sexta-feira, outubro 05, 2007

"Um dia chegamos lá"??


"Quantos de nós [Auxiliares de Acção Médica], trabalha com profissionais de outras categorias que exercem funções há muitos anos, apenas com a 4ªclasse e alguma formação específica, sem curso superior? Ou com curso superior, recém licenciados, que não sabem prestar cuidados aos doentes, quando iniciam a sua actividade? Não é o canudo que dá a competência ou apetência para determinada profissão, não há genes específicos, escolhidos para cada categoria.
Todos temos capacidades, que se desenvolvem dependendo também das oportunidades. Não queremos ocupar o lugar dos outros. Apenas o nosso! A maioria das funções por nós desempenhadas foram atribuidas por quem, agora, se recusa a admitir que as executamos, e que não temos a intenção de o continuar a fazer na clandestinidade.
Queremos que todos saibam que não somos os parentes pobres da saúde. Queremos ser reconhecidos, valorizados pelo nosso esforço e pelas múltiplas tarefas que desempenhamos.
Com união, trabalho e determinação, alcançaremos um dia, os nossos objectivos.
Termino com um pensamento:
"Se te entreteres a atirar pedras contra os cães que te ladram,nunca mais chegas ao fim do caminho"

Autora do texto: Elisa Leite-H.G.S.Ain BITs.g.s. de 26/02/2006 nº3"


Divagando um pouco, deparei-me com um blog de um(a) Auxiliar de Acção Médica (?) denominado vidadeauxiliar.blogspot.com. Deixo-vos um texto por lá publicado e intitulado "Um dia chegamos lá!", que reflecte bem a perspectiva anárquica e obsoleta com que este assunto é abordado.
A questão da inexperiência é diferente da questão da incapacidade. A questão da competência é diferente da questão da atribuição/delegação/capacidade.
Uma análise superficial pode revelar-se infértil. Uma análise ignorante também. A experiência não dispensa o conhecimento. O conhecimento não dispensa a experiência.
Eu sei escrever, mas não sou escritor. Sei fazer contas, mas não sou matemático. Conheço as leis, mas não sou advogado.
Penso que sobre este assunto, de tão clarividente que é, não necessito de escrever mais. Pergunto desta feita aos Enfermeiros: "um dia chegaremos lá?
Termino também com um pensamento:
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa"A nuca é um mistério para a vista "
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPaul Valéry

Comments:
E será que a maioria sabe o caminho para chegar lá?
Ou vai continuar a "atribuição/delegação/capacidade"
e quem esta a olhar a nossa nuca?
Aquele a quem o enfermeiro "delega tarefas" que são essencias no cuidar, porque o saber cientifico ocupa-lhe o preocupa demais, não vá chegar outro doutor médico que queira delegar nele.... e quer estar preparado...
Será?
 
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Os AAM não são essenciais no "cuidar", são essenciais no "tratar". A diferença é abismal.
A delegação é um acto ao dispôr dos enfermeiros, pois como sabe coordenam hierarquicamente os AAM.
Os médicos não são supeiores hierárquicos dos enfermeiros há muitos anos. Não delegam. São profissionais complementares, que trabalham em equipa (a mesma da qual o AAM faz parte integrante, claro! Todos juntos somos uma equipa)!
Os enfermeiros poderiam colocar a mesma questão mas desta vez em relação aos médicos. Eu sou enfermeiro. Faço muitas coisas ilegalmente, mas toda a gente sabe que os enfermeiros fazem. Medico, suturo, ocasionalmente requesito Rx's e alguns parametros analíticos urgentes, intubo, colho gasimetrias ou sangue na femoral, suspendo fármacos, introduzo fármacos, e quantas não são as vezes que os médicos recorrem aqui aos "delegadores" (enfermeiros) para subtilmente tirar dúvidas, colocar questões embaraçosas ou mesmo "para nós explicarmos como é que aqui se costuma fazer isto ou dar aquilo"...
Por vezes até salvamos as vidas que eles, por vários motivos, não conseguiram ou não souberam salvar...
 
Com o devido respeito, mas estamos a falar de quê? O pessoal Auxiliar quer o quê?
Porra é o fim de tudo! É o estado em que estão as "coisas", muito por culpa de nós próprios, enfermeiros que ao delegarmos nos outros, os tais AAM, aquilo que é nosso dever, "sofremos" este tipo de...nem sei como defenir!
Nem dá para acreditar.
E os auxiliares têm uma função importante, mas que nem é "tratar" e muito menos "cuidar". Pronto, têm a função deles.
Mas sim, auxiliares a enfermeiros será o slogan de futuro, tal é o estado que que as coisas se encontram. Parece que já estou a imaginar: Curso superior de auxiliar de acção médica, com licenciatura em auxiliar de acção médica. Fenomenal!
Desculpem mas este será o primeiro e último comentário que farei relactivamente a este tópico (não interpretem mal os senhores auxiliares que poçam ler estas minhas palavras. Não é por falta de consideração; será mesmo por...desinteresse?!Talvez!
Aquele abraço!
 
Parece que alguns enfermeiros esqueceram alguns conceitos importantes:
Equipa de saúde multidisciplinar;
Se esta equipa não funcionar os resultados não podem ser bons!
Então o importante é estabelecer uma complementaridade a diversos níveis e de diferentes formas (intradisciplinariedade), conscientes da interdependência, mas sem interferências abusivas, congregados para o mesmo o objectivo comum:(…)
É fundamental existir uma consciência ética e profissional, para que sejam co-responsáveis na “missão” a cumprir.
Isto é igual a respeito, clima de diálogo aberto, saber escutar, aceitar pontos de vista diferentes, ultrapassar preconceitos que impedem análise objectiva das situações.
A equipa é formada por todas as classes de profissionais que têm o mesmo objectivo (….)
Que me perdoem os colegas que dizem que delegam nas AAM porque …
Já uma velha amiga escrevia:

“Só num clima de disponibilidade à verdade e de respeito recíproco se consegue uma equipa tecnicamente eficaz e humanamente gratificante”
 
"A equipa é formada por todas as classes de profissionais que têm o mesmo objectivo"


É concerteza verdade. Mas cada um tem as suas funções e competências, não vá alguém poder pensar que isto é tudo ao "molho"!
 
"os senhores auxiliares que poçam ler" as palavras do Sr Enfermeiro Hugo Roque, se souberem escrever chegam lá mais depressa do que julgam... não tenham dúvidas.

Mas que lamechice!
Os enfermeiros têm medo de quê???
 
Nada. O texto inical nem sequer é da autoria de um enfermeiro. Por isso não são os enfermeiros que se queixam de alguma coisa...
 
Pegam em tudo, para dizerem que existem. Ganhem vergonha!... Estão contra tudo e contra todos!... Não ha paciência!
 
Ao ilustre comentador AMendes, um enorme e entusiástico bem haja pela sua admoestação/reparo. Para os devidos e legais efeitos se deverá proceder à também devida correcção/substituição, nomeadamente da palavra ou conjugação verbal poçam por POSSAM. Imperdoável diria...Provavelmente! Bem, no fundo, e bem dissecada a coisa, se calhar não passará de uma lamechice, não será? Procurarei de futuro ser mais aplicado e estar atento ao que escrevo (e ao que escrevem), não vá estar por aqui o excelentíssimo(a) e sempre aplicado(a) corrector ortográfico AMendes.
Já agora, do que é que os enfermeiros têm medo? Pergunta um pouco retórica, mas cá vai:
- do papão; e em última instância da sua tenaz atenção à ortografia.
Ora aquele grande abraço.
 
Já agora, e porque estamos numa de correcções, deverá escrever-se Sr.;esta é a abreviatura correcta de senhor, e não da forma como é apresentada pelo nosso corrector ortográfico AMendes(Sr).
Ora fica feito o esclarecimento. Ainda assim uma "lamechice".
 
Mau, mau, então o nosso corrector ortográfico AMendes fez um reparo ao meu "lapso" e não fez o mesmo ao anónimo das 1:45 PM. Então e o acento agudo no HÁ, hem?
Vá, por esta escapa...
É que assim vou pensar que existe aqui alguma "injustiça" ou atitude discriminatória, o que não será de todo verdade, certo caro AMendes?
 
Ainda...
Poderá escrever-se:
- "para os devidos e legais efeitos deverá proceder-se à também..."
Enfim, "lamechices".
 
Se olharmos para a história, ela diz-nos que em 50 anos a Enfermagem deu um salto brutal.

Não tenho dúvidas que o mesmo possa acontecer com outras classes. Sempre achei que os AAM (que eu penso que se deveriam chamar Auxiliares de Acção em Saúde), deveriam ser mais respeitados do que aquilo que são (quer por médicos, enfermeiros, ou outros). Quantas vezes ouvimos enfermeiros queixarem-se que não são respeitados pelos médicos? E eu pergunto: todos os enfermeiros respeitam os AAM?

Penso que aos AAM não podemos negar o velho chavão de que "o céu é o limite". Portanto, acho apenas é que eles têm de trabalhar para isso. Têm de conquistar esse lugar (não há impossíveis!).

Em bom rigor, os enfermeiros são AAM, os médicos são AAM e os AAM são AAM. De igual modo, os médicos são auxiliares de acção de enfermagem (AAE), os AAM são AAE, e os enfermeiros são AAE. E também é verdade que os médicos são auxiliares dos AAM, os enfermeiros são auxiliares dos AAM, e os AAM são auxiliares dos AAM. Afinal, somos ou não somos uma equipa?

Hipócrates cedo terá "arranjado" os seus AAM. Não sei se foram ou não quem mais tarde deu origem aos enfermeiros. O que sei, é que os enfermeiros surgiram depois de Hipócrates. Penso que há quem veja os AAM de hoje como os enfermeiros de há 30 anos. Parece-me que os AAM de hoje se cansaram de ser os "AAM" e eles próprios querem ter os seus Auxiliares de Acção.

Não deixa de ser intrigante esta visão das coisas, mas penso que se enquadra perfeitamente numa lógica que outros seguiram (e se assim é, porquê estarmos agora a criticar os AAM). Não me admira que daqui a 50 anos (talvez menos), o curso de AAM seja um curso superior, e que haja o Bastonário (a) da Ordem dos AAM.

E a lição a tirar de tudo isto é simples: não devemos voltar-nos para os AAM como se de uns pobres coitados se tratassem. São pessoas como nós. Uns com mais ou menos conhecimentos é certo, mas todos são dignos como nós de aspirarem a ter uma função respeitada por todos (e nós sabemos que actualmente as coisas não são assim).

Estamos a assistir a um percurso de afirmação perante a sociedade por parte dos AAM. Uma questão que se nos vem à memória, é inevitavelmente esta: com a entrada de mais uma classe na equipa multidisciplinar, a abordagem holística do utente fica cada vez mais comprometida. Pois, ok! Mas não foi isso que os médicos, enfermeiros e outros fizeram?

A verdade é esta: os profissionais de saúde querem afirmar-se perante a sociedade (e isso é perfeitamente legítimo) só que, a dada altura, estão mais preocupados com questões de vínculo, com progressão na carreira, com o mestrado ou doutoramento... esquecendo a essência do seu trabalho: cuidar/tratar/ajudar as pessoas.

Estarão os profissionais de saúde de hoje mais preocupados com os utentes, ou mais preocupados consigo próprios?


Enfermeiro Silva & Cª
 
"a essência do "meu" trabalho: cuidar/tratar/ajudar as pessoas"... não se coloca em causa, no entanto se não me é permitido realizar qualquer tipo de "cuidar/tratar/ajudar as pessoas", por não me PERMITIREM continuar a desempenhar as minhas funções... como posso eu defender e demonstrar a essência do meu trabalho? a preocupação connosco próprios terá inevitavelmente de surgir num primeiro plano... ou então nunca chega a existir o segundo! já que se eu não trabalho, não tenho utentes para cuidar e portanto não me posso preocupar com o seu bem-estar e promoção da saúde .... é por esta razão que considero muito pertinente a possibilidade de haver uma "sobreposição das profissões", enquanto houverem áreas cinzentas na prestação de cuidados de enfermagem temos de continuar a "lutar" (no bom sentido como é óbvio!) por nós.... e sim... TEMOS DE NOS PREOCUPAR CONNOSCO PRIMEIRO!
 
Entrei agora no blog, dos aam.
Mantenho o que disse lá.
Tenho todo o respeito pelos aam,são profissionais e pessoas dignas, mas por favor, resolvam o vosso problema de aam, e passem aaf (auxiliares de acção de enfermagem)entrando dignamente na escola superior de enfermagem.
Um abraço amigo.
 
Sr.anónimo:
Ainda bem que respeita os AAM.Mas passar para AAE e com um canudo das escolas superiores de enfermagens, será o garante de melhores profissionais? Os auxiliares de enfermagem já não existem. Pelo que sei, em Portugal, há Cursos para AAM em empresas privadas e penso que numa escola na Grande Lisboa...sei pela publicidade colocada nos jornais. A verdade é que a maioria dos AAM têm pouca formação académica e alguns, há que reconhecê-lo, não têm perfil para esta função. Há muito a fazer para melhorar as nossas competências e os nossos saberes. Os AAM, se exercerem as funções designadas pelo Ministério da Saúde(existe pouca informação)e algumas instituições privadas(Clipóvoa, por ex.)estaremos a caminhar para um futuro melhor. Os AAM necessitam de se afirmarem como "elemento" indispensável nas equipas multidisciplinares dos prestadores de cuidados de saúde.
 
BEM SEI QUE O CURSO DE AUXILIAR DE ENFERMAGEM NÃO EXISTE DESDE 1975.
NÃO ERA ISSO QUE ESTAVA A REFERIR.
O QUE ESTAVA A QUERER DIZER É ISTO:
TUDO NUM HOSPITAL É ACÇÃO MÉDICA.
O QUE O MÉDICO FAZ DENTRO DE UM HOSPITAL É ACÇÃO MÉDICA, DENTRO DA SUA AREA EM RELAÇÃO AOS SEUS SABERES .
O QUE UM ENFERMEIRO FAZ NUM HOSPITAL É ACÇÃO MÉDICA DENTRO DA SUA AREA E DENTRO DOS SEUS SABERES.
O QUE O AUXILIAR DA ACÇÃO MÉDICA FAZ DENTRO DE UM HOSPITAL É ACÇÃO MÉDICA DENTRO DOS SEUS SABERES NA SUA AREA.
TAMBEM PARA OUTROS PROFISSIONAIS TUDO É ACÇÃO MÉDICA, PORQUE NÃO EXISTE SÓ ENF.MÉDICOS E AAM. DENTRO DE UMA INSTITUIÇÃO COMO UM HOSPITAL,TUDO É ACÇÃO MÉDICA PORQUE ESTÁ RELACIONADA COM A AREA CLINICA, DE UMA INSTITUIÇÃO.
AGORA QUANDO DIGO QUE PARA EXERCEREM LEGALMENTE ACÇÃO DE ENFERMAGEM, ENTREM POR FAVOR E REPITO, DENTRO DE UMA ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM .
UM ABRAÇO AMIGO E RESPEITOSO.
 
existem muitos enfermeiros, que pensam que nao temos mais nada que fazer se nao fazer as vontades todas do mesmo...
os enfermeiros nao querem fazer nada....
e os AAM so faz auxlio logo aí os AAM so sao pagos para isso
 
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