Doutor Enfermeiro

Apenas quero deixar aqui o meu pesar pelo triste defecho deste serviço. Foi com grande pesar que soube através deste blogue. Tive o enorme gosto e honra em trabalhar muitos anos com estes Profissionais. Os meus parabens e desejos de um bom futuro, seja ele qual for.Para mim pessoalmente, como T.A., este dia pode-se resumir com uma canção: "The day the music died". Se me for permitido, só uma questão: Tirei o curso de E.M.T. nível Paramedico, nos EUA. Teve uma duração de três anos lectivos, e com as consequentes especializações, posso de "grosso modo" acrescentar pelo menos mais um ano e meio de formação contínua. O curso, diário, repartido entre teoria, práctica e estágios em salas de urgência, UCIS, ambulâncias de SAV, centrais de atendimento, SEM Rurais, etc, faz de mim o que em Portugal? Apenas garanto uma coisa; esta falta de coordenação e entendimento entre TODOS os profissionais do Pré-Hospitalar só prejudicam os doentes. Por favor, pensem um bocado antes de escreverem os comentários cheios de raiva e rancor que escrevem. Eu, muito sinceramente, e com muita pena, vou deixar de ler este blogue, pois apenas me entristece e tira-me a pouca esperança num mundo quase perfeito... pelo menos neste pais.

Obrigado Sr. Dr. Enfermeiro, pelos textos que li no seu blogue, que cheguei a recomendar no meu, como de leitura obrigatória.
Até sempre.
 

Sr. Dr. enfermeiro como tu sabes, desde do dia um de Dezembro os TAS que efectuavam VMER de Lisboa deixaram de efectuar esse serviço.
É estranho somente agora referires isso no teu Blogue, porque no meu até a muito essa situação esta divulgado, será que superaste da amnésia?
Eu era um desse, mas saio com o dever comprido, tenho que passar por lá para consultar a escala para ver se o teu nome consta lá, porque pelos vistos esqueceram-te convidar novamente, porque é que será?
 

Caros Tae:

o vosso contributo é e foi essencial na VMER de Lx.
No entanto, a vossa missao n acaba aqui, tem outros meios onde continuam a dar cartas, ambulancias SBV e SIV (estas sim, onde a vossa actuaçao terá mais notoriedade)
Esses cursos de paramedico, implementados nos EUA, sao fundamentais, para si e p quem o rodeia, mas como sabe foi tirar um curso a um país q n o nosso, logo qd chegou a Portugal, certamente q teve q cair na realidade q cá existe e esquecer os EUA.
Caso queira aplicar todos esses conhecimentos, bem sabe q nem a enfermagem o pode ajudar, somente a medicina.
resta-me desejar-lhe um bom ano e votos de esperança.

cumprimentos
 

Sr. Serrano:

Agradeço-lhe do fundo do coração o seu comentário. Quando fui, tinha a perfeita noção do que fazia e qual o futuro que me esperava ao regressar.

No entanto QUIS vltar, pois na altura, as circunstâncias não eram as mesmas. Quis deixar a minha marca, ajudando como Formador de Socorrismo junto de outros T.A.'s. Transmitir o que tinha aprendido, ensinar novas técnicas, novas maneiras de pensar e trabalhar na emergência e na maneira de ser tripulante.

Já disse, e volto a reafirmar: Respeito muito a profissão de Enfermeiro, mas nunca aspirei a ser um. Nem sequer Médico. Adoro a minha profissão, vivo e respiro a minha profissão. É tudo o que sou e sempre qurerei ser, tal como muitos Enfermeiros dirão da sua profissão.

Agora, esta alegria, este desprezo por quem não é da classe, deixou-me muito triste, e, estupidamente, abalou-me psicológicamente. Sinceramente pensei, que o outor do blogue tinha outras ideias mais avançadas.

Apenas reforça as minhas convicções; assim que a minha relação familiar mudar, ou seja, quando aquilo que ainda me prende a este país deixar de existir, vou-me embora. Volto para onde, se calhar, nunca deveria ter saido.
 

"Eu era um desse, mas saio com o dever comprido, tenho que passar por lá para consultar a escala para ver se o teu nome consta lá, porque pelos vistos esqueceram-te convidar novamente, porque é que será?"

Não tenho qualquer interesse na referida VMER.


"Sinceramente pensei, que o autor do blogue tinha outras ideias mais avançadas."

Respeito os TAS/TAE.
 

Caro Ricardo, não quero de forma alguma entrar em guerrilhas inúteis.
Desejo-lhe a si e a todos que estão "nestas coisas" de peito aberto felicidades, aqui neste bocado de pouca coisa(que ainda assim é o meu país que tanto amo - o que odeio são os intervenientes que comparativamente a portugueses de outros tempos não lhes tocam nem na sola do sapato ou nas fímbrias das suas vestes) ou noutro país qualquer.

Aquele abraço!
 

E verdade.... a realidade do serviço no pré-hospitalar tem que ser diferente. Mas como marcar a diferença?
Neste momento a classe dos Sr enfermeiros esta bem representada devido a varios factores, tais como a complicidade que houve durante varios anos entre os diversos Colaboradores da emergencia.
Mas o que se poderá tornar preocupante vais ser os recem chegados enf, sem expriencia nem conhecimentos praticos, para poder liderar uma situação de emergencia.
Meus amigos.....!!!!! sera que com este modelo de enfermeiros que estão pra sair do Bolonha, conseguiram fazer frente a realidade que todos conhecemos!!!
Ou as escolas deveriam começar a pensar em algo mas tecnico, que oferece-se um contributo mais forte na melhoria do serviço... O que dizem senhores???
Na minha opinião, acho que neste momento os TAS/TAE andam a brincar as ambulancias, mas os Srs Enf não estão a pensar na população que todos os dias necessitas dos serviços do pré-hospitalar...

ja alguem dizia: "Ninguem lá fica".
 

Quem poderá estar interessado em desqualificar tantos os enfermeiros?
Será que não têm direito a aprender como os outros e a errar como os humanos que também são?
Por que estão a pretender que os enfermeiros já nasçam ensinados?
Se não se metem com os médicos estes ataques aos enfermeiros só podem vir deles ou de quem lhes serve para denegrir os enfermeiros.
 

O Sr. que disse que os TAEs andam a brincar as ambulâncias, e já agora não é tas /tae, não sei o que é isso, sou TAE, no meu contrato esta lá escrito, e nem uma única vez aparece a palavra tas, isto já para esclarecer alguns que escrevem dessa forma, quanto a brincar as ambulâncias, só deve estar a brincar, ou é muito ignorante, a brincar anda a minha filha com as bonecas, ou o sr. com quem o rodeia, nós não brincamos, TRABALHAMOS, percebeu, é isto que eu falo, será que o país só abriu portas neste ano passado!!! é que parece que todos as vitimas que foram transportadas no passado, nunca chegaram com vida aos hospitais! Sinceramente, a brincar.....volta a por o nariz vermelho e começa a dançar.
 

Não quero nem nunca quis entrar em guerrilhas estúpidas com ninguem! Se parece que "ataco" a classe da Enfermagem, longe disso. Só defendo que nas ambulâncias ninguem brinca. Tal como se refere no último comentário, será que só agora é que se lembram que nás existimos? A memória é realmente muito curta neste pais. Citico também a classe Médica, muito principalmente as tomadas de posição da Ordem dos Médicos, como por exemplo no que se refere ao uso dos DAE. Enquanto a nível Mundial, ou se quiserem numa realidade mais próxima à nossa, a nível Europeu, o uso dos DAE fazem parte integrante do Suporte Básico de Vida. Em Portugal é o que se vê.
Adoro o meu País; adoro ser Português, mas posso discordar das ideias e políticas adoptadas pelas pessoas que supostamente nos deveriam representar e dirigir. Se me permitem ser um bocado ordinário, utilizando a voz popular, as opiniões são como o buraco do c*; toda a gente tem um, ou neste caso, toda a gente tem uma opinião. Acho é que deveriam ser respeitadas, até prova em contrário.

Gosto muito de história, e se estudarmos a história de Portugal, ou melhor, do socorro e emergência em Portugal, podemos ver claramente que surgem duas referências: Corpos de Bombeiros e Cruz Vermelha. Quando foi criado o extinto Serviço Nacional de Ambulâncias, onde é que os Sres. Enfermeiros acham que foram buscar as bases de trabalho e conhecimentos? A estas duas instituições. Quando o INEM nasceu, quem acham que iniciou todo o serviço e deu formação a Médicos e Enfermeiros? Estas duas instituições. Passados todos estes anos, somos colocados para trás, como se colocam os nossos idosos; escondemo-los, porque parece que temos vergonha do nosso passado.

Sr. Dr. Enfermeiro: Quando falei na "bolachinha" disse com a certeza absoluta daquilo que queria dizer! Se reler o seu próprio texto, perceberá que nos denegriu e nos tratou abaixo de cão!

"Os TAS foram "substituídos" pelos profissionais diferenciados mais indicados para o efeito - Enfermeiros."

"Brevemente, este meio de emergência em Portugal vai ser apenas constituído por Enfermeiros e Médicos. Mais um passo dado na melhoria dos cuidados prestados na emergência do nosso país."

Depois destas palavras, como espera que eu reaja ao seu suposto "elogio"?

Para terminar, e porque acho que já chega de inutilidades, quando existe tanto para fazer entre todos, fica aqui uma pequena situação que me aconteceu, num Hospital da zona de Braga, após a estabilização e transporte de uma vítima de AVC:

Quando entrámos na triagem, o Enfermeiro quis colocar-nos na rua, pois ele é que devia examinar o Doente. Após a minha terminante recusa, e exigência firme para assinar-me o Verbete INEM em como não aceitava a transmição da informação recolhida desde o momento da nossa chegada á residência do doente e posterior chegada ao hospital, lá concordou em ouvir-me. A meio da passagem, já me perguntava se era "colega".

Após segundos de dúvida, decidiu que seria melhor passarmos o Doente directamente ao Médico. Chamou o mesmo, e lá repetí o procedimento. O Médico, Brasileiro, muito embasbacado olhava para mim e para os meus dois colegas da ambulância, de boca aberta. Quando terminei, fez ezactamente a mesma pergunta, mas naquele sotaque tão engraçado de brasileiro: "O Colega trabalha em que hospital ?"

"Não sou seu colega Dr., sou Tripulânte de Ambulância."

Resposta que fez com que o próprio doente esboça-se um sorriso e houvessem uma s gargalhadas na urgência:

"Chiça, Hollywwod chegou á Póvoa, hem?"

Boa sorte para todos.
 

Lá por baer uns termos técnicos e os aplicar de forma mais ou menos correcta não faz de si enfermeiro ou médico sr. ricardo. A emergência pré-hospitalar fica mais bem servida com enfermeiros e médicos...tem q saber aceitar este facto.
 

O facto de os TAS, deixarem de trabalhar na vmer em Lisboa, como proximamente em Coimbra, não é mais do que o reflexo da evolução da emergência pré-hospitalar, em Portugal.
Naturalmente que não se coloca em questão aqui, a valor acrescentado que os TAS na altura representaram, mas como em tudo, a EPH, evoluiu para outros patamares,procurando atingir valores e objectivos,que antes não se colocavam, e para isso tornou-se necessário acrescentar mais conhecimentos numa viatura especificamente orientada para Suporte Avançado de Vida.
Actualmente, a classe profissional pelo que é, em termos profissionais, e pelo que se avizinha num futuro muito próximo,(a especialidade como "guia" orientador) que se adequa mais para o pré-hospitalar é de facto o enfermeiro.
Com a adequação da licenciatura de enfermagem ao processo de bolonha, vai surgir o enfermeiro especialista,que entre várias areas vai ter a de Emergência pré-hospitalar.
Foi sem duvida a classe profissional que mais trabalhou e mais investigou para o desenvolvimento do pré-hospitalar, pelo que neste momento é o enfermeiro que se mais bem posiciona para assumir a vertente pré-hospitalar em Portugal.
Julgo que estamos todos de acordo que o voluntariado por muito nobre que seja não satisfaz as reais necessidades deste País no que toca a EPH.Por outro lado decorreram 20 anos em que ninguem da area dos TAS procurou encontrar alternativa para criar uma classe profissional com devida formação de forma que surgisse algo em Portugal semelhante ao criado por exemplo nos EUA,( EMS/EMT), pelo que nestes anos assistiamos a um vazio legal em termos de formação, conhecimentos e/ou criação de uma classe profissional com a devida licenciatura para EPH.
Foram os enfermeiros através inicialmente da pós graduação em urgencia/emergencia que despoletaram a máquina que a partir deste ano vai começar a criar os primeiros enfermeiros especialistas em EPH.Num futuro próximo o Pré-Hospitalar estará totalmente profissionalizado maioritáriamente por enfermeiros, a bem da qualidade e da excelencia.
Espero que tambem num futuro próximo os Bombeiros possam fazer o mesmo criando estruturas profissionais na sua area de forma a criarmos uma rede eficaz de protecção civil em Portugal.
 

Ricardo sant´anna qual é o teu blog?

Ass. Ricardo ;)
 

Nesta guerra de quem é quem e o quê, em vez de perguntarem aos enfermeiros do que são capazes nas emergências, vão perguntar aos médicos, como donos da saúde e da doença, que julgam ser.
E médicos, como as pitonizas gregas emitem o seu horáculo que o mundo escuta e segue.
A falta de competência dos jornalistas que temos, no país que somos faz de caixa de ressonância destes horáculos e amplia a indefinição e a contradição.
Tudo somado: os enfermeiros são para estes horáculos os que nunca aprendem nem sabem nem fazem nem podem fazer.
Os outros são tudo isto e o mais que a Pítia possa imaginar.
 

O dia mais feliz do "Dr." Enfermeiro (uau! E em apenas 3 anitos, que prodígio!) e das suas focas:

-O dia das colocações na Faculdade!

Há testemunhos fidedignos que asseguram que o mesmo foi para casa a correr, as lágrimas a escorrerem-lhe pela face, e terá dito alto e bom som:
-Mamã, papá, consegui, entrei numa Faculdade (ou lá onde aprendem "enfermagem"...) de Enfermegem, a minha 1ª opção, o meu sonho de criança tornou-se realidade, vou ser Doutor, andar de helicóptero e de ambulância, vou ser Ministro da Saúde, Presidente da República, enfim, o céu é o limite, este é o dia mais feliz da minha vida!

...
Verdadeiro ou Falso?
lolll
 

Os tripulantes que faziam vmer de lisboa devem fazer comichão a muita gente,vejam só:
COM OS TRIPULANTES NOS ULTIMOS 2 ANOS TINHAM TIDO 1 ACIDENTE E 6 TURNOS INOP'S
COM OS ENFERMEIROS DESDE DIA 1 DE DEZEMBRO, JÁ FORAM 2 CARROS PARA O ESTALEIRO, DEMORAM ETERNIDADES A CHEGAR AOS LOCAIS
Aliás, fiquem sabendo que a vmer de lisboa agora quando sai com ambulancias da infante vai sempre atrás!!!! FIDA-SE
Isto nunca se viu.
Vejam la que nem atras eles chegam ao destino, pois na passada semana ao sair da infante D.Pedro a Ambulância passou e a vmer(coitada)(mais uma) bateu; pois é no cruzamento ao sair da base.
Assim tirem as vossas ilações.
Podem ser boas pessoas, optimos profissionais, mas para conduzir definitivamente não.
 

Pois em 1998 quando comecei a exercer funções na VMER de Gaia tanto nós tas como o pessoal medico fazíamos o curso de tripulante de VMER a qual era igual para todos...não vejo em que o pessoal de enfermagem venham fazer mais do que nós pois os protocolos continuam a ser os mesmos...enfim é tudo uma questão de estatutos , o que será melhor um tas com 20 anos de experiência de VMER ou um enfermeiro acabado de sair do forno..?? Fica a questão. Para terminar fica uma frase de uma colega de 20 anos e uma excelente profissional a dr° Maria José ...num PCR tudo que se faça é uma mais valia, pior do que cadáver nunca se fica.....