sexta-feira, novembro 16, 2007
Uma semana agitada...
Coimbra. Enfermeiros (Unidade de Saúde de Coimbra) em protesto contra o "atraso de dois salários e um subsídio de férias", resolveram em conjunto com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, convocar um plenário para discutir o assunto. Por suposta "pressão" e "coacção" por parte do Conselho de Administração, todos os Enfermeiros faltaram.
Aqui temos o resultado da política sindical (e Ordem dos Enfermeiros) de propagandearem desmesuradamente "falta de Enfermeiros" em Portugal! Desta forma, chegamos à política do "cala-te, porque se tu não queres há outros que querem!" E como tal, perdeu-se todo o poder reivindicativo!
Será que os Sindicatos e OE não previam isto? Ou estão afectados por estupidez intelectual?
Porto. A Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria dispõe "equipamentos de vanguarda". O Jornal Primeiro de Janeiro, mostra uma foto com uma cama, um tripé de soros e uma mesinha de cabeceira.
Lisboa. Numa entrevista ao Jornal de Notícias, o Ministro da Saúde refere que o novos sistema de mobilidade inclui incentivos para os médicos. A decisão (de mobilizar ou não...) nunca será unilateral, pois o "respeito pela vida pessoal" é uma factor importante (muito bem!)! Em relação aos Enfermeiros... nada refere.
Palpita-me que não é necessário incentivar os Enfermeiros, pois haverá sempre alguém disponível para ir para qualquer lado....
Greve geral da Função Pública dia 30 de Novembro. A greve está marca há algum tempo. Até agora, era só uma greve geral. Há uns dias atrás tornou-se uma "greve geral de peso" (segundo um cronista). Porquê? Simplesmente porque um sindicato médico resolveu aderir...
Revista Semana Médica. Os Enfermeiros e a OE têm andado numa discussão ardente sobre rácios. Este jornal semanal da classe médica (?) revela que Portugal tem mais Enfermeiros diplomados do que Espanha (!?!), por exemplo... Revela também que, andamos no encalço de um dos países com maior rácio de Enfermeiros, a Bélgica.
Lista Propor-Intervir-Cumprir. A lista de candidatura à Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, Propor-Intervir-Cumprir, afirma relativamente às quotas para desempregados, que "iremos propor a revisão do artº 9º do Estatuto da OE, de forma a acrescentar ao mesmo uma alínea, que permita a isenção temporária do pagamento de quotas, sem efeitos suspensivos da inscrição, aos enfermeiros que façam prova da sua situação de desemprego". Fonte: http://www.consigopelaenfermagem.org/
Eleições. Mais dissimulada do que o Paulo Portas (conhecido como o Paulinho-das-feiras) é a Enf. Maria Augusta de Sousa. Dedicou-se de corpo e alma à campanha eleitoral! Receios? (ou remorsos dos últimos 4 longos e áridos anos?)
Enf. José Azevedo, candidato a Bastonário da OE. "Não podemos estar à espera, como é vulgar acontecer, que sejam os outros a dizer o que somos e pensamos. Essa exposição é da nossa exclusiva responsabilidade [Ordem dos Enfermeiros]. (...)Não devemos ter receio de proclamar a nossa razão. Alguém a há-de ouvir se o eco por persistente. Não podemos é deixar de dar o contributo que se nos pede. É para isso, também, que me candidato."
O que é que podemos culpabilizar mais a OE?
Ja começa a cheirar mal o discurso de sistemáticamente dizer mal pelo puro prazer... Até gostava que o sr Azevedo fosse bastonário para ver as soluções que ele iria apresentar...
E que mal tem a MAS estar em capanha? O sr Azevedo também está em campanha, e se não está é porque não se quer expôr a situações que lhe possam ser constrangedoras.
Uma coisa é ser-se apoiante, e eu respeito. Outra coisa é ser-se apoiante e atacar o outro sistemáticamente por tudo e por nada...
Vamos ver se o seu (DR.ENFº) discurso, por tanto mal dizer, não irá ter consequências inesperadas no dia 13. Pense melhor...
M.Neves
Já tem cerca de 4 anos de idade.
Interessante é o seu "desconforto sintomático" para com o discurso.
- um concurso de reserva de recrutamento, tão em voga actualmente, e no qual fui obrigado a concorrer para tentar defender o meu posto de trabalho, tal como todos os contratados da instituição onde exerço; até aqui nada de anormal, até porque se está a passar o mesmo um pouco por todo o país;
- durante o período de candidaturas não havia grelha de avaliação, já que tal como eu, outros colegas a solicitaram e a resposta foi sempre a mesma: "não há";
- após a saída da lista de classificação final, o meu espanto quando verifico a minha (má) classificação; a maioria dos contratados com menos de 1 ano de serviço e de experiência ficaram melhor classificados; conheço o curriculo deles e até ajudei alguns a elabora-lo...sinceramente nenhum deles se compara, quanto mais melhor...;colegas com melhor curriculo que eu e com mais tempo de serviço ficaram ainda pior classificados;
-segundo as actas das reuniões do juri, está explicito na acta nº1, como ordem única de trabalhos, a tão esperada elaboração da grelha de avaliação curricular...pena que tenha apenas sido elaborada 15 dias depois, como documenta a data da referida acta;
-isto poderá indiciar que a grelha terá sido elaborada após a visualização de alguns curriculos e tendo estes em conta, ainda mais sabendo que esses colegas têm factor GC (Grande Cunha), como eles próprios fazem questão de dizer...não salvaguardando a transparência e o principio da igualdade que deveriam pautar todo e qualquer processo de selecção deste género;
-segundo a opinião do SEP, eu deveria reclamar, mas......(segundo o advogado) nada me garante depois que o meu contrato seja renovado já que poderei ficar "marcado"...;
-ou seja, "CALA-TE e CONFORMA-TE";
Que treta de país é este??
Caro Dr.Enfº os post's que coloca são sem dúvida pertinentes,mas infelizmente apresentam cada vez mais a podridão que é este sistema e os colegas (enf. supervisores e directores) que nos dirigem e (não) defendem.
Haverá centenas de colegas na mesma situação e que são persuadidos a não fazer greves! Embora eu ache que a próxima não trará qualquer benefício para a enfermagem, já que apenas irá fazer número.
Estas situações deveriam ser amplamente divulgadas e termos alguém que realmente nos defenda e crie boas condições de trabalho.
Saudações
Eh pá tire os óculos de cabedal e diga a todos que a sua posição sobre ratios é facciosa e falaciosa porquanto só quer atirar poeira para os olhos de todos.
De uma vez por todas: OS RATIOS DE QUE SE DEVE FALAR SÃO OS DA OCDE E NÃO OS DA OMS PORQUE ESSES TÊM OS AAM CONTABILZADOS.
É TUDO SURDO OU PARVO OU AINDA ACREDITAM NESTE DOUTOR.
PORRA.................................
DAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH
Tendo em conta a dita "elite", aqueles que ADORAM enfermagem, mas que exercem estranhamente a docência, enfim.
Reparei que a candidatura da Enf. MAS, aqueles que a apoiam, são todos, ou quase todos, docentes de alguma escola.
É apenas uma curiosidade, mas engraçada.
Sim? Demonstre.
(será por isso que os da OCDE são superiores, apesar de só englobarem os Enfermeiros? Como vai fraca, a matemática...)
"Reparei que a candidatura da Enf. MAS, aqueles que a apoiam, são todos, ou quase todos, docentes de alguma escola."
- E se fossem do mesmo hospital?! Seria também da mesma forma.... "curioso"?...
Pois eu, se me candidatasse a qualquer coisa, certamente me iria fazer acompanhar das pessoas as quais estava habituada a trabalhar e essas, certamente seriam ou do meu serviço ou do meu hospital.
Não percebo a "curiosidade"....
M.Neves
Não temos!!
Igualdade de oportunidades, isso sim.
Temos a mesma profissão mas temos direitos diferentes, quer seja enfermeiro docente, enfermeiro contratado ou enfermeiro da função publica!!
Será que sabem (a OE) o que é estar desempregado e continuar a pagar cotas que dava para comprar o pão para o mês?
Há muitas curiosidades, depende do ponto de vista de cada um! A experiencia que é vivida por cada um!!
A OE deveria ter um leque mais alargado de todos os pontos de vista!!
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