domingo, novembro 25, 2007

Afinal era verdade...

Um dia, um colega escreveu-me um e-mail que me intrigou.

Entre outras coisas, disse-me: "(...) Desculpe avisá-lo, mas a enfermagem faleceu ontem às 2:26 AM, vítima de insuficiência respiratória, sozinha, ignorada. Vai ser sepultada em vala comum (...)".

Mesmo para os mais cépticos, a realidade não engana. Afinal, faleceu.

Agora, que se encontra em linha isoeléctrica, temos de unir forças, vontades, estratégias e sincronizar todas as nossas energias. Alguns de nós devem colocar os eléctrodos, outros preparar de imediato as adrenalinas, abrir o laringoscópio e intubar, ventilar e outros ainda, encostar as pás para poder "chocar"...
Lembrem-se, o tempo é escasso. Se demoramos demasiadamente corremos o risco de não ter sucesso ou então podemos ter a sorte de reanimar, mas com sequelas irreversíveis...

Agora, a Enfermagem só depende de nós, ou trabalhamos em equipa... ou não....

Comments:
Caro Doutorenfermeiro, um dos principais problemas da nossa classe é mesmo essa falta de união. Porque se nós fossemos unidos, nenhuma outra classe profissional neste país tinha tanta força como nós enfermeiros. Por mais malabarismos que tentem fazer a saúde em portugal e onde quer que seja não pode funcionar sem nós. Já imaginaram o que seria os hospitais, centros de saúde etc sem nós? Estão a ver ver o cenário? O nosso futuro só depende de nós, e o que queremos dele...
 
Alma minha gentil que partiste ,
tão cedo desta vida descontente ,
descansa lá no céu eternamente
e viva eu cá na terra sempre triste---

Requiem pela Enfermagem ?

Não. Recuso o diagnóstico fatídico. Somos fortes.Precisamos é de acordar o MONSTRO que há em nós.Temos que nos reorganizar em volta de uma causa comum. A ENFERMAGEM PORTUGUESA.Ela não faleceu porque nós estamos aqui. Ela só adormeceu longamente após comer a maçã envenenada do laisser faire , laisser passer.Após a ingestão do conforto excessivo.Após conquistar o que se pensou ser suficiente. Nada é dado, tudo é conquistado já dizia bachelard . Reconquistemos o lugar a que temos direito.Temos várias provas de fogo pela frente. É hora de as enfrentarmos com valentia e coragem. Temos que fazer o cordão humano que acorde a ENFERMAGEM...ainda estamos a tempo. Adormecer agora é perder irremediávelmente o direito de SER ENFERMEIRO neste País. Conquistamos ao longo dos últimos anos grandes vantagens , mas adormecemos ao sabor da onda do conformismo. Colegas não nos deixemos apagar . Não deixemos que o sonambulismo e a apatia tomem conta de nós. A hora é de novo de LUTA para que não tenhamos que corroborar a certidão de óbito da ENFERMAGEM. Estou-me nas tintas para as acusações de partidarizações. Na vida tudo é política.O termo política é derivado do grego antigo πολιτεία (politeía), que indicava todos os procedimentos relativos à pólis, ou cidade-Estado. Por extensão, poderia significar tanto cidade-Estado quanto sociedade, comunidade, coletividade e outras definições referentes à vida urbana.Política são por isso procedimentos relativos à defesa da Enfermagem.
O homem é um animal político , já dizia Aristóteles.
Unamos esforços para nos reorganizarmos: a nível sindical , a nível da Organização Suprema da Ordem , a nível profissional.Não nos calemos. O medo é o nosso pior inimigo. Acordemos a Enfermagem. IMPÕE-SE...É URGENTE.
 
Eu, estou pronta para "chocar", seja qual for o bastonário....
mas confesso ter mais esperanças no enfermeiro Azevedo....
 
Em época de caça ao voto dos enfermeiros, deixo uma sondagem:

Quem é que me explica porque é que o EZ não faz campanha no Norte?

a)Acha que são favas contadas
b) Os gaijos do Norte já me conhecem e não vão em cantigas
c)Nesta idade não me posso expor ao enxovalho que seria regressar aos locais onde tanto mal fiz aos enfermeiros
d)Quando estou no Norte só vejo a casa de Francelos à minha frente e vou logo para ao pé da lareira
 
Entre outras coisas, disse-me: "(...) Desculpe avisá-lo, mas a enfermagem faleceu ontem às 2:26 AM, vítima de insuficiência respiratória, sozinha, ignorada. Vai ser sepultada em vala comum (...)".


Mesmo para os mais cépticos, a realidade não engana. Afinal, faleceu.


Agora, que se encontra em linha isoeléctrica, temos de unir forças, vontades, estratégias e sincronizar todas as nossas energias. Alguns de nós devem colocar os eléctrodos, outros preparar de imediato as adrenalinas, abrir o laringoscópio e intubar, ventilar e outros ainda, encostar as pás para poder "chocar"...
Lembrem-se, o tempo é escasso. Se demoramos demasiadamente corremos o risco de não ter sucesso ou então podemos ter a sorte de reanimar, mas com sequelas irreversíveis...


Agora, a Enfermagem só depende de nós, ora quando nós mesmos nos castigamos, escrevemos blogs depreciativos para com a profissão, quando a abstenção ganha, não é facil a reanimação.

Farta de ouvir mal dizer estou farta. Assim não vamos lá. Pedia ao Dr. Enfermeiro para que retirasse este artigo, assim CONCORDO não vamos lá.

Quando tenho médicos no meu serviço que dizem que leem este blog PARA SE RIREM UM POUCO, Não me revejo na sua profissão!

Ana Melo
 
Olá!
Tens um Prémio "Diz que até não é um mau blog” no meu blog à tua espera!

:)
 
Ana Melo,
acho que a deslocada aqui é a colega. Não acredito em nada do que disse sobre os médicos do seu serviço.
Acredito sim, que a(o) colega é da oposição. Temos de saber viver com a diferença de opiniões.
E quanto a mim, dogo-lhe sinceramente, há 3 ou 4 grandes blogues de enfermagem em Portugal, e este é sem dúvida um deles!
Para muitos (como eu) passar por aqui faz parte da obrigação diária!
 
Acredite que me custou escrever aqui, até porque nem irei votar nas eleições, talvez ,a apenas na secção regional.

Sou colega da pratica.

Ana Melo
 
A continuação do degredo é votar na Enfermeira Augusta. A esperança de mudança é votar no Enf. Azevedo.
D.
 
Mas o que é que nos queremos? Não é na mudança de bastonario que vai resolver problema nenhum relativamente ao desemprego. Vejam os advogados, são uma ordem forte e no entanto é desemprego à fartazana e o que não faltam são faculdades de direito publicas e privadas.
 
Os advogados não têm desemprego à fartazana.....
isso é uma ideia errada!
de qq forma, temos de mudar de bastonário, esta não tem perfil, presença, autoridade ou inteligência....
é uma ordem à deriva....
 
Não têm não, conheço bastantes que passam pelas ruas da amargura, não é errada e é quase empirico.
Mas basta usares o google ou ligares a tv de vez em quando.
 
no google nao vi nada....
 
http://www.oa.pt/Conteudos/Artigos/detalhe_artigo.aspx?idc=31623&idsc=31624&ida=49802

" Hoje, uma licenciatura em Direito é sinónimo de desemprego"

Qual ideia errada qual quê.
 
isso é a ordem para fazer pressões. não leve essas afirmações a peito, colega....
 
Por amor de Deus....
 
Sugiro que a enfermagem deste blog e tts outros marca-se um encontro nacional / regional e discutisse exactamente estes problemas e desse "a VOZ" ao país.
Pode ser intitulado "Do silêncio à Voz" em Portugal, debate de ideias e formar uma organização com força e capacidade do "efeito bola de neve", contagiando todos os colegas, desempregados, etc.



Cumprimentos,


Serrano
 
É uma boa ideia, colega Serrano...
 
Sugiro que a enfermagem deste blog e tts outros marcasse um encontro nacional / regional e discutisse exactamente estes problemas e desse "a VOZ" ao país.
Pode ser intitulado "Do silêncio à Voz" em Portugal, debate de ideias e formar uma organização com força e capacidade do "efeito bola de neve", contagiando todos os colegas, desempregados, etc.



Cumprimentos,


Serrano
 
Eis uma excelente ideia colocada pelo colega Serrano. 100% de acordo!
É pá, mas de preferência que não seja em Lisboa (é um bocado longe - mas ainda assim, se fôr necessário irei com todo o gosto).
Já tivemos outras iniciativas.
Lancem ideias. Apresentem sugestões.
Pode ser mesmo na "clandestinidade" :-)

Fico à espera!!!!
 
A enfermagem está preste a morrer ou já morreu se continuarmos com este tipo de direcção à frente da Ordem. Tou tão desanimado com a nossa profissão. que venham outros animar esta fibrilhação ventricular e desfibrilhe esta Ordem que está quase a parar...
 
Para todos os EnfermeirosComAManiaQueSãoDoutores, aqui ficam umas ressalvas:

1º: Se está em "linha iso-eléctrica" (vulgo, em termos adequados: assistolia), não faleceu, pelo menos até que um um médico o diga. Está em paragem cárdio-respiratória. E é passível de reanimação (ou não), como aliás se sugere a seguir (fica-se a saber que há o hábito por esta banda de reanimar "falecidos...).

2º Preparam-se adrenalinas tão depressa quanto atropina, neste contexto.

3º Não se "choca" uma assistolia (valha-nos Deus certos "reanimadores"-enfermeiros...). A assistolia não é "desfibrilhável", caro "doutor".

4º Os eléctrodos já estão colocados, ou então estaremos a falar de uma "assistolia clínica", ou de uma "linha iso-eléctrica sem eléctrodos"?

5º Não se "entuba" numa reanimação. Ventila-se, com tubo ou sem ele.

Enfim, por estas e por outras é que esses camaradas enfermeiros chamam, ao que eu julgava serem "doentes em paragem cárdio-respiratório", de "falecidos".

Premonição? Não diria tanto, haveria que dar algum espaço para a pobre alma sobreviver para se designar como tal....
 
Espera aí, depois continua... :)
"O tempo é escasso", dizem depois, e correm o risco de "não ter sucesso" (essa é para rir, chamar-lhe "risco"...).

A seguir parece emendar-se, falando na eventual "sorte" de se reanimar (muita sorte, ou então a linha iso-eléctrica carecia mesmo de eléctrodos, e a criatura sobreviveu apesar dos "choques"...). E vá lá, lá se confessam as "sequelas irreversíveis", quiçã devidas ao tempo que se perdeu a entubar em vez de ventilar, ou o tempo perdido a dar "choques", ou serão as sequelas as queimaduras escusadas pelo tronco do "falecido"?

O que vale a este "team"-maravilha de reanimação de cadáveres é mesmo o trabalho "em equipa". Sobretudo se se estender a equipa a quem sabe de reanimação.

Agora a sério, quando se faz uma metáfora, não convém pôr um parolo qualquer a falar do que não sabe. Sob pena de ser, depois, uma metáfora de merda. Para falar apropriadamente.
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Ex.mo Anónimo que identifico como "EnfermeirosComAManiaQueSãoDoutores" (para facilitar):

Parece-me que (infelizmente) não compreendeu que o post está redigido metafóricamente (ou melhor, compreendeu, mas não resistiu a "provocar" uma metáfora! E pelo cheiro, sim, eu "snifo-vos" ao longe, o meu caro é o mesmo que argumentou (erradamente) que a amiodarona não é a primeira escolha para as arritimias...
No entanto, permita-me uns breves reparos que servem até de título informativo.

1. "Se está em "linha iso-eléctrica" (vulgo, em termos adequados: assistolia), não faleceu, pelo menos até que um um médico o diga"

Correcto. Deixe-me acrescentar que no Reino Unido alguns Enfermeiros vão poder certificar "óbitos". A cadeia noticiosa BBC divulgou o facto.
No entanto, em muitos hospitais portugueses, quando o médico vem certificar o óbito nem "vê" o cadáver, o que na prática significa que é confirmado pelos Enfermeiros.

2. "Preparam-se adrenalinas tão depressa quanto atropina, neste contexto."

Ainda que a adrenalina seja usada como metáfora, (farmáco mais comumente associado à PCR), pode ser usado atropina em assitolia, é verdade, embora seja preferível noutras situações. No entanto o fármaco de primeira escolha independentemente da etiologia da PCR, é a adrenalina.

3- "Não se "entuba" numa reanimação. Ventila-se, com tubo ou sem ele".

Antes de mais caro reanimador, escreve-se "intubar" e não "entubar". Depois, a IOT é preferível para a vetilação artificial, devido à sua elevada eficácia para as trocas. Eu cá, chame-me antiquado, mas eu ventilo não "com" o tubo, mas com um insuflador (vulgarmente da marca Ambu). Faço-o "pelo" tubo... ou "pela" boca.

4- "esses camaradas enfermeiros chamam, ao que eu julgava serem "doentes em paragem cárdio-respiratório", de "falecidos"."

Que hipérbole. Antes mais não sou seu camarada. Não vale a pena tentar validar argumentos recorrendo a exageros falaciosos. Com médicos a pensar e a julgar já faleceu muita gente. Por isso, não julgue.

5- ""O tempo é escasso", dizem depois, e correm o risco de "não ter sucesso" (essa é para rir, chamar-lhe "risco"...)."

O termo foi obviamente aplicado à conjuntura do post em questão. Já agora caro "reanimador", chama-lhe o quê? A "certeza"? Não é um bom princípio para quem quer reanimar....

6- "Agora a sério, quando se faz uma metáfora, não convém pôr um parolo qualquer a falar do que não sabe. Sob pena de ser, depois, uma metáfora de merda"

Agora a sério, além de não ser bem educado, roça a estupidez. Vendo bem o seu comentário em retrospectiva, tenho a certeza que este "parolo" aqui já fazia reanimações, ainda o meu "amigo" morava nos testículos do progenitor que se deu ao trabalho de o trazer ao mundo....
A primeira regra da inteligência é saber com quem falamos. Se não sabemos, calamo-nos.
(Até podemos estar a falar com quem nos leccionou o SAV...)
E não, os Enfermeiros não têm a mania que são doutores. Os Enfermeiros têm a mania de melhor servir os utentes.
Aliás, há-de me explicar qual é a diferença entre o SAV leccionado a médicos e a Enfermeiros?
Pois é... ah, agora a sério, quando se quer fazer um comentário não convém pôr um parolo a fazê-lo, sob a pena de ser, depois, um comentário de merda...
 
Xiii... nem quero acreditar.
Nunca tinha visto o doutoenfermeiro assim! Deu uma sova valente no osmédicostêmamaniaquesãoreismasnão passadegarganta....

lol
lol
 
Mau perder, Exmo Sr EnfermeiroComAManiaQueÉDoutor, muito mau perder....

1º: Correcto não, errado. O post está errado. Você desfibrilha uma "linha iso-eléctrica". Errado. Agora isso de médicos certificarem óbitos sem os ver, devem ser os do seu serviço, com qualidade enquanto profissionais do nível da sua (monitor de SAV?)

2º "Pode" (!) ser usada atropina nessa situação? "É preferível noutros contextos" ?? Ganhe juízo, e ponha lá no google Advanced Life Support! (monitor de SAV?)

3º Errado. Você não ventila, entuba. Você errou, mais uma vez. Se ventilasse, usava ambu, com tubo ou sem ele, mas disse que entubava, e não que ventilava, por isso errou. Se tem memória curta, leia o seu post. Por outro lado, ventilação artificial, quer prefira, quer não, é mesmo só com tubo. A não ser que, considerando VNI, você ache nesse caso o tubo opção (ou seja, fazer VNI invasivamente...:). Mas já estamos a requerer muita fruta para este instrutor de SAV (?)...

4º Mude lá de serviço, nem todos os médicos são como os que conhece, se bem que para você ter os delírios de grandeza que por cá recorrentemente assinala, os meus colegas devem, realmente, ser tal qual os descreve (uma bela merda...).

5º Chamo-lhe, com uma reanimação assim conduzida, não um risco (o falecimento do doente), mas sim uma fatalidade. Já dava para perceber há bocado, mas você não percebeu. É normal.

E deixe lá isso da amiodarona, até mete pena. Leia, meu caro, leia, e não faça figura de pateta. Ainda que exista toda uma prole de patetas, tãos "sabedores" quanto S.Exa, prontos a beberem acriticamente as suas baboseiras, como este comentador supra, que, estou certo que pela entoação e por fidelidade ao clube, lhe dá algum crédito.
Se tiver preguiça de ler, eu explico, mas terá que pedir.

É só pena estas coisas chatas que existem, chamadas livros, guidelines, artigos, etc....
É que quando se entra neste jogo, do qual calculo que não seja adepto, não basta paleio.

Por isso, se calhar, uns são enfermeiros, e outros médicos.

Uns vêem linhas iso-eléctricas, declaram o óbito, depois põem eléctrodos, a seguir chocam e dão adrenalinas, entretanto entubaram, se calhar ventilaram. Trataram a "arritmia" (essa entidade clínica...) com amiodarona (porque raio existirão mais algumas dezenas de anti-arrítmicos?).
A, e claro, entretanto o falecido, se calhar, correu o risco de morrer. Ou de não ser reanimado (como qualquer falecido que se preze...).

Bem haja, é do mais brilhante que já vi por aqui (e como já venho há uns tempos, garanto-lhe estar muito difícil de impressionar).

Ah, e essa de ser monitor de SAV... lollllllllll
 
Já me esquecia.
Outro livro que S.Exa devia ter à cabeceira (além dos de Medicina que você não leu, e nem acha que precisa de ler).

Dicionário da Porto Editora:
Entubação s.f. Medicina, acto ou efeito de entubar (De entubar + -ção).

Na gramática, e na Ortografia, como no resto.
Laivos de coerência?
 
Caro médico:

Os enfermeiros não necessitam de ser médicos!
Certamente que existem mts enf q o gostariam de ter sido (médicos) antes de concorrerem p as escolas de enfermagem, mas uma vez na enfermagem lutam por ela com paixão e afinco.
As médias do curso de medicina deste país, deixam mts alunos escaparem-se p outras profissões, é a vida....
Podem existir incorrecções no post de q tt fala.
Mas n exitem incorrecções na falta de respeito, parcialidade, agressividade, inexistência de espirito de equipa q a sua classe tem perante enfermeiros e utentes. (pode n ser generalista, mas existe uma grd mancha corporativista)
Guerras e troca menos assertiva de galhardetes vai existir sp entre nós.
Mas desde q cada um ocupe o seu lugar não julgando / opinando desfavoravelmente ganhando sp o utente, será o melhor...
E não esquecer que a enfermagem vai renascer da sombra, sub alternismo, silêncio, passividade.
Somos das maiores classes profissionais do país...
Não queremos o lugar de ninguém, mas queremos o q nos é legitimo, a notoriedade de uma profissão que tem responsabilidade na sociedade, e tem estado ano-após-ano na penumbra de outros, contibuindo p o sucesso de outros, etc, etc.

Cumprimentos,


Serrano
 
Caro anónimo de cima.
O seu post é bom e muito acertivo.
Falha é no destinatário.
 
Ex.mos colegas este é um blog de enfermagem em que se debate o presente e o futuro da nossa profissão. Não percebo é porque os médicos vem aquí para tentar dar lições de SAV. Um conselho colegas, Ignora-se esses comentários pois há medicos que gostam de descer baixo e levar os outros a descer também. Não somos como alguns deles. Somos diferentes e lutemos por essa diferença. Utilizar este desabafo metafórico, do colega para gozar com a nossa classe só pode ser de um pobre de espirito...
 
Pois é senhor doutor médico. Por cá não estamos a precisar de médico, vulgo doutor. Somos ENFERMEIROS e basta. Prometemos dar dores de cabeça a tão brilhantes e doutos (im)parceiros. mais valera que fosse fazer campanha para o Leão ou o Nunes. Sim o Nunes , aquele que chama aos enfermeiros ajudantes de consultório. Somos Enfermeiros e não vamos deixar que a Enfermagem continue a ser capacho de médicos que são doutores mas que muitas vezes não sabem ser médicos. A apatia da Ordem dos Enfermeiros convém aos doutores médicos , mas desta vez não vamos deixar que << nos comam as papas na cabeça >> percebeu doutor médico que às tantas é doutor mas não é médico. Topa ??
 
vitor a. disse...
Ex.mos colegas este é um blog de enfermagem em que se debate o presente e o futuro da nossa profissão. Não percebo é porque os médicos vem aquí para tentar dar lições de SAV.


Vêm até aqui a ver se aprendem um pouco ... eheheh


O Sr Doutor até parece daqueles que a entubação é o suprasumo da medicina .. tenha dó, qualquer macaquinho por observação entuba após 10 minutos ...


Anónimo disse...
Já me esquecia.
Outro livro que S.Exa devia ter à cabeceira (além dos de Medicina que você não leu, e nem acha que precisa de ler).

Dicionário da Porto Editora:
Entubação s.f. Medicina, acto ou efeito de entubar (De entubar + -ção).

Na gramática, e na Ortografia, como no resto.
Laivos de coerência?


Não nos faz falta nenhuma .. não nos compete tal tarefa ... em meio hospitalar ... é claro, fora dele.... é discutivel


Mas se o Sr Doutor suponho que tem o Doutoramento .. senão Sr Médico, se precisar de ter alguns livros de interesse na sua banquinha de cabeceira ... diga, que eu conheço alguns qe lhe posso indicar
 
este médico parece não sofrer de insónias..
 
Colega "montanelas" dou-lhe a razão, se calhar ele vem aqui aprender alguma coisa, mas o que ele deve aprender é não se meter em assuntos alheios e não desvirtuar o tema da conversa, o nosso presente e futuro.
Sr. Doutor, peço-lhe educadamente,não tente ser mais do que é ás custas das desgraçadas dos Outros profissionais com quem certamente trabalha.
 
Pois é, mais uma série de divagações a virar o bico ao prego. Longe de mim querer profanar o espírito do clube, mas só para quem quer ver as coisas realmente como elas são:

1º Nem todos os enfermeiros têm o "espírito de equipa", felizmente, que o autor do blog demonstra; diria mesmo que a maioria, pelo menos entre os mais velhos, dão lições de trabalho de equipa a outros profissionais na área de saúde. Mas repito: não é o autor DESTE blog que dá lições a ninguém sobre como trabalhar em equipa;

2º Se existe alguém melindrado com a vinda de médicos a este blog, que depois se calhar brincam com disparates que por cá se dizem, então talvez o blog devesse dedicar-se menos em pretender achincalhar uma classe no seu todo, e mais a debater questões que lhe são inerentes. Não é o caso, existe uma fixação do autor deste blog em, permanentemente, rebaixar uns pondo-se ao mesmo tempo em bicos de pé. Nada contra, acho até divertido e distrai-me bastante vir aqui ler essas baboseiras, mas não se queixem, posto isso, com certos comentários que alguns de nós vamos aqui deixando;

3º Não falei gratuitamente, enumerei diversas questões relacionadas com o tópico, que depois o autor do blog veio contestar, e limitei-me a responder à contestação, mais uma vez argumentando no concreto, e não fazendo processos de intenção, ao contrário do que é hábito nestas bandas;

4º Como por exemplo o Montanelas.... Meu caro, coisa de macaquinhos não é Medicina, como bem sabe, apesar de não o dizer. De facto um macaquinho pode ser ensinado a entubar, tal como um enfermeiro. Ou a pôr um soro, ou a dar remédios, ou a algaliar, ou a assimilar procedimentos simples e repetitivos (como um enfermeiro, um AAM, um paramédico, etc...). Mas nada disso é Medicina. Medicina é aquilo que o macaquinho não consegue fazer: pensar, e saber quando fazer estas coisas todas, entre outras, e como fazer, e como refazer de maneira diferente se for preciso. Raciocinar. Mas não se preocupe comigo, não sou eu que ando para aqui a pretender afastar complexos de macaquinho... ;)
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Caríssimo anónimo que identifico como "EnfermeirosComAManiaQueSãoDoutores" (para facilitar):

Vejo que ao invés de pesquisar bibliografia decente, anda a pesquisar termos médicos no dicionário, e SAV no google!
Mas se não sabe, eu tiro 15 minutos do meu tempo para ensiná-lo.

Antes de mais, apesar de eu ter referido que o post era uma metáfora, e por esse motivo não fora pensado e adequado a uma situação real, o leitor continua numa luta contra o vento.

1 - Como o meu instinto raramente me engana, logo percebi que o meu caro era o "entorpecido" que gosta de argumentar contra a amiodarona.
A menos que me demostre por escrito que a amiodarona não é a primeira escolha para a maioria das situações excepto nos bloqueios auriculoventricular e sinoauricular, e na bradicardia sinusal, a nossa discussão fica num impasse. Estude mais.

2 - Para confirmar o termo "intubação/entubação", recorreu ao dicionário. Que falta de coerência! Uma escolha infeliz.
Vou-lhe explicar isto só mais uma vez: a termo correcto é intubar. "Entubar" vem do latim "entós" (que significa posição interior) + "tubus" o que muitas vezes serve para descrever algo interior em forma de tubo, enquanto que "intubar", também com origem no latim, pode ser decomposto em "intus" (introdução para de dentro)+ "tubus". Já os dicionários especializados em terminologia médica, como o de Paciornik (1975), corrigem este erro frequente. Intubar quer dizer "introduzir um tubo em (uma cavidade)"...
Esclarecido?

3- "Se ventilasse, usava ambu, com tubo ou sem ele"

Ai sim? Eu também sei ventilar sem Ambu... o meu caro não sabe fazer isso?

"Por outro lado, ventilação artificial, quer prefira, quer não, é mesmo só com tubo"

Ora, que estranho, eu sei ventilar sem tubo... você não?

Mais uma vez, o seu conceito ("ventilação") necessita de revisão. Se não sabe, eu explico (como fiz com a "intubação").
De resto, como a sua argumentação é tosca, nem comento mais este ponto. Há uma grande confusão nessa cabeça pequena.

4 - Em relação à atropina é simples (repare, eu não digo não se pode usar, digo que é preferível noutros contextos, ainda que em algumas situações de assitolia e DEM se use a dita). Como estou de bom humor, E se quiser deixar o seu e-mail, eu envio-lhe o manual de SAV do INEM/VMER, usado para leccionar aos Enfermeiros e médicos o famigerado algortimo... lá, é explicado quando é que se usa uma "atropinita" ou uma "adrenalinazita"....
porque ao contrário do meu caro "amigo", não se estuda SAV pelo google...
É por causa disto que tantos médicos chumbam na recertificação do INEM.... não sabem. Depois inventam...
Bom, mas vou-lhe dar tempo para ir estudar e rispostar....
 
Caro Sr. Doutor,
"o espirito do clube" é tentar ultrapassar a crise em que estamos neste momento, Estamos a meio de campanha eleitoral e como sempre há vozes que apoiam os candidatos

Sobre a lição de Trabalho de equipa... é a lealdade para com os outros elementos da equipa multidiciplinar, o respeito e a coerencia da qual aprendemos todos dos dias, pelo menos para alguns...

O Sr. Disse (...) talvez o blog devesse dedicar-se menos em pretender achincalhar uma classe no seu todo, e mais a debater questões que lhe são inerentes. Não é o caso, existe uma fixação do autor deste blog em, permanentemente, rebaixar uns pondo-se ao mesmo tempo em bicos de pé. Nada contra, acho até divertido e distrai-me bastante vir aqui ler essas baboseiras, mas não se queixem, posto isso, com certos comentários que alguns de nós vamos aqui deixando". Dou-lhe razão numa coisa, nós enfermeiros por vezes "achincalhamos" a nossa profissão tal como os senhores mas não fazemos disso mote para nos divertirmos á custa das outras classes. É que dá a entender com um certo tom depreciativo, o qual espero que não seja o seu caso, como membro, deduzo eu, de uma equipa multidisciplinar.
Espero que não tenha falado gratuitamente, pois estaria a perder tempo valioso que poderia ser investido noutra coisa util, mas se ler a noticia, o que se fala não é de SAV, mas num estado de em que é preciso fazer alguma coisa para "reanimar" a nossa classe.

Niguém anda com complexos de macaquinhos, mas temos consciencia que há macaquinhos em todas as profissões. Cabe a nós ensinar a pensar e não a usar carimbos nas prescrições::))

Todos sabemos pensar, é pena quie alguns só pensam em futilidades, e nisso está de acordo comigo.
 
Xiii....novamente cilindrado pelo doutorenfermeiro?
Este doutor não se cansa... nem tem a humildade de afirmar quando não tem razão...
O post tem falhas técnicas, todos nós percebemos isso, mas só um "inteligente" quis pegar numa alegoria e tentar cntra-argumentar... quando todos percebemos o motivo do post, um degraçado quis mostrar a sua espeteza e pôs a pata na poça. O problema é que o lago afinal é fundo e o inteligente não sabe nadar... e tem o doutorenfermeiro na margem a ver e a divertir-se... e nós também! lol :)
A sova até dá pena! Vinha cá armar-se ao médicos.... e fizeram-lhe logo um enema de limpeza...
 
o comentário das 5.27 PM foi feito por mim, esqueci-me foi de identificar pelo que peço desculpa aos intervenientes.
 
preparae o laringoscópio e intubar ?????? quem ??? os enfermeiros ???? em que hospital ???
 
Hospital distrital de Faro por exemplo....
 
Meu caro colega doutorenfermeiro:
- Simplesmente BRILHANTE.
Não é que tivesse que provar nada (mas há aqui agentes que querem provar o quão ignorantes são).
Depois de uma lição desta tão bem dada pelo colega doutorenfermeiro, o que quer o sr.inverntordedoenças.médico(nãoseise).com?
Uma pequena pesquisa no google?
Vá leia os livros, de preferência como o comum dos mortais ocidentais: DA ESQUERDA PARA A DIREITA.
Santa Mãe...
 
Outro exemplo, hospital de Anadia...
"agarra" laringoscópio quem estiver mais perto... não há cá pruridos...
 
Vá lá, esta é de borla, para si e para a meia dúzia de ignorantes que lhe batem palmas.

1º Lá emendou um pouco a mão, e acabou por excluir as bradiarritmias, já vi que consultou alguma literatura. Vou-lhe então falar um pouco de taqui-arritmias, nomeadamente a mais frequente de todas, a fibrilhação auricular crónica (com resposta ventricular rápida). Tratamento de 1ª linha: antagonistas de cálcio (vulgo diltiazem) ou beta bloqueantes, para controlar a frequência, visto estar contra-indicada a cardioversão nestes casos para ritmo sinusal, pelo risco de embolia cerebral. Pode anti-coagular e tentar cardioverter passadas 2 semanas, ou em ocasiões especiais, mas a 1ª linha é essa. Amiodarona, para a FA com resposta rápida, só se houver boa evidência de ser paroxística ou se excluir por ecocardiograma trans-esofágico a presença de trombo. É só a arritmia mais frequente... (in Braunwald; in Harrison's; in Marino - ICU Book). Outra? Flutter auricular. Outra? taquicardia supra-ventricular paroxística. Outra? Wolf-Parkinson-White. Outra? Torsade de Pointes. Sei que não esté satisfeito, a bibliografia (médica) é inequívoca, apesar de você o desconhecer (pergunte lá onde trabalha...). Mas isso não interessa nada.

2º Eu fico esclarecido com o meu Porto Editora de 2006. Não sou assim tão exigente. Apesar de S.Exa contestar até essa fonte, o que é estranho para quem tem por hábito fazer afirmações descabidas, obviamente sem qualquer suporte, por biliolunático que seja....

3º A argumentação deste ponto é desvairada. Eu, graças a Deus, também ventilo sem ambu. E espero nunca ter que lhe pedir ajuda para ventilar... assim tenha eu saúde. E ventilação artificial é mesmo com tubo, mas isso também não lhe interessa nada... nem aos macaquinhos, que aplaudem :)

4º European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2005 (página S61: ponha lá isso no google, vai ver que tem uma surpresa acerca das potencialidades desse curioso motor de busca...): "... atropine is INDICATED in 1)Asystole; 2)...". Mas pronto, são só eles que acham isso.
Não está lá que "pode ser usado", nem interessa que "esteja mais indicado" (o que é isso de mais indicado? quer dizer que está indicado assim-assim?); está indicado, é para dar, ponto final.
E se o INEM nega esta evidência, então belas VMERDAS andam por aí. Mas felizmente não é esse o caso, apesar que até gostava de ver alguém a atrever-se dizer que assistiu uma assistolia sem lhe ter administrado atropina. Nesse campo, julgo que deve estar sozinho (mais as suas focas), caro EnfermeiroDoutor. Espero que só "reanime" sob supervisão.

Mas evoluiu bastante ao longo desta troca de comentários, vejo que está cada vez com menos dúvidas (os choques, o cadáver anunciado, os eléctrodos), espero que agora não me volte a aborrecer com a sua iliteracia, e se esforce um pouco para responder às suas próprias questões. Ou não, as focas batem palmas à mesma, de qualquer maneira....

E use o google, não faz mal nenhum habituar-se, há lá muita "coisa", chamada informação, que com o tempo aprendemos a achar interessante. Ou não....
 
Não percebendo muito bem o intuito do anónimo das 12:56( e por favor usem um nickname!!!...é que é difícil distinguir entre tantos anónimos) ao ter começado esta discussão...

Mas....
1) é mais correcto escrever taquidisritmias em vez de taquiarritmias (o a pressupõe ausência e o dis perturbação) não vou citar dicionários...quem quiser que o faça.

2) Há algumas imprecisões na questão da 1a linha no tratamento da FA crónica (rever contraindicações para uso de betabloqueantes e antagonistas dos canais de cálcio não pertencentes às dihidropiridinas:inotrópicos negativos);
- também na questão do tempo na cardioversão eléctrica versus química não percebi muito bem os timings a que se referia... continuamos a falar de FA crónica com frequência ventricular rápida ? ou de FA paroxística? com quantas horas de início? ETE para o uso de amiodarona ou para a CES?

Afinal até me admiro que não tivesse falado na flecainida e noutros que não são usados por cá no nosso Portugal (ibutilide, dofetilide, propafenona, entre outros).

Continuo sem entender o seu intuito... está aqui para nos ensinar pobres alminhas ignorantes? Podemos abordar outros temas do seu agrado... mas de facto acho de muito mau gosto da sua parte, vir intrometer-se nos comentários a um post "de luto" em que a família preferia estar sozinha a conversar entre ela e não vir o padeiro da aldeia dizer que o morto lhe devia 10 pães, quando o próprio padeiro era ele mesmo devedor de 50 kg de batatas (o pobre defunto era agricultor)... espero que esta metáfora perceba
 
Meu caro Magistral Estratega.

Prefere taquidisritmias? Nada contra, nem vou ver ao dicionário. O adepto das (in)correcções ortográficas é aqui o dono do blog, que gosta de dar lições com base em fontes que excluem convenientemente certos dicionários. Não recuou que chegue, e por isso não se apercebeu que o hábito é mesmo da própria família. Mas ao contrário dele, não vou estar para aqui à procura de argumentos a favor de "-arritmias" versus "-disritmias", esteja descansado.

Quanto ao ponto seguinte, posso-lhe dar o link de diversos documentos com respostas às suas perguntas, apesar de constatar que não deve precisar. É impreciso? Só posso concordar, mas a ideia não era uma lição de anti-arrítmicos, mas tão só explicar ao dono do blog que a amiodarona NÃO É tratamento de primeira linha de todas as arritmias não-bradiarrítmicas (ou bradidisrítmicas...).
Se tivesse vindo mais cedo à caixa de comentários, perceberia que apenas se pretendeu corrigir erros conceptuais crassos de quem tem a mania que é Doutor.
Quanto às lições, isso levaria muito tempo, mas o homem é teimoso e fez questão que se explicasse um pouco melhor....

Quanto à sua metáfora, é melhor concebida sim senhor, em termos de estrutura.
O que se passa aqui é que insinuaram que o padeiro fazia pão mas com uma receita de sarrabulho. E por isso o padeiro explicou que não senhor, que a família enlutada tinha que aprender melhor a fazer pão antes de poder criticar.
E o padeiro, neste caso, não roubou nada.
 
Caro médico/médica:


O fármaco + utilizado como primeira linha para controlar a FA que desencadeia uma RVR é mesmo a amiodarona.
Pelo menos é usada quase sistematicamente no meu serviço, não vou dizer qual porque neste blog são poucos ou nenhuns os q se identificam.
Posso só dizer q estamos a falar de um serv onde em média são tratadas 10 FA por dia.


Cumprimentos,

Serrano
 
Estimados,
Mas ainda estão a dar paleio???
Poderá haver uma coisa que me possa ensinar: como ludibriar o marca-ponto (não pacemaker).
 
Caro. Sr, Doutor
Pelo que já li, o sr. deve trabalhar na vmer de ... com um enfermeiro a seu lado no qual os médicos "depositam a sua vida". Se não trabalha peço desculpa, mas se trabalha.... já sei quem é o sr. doutor. Nãp perde nada em se indentificar, só ganha é respeito se o mostrar pelos outros.
Outro permenor, o que se debate aqui não é guerras entre classes pois temos competencias diferentes. Podiamos ficar aqui a trocar acusações, erros, defeitos o dia inteiro, pois sabemos que as duas classes tem defeitos, erros mas também têm muitas qualidades. e nisso também está de acordo comigo, certamente.
É pena que alguns em vez de tentarem ensinar o que sabem a quem pouco sabe e quer saber mais, monopolizam essa sabedoria para "gozar" com os outros e outras classes.
Um conselho, antes de falar das outras classes, ponha a sua ao espelho e o primeiro que não tiver pecados, que atire a primeira pedra..
 
Deixando de parte mais acusações... é de mau gosto do anónimo das 12:31 vir corrigir imprecisões com um estilo jocoso e pejorativo quando sabe que o objectivo do post não era ser algo de cariz científico mas uma manifestação de descontentamento... daí que lhe recorde a minha metáfora... não é no funeral que o padeiro vai dizer que o falecido lhe deve 10/20/30 pães. Há alturas mais apropriadas.

E sim...se o artigo fosse , digamos científico, aí sim, poderia argumentar, também eu o faria... mas ao fazê-lo neste post e desta forma só incita manifestações de repúdio para com a sua classe, pois embora haja pessoas mais esclarecidas que conseguem ver uma árvore e não imaginarem a floresta, há quem o não consiga e por isso este tipo de atitudes só levam ao extremismo de convicções/posições.

Na Saúde não somos adversários nem hierarquicamente diferentes. Somos parceiros...
 
Caro anónimo da "amiodarona",
parece que estamos pacíficos em relação ao resto, excepto o caso "amiodarona" e "atropina".
Em relação à "intubação", ao invés de procurar em dicionários generalistas, tente os dicionários técnicos! Acho que irá ter melhor sorte....

Ora vamos lá então à "amiodarona". Para que sirva de memória futura o que eu disse atrás, eu cito-me:

"A menos que me demostre por escrito que a amiodarona não é a primeira escolha para a MAIORIA das situações excepto nos bloqueios auriculoventricular e sinoauricular, e na bradicardia sinusal, a nossa discussão fica num impasse"

OK? Eu disse isto. Ou seja, não disse que era "chapa 5".

Aí o meu "caro" disse:

"fibrilhação auricular crónica (com resposta ventricular rápida). Tratamento de 1ª linha: antagonistas de cálcio (vulgo diltiazem) ou beta bloqueantes, para controlar a frequência, visto estar contra-indicada a cardioversão nestes casos para ritmo sinusal, pelo risco de embolia cerebral. Pode anti-coagular e tentar cardioverter passadas 2 semanas, ou em ocasiões especiais, mas a 1ª linha é essa. Amiodarona, para a FA com resposta rápida, só se houver boa evidência de ser paroxística ou se excluir por ecocardiograma trans-esofágico a presença de trombo. É só a arritmia mais frequente... (in Braunwald; in Harrison's; in Marino - ICU Book). Outra? Flutter auricular. Outra? taquicardia supra-ventricular paroxística. Outra? Wolf-Parkinson-White. Outra? Torsade de Pointes. Sei que não esté satisfeito, a bibliografia (médica) é inequívoca, apesar de você o desconhecer (pergunte lá onde trabalha...). Mas isso não interessa nada."

O flutter auricular, taquicardia supraventricular, síndrome de Wolff-Parkinson-White e a fibrilhação ventricular são as principais indicações da amiodarona.
Além disso, a amiodarona apresenta eficácia comprovada no tratamento da taquicardia supraventricular paroxística (TSVP) e das TV não-sustentadas.
Torsade de Pointes é uma forma atípica de taquicardia ventricular, ou seja, específico. E eu disse que não era "chapa 5". Este é a única excepção.

Nos restantes (acima mencionados), a amiodarona continua a ser de eleição. Nos últimos dois anos o uso da amiodarona foi repensado e tornado mais abrangente. Daí que que muita bibliografia (principalmente a mais antiga) não a referida (fármaco relativamente recente).
Um exemplo, a FA com RVR, hoje em dia é tratada preferencialmente com amiodarona, ao contrário de há 5 ou 10 anos atrás...
Quando chega ao hospital uma taquiarritmia, o tratamento de 1ª linha é a amiodarona, salvo alhumas excepções muito específicas.

Em relação à atropina (começo a ficar cansado de o aturar), eu escrevi:
"Em relação à atropina é simples (repare, eu não digo não se pode usar, digo que é preferível noutros contextos, ainda que em algumas situações de assitolia e DEM se use a dita)."

O meu caro disse:
"European Resuscitation Council Guidelines for Resuscitation 2005 (página S61: ponha lá isso no google, vai ver que tem uma surpresa acerca das potencialidades desse curioso motor de busca...): "... atropine is INDICATED in 1)Asystole; 2)...". Mas pronto, são só eles que acham isso."

Não é só, ainda acrescentou: "E se o INEM nega esta evidência, então belas VMERDAS andam por aí"

Eu até para lhe fazer a vontade foi visitar a página da ERC que referiu, ainda que seja de 2005.
Vejamos e cito a mesma:

"Adrenaline is the first drug used in cardiac arrest
of any aetiology" p.59

"drugs likely to be used by the resuscitation team (e.g. adrenaline)." p.44


"Regardless of the arrest rhythm, give adrenaline
1mg every 3—5 min" p.46

"If the initial monitored rhythm is PEA or asystole,
start CPR 30:2 and give adrenaline 1mg as
soon as intravascular access is achieved." p.48

LEIA BEM ESTE:

"lack of evidence that routine atropine for asystolic
cardiac arrest increases survival" p.48

Ou seja, confirma-se o que digo, mesmo usando a sua literatura.
Em assitolia pode tentar uma atropina (pior do que assistolia já não fica), mas de CERTEZA que já administrou adrenalina...

No entanto, o algoritmo mais recente da SAV é BEM CLARO ( e passo a citar na íntegra):
"Drogas para a assistolia:

Adrenalina: Idêntico ao protocolo de FV - 1mg EV bolus a cada 3 a 5 minutos, sendo a 1º droga a ser feita no "C 2ª".

Atropina: A evidência do benefício é pequena - 1mg EV a cada 3 min até a dose máxima de 0,04mg / Kg"


Por favor, diga-me, AINDA tem dúvidas?????
 
Xiiiiii... este pseudo-médico deve ser sado-maso!! Desta vez não foi sovado nem clindrado, foi "comido vivo"!!
Desista em nome da sua pouca dignidade...
 
Já só nos restam 2 temas.

1º Amiodarona. As fontes não são desactualizadas (Harrison's 16th de 2005; Braunwald 7th de 2005; Marino 3rd de 2007). Quanto às taquiarritmias, no geral.
Fala na FA com RV rápida, e assim torna-se mais fácil. Se meter no google "ACC/AHA/ESC practice guidelines for management of atrial fibrillation", encontra as recomendações americanas e europeias de 2006 para essa arritmia. Vá directamente à página 721, onde tem um sumário dos níveis de evidência de cada tratamento para o controlo da frequência cardíaca nas diferentes formas de apresentação, e verá que a única indicação em que a amiodarona tem indicação numa 1ª linha é muito específica, e mesmo assim com nível de evidência IIa (controlo da frequência em doentes com via acessória). Em todas as demais formas de FA com RV rápida, no doente não insuficiente cardíaco usa-se diltiazem/verapamil ou beta-bloqueantes (e a amiodarona não está indicada); no insuficiente cardíaco existe a digoxina com nível de evidência I (versus IIa/IIb da amiodarona).
E pronto, mais não lhe saberei dizer.

Agora o que "se faz na prática", isso, já tem a ver com a prática de cada um. E essa pode ser boa ou má. Ou boa e ainda melhor, para não ferir susceptibilidades....

2º Quanto à atropina, deixe-se lá disso de uma vez por todas. ESTÁ INDICADA NA ASSISTOLIA. 3mg em dose única (e não "às mijinhas"). Fale com os seus amigos do GTE, eles sabem e explicam-lhe. Deixe lá para os experts a discussão se dá muito ou pouco jeito dar, ou não dar. NESTA guideline (que é A MAIS RECENTE, a propósito, não existe outra desta entidade de referência depois de 2005...), diz para dar, e dá-se COM a adrenalina, assim que se iniciam as manobras de SAV. Uma vez. 3mg. Na assistolia. Sempre.
 
Meu caro "amiodarona/adrenalina":

você é insistente mesmo perante evidências.

Já reduzimos mais o leque de dicussão. Agora de todas as taquiarritmias que abordamos atrás, já só me fala na FA com RVR... o que demosntre que vamos chegando a resultados lentamente.
Vamos então lá discutir brevemente esta (FA/RVR).

Acendendo ao seu pedido, visitei a "ACC/AHA/ESC practice guidelines for management of atrial fibrillation", embora, francamente prefira a AHA "isolada" das outras... , mas, ok.
É possível constatar no CAP. VIII (Management), mas concretamente na pág. 20, ponto 1, o seguinte:

"Agents With Proven Efficacy."

Leia com os seus olhos: o primeiro "agente" é.... a amiodarona!
Na 8º linha é possível ler: "Amiodarone is
effective for controlling the rate of ventricular response to
AF"

Mais abaixo (pág.39):
"Amiodarone has both sympatholytic
and calcium antagonistic properties, depresses
AV conduction, and is effective in controlling the ventricular
rate in patients with AF."

Mais(pág.54):
"Some authors advocate administration
of amiodarone both to prevent episodes of AF and to
modulate the rate of ventricular response"

Mais eu ainda faço melhor. Se quer falar na "atrial fibrillation", existe a Atrial Fibrillation Foundation (para estudo e pesquisa da patologia). A AFF (http://www.affacts.org/) diz o seguinte acerca da amiodarona:
"Amiodarone is used to treat a variety of arrhythmias including atrial fibrillation and ventricular tachycardia."

Diz mais:
"In recent years, it has been recognized as a powerful antiarrhythmic drug with actions affecting several different receptor families. Amiodarone has been described as a class III antiarrhythmic drug but in reality its effects extend across multiple mechanisms of action."

E agora, depois de ler o seguinte espero que "fiquemos resolvidos":

"At present, amiodarone is approved by the Food and Drug Administration for the treatment of life-threatening ventricular or lower-chamber arrhythmias only. However, it is widely used for other arrhythmias, particularly atrial fibrillation. Amiodarone is generally considered to be the most effective of the currently used antiarrhythmic drugs for atrial fibrillation, although definitive studies concerning this are few."

Ex.mo, eu nunca disse que a amiodarona era a panaceia para todos os problemas. É lógico que não resolve tudo, e em algumas situações é uma escolha alternativa, mas de UMA FORMA GERAL, é a primeira linha nas taquiarritmias (excepto com bloqueios).


Em relação à atropina:
Sim, eu SEI que está teoricamente indicada na assistolia (ainda não percebeu isso), mas devido à pouco efectividade (daí o bólus ÚNICO na assistolia só para dizer que não se deu, mas sempre depois da adrenalina) é preferível noutros contextos. As guidelines REFEREM isso...!!!
A AHA refere que "No prospective controlled studies support the use of atropine in asystole", daí a consideração ou não em administrar atropine (por isso é que em muitos casos se encontra a atropina na assistolia, porque o cenário pior não vai ficar, logo, tenta-se, mas é nessa base...)...
Eles acrescentam: "A small prospective controlled nonrandomized study (LOE 3)70 of patients with out-of-hospital cardiac arrest found no difference versus control when atropine 1 to 2 mg was given as the initial resuscitation medication".
Já Stueven HA, Tonsfeldt DJ, Thompson BM, Whitcomb J, Kastenson E, Aprahamian C. dizem que "the current research supporting the use of atropine for asystole is limited"...
Eu administro-a em assistolia (nunca disse que não), por vezes além dos bólus supostamente único, dou de 3/3 min... pode ser que haja um milagre... mas sem dúvida há utilizações preferenciais.
Recordo-lhe o que eu disse na "primeira" ve: " pode ser usado atropina em assitolia, é verdade, embora seja preferível noutras situações. No entanto o fármaco de primeira escolha independentemente da etiologia da PCR, é a adrenalina." Depois até acrescentei: "eu não digo não se pode usar, digo que é preferível noutros contextos, ainda que em assitolia e DEM se use"...

Temos acordo?
 
Bom, continuando a discussão, acho que estou a isolar o seu problema.
E o seu problema passa pelo Inglês.
Por isso, quando lê:
-"...is effective for controlling the rate of ventricular response to
AF"
-"Amiodarone ... is effective in controlling the ventricular
rate in patients with AF."
-"Some authors advocate administration of amiodarone..."
-"Amiodarone is used to treat a variety of arrhythmias..."
-"...it has been recognized as a powerful antiarrhythmic drug..."
-"...is approved by the Food and Drug Administration for the treatment of life-threatening ventricular or lower-chamber arrhythmias only. However, it is widely used for other arrhythmias, particularly atrial fibrillation. Amiodarone is generally considered to be the most effective of the currently used antiarrhythmic drugs for atrial fibrillation, although definitive studies concerning this are few."

Não pode concluir que:
"...de UMA FORMA GERAL, é a primeira linha nas taquiarritmias (excepto com bloqueios)"

A 1ª linha é o fármaco que usa, aquele que apresenta melhor nível de evidência de eficácia.
A amiodarona controla casos destes? Como leu e bem, sim.
Outra coisa é ser de "1ªlinha". Ou seja, outra coisa é o fármaco QUE SE DÁ em 1º lugar a um doente que chega com uma determinada taqui-arritmia.

E se der amiodarona? Não está a dar, em muitos casos conforme referi supra, o fármaco de 1ª linha. Não quer dizer que até não lhe vá melhorar ou resolver o problema, é um fármaco eficaz, em 1ª linha em certas circunstâncias, em 2ª linha noutras (que já discriminei). Mas também está contra-indicada noutras.

Repare que até pode dar lidocaína nos ritmos de PCR desfibrilháveis, em vez de amiodarona. E não está errado. Só que já não é 1ª linha (mas foi, e tem eficácia, e até ainda é 1ª linha em circunstâncias especiais).

Por isso não diga que a amiodarona é 1ª LINHA nas taqui-arritmias. Nem sequer de uma forma geral.

Sabe, em Medicina, quando se começa a prática clínica, a amiodarona é de facto o fármaco que nos preocupamos em aprender a dar em 1º lugar. Funciona como uma espécie de panaceia, e resolve a maioria das disritmias, à falta de melhor conhecimento. Com o tempo é que se vão refinando as indicações (os que se dão a esse trabalho), ao ponto de eu, hoje em dia, em Urgência/Emergência, utilizar actualmente praticamente unicamente diltiazem e.v. (à falta de b-bloq e.v. eficazes no meu Hospital), de acordo com as indicações referidas nas bibliografias supra. A amiodarona ainda, mas mais raramente que o diltiazem, e muito menos que dava há uns anos atrás.

Claro que se podem ler estas guidelines e pensar que se a amiodarona é eficaz, ainda que haja outros de 1ª linha, não está mal em dar.
Mas no mínimo, não lhe chame "INDICAÇÃO DE 1ªLINHA".

Quanto à atropina, esta não está "teoricamente indicada". Teoricamente, é até contestada. Está indicada é NA PRÁTICA. Ou seja, é para se dar, até (contra-)indicação em contrário.

Os 3mg em dose única não é por ser "pouco eficaz". É porque 3mg corresponde à dose de saturação dos receptores, ou seja, vagolítica total. Não adianta dar mais, porque a eficácia não aumenta a partir daí, a eficácia da molécula é máxima nessa dose.
Às mijinhas, só nos bloqueios, em doses de 0,5-1mg, e só até à dose total de 3mg, pelo mesmo motivo.

E quando diz
-"...não digo não se pode usar, digo que é preferível noutros contextos, ainda que em assitolia e DEM se use"

Devia antes dizer que é usada noutros contextos, e que nesse TAMBÉM está indicado. Porque está, tal como na DEM com frequência abaixo de 60/min (e não nos outros casos de DEM), tal como nos bloqueios, tal como na intoxicação por organofosforados ou por beta-bloqueantes, etc....

Não se dá por opção, é por indicação das orientações internacionais que se debruçam sobre esse sujeito....
 
Caro Doutor enfermeiro: confesso que não estou de acordo com 90% das suas posições relativamente ao momento que a enfermagem atravessa...

Mas reconheço e agrdeço o contributo que deu neste post relativamente à imagem e visibilidade da profissão APENAS por que este "nosso colega" de cuidados se "viu " obrigado a ter esta discussão consigo relativa às drogas a usar ou não em SAV. Isto significa, mesmo que le não queira assumir que os enfermeiros PODEM e SABEM estar ao melhor nível da prestação de cuidados.

Obrigado
 
Caro anónimo da amiodarona (se usa-se nickname escusava de o tratar assim). Não sei se já percebeu, e olhe que isto é um atestado de menoridade intelectual que lhe estou a passar... o objectivo deste post nunca foi evidenciar a sua cientificidade... era uma metáfora. hellooooo!!!!

Já agora... deve saber que a amiodarona é mais do que aparente ser... que me diz da inclusão da amiodarona na classe III de Vaughan Williams e não na II(beta bloquenates), é que há quem diga (e estou a ser vaguíssimo nisto mas só de uma forma irónica) que as propriedades antidisritmogénicas da amiodarona devem-se às suas propriedades beta bolqueantes. E como sabe ainda antes de a amiodarona ser considerado um fármaco de eficácia comprovada no tratamento de taquidisritmias (com as excepções conhecidas: reeentradas, flutter e coisas assim semelhantes, aliás muito científica esta minha exposição), esta era só usada em taquidisritmias ventriculares ( e não falemos em torsade de pointes pois não existe nenhum fármaco de especial e comprovada eficácia na sua resolução) e não era por aí que não se usava... claro que o argumento que irá usar é: mas as evidências e os estudos mostram XPTO. Também a adrenalina não tem eficácia comprovada em PCR em humanos e daí.

Mas no fundo nada disto está em questão... porque pensa que domina melhor esta situação? Aliás porque tem necessidade de confirmar a sua sapiência?

E outra questão... usa o diltiazem é? e porque não o esmolol? Não é a minha experiência que me diz isto mas sim os propalados estudos... quantos dos doentes com FA têm IC, quantos deles têm FA posteriormente a um EAM? Usa betabloqueantes ou não dihidropiridinas num doente com enfarte anterior extenso ou num EAM inferior? Que eu saiba a FA é a mais comum disritmia pós EAM (estou enganado???). Usaria um inotópico negativo EV nestes casos?


Agradeço que mantenha o nível...
 
Meu caro,
é particularmente difícil discutir consigo. Por vários motivos. Julgo que apesar das evidências, se recusa aceitar os factos.

Eu NUNCA afirmei que a amiodarona era a solução para tudo ou a indicação terapêutica para todas as situações. É sim, o fármaco mais comum e usado para o tratamento de taquiarritmias (excepto na presença de bloqueios), salvo alguns traçados mais específicos e peculiares.
Hoje em dia, o maior sinónimo farmacológico de taquiarritmias é, sem dúvida... a amiodarona ("Amiodarone is an antiarrhythmic agent (medication used for irregular heart beat) used for various types of tachyarrhythmias (fast forms of irregular heart beat), both ventricular and supraventricular (atrial) arrhythmias").
Não é, contudo, a panaceia... mas também nunca afirmei tal.
Talvez o seu problema resida na tentativa exacerbada em refutar e distorcer factos e argumentações sustentadas só para tentar fazer valer o seu ponto de vista.

Quanto à atropina. o meu amigo refere que "quanto à atropina, esta não está "teoricamente indicada". Teoricamente, é até contestada. Está indicada é NA PRÁTICA".

Meu caro, nem nisto acertou! É precisamente o contrário! Está indicado é na TEORIA, pois na prática a sua efectividade não está comprovada. E é precisamente para "cobrir" uma possibilidade meramente teórica que a mesma é administrada (pois, em teoria, existem estudos que fazer crer que o seu mecanismo que acção possa ajudar a reverter tal traçado)...
Na prática é que há falta de evidências...
Vá tentar reverter uma assistolia e não leve adrenalinas.... acho que se vai dar mal!
 
Bom .... Uma coisa este Sr Médico das amiodaronas tem feito, e que poucos fazem é "discutir" com enfermeiros sobre aquilo que é mais benefico para os doentes e não como a maioria dos MERDICOS faz.

Continua a prepotência de o não admitir ... mas um passo de cada vez .. já não é mau

Aliás ... é notorio nesta troca de argumentos, a discusão começou num "orçamento geral de estado" e já vamos nas especialidades ... mas ainda não deu o braço a torcer.

Mas isso até é bom ... ser
convicto nas suas ideias o que é mau é ser-se "autista"


Mas como o Sr já disse até gosta de passar por aqui (por este Blog) ... continue pode ser que esse defeito também se perca
 
Bom, esta conversa está gasta.

O Magistrado faz demasiadas perguntas em espaço demasiado reduzido, inviabilizando qualquer resposta.

O Dono do Blog teima, e nada há a fazer mais. Desconhece o significado de "1ªlinha", e confunde-o com "tem eficácia". É um erro infelizmente comum. Até um colega meu um dia teimou em confundir "não indicado" com "contra-indicado". Confuso?

E já lhe disse para não virar o bico ao prego, não sou eu que tento reanimar assistolias sem adrenalinas (??), é S.Exa. que passa aqui linhas da sua vida a tentar provar que a atropina não é importante nesse contexto. Lá vai dizendo que até a dá, mas é uma espécie de favor que faz aos Deuses do ocaso. Não é por estar "indicado", não senhor (apesar de estar). É porque lhe vai apetecendo.... Vá lá, podia ser pior.

Quanto ao Montanelas, diz que sou eu que teimo. E sente falta no seu quotidiano de discutir com médicos. É pena, sabe, eu cá discuto sempre que alguém me dá argumentos para a discussão.

Quanto aos mérdicos que não querem saber daquilo que tem para dizer, são iguais, no fundo, aos enfermeiros de igual cheiro que, por mais que se explique um facto, o rejeitam até à exaustão da melhor das paciências.

E nesses casos, lamento, mas não há mesmo nada a fazer. Não nesta idade. É rotular e andar para a frente.
 
Resumindo e concluindo, o doutorenfermeiro tinha razão. Custou foi ao pseudo-médico aceitar o facto....
 
Não foram assim tantas perguntas...tenho pena que tenha desistido pois para quem perdeu tempo a decompor uma metáfora como se algo de real se tratasse e depois de tantos posts... argumentar com a falta de espaço...
 
Magistral, já que insiste:

A amiodarona é classe III porque não é beta-bloqueante; tem tanta "propriedade beta-bloqueante" quanto o sotalol (tb classe III). E quando diz que a adrenalina é usada na PCR sem eficácia inequívoca, tentando fazer um paralelismo com a amiodarona nas "taqui-disritmias", esquece-se que para esta última indicação existem fármacos alternativos eficazes, com muitos estudos a comprová-lo, e a conferir-lhes níveis de evidência IA (superior à da amiodarona em muitas indicações). E não tem alternativa comprovadamente melhor à adrenalina na PCR. É uma grande diferença....

Depois fala no pós-EAM, misturado com a FA, e levanta uma série de questões confusas.
No EAM, trata-se o EAM. Com beta-bloqueante à mistura. se tiver FA, dá beta-bloqueante na mesma, porque está indicado no EAM. Está preocupado com as bradicardias do EAM inferior? Sempre tem atropina para esses casos, geralmente benignos e fáceis de tratar, e o que me preocuparia seria o aumento da mortalidade pós-EAM associado à não administração de beta-bloqueantes nessa indicação formal.

Se o que estava a tentar questionar era o que se faz no doente com ICC pós-EAM, pois beta-bloqueantes continuam a ser uma óptima opção. Para o controlo da FA também, apesar de haver lugar a algumas cautelas. Mas já não se pensa em termos de beta-bloqueantes como há 10 anos atrás, caro magistral, hoje em dia a ICC não apenas não é contra-indicação para o bloqueio beta, como passou a ser indicação formal, sobretudo na cardiopatia isquémica, excepto em doente com ICC descompensada (e mesmo aí, os autores divergem...). Qualquer estudo com níveis de evidência lhe diz para dar beta-bloqueantes a doente até pelo menos a classe III da NYHA.

Quanto ao diltiazem, no doente sem ICC descompensada (classe menor que C da ACC), que são a maioria dos que me aparecem no serviço de Urgência, com FA crónica e resposta ventricular rápida, trato-os com um ou dois bólus de diltiazem e.v. separados de 15', controlo a Fc em >80% dos casos (melhor taxa de eficácia que a amiodarona, segundo estudos que lhe poderei referenciar), não corro o risco de cardioverter um doente que, não estando anti-coagulado, correria riscos de embolia cerebral se usasse um fármaco cardioversor (como a amiodarona), resolvo o problema do doente numa hora, e não preciso de uma longa perfusão de 6-8 horas, e medico em ambulatório com um fármaco, o diltiazem, que é relativamente inóquo, sobretudo quando comparado com a amiodarona, e seus efeitos em termos de fibrose pulmonar e tiroidotóxicos (entre outros), que aqui curiosamente ainda não se mencionaram em todos estes comentários.

É que o doente está numa determinada altura com FA e RV rápida (uma situação relativamente benigna, controlável). A questão é que cruz lhe vamos dar para os anos a seguir a este episódio, com o pretexto de o tratar para essa situação (repito, relativamente benigna).

E para mim, preferiria diltiazem.
 
Quanto à amiodarona não disse que era da classe II apenas o tentei remeter para uma leitura mais aprofundada do tema.

Acredite que não tentei meter a adrenalina no saco da amiodarona até porque como sabe os estudos em humanos sobre adrenalina versus outro medicamento ou versus placebo remetem para outras questões de carácter ético e legal como deve saber ( se não basta ler as guidelines completas no site do ERC).

Quando falo do pós-EAM e até da ICC, acerca dos inotrópicos negativos entre os quais os betabloqueantes ( como deve saber nem todos estão indicados quer no EAM quer na ICC, e como bem referiu até à classe III da NYHA)refiro-me também aos timings, ou diga-me em que altura os introduz?

E quando falo da FA no pós-EAM refiro-me a ela como a disritmia mais prevalente no pós-EAM e aqui aproveito para lhe falar dos timings ( e do uso do betabloqueante)...

Mas adiante...fala-me de FA crónica... e numa FA de RVR mas paroxística, também usa o diltiazem? ou a amiodarona? e essa da cardioversão sem anticoagulação...tem de explicar isso devidamente (eu sei a explicação não se preocupe) quanto à hora de início da FA pois corre o risco de ser levianamente mal interpretado (tal como o foi ao iniciar esta discussão descabida)

E como é óbvio a amiodarona tem muitos efeitos secundários por isso é que é a última linha no controlo da frequência...no ambulatório, não só por causa desses efeitos mas também da hepatotoxicidade e retinopatia...

Mas pelo que vejo da sua prática é realmente pouco consensual e não será muito bem aceite pelos seus colegas... é que de facto a amiodarona e a digoxina são praticamente os únicos fármacos que rotineiramente se usam... Nega-o?
 
desistiu???
 
aiai Sr. Médico que anda aqui a fazer comentários!!! Eu sei o que isto é...esta implicancia... das duas uma ou ja levou com os pes de alguma Enfermeira!!!ou sente-se ameaçado... mas porque não tem confiança naquilo que vale??? ou sera que não vale nada!!! como mts que conheço por ai... que coitados dos doentes senao tivessem o enfº durante 24h pros livrar de mts erros médicos... enfim... eles são felizes assim ainda não se convenceram que eles sem enfermeiros não fazem népia...
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

AmazingCounters.comVisitas ao blog Doutor Enfermeiro


tracker visitantes online


.

Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!