). Mas isto é lógico, obviamente qualquer trabalhador sem reconhecimento ou em processo de reconhecimento não poderão ser contabilizados.

Sinceramente, não compreendo qual a parte que não entende.
 
Lower-level nurses são Enfermeiros (leia-se inscritos na Ordem) c/ Bacharelato.
Pode informar-se junto da Ordem dos Enfermeiros (pronto já sei que não acredita em nínguém da OE) pois é quem desde 2000 é responsável por dar os dados ao INE que por sua vez são a base dos dados da OCDE.
Acha que a OE ia dar à OCDE o n.º de AAM misturado com os Enfermeiros depois de lutar contra os TACs há 2 anos.
Eh pá. Sinceramente...
 
Aliás, basta fazer um pequeno exercício de comparação.

Tomemos a Irelanda como exemplo.
A OCDE E A OMS calculam os rácio da mesma forma e método.

Veja, a OCDE, diz que em 2004 a Irelanda tinha uma rácio de 15,0 (http://www.oecd.org/dataoecd/59/46/35529914.xls)

A OMS, refere 15,20 (http://www.who.int/whosis/database/core/core_select_process.cfm?country=irl&indicators=healthpersonnel#). Existe uma ligeira discrepância pouco significativa, no entanto a base geral é idêntica.

MAS, o aviso está bem patente para quem quiser ler:

"includes professional nurses, auxiliary nurses, enrolled nurses and other nurses"

A dúvida subsiste?
 
"Acha que a OE ia dar à OCDE o n.º de AAM misturado com os Enfermeiros depois de lutar contra os TACs há 2 anos.
Eh pá. Sinceramente..."

Manel, quando eu referi isso, disse ser uma suposição para tentar estabelecer uma base comparável. Foi para estabelecer um paralelo hipotético relativamente ao que se faz "lá fora".
Não afirmei que as coisas eram feitas assim, ou disse?
 
Pode ser que nos encontermos um dia e possamos discutir o assunto. É que estamos os dois tão convictos que dificilmente cehgaremos a um acordo.
Recordo só que a discussão começa com os ratios da OCDE e acaba nos da OMS.
A questão foi levantada sempre com os da OCDE e não podemos ir buscar pedaços de um e outro para nos justificarmos.

Boas discussões
 
O número de Enfermeiros em cada país é um valor absoluto, não relativizável.
 
Nesses países onde o "rácio" é superior ao nosso mas em que o número de enfermeiros licenciados, diplomados ou como lhe quisermos chamar, é inferior ao nosso, há outros profissionais de enfermagem(os tais técnicos ou auxiliares) a prestar cuidados de enfermagem que cá, no nosso Portugal, são prestados pelos únicos profissionais de Enfermagem, os Enfermeiros ou seja realmente podemos falar em rácios. Como tal... das duas uma... ou vão criar auxiliares de enfermagem para suprir a carência na prestação de cuidados ou vão aumentar o número de Enfermeiros... isto num Mundo ideal em que há a vontade política de resolver este assunto(não falo em dinheiro pois isto depende tudo de prioridades políticas).
 
Lamento chegar muito atrasado à discussão.... mas é óbvio que neste país à beira mar plantado, a haver apostas será nos auxiliares que saem de forma muito óbvia ao Serviços de Saúde portugueses, muito mais baratos.
E, num país cujo actual governo só olha para os números e para o défice, qual pensam que será a escolha deles? Não é difícil adivinhar...
 
Em Portugal,num futuro muito próximo existiram auxiliares de acção médica detentores de um curso superior. O numéro de enfermeiros por serviços será de 1 no máximo de 3.
A administração dos hospitais públicos por entidades privadas, levará a cabo este projecto.
Só espero, que a ordem dos enfermeiros se conforme com o inevitável e tenha alguma solução para o número demasiado crescente de pessoas que entram para o curso de enfermagem. Se não os futuros licenciados, só teram uma hipótese: desemprego ou imigrar.
Será que estamos a tempo para voltar a trás e limitar o acesso à enfermagem? ou vamos acabar como os professores?
 
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