quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Como motivar os "profissionais de saúde"? (4 mil euros/mês não motiva ninguém...)


(Clicar na imagem para ampliar e ler)
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No seguimento dos últimos acontecimentos em Aveiro, e em entrevista ao Jornal O Aveiro, o Administrador do Hospital de Aveiro, Luís Delgado, referiu que é difícil "atrair um médico pagando-lhes 3000 ou 4000 euros se a pessoa ganha isso lá fora numa semana".
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E tão difícil recrutar médicos que, há dois anos, apesar da publicação de anúncios em Espanha, Brasil e Portugal, não houve interessados.
No entanto, neste momento, já têm candidatos porque "pagam salários decentes".
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Há bem pouco tempo, o hospital tentou recrutar médicos para as Urgências com um salário de 4 mil euros, mas, perante o elevado desinteresse dos médicos (que não entram na aventura dos rácios da OCDE!), a instituição subiu a parada de forma a motivá-los um pouco mais, desta feita para valores desconhecidos. Mesmo assim, os interessados não abundam.
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Os Enfermeiros, por sua vez, nem referenciados são nesta entrevista. Oferece-se pouco mais de 900 euros e aparecem aos milhares e sem necessidades de motivação. Não é necessário pagar exclusividades, pois, mesmo que desejem, os Enfermeiros já têm lugares disponíveis no privado. A existirem, são incrivelmente mal remunerados!
Segundo e-mails de alguns colegas da instituição, os médicos chegam a auferir salários dez vezes superiores ao dos Enfermeiros...
Fica aqui uma questão para a Ordem dos Enfermeiros e Sindicatos pensarem...

Comments:
ATIREM-ME ÁGUA FRIA, GELADA MESMO.
Caro colega doutorenfermeiro, assim o meu pobre coração não aguenta. Não moralidade que resista.
Que mais querem esses não-enfermeiros?
Que os enfermeiros ganhem possível ainda menos para que possam ganhar umas pequenas fortunas?
O meus deuses do olimpo, ouvi as minhas preces! Levai-os.
Tão pobres que são. Como hão-de sobreviver com 600 ou 800 contos por ...semana!!???
É melhor do que jogar na lotaria.
Que administradores de fibra.
Não, desculpem meus caros, mas isto tem de dar lambada.
 
São as leis da oferta e da procura.

Há que moralizar...


Teixeirinha
 
Estes tempos relembram-me a "caça às bruxas".
 
O problema base da enfermagem é que não tem o ACTO DE ENFERMAGEM definido, logo ninguém sabe o que fazemos ou deixámos de fazer.

Se fizermos uma leitura atenta do REPE, este implicitamente diz que tudo podemos fazer ou nada podemos fazer.

Tudo depende do "profissional se sentir preparado ou não para o fazer".... isto dá vontade de rir!!!

Eu até posso sentir-me preparado para pilotar um helicóptero, mas isso não faz de mim um piloto.

A Ordem dos enfermeiros, nomeadamente o seu representante máximo, a bastonária, construiu castelos sobre alicerces de ar.

Falam em padrões de qualidade quando existem técnicos de farmácia e mesmo farmacêuticos administrar

injectáveis, a fazer pensos, avaliar sinais vitais, etc. nas farmácias.

Falam em qualidade de cuidados, quando existem técnicos de laboratório a fazer colheitas de sangue.

Fisioterapeutas, a fazer nebulizações, aspiração de secreções e cinesiterapia.

Ajudantes de lar a fazer nebulizações, avaliar sinais vitais, a administrar injectáveis por via SC, IM, a fazer ENG e até caterismos vesicais.

Temos socorristas a nível dos hospitais militares e mesmo nos postos da GNR, também a fazer nebulizações, avaliar sinais vitais, a administrar injectáveis por via SC, IM, EV, soroterapia a fazer ENG e até caterismos vesicais.

E o que tem a Ordem dos Enfermeiros a dizer sobre tudo isto...

FALAM DE PADRÕES DE QUALIDADE!!!!!

O 2º e grande problema é o número excessivo de enfermeiros que estão a ser formados

de qualquer forma, feitio ou jeito, sem locais de estágio clínico, com cadeiras desadequadas à profissão de enfermagem.

Já só falta mesmo haver uma cadeira de Jardinagem...Uhm! já agora porque não uma cadeira de mecânica, pichelaria, electricista,pastelaria e porque não de culinária etc.

Desculpem-me, já me tinha esquecido que a cadeira de culinária já existe.

Bom enfermeiros cozinheiros, actores, etc. já temos graça à sua formação leccionada nas escolas de enfermagem

Assim os 33 000 enfermeiros que faltam já poderiam ter um emprego!!!!

O que interessa mesmo é alimentar as escolas de enfermagem.... e o resto que se lixe.

É isso mesmo lixo formativo a qualquer preço, desde que as "comadres" fiquem satisfeitas.

O que não entendo é como a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros não vê isto!!!

Não minha humilde opinião ou é cega ou é surda... ou então é simplesmente conivente com toda esta situação.

Todos sabemos que a bastonária é uma mulher muito ocupada, basta pensar em todo o trabalho que tem em enviar para cada um de nós

aquelas cartas a dizer que devemos as quotas do mês tal.

Vejam lá que a coitada nem tem tempo para dormir a sesta...

Também não faz mal, ela aproveita os programas da televisão para dormir a tal sesta...

e mergulhar num sonambulismo letárgico, onde a subserviência médica e falta dos tais 33.000 enfermeiros é a utopia do seu dia-a-dia decadente.

VIVA A BASTONÁRIA DA ORDEM DOS ENFERMEIROS- EMPRESA

IMOBILIÁRIA E RECONSTRUÇÕES LIMITADA!!!!
 
Tudo isso já foi comunicado à Ordem dos Enfermeiros EM 2005.

e o que é que ela fez????

NADA, ABSOLUTAMENTE NADA
 
Então não fez?

*dividiu uma classe

*fragilizou-a

*lutou por um patrimonio digno de inveja

*deixa outras as classes fazerem o que deveria ser nosso

*goza com a nossa cara em não nos defender em hasta publica

*....

¨tanto para dizer. mas iria passar o resto do dia.
 
A situação da enfermagem é péssima. Contudo se a Ordem luta-se por nós e não conseguisse era uma coisa, agora existir Ordem, mas não o é para coisa nenhuma apenas para receber quotas, mais valia ser extinta...
Continuam a decepar a enfermagem aos olhos de todos os enfermeiros, algumas boas machadadas vêm da própria Ordem, das escolas de enfermagem... O que me custa é que nenhuma instituição que representa os enfermeiros faz algo para bem da enfermagem.
A Bastonária sofre de diminuição de acuidade visual (não vê o naufrágio em que coloca a enfermagem), de acuidade auditiva (não ouve conselhos, nem sugestões) e de acuidade intelectual (não toma uma medida acertada a bem da enfermagem). Vamos combinar e ir a uma reunião da OE mostrar o nosso descontentamento...
OE que tristeza. O organismo que representa a maioria dos profissionais de saúde, estar em hibernação constante... Já que a OE não faz nada pela enfermagem, além de a explorar até não poder mais, temos de questionar o que podemos fazer pela enfermagem.
 
Não concordo decerta forma quando se diz "a OE nada
faz pela enfermagem,..."
Ao longo destes anos tem feito muito por um pequeno grupo profissional, o dos docentes.
Senão vejamos:
- As escolas proliferaram
- O Curso passou de 3 para 4 anos
- Os enfermeiros que tinham o curso geral, regressaram quase todos à escola para fazer mais um ano (enquanto os docentes, por amor à camisola faziam o "esforço" em horário "extraordinário" para enriquecer a formação dos colegas)

Aguardemos por novos desenvolvimentos, acredito que em breve conseguirão uma nova corrida às Especialidades.


Em suma:
HÁ QUE ALIMENTAR OS PREDADORES.
 
Felizmente para os médicos, têm em quem os representa alguém com visão, com capacidade para perceber que o que é necessário é manter a relação procura/oferta a seu favor!

Nós, devido ao nível académico que atingimos e ao papel fundamental que desempenhamos, também deveríamos auferir valores condizentes com essa importância e conhecimento! Acontece que as entidades que nos representam não viram o problema por esse prisma. Hoje, as Escolas de Enfermagem parecem cogumelos e associado a este factor começam a aparecer alunos de Enfermagem que a meu ver não demonstram um nível de conhecimento adequado ao ano em que se encontram!

Para nos conseguirmos impor com todo o respeito e valor que merecemos, temos de inverter esta situação. Não podemos formar tantas pessoas e qualquer intenção financeira inerente a este processo não pode ser superior aos interesses e direitos da nossa classe!

Já a excelência na nossa formação é um predicado que não pode ser descurado de maneira alguma! O enfermeiro é um elo vital na cadeia da saúde! Não podemos andar a brincar...

Cumps
 
mais...
Devem ser desenvolvidas iniciativas que visem a procura de novas competências:
- Clarificação legal sobre Acto de Enfermagem (actualização do REPE se assim quiserem);
- novas especialidades (acentes num modelo diferente e em pressupostos diferentes) viradas para as "Novas Oportunidades";
- alterações aos planos curriculares da Licenciatura em Enfermagem (mais práticas laboratoriais, mais/novas práticas de enfermagem multicontextual).
Fazer o que outros tão bem fazem. Se eles podem nos poderemos também (é uma questão de justiça).
Por aqui me fico, para já.
 
Se ha falta de médicos aumentem o número de vagas nas faculdades de medicina ou então criem mais faculdades dessas: falta uma no Algarve
 
Ainda em relação à notícia deste post:
- então não conseguem "arranjar" médicos em Espanha ou no Brasil???
Ai, ai ai, que está aqui qq coisa que não bate certo ("chegadinho" bate bem).

Meus Deus, como é que poderemos resolver este problema? Será preciso um MBA, ou uma pós-graduação, ou uma licenciatura para "descobrir" como colmatar esta falta destes profissionais??
 
" Lei dos vínculos, carreiras e remunerações publicada ontem em Diário da República."

" Prémios e progressões na função pública avançam, mas funcionários têm de esperar pela avaliação "

In Público

Os enfermeiros, desde sempre tiveram Avaliação do Desempenho...

No entanto, creio que os Incentivos serão para «distribuir», só pelo pessoal avaliado pelo SIADAP.
Será assim?
 
qual é o problema dos médicos? sempre a falar deles, sempre a queixarem-se que ganham mais, sempre a lamentarem-se que sao melhores...

Dor de cotovelO? É mt feio...


va la doutorenfermeiro, n censure este post, n tem linguagem obscena nem desrespeitosa e a verdade não ofende, só aleija um pouco
 
Errado meu caro anónimo da 1:12 PM.
Porque aqui, nem se trata de "rivalidades" entre profissões.
Trata-se de justiça, moral, ética e como não poderia deixar de ser, de lógica matemática.
Para que alguns ganhem 1000, têm outros que ganhar 100, ou então não ganham.
E isto é sintomático e típico de países terceiro "mundistas", meu caro.
O meu caro revê-se nesta situação?
 
O problema da enfermagem é internacional. do meu ponto e vista essa questao devia ser vista num congresso internacional a ser cobvocado pelo conselho internacional de enfermagem com delegados vindos de todos os paises do mundo para definir o acto de enfermagem uniforme para todos os paises.outo aspecto que se deve ter em cque de certa forma empobrece a classe no mundo é o aspecto da formacao a montante o que nao acontece nas outras classes, Esse é o meu contributo.
 
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