quinta-feira, novembro 08, 2007

Medidas concretas: acto de Enfermagem


Ao contrário do discurso vago que a equipa da actual bastonária transmite, o candidato a bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Enf. José Correia Azevedo, aposta num projecto sólido, concreto, objectivo e a pensar no futuro.

Já muita coisa se discutiu acerca do famigerado "acto de Enfermagem". O actual instrumento de regulamentação jurídica da actividade profissional dos Enfermeiros é, como sabem, o Regulamento do Exercício Profissional dos Enfermeiros, mais conhecido como "REPE".

O "REPE" é vago, subjectivo, obsoleto, pouco concreto e possibilita os maiores atropelos à profissão. Por várias vezes, foi solicitado à Ordem do Enfermeiros a definição de um actos reconhecidos pelas competências dos Enfermeiros, o que nunca aconteceu, porque segundo a Ordem, na voz da sua vice-presidente Enf. Teresa Oliveira Marçal, não "considerava esta questão pertinente", nem "o timing era o mais adequando" (deixo esta nota, para que fique o registo, não vá a Ordem vir afirmar agora o contrário).

Ora os resultados desta impertinência estão à vista!

O Enf. J C Azevedo, no seu blog de candidatura, expôs concretamente o seu ponto de vista acerca desta questão, e revelou as suas intenções futuras (leram bem, concreto! Após anos de discurso vago e nebuloso, a luz do "objectivo" e "concreto" começa a despontar pela mão deste candidato).
Deixo-vos na íntegra a opinião do Enf. José Azevedo:

"Começamos por responder aqui àquelas perguntas que consideramos úteis para o esclarecimento da Classe. Eis a primeira: Qual a definição de “Acto Médico”

Falar em definição do “Acto Médico” é algo que não faz sentido, pois o acto médico está definido desde há muito tempo e ninguém tem dúvidas acerca do que se entende por acto médico. Sem que isto queira significar qualquer ponta de intromissão na área dos médicos e com os devidos respeitos, o que defenderei, uma vez eleito, é a definição do “Acto de Enfermagem”, pois esse é que não está definido e todos pretendem atomizá-lo, de molde a torná-lo numa manta de retalhos ao sabor de cada um, que se julgue apto a partir de cursilhos de 30 a 300 horas, para fazer aquilo que é foi descoberto e normalizado pelos Enfermeiros, inspirados nessa insigne percursora da Enfermagem moderna, que foi Florence Nightingale.

Usando de boa-fé, como é seu timbre, em tudo que fazem, os Enfermeiros foram descobrindo novas práticas, fundamentadas em processos de investigação arrojada, tantas vezes contra a corrente, garantindo a segurança dos doentes, apesar de nem sempre, nas melhores condições de trabalho.De tão entretidos que têm andado a inventar formas de fazer melhor, os Enfermeiros e, sobretudo quem os representa, esqueceram-se de registar a patente de muitas das suas descobertas, que lhes permitem constituir, por mérito e pleno direito, a estrutura do SNS.

Enquanto uns fazem associações para tudo, absorvendo nelas, inclusivamente, resultados de pesquisas dos enfermeiros, estes subvalorizam essas atitudes, que só não são abusivas, porque ao não serem aproveitadas pelos Enfermeiros, proporcionam a sua anexação, sem complicações nem reclamações.

É imperioso definir aquilo a que podemos convencionar chamar “Acto de Enfermagem”, porque, tendo uma Ordem, a quem foram atribuídas competências, pelo Estado, de dizer ao cidadão comum o que são cuidados de Enfermagem de qualidade idónea, garantindo‑lhos; ao fim e ao cabo, dizer o que é a Enfermagem, é imperdoável o que está a acontecer. Como podemos garantir à população uma Enfermagem de alto nível de qualidade se não conseguirmos balizar, onde começa e acaba o que se entende por Enfermagem? A portaria que vem regulamentar o exercício de muitas acções que cabem no âmbito da enfermagem, refere, a dado passo, que serão exercidas por … “pessoal habilitado”…Partindo do pressuposto de haver uma fiscalização eficaz, quanto às habilitações adequadas, no que concerne à Enfermagem, não se percebe como pode garantir-se essa presença nas farmácias, que pratiquem acções que requerem a certificação pela Ordem dos Enfermeiros, sem que esteja definido esse “Acto de Enfermagem”. É tão grande esta necessidade; é tão grande a emergência de balizar as zonas claras e as cinzentas do agir do Enfermeiro, que sem essa definição circunstancial, vamos perdendo a nossa identidade e a Ordem o sentido para que foi criada.

Esta vai ser a 1ª prioridade do meu mandato, porque sem essa definição estamos no reino da areia movediça e do faz-de-conta. É preciso demonstrar firmeza para garantir que só à Ordem dos Enfermeiros compete dizer o que é a Enfermagem!"

Comments:
É muito elucidativo e percebe-se perfeitamente o que o Enfº Azevedo acha que deve ser o acto de enfermagem, infelizmente eu não percebi bem...e depois ainda tenho outra duvida, não foi o Enfº Azevedo um dos que lutou contra o acto médico?! Então explique-me porque é que os enfermeiros devem ter. Existe acto de engenharia?? e de aquitectura??? e de farmárcia??..veterinária?? O que é que o acto de enfermagem vai fazer à prática dos enfemreiros?? Vão andar de lista na mão a saber o que fazem ou não?? E o que não estiver na lista??
Os enfermeiros suturam?? Fazem ECG?? Na verdade até por vezes sim, porque o profissional mais habilitado naquele momento e naquele contexto para o fazer. Não se esqueçam quqe a realidade do pais é muito diversa, existe muitos serviços de uergência onde o enfermeiro é o profissional de saúde mais qualificado...Mas fico a aguardar que o salvador da enfermagem, nos salve a todos com o seu ACTO DE ENFERMAGEM!!!
 
Esta do acto de enfermagem é de ir às lágrimas... não sei, uma coisa tipo vinda do Além...
Buahaaaaa!!!!!!
Portanto, com este acto de enfermagem, vou poder trabalhar menos e enviar os meus utentes para a urgência mais próxima para que lhes seja feita uma gasimetria. Boa Sr Azevedo! Agora essa foi mesmo um peido mestre.
Já agora, faço um apelo à Familia Superstar que apoia a candidatura do Sr. Azevedo que tenha mais calma porque ele não veio nem virá descobrir o que é a enfermagem.
M. Neves
 
Existe acto de engenharia?? e de aquitectura??? e de farmárcia??..veterinária??

Olhe por acaso, os arquitectos andam a lutar pelo mesmo. Os engenheiros já têm.
 
Muito Bem!
A partir do momento em que tivessemos o Acto de Enfermagem, têm de ser Enfermeiros a fazer:
"tem de ter muita criatividade para dizer o que só os enfermeiros podem fazer,..., cuidados de higiene e conforto,..., boa, ai realmente não iria haver desemprego, porque só nós poderiamos fazer, e tudo o que é instituições de saúde, social, judicial e outras teriam de ter enf.os a potes,..., bom pode ser então educação para a saúde, boa, agora somos só nos que fazemos, ..., e as gasimetrias, quem faz, nós ou o médico. Ainda não percebi nem o que ganha a profissão com esta barbaridade, muito menos as pessoas. Só pode defender esta proposta quem nunca conseguiu trabalhar em equipa e tem uma visão clivada da saúde.
 
Já todos percebemos que muitos dos enfermeiros gostam de viver na incerteza sobre o que fazem todos os dias. Preferem a confusão à clarificação. Preferem que muitas outras profissões nos digam o que devemos ou não fazer. E exemplos disso não nos faltam nos últimos anos. Preferem que seja o senhor Médico, a senhora Nutricionista, o Sr. Fisioterapeuta, O Sr. Fisiatra, a Sra. Psicóloga, só para dar alguns exemplos, a dizer-nos se se dignam autorizar ou não este ou aquele acto técnico ou de relação, que não sendo de enfermagem é definitivamente de todos. Logo, não estando definido pode ser efectuado por todos. Como tem acontecido nos últimos anos. E exemplos não nos faltam. Se não sabem aprendam: nos últimos 10 anos nasceram 21 novas profissões em saúde, muitas delas já com um grau de Licenciatura, que vieram ocupar muitas das nossas funções: simplesmente porque andamos a dormir em forma e a defender teorias e filosofias que só têm expressão... nos livros. Se têm dúvidas perguntem. Perguntem por exemplo à Sra. Bastonária que ela sabe e conhece melhor que ninguém esta realidade. Vejam a enorme oferta em sáude que os Centros de formação em saúde, as Escolas Superiores e Universidades oferecem na actualidade. Vejam com atenção os seus sites e pensem. E, em todas elas está claro o seu campo de actuação.
Mas... para os enfermeiros não é preciso. O que nós queremos mesmo é a confusão generalizada pois assim não temos que assumir a nossa autonomia e a nossa responsabilidade. E sempre podemos trabalhar em triplo. Qualidade? O que é que isso interessa? E não estou a falar da qualidade prestada aos utentes. (nessa parece-me que todos estaremos de acordo que é fundamental) Estou a falar da qualidade do nosso trabalho. E depois ainda se admiram por só terem dois enfermeiros quando deveriam ter quatro ou cinco... desta forma, com esta confusão,como poderemos nós informar adequadamente e de forma credível as administrações hospitalares que somos necessários a uma área específica de desempenhos? Para eles não interessa porque não sabem o que nos compete fazer. Para alguns deles até dava jeito que os enfermerios se fossem todos embora porque ficam caros para as suas instituições. Fica muito mais barato substituirem-nos... há! Já me esquecia... fica posta em causa a qualidade na prestação dos cuidados? Como sabem? Quem vos disse que não poderão vir outros e fazer melhor que nós exactamente o que nós fazíamos até então? Não estarão então igualmente formados para o fazer com toda a correcção?
Como muitos colegas dizem... a continuaramos assim, com estes colegas a apoiarem estas ideias e com isso a verem o barco a passar, o que nos restará em breve serão os cuidados de higiene e conforto. Mas... mesmo aqui, com os cursos de auxiliares de acção médica (agora outra vez a quererem chamar auxiliares de enfermagem - será por acaso?) nem isso nos restará.

Mas depois são estes enfermeiros que agora são contra a definição do "Acto de Enfermagem" (se não gostam do nome chamem outra coisa)os primeiros a virem um dia queixar-se que outros profissionais lhes estão a "roubar" o seu espaço de trabalho.


Simplesmente triste! Nem fazem nem deixam os outros fazer... o que dizer perante isto?
 
Já agora... os médicos andam a querer alargar o seu acto porque... certamente, e no entender de alguns enfermeiros, são estúpidos!!!! Só pode. Andam a perder o seu tempo. De cada vez que surge um novo Bastonário dos Médicos (pessoas vulgares que não sabem ao que andam) lá vêm eles tentar novamente. Porque será? Já pensaram o porquê das contínuas tentativas efectuadas nos últimos anos em passar o Acto Médico na Assembleia da República? Não vos diz nada? Bolas!!!! Será que andam assim tão distraídos? Já sei... os médicos são uns "malandros" e os maus da fita...! Meus amigos, a diferença é que os médicos sabem o que querem e lutam por isso. E fazem muito bem.

E, o Enf.Azevedo, assim como outros colegas, só foram contra o acto médico porque se tivesse sido alguma vez aprovado jamais os Enfermeiros teriam autonomia no próximo século. Não foi contra o "Acto de Médico" enquanto modelo. Foi porque obviamente o seu conteúdo (Apresentado na Assembleia da República e discutida pelos deputados) usurpava definitivamente a nossa autonomia para os próximos 20 anos. E fala vocês das pessoas sem saberem o que andam a dizer...

A crítica é muito importante e muito desejável... mas saibam do que estão a falar. Especialmente quando envolve pessoas. E, acreditem ou não, eu nunca conheci pessoalmente o enf. Azevedo. Estou é atento.
 
"Só pode defender esta proposta quem nunca conseguiu trabalhar em equipa e tem uma visão clivada da saúde"

Paulo, é Enfermeiro? Pelo discurso, não me parece.
Os "actos profissionais" são fundamentais, quer para regular a profissão, quer para balizar as competências, tanto a nível profissional, como a nível jurídico.

Sem "actos próprios" nem faz sentido falar em multidisciplinariedade. Acho que o Paulo distorce alguns conceitos fundamentais.
Numa altura em que todas as profissiões lutam pela definição do seu acto, o Paulo defende o contrário!
Veja: os advogados lutam pela definição de competências (acto) entre advogado/solicitador, os arquitectos lutam pelo acto de arquitectura (DL 73/73), os engenheiros deparam-se com o mesmo problema...
É legítimo que os Enfermeiros o façam, não concorda?
Um profissional necessita de saber o que legalmente lhe compete, até para assegurar a qualidade dos actos e protegê-lo dos profissionais sem competências... na outra ponta do barco existe a "anarquicracia", a bruma, o indefinido, a usurpação.....
 
O que sugere o doutor enfermeiro sobre as competências do enfermeiro, afinal o que deverão fazer os enfermeiros, ou seja, o qe deverá constar do acto de enfermagem? Quais são as balizas??
É isso também que gostava que o Enfº Azevedo descrimina-se, algo mais concreto, porque o discurso da forma como está, também está envolto em bruma...ou não???
 
Pessoalmente... e espero que nenhum decisor leia isto para não ver o meu facciosismo(lol) deveríamos abarcar todos os actos que já fazemos e com os quais temos prática e até açambarcar algumas antes que outras classes se lembrem...
Agora a sério: mantenho a mesma opinião que descrevi acima: simplesmente atribuir competência legal àquilo que já fazemos no dia-a-dia sendo que alguns dos actos eventualmente praticados só estariam, digamos acessíveis, após a realização de uma qualquer forma de especialização, formação e/ou certificação.

Além de todas as técnicas comumente realizadas, poderiam ser incluídas a prescrição de alguns fármacos, requisição de Exames de Diagnóstico entre outras (neste momento não me sobra mais tempo...).
 
"O que sugere o doutor enfermeiro sobre as competências do enfermeiro, afinal o que deverão fazer os enfermeiros, ou seja, o qe deverá constar do acto de enfermagem? Quais são as balizas??"

O colega, Magistral Estarega, disse e muito bem: "a prescrição de alguns fármacos, requisição de Exames de Diagnóstico entre outras"


" porque o discurso da forma como está, também está envolto em bruma...ou não???"

Será sempre mais definido e objectivo que o da actual bastonária! Basta ler as tomas de posições da Ordem nos últimos 4 anos - dizem tudo... mas não dizem nada! Desconcertante.
 
A verdade é que muitos vêm agora, e muito bem, exigir ao enf. Azevedo que explique tudo muito bem de forma a não deixar dúvidas a ninguém ( e volto a dizer que defendo isso mesmo e assim é que deve ser) mas no entanto esquecem-se de fazer exactamente o mesmo à actual bastonária e á sua equipa. Será que o programa da Sra. Bastonária é mais claro? Nunca o foi em 4 anos como poderia agora sê-lo? No entanto, e apesar de tudo é meu entendimento que só pelo facto de ter havido desta vez mais candidatos, e independentemente de quem ganhar, já todos nós ganhámos.
 
Doutorenfermeiro,
Eu, Pauloenfermeiro sou mesmo Enfermeiro e preso muito a minha profissão e titulo profissional, posso dizer-lhe que na minha prática clínica em Enfermagem faço tudo, já possuo neste momento legislação e regulamentação suficiente para prestar os cuidados às pessoas que deles necessitam e penso que podemos mesmo tirar do REPE (entre outras coisas) as inervenções interdependentes, as minhas são todas autonomas, mesmo quando administro medicação prescrista pelo médico só o faço se interder de o devo fazer, nunca abdico do meu juizo critico na minha actividade clinica. Neste contexto, só não prescrevo medicação, faço admissões e altas hospitalares, de resto faço tudo e posso, além disso em contexto de emergência posso fazer mesmo tudo. Como vé, não necessito de nenhum acto de enfermagem para limitar e prender a minha actividade clinica, quem tem duvidas, penso que pode ser por ter dificuldade em tomar decisões, e aqui sim, temos de investir.
 
A Familia SuperStar Azevedo que defina o que é o Acto de Enfermagem para que muitos auxiliares de acção médica digam que também são enfermeiros... Preocupem-se mas é em esclarecer os enfermeiros das suas competências pois é escandalosa a delegação, cada vez maior, de actividados da responsabilidade de enfermeiros para os auxiliares... e tudo porque para muitos Licenciados em Enfermagem "limpar rabos, dar de comer aos doentes e vesti-los" não é digno de um licenciado... definam Acto de Enfermagem para depois se verem cabeças a rolar...depois não se queixem!!!
M.Neves
 
O acto de Enfermagem regulará a intervenção dos profissionais. A delegação de competências é algo requere dos Enfermeiros ponderação e responsabilidade. É um "apoio" que deve ser cuidadosamente analisado.
Quantos de nós não praticam "actos médicos"? E não é por isso que deixar de ser "actos médicos", e não é por isso que nós dizemos que somos médicos.
É simplesmente a assunção legal de um papel profissional. Protege a profissão, qualidade dos cuidados e, acima de tudo, defende-nos de interesses económicos, pois não será possível subsituir Enfermeiros por "não-enfermeiros".
 
É urgente regulamentar o acto de Enfermagem, pois é essa definição que servirá de boia balizadora para a prática da profissão. O acto de Enfermagem deverá ser uma representação daquilo que nós, Enfermeiros fazemos no decurso da nossa prática e daquilo para o qual estamos habilitados a nível de competências. Aquilo que é produzido pela Enfermagem ao nível de conhecimentos e práticas é, primeiramente "propriedade" e substância da mesma, e portanto licitamente defensável contra investidas de alheios. O Acto de Enfermagem é uma espécie de "Trade Mark" da profissão, e é o garante de que aquilo que são os Actos de Enfermagem serão executados por quem está em condições de os colocar ao serviço da população com a maior qualidade, ou sejam os Enfermeiros. Não podemos ficar impavidos e serenos a assistir à expoliação por parte de outros daquilo que é atributo da nossa profissão. Por outro lado, o Acto de Enfermagem, guia orientadora da nossa prática, é essencial para que o Enfermeiro não seja aquele profissional "free-lancer" que vai fazendo o que lhe vão colocando à frente por conveniência de alguém.
POr último, é necessário que cada vez mais valorizemos aquilo que vamos criando em termos de conhecimentos e competências. Quantos de nós já engendraram soluções inovadoras para problemas antigos, soluções essas inovadoras e eficazes e se esqueceram de partilhar esse novo conhecimento om os seus pares? A Enfermagem é uma profissão geradora de um enorme arrimo de conhecimentos, sendo que esses conhecimentos estão pulverizados e desvinculados de um todo. Ao contrário de outras profissões, em que alguém dá um "espirro" e vai logo apresentá-lo num congresso ou num artigo, existe ainda na Enfermagem uma falta de hábitos de veiculação do conhecimento.
O Acto de Enfermagem servirá, por certo, de cimento de ligação entre esses conhecimentos esparsos, para que a Enfermagem seja cada evz mais forte!
 
"A delegação de competências é algo requere dos Enfermeiros ponderação e responsabilidade" Concordo perfeitamente com o colega, mas infelizmente a realidade que eu tenho vindo a observar nas nossas instituições de saúde é bem diferente... Passo a exemplificar:
a) consultas externas de um hospital central: a avaliação de TA dos utentes, que aguardam consulta, é feita por um AAM que regista num guardanapo e depois dá ao enfermeiro para ele passar para o processo - e assinar que o fez...
b) Bloco de Partos de UM GRANDE hospital: os enemas de limpeza são realizados pelos AAM, bem como as devidas tricotomias. Segundo uma colega nossa que, anonimamante, foi aí parir, disse que a auxiliar que lhe fez esses procedimentos foi a mais simpática e a que lhe proporcionou mais privacidade do que todas as enfermeiras que aí se encontravam a trabalhar
c) consulta de diabetes num centro de saude: quem faz os testes de glicémia capilar antes da consulta é um Auxiliar de Acção Médica
d) serviços de internamento, higiene no duche aos utentes(em quase todo o pais): os AAM fecham e desconectam o soro, pela torneira de 3v, para levar os utentes ao WC - "dá menos trabalho", dizem... - ou seja, suspendem medicação com a cunivência de quem?!? Adivinhem lá!?...
.... e mais não digo...
Quem é responsável por isto?
- Os enfermeiros!
Depois queixem-se que vão substituindo AAM treinados para determinadas tarefas em detrimento de enfermeiros...
O Acto de Enfermagem neste contexto iria trazer muito mais gente para o desemprego...
Continuem a sonhar Familia SuperStar Azevedo....
M.Neves
 
Normalmente não sou a favor de penalizar um colega, mesmo que ele não tenha razão(desculpem mas sou mesmo faccioso)...mas caso esta situação seja verdade(é que há aqui coisas que me parecem inverosímeis), não mereceriam estes auxiliares e enfermeiros uma "observação" das nossas estruturas dirigentes?

E o nosso anónimo das 6:34... então vê isso a acontecer e não tem coragem para mudar uma coisa tão evidente? e se não é na sua instituição... você vê um AAM a medir uma TA(repare... não disse avaliar) numa instituição e não o põe em sentido a ele e ao enfermeiro que lhe delega isso?

Bem podemos apelar à intervenção de sindicatos e Ordem, que quando temos esta pobreza de espírito e falta de coragem, tudo me parece realmente perdido...
 
Normalmente não sou a favor de penalizar um colega, mesmo que ele não tenha razão(desculpem mas sou mesmo faccioso)...mas caso esta situação seja verdade(é que há aqui coisas que me parecem inverosímeis), não mereceriam estes auxiliares e enfermeiros uma "observação" das nossas estruturas dirigentes?

E o nosso anónimo das 6:34... então vê isso a acontecer e não tem coragem para mudar uma coisa tão evidente? e se não é na sua instituição... você vê um AAM a medir uma TA(repare... não disse avaliar) numa instituição e não o põe em sentido a ele e ao enfermeiro que lhe delega isso?

Bem podemos apelar à intervenção de sindicatos e Ordem, que quando temos esta pobreza de espírito e falta de coragem, tudo me parece realmente perdido...
 
""A delegação de competências é algo requere dos Enfermeiros ponderação e responsabilidade" Concordo perfeitamente com o colega, mas infelizmente a realidade que eu tenho vindo a observar nas nossas instituições de saúde é bem diferente... Passo a exemplificar:
a) consultas externas de um hospital central: a avaliação de TA dos utentes, que aguardam consulta, é feita por um AAM que regista num guardanapo e depois dá ao enfermeiro para ele passar para o processo - e assinar que o fez...
b) Bloco de Partos de UM GRANDE hospital: os enemas de limpeza são realizados pelos AAM, bem como as devidas tricotomias. Segundo uma colega nossa que, anonimamante, foi aí parir, disse que a auxiliar que lhe fez esses procedimentos foi a mais simpática e a que lhe proporcionou mais privacidade do que todas as enfermeiras que aí se encontravam a trabalhar
c) consulta de diabetes num centro de saude: quem faz os testes de glicémia capilar antes da consulta é um Auxiliar de Acção Médica
d) serviços de internamento, higiene no duche aos utentes(em quase todo o pais): os AAM fecham e desconectam o soro, pela torneira de 3v, para levar os utentes ao WC - "dá menos trabalho", dizem... - ou seja, suspendem medicação com a cunivência de quem?!? Adivinhem lá!?...
.... e mais não digo...
Quem é responsável por isto?
- Os enfermeiros!
Depois queixem-se que vão substituindo AAM treinados para determinadas tarefas em detrimento de enfermeiros...
O Acto de Enfermagem neste contexto iria trazer muito mais gente para o desemprego...
Continuem a sonhar Familia SuperStar Azevedo...."


Algumas situações, acho-as duvidosas.
Se calhar, está aberto o caminho do regresso dos Auxiliares de Enfermagem, quem sabe?
 
Interessante são estes comentários (fundamentados?) do colega "M. Neves" acerca da usurpação de funções de Enfermeiros por parte de AAM's.

Agora, colega "M.Neves", repare, que apesar de haver mais Enfermeiros do que nunca, durante este mandato da OE houveram mais situações de usurpação de funções (não só por AAM's) do que nos últimos 10 anos...
(quis acrescentar este comentário já que estamos a falar em conivências)
Vai-me dizer que foi neste mandato que se travou os famigerados TACH's? Colega, isso é chamado o mínimo dos mínimos. Se um bastonário nem numa situação dessas toma uma posição, então em qual toma?
 
Caro Paulo

Meu caro amigo... uma vez mais...

"Eu, Pauloenfermeiro sou mesmo Enfermeiro e preso muito a minha profissão e titulo profissional, posso dizer-lhe que na minha prática clínica em Enfermagem faço tudo, já possuo neste momento legislação e regulamentação suficiente para prestar os cuidados às pessoas que deles necessitam e penso que podemos mesmo tirar do REPE (entre outras coisas) as inervenções interdependentes, as minhas são todas autonomas, mesmo quando administro medicação prescrista pelo médico só o faço se interder de o devo fazer, nunca abdico do meu juizo critico na minha actividade clinica. Neste contexto, só não prescrevo medicação, faço admissões e altas hospitalares, de resto faço tudo e posso, além disso em contexto de emergência posso fazer mesmo tudo. Como vé, não necessito de nenhum acto de enfermagem para limitar e prender a minha actividade clinica, quem tem duvidas, penso que pode ser por ter dificuldade em tomar decisões, e aqui sim, temos de investir."

Você é mesmo um profissional excepcional... Você faz isso tudo? Parabéns... A sério...
O que no entanto você se esquece é que a grande maioria dos enfermeiros não faz nada disso. Os outros, não fazem nada disso. Nada os obriga a fazer tudo o que o colega diz que faz. Não há nenhum documento que o defina convenientemente. Considera mesmo que todos nós lemos o "REPE" da mesma maneira?
Logo, o que é que interessa o que você faz ou não? Ou eu? Ou o outro ali ao lado?
De que forma contribui toda essa competência para a "profissão" de enfermagem?

"... e penso que podemos mesmo tirar do REPE (entre outras coisas) ..."

O colega pensa? Pensa que... mas... e o colega ao lado não poderá pensar outra coisa, e um outro outra coisa? Sim ou não?
E aqui entre nós, o que o colega pensa ou não pensa é irrelevante. Tal como aquilo que cada um de nós pensa. Se somos uma profissão não deveríamos todos "pensar" exactamente a mesma coisa?
O problema do REPE é exactamente esse: define tudo e não define nada. Cada um que o lê tira as consclusões que lhe interessa. Mais nada.

Agora... se todas essas competências que afirma ter (e eu acredito que tem)estivessem devidamente definidas através da elaboração de um outro REPE (chamemos-lhe por exemplo "acto de enfermagem", mas pode chamar-lhe REPE 2 ou 3 ou o que lhe desse mais jeito e gostasse mais), bem mais actual, o colega já poderia ter a certeza que todos os seus colegas (TODOS) poderiam ser igualmente competentes como o colega. Mas, cá entre nós, é um pouco invejoso não é? Quer tudo para si... faz muito bem.
Do amigo e colega paranoico...
 
Eu não quero que todos sejam competentes como EU, o bom samaritano (mimo) não sou EU, …, EU quero que todos sejam melhores que EU!
EU basta-me ser assim.
 
Quem leu o que o Enfermeiro Azevedo escreveu sobre a necessidade de definir o acto de enfermagem, tomou 2 ou 3 atitudes que estão expressas ali acima:
1- Há uns que se não são médicos a vir à contenda, até parece, tal o calor com que defendem o trabalho em equipa onde segundo eles são os médicos os que a mandam;
2 - Há outros que defendem o REPE, mas não o conhecem, pois se fossem conhecedores sabiam que é limitador dos enfermeiros e foi feito para os manter nos eixos;
3 - finalmente há o 3º grupo que captou a mensagem na sua essência e sabe perceber que por acto de enfermagem não se trata de definir
a tarefa uma a uma, como disse algum dos comentaristas, mas sim disntinguir os Enfermeiros de todos os outros, nas suas diferenças e capacidades. Ora essa disntinção implica a destruição de barreiras e limites outros que não sejam os da demonstração de ser enfermeiro, capaz de exercer a Enfermagem em perpétuo movimento.
Se bem o percebi os que atacaram a sua tese estão com receio que ela se concretize, por isso concluo que não sejam enfermeiros, pois esses só têm a lucrar com a definição da sua capacidade de agir, em circunstância, como ele diz, distinguindo-os de todos os outros. Só assim se pode saber que se é enfermeiro.
Leiam primeiro, com atenção e comentem depois, com exactidão.
Que coisa!...
 
Doutor Enfermeiro , deixo aqui uma informação : Candidato a Bastonário da Ordem dos Médicos ( adversário de Pedro Nunes ) vai reactivar a discussão sobre a definição do Acto Médico.....
Pessoal , olho vivo e pé ligeiro...andamos a perder terreno...até quando..????!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
É verdade. E a Enf. MAS, ao contrário do Enf. JCA, não está interessada em discutir esse assunto!
 
Pois é DoutorEnfermeiro...tanta apatia...só se MAS estiver à espera que seja a Ordem dos Médicos a definir O Acto de Enfermagem.. !!!!! Será ????....
 
Existe o acto farmacêutico....santa ignorância.
 
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