segunda-feira, março 31, 2008

O paradoxo "aquático" da profissão Enfermagem!

Um colega anónimo deixou o seguinte comentário. Simples, mas complexo. Objectivo, mas tão difícil de compreender por alguns. Directo, mas com uma mensagem que tarda em ser recepcionada. Leitura obrigatória:
a
"Ao longo dos anos os enfermeiros foram perdendo capacitação técnica e competências. As escolas incentivaram isso. A OE concorda.

Os enfermeiros professores das ESE sabem ensinar muito pouco, os alunos passam 4 anos a divagar sobre a problemática da enfermagem no mundo actual e a importância da higiene e blá blá blá...

Na actualidade e no tipo de sociedade em que vivemos, as pessoas contratam quem sabe fazer. No privado pagam mais a um fisioterapeuta ou a um terapeuta da fala do que a um enfermeiro... sabem porquê? Porque para os gestores privados esses técnicos geram mais dinheiro...e o trabalho das higienes (o apogeu da enfermagem, segundo os pseudoteóricos) é menos diferenciado. E de certa forma têm razão.

É trabalho diferenciado a supervisão e algumas higienes - agora todas?? Aproveitar a higiene para fazer umas mobilizações passivas? Contrata-se um fisioterapeuta que faz um programa de reabilitação...podia ser um enfermeiro? Podia. Onde estão os especialistas? Os enfermeiros passam o seu tempo a lavar doentes nas medicinas....para quê? Um professor de medicina ou mesmo de fisioterapia muitas vezes mantém a sua actividade profissional - opera doentes, reabilita, etc...Um professor de enfermagem devia fazer aquilo que apregoa - pegar num avental e ir a banhos....

Claro que nalguns casos os banhos deviam ser dado por pessoal mais qualificado (enfermeiro) agora em muitos casos, um auxiliar de enfermaria/AAM ou que quiserem chamar, sob supervisão de enfermeiros, e com alguma formação poderiam fazer. Assim era mais fácil ganhar mais, desempenhar funções mais diferenciadas, como por exemplo as mobilizações passivas...agora assim...epá o pessoal depois de um banho quer é dar o outro e o outro....é em série (tal AAM...) enfim...

Com a falta de médicos que existe no país os enfermeiros terem regredido funções é obra....e não é normal...Crescemos academicamente perdendo funções técnicas...O que interessa é o que se faz (agora se se é licenciado ou não...)!

Aliás, olhando para bolonha, para os outros países parece que regressámos ao Bacharel!!! Só que cá chamam licenciado! É mais chique...

Era muito bonito termos os doentes cuidados só por uma categoria de enfermeiros, licenciado, fazia-lhe a cama, dava comida, a higiene, tudo...mas em que país e em que mundo é que as pessoas vivem? Das duas uma ou se diminui o ordenado aos LICS enfermeiros ou se encontra outra categoria menos diferenciada de enfermeiros para os mais diferenciados ganharem mais...simples, ou talvez não..."
a
Escusado seria dizer que concordo em absoluto.

Comments:
Muito bonito sem sombra de duvida mas o que acontece aos enfermeiros que dão banhos... ... se deixarem de o fazer? e vão fazer o quê?
Claro que é uma sintese interessante, mas não aponta caminhos e a enfermagem descrita é a grande maioria, sem fim à vista...
Mas a mudança só acontecerá se a enfermagem se unir e encontrar um rumo a seguir.
 
É uma pura constatação da realidade. Para inverter o rumo é preciso saber que vamos mal!
Claro que há saídas,o grande problema é que a quantidade de enfermeiros que estão a sair complica muito a solução do problema, as soluções podem gerar mais desemprego, é um facto...
Concordo em absoluto com a análise feita no post.
 
Se nos preocupássemos em fazer tudo o que nos compete e para o qual obtivemos ou fomos obtendo formação, e nos concentrássemos em prestar os cuidados com a qualidade exigida, com o tempo necessário, talvez as falhas fossem mais evidentes e os campos de actuação, assim como a regulamentação dos que já fazemos (os mais diferenciados) talvez o mundo da Enfermagem fosse muito melhor...

Deixo um exemplo prático...

E nisto rendo-me à maior inteligência dos médicos neste capítulo. Porque é que o enfermeiro num qualquer serviço não se preocupa mais com os cuidados de Enfermagem( em colher a história e o resto do blá blá blá do Processo de enfermagem) para que lhes dê mais visibilidade e a sua importância fique evidenciada e se preocupa mais em cumprir as prescrições médicas? Porque tenta o enfermeiro "desdobrar-se" em 2 para que os cuidados essencias( e não só como por ex. os cuidados de higiene a doentes cuja presença física do enfermeiro não é requerida) fiquem prestados.
Acaso um médico deixa de seguir todos os passos para que o seu atendimento ao utente seja o melhor possível, independentemente de existirem mais 50 doentes à espera? Mas ao menos esse utente vai dizer, ao menos fui atendido com qualidade, enquanto que o pensamento geral do enfermeiro vai no sentido de proporcionar o máximo de cuidados ao máximo de indivíduos.

Na realidade e face às habituais conjunturas dos serviços é o enfermeiro que vai segurando as pontas, como se costuma dizer, com esta forma de ver o problema pois permite que não aconteça um descalabro, mas a que custos para a visibilidade e qualidade apercebida do nosso desempenho junto do utente?
 
O que é que se ensina muitas vezes aos alunos de enfermagem em estágio? A despachar trabalho!
Comentário habitual entre enfermeiros orientadores de estágio: o meu é desenrascado. O meu é despachadinho. Entre outros comentários pouco dignificantes de trabalho mais diferenciado!
Relegam para segundo plano os conhecimentos cientificos, as competências técnicas, entre outros aspectos que presumo sejam de maior relevância do que o ser despachado e acabar as higienes a tempo. Este é também um dos problemas e é uma questão de mentalidade de muitos enfermeiros.
Em relação aos ajudantes de enfermagem e ao seu fim: foi uma má opção dos enfermeiros desse tempo quando pensaram que tinhamos muito a ganhar em existir só um nível de enfermagem. Portugal só tem um nível, todos os restantes países tem dois ou mais e com diferentes formações. Talvez sejamos os únicos com razão, ou talvez todos os outros tenham razão e nós é que não! Quizemos inventar!
 
os enfermeiros preocupam-se mais com as prescrições médicas porque é mais facil. Seria mais dificil exercer a sua autonomia profissional porque exigiria mais responsabilidade e mais destreza intelectual; duas coisa que parece os enfermeiros não gostarem: responsabiludade e exercicio intelectual
 
Quando pairou no ar a possibilidade de formação de Auxiliares de Enfermagem em Portugal, a reacção dos
enfermeiros foi assumidamente contra a existência dos referidos técnicos.
Sinceramente, nunca percebi a postura na altura!
Acho que perdemos uma oportunidade estar calados!
Bastava olhar para os nossos vizinhos.
Mas nós, como queremos ser muitos...
É uma questão de opção, ou somos menor numero, mais diferenciados e osufruimos de um melhor salário, ou por outro lado, somos muitos, menos diferenciados, e obviamento ganhamos menos
 
Eu sou aluno de Bolonha e a minha licenciatura é de 4 anos e o mestrado terá a duração de 2 anos.E quando acabar o curso vou emigrar...por isso não se preocupem!

Os enfermeiros não deviam delegar as suas função aos auxiliares porque como aluno tenho assistido como os auxiliares se dirigem aos doentes e dão banho aos doentes, eu nem meu inimigo desejava uma coisa dessas,principalmente no caso dos doentes acamados.Estas pessoas a que chamam de auxiliares, principalmente os mais novos, aparecem com as cunhas e pelo o centro de emprego, sem formação nem educação para trabalharem de auxiliares.Os mais velhos têm muita experiência mas nenhum conhecimento.
Esta semana vi 2 "auxiliares a dar de comer a um doente (1 a enfiar uma colher até à garganta e a outra a berrar aos ouvidos do doente)", com tantos alunos de enfermagem nos hospitais...que fazem de tudo com dedicação, com competência, em certos locais... os auxiliares andam felizes da vida.
Eu gostava de ver a pagar um ordenado aos alunos de enfermagem e menos "vadiagem" por parte de certos auxiliares nos hospitais.
 
Toca tudo a tirar o mestrado e não deixem os auxiliares fazerem o vosso trabalho!
 
Com tantos alunos de enfermagem os auxiliares deveriam ser afastados o mais possível do doente.
 
Senhores anónimos:
Decreto Lei nº231/92, de 21 de Outubro,AnexoII:
"1-Ao Auxiliar de Acção Médica compete, em especial:
a)Colaborar, sob supervisão técnica, na prestação de cuidados de higiene e conforto aos doentes;
Sabem interpretar a palavra "colaborar"?
e "sob supervisão técnica"?
Quantas vezes os A.A.M.se têm que "desenrrascar" sózinhos com 12, 19 ou até 22 doentes que os senhores acham que têm de ir ao chuveiro tomar banho? A colaboração e a supervisão técnica quantas vezes fica "esquecida" nas "salas de trabalho"? E se vamos falar de alimentar os doentes, muitas vezes à pressa...pudera, dois auxiliares a braços com 6 ou 7...doentes e com pouco tempo para tanta colher...não há que pensar muito e concluir que se os A.A.M. contassem com mais "colaboração" dos senhores enfermeiros licenciados, o serviço prestado ao doente teria outra qualidade.
E não desejem que os Auxiliares de Acção Médica desapareçam dos hospitais...porque eles são também elementos necessários para um melhor e eficiente serviço de enfermagem e do bom funcionamento dos hospitais.
Claro que reconhecemos as falhas e que nem sempre somos todos excelentes. Mas o importante é melhorar 1% (no mínimo)todos os meses e chegar ao fim do ano bem melhor.É uma percentagem pequena, muito pequena por sinal. Mas essa pequena melhoria irá fazer uma grande diferença no final do ano.
Estamos na mesma equipa e todos trabalhamos para melhorar a saúde do doente. A colaboração de todos vai fazer-nos mais realizados e felizes.
 
Qual é a base científica de um enfermeiro "dar os banhos na cama" e o auxiliar "dar no chuveiro"?
 
Colegas, virem a pistola para cima para não darem tiros nos pés.
Um dos problemas sérios que a Enfermagem tem e que vai ter de ir resolvendo é: quem ensina não pratica; quem exercita não ensina!
Onde é que já ouvi isto?
Por aqui passa uma boa parte do nosso caminhar tipo caranguejo. De cedência em cedência, a falta de demonstração prática por parte dos professores de Enfermagem retira-lhes a necessária autoridade e o ensino vai caindo cada vez mais num ensino livresco. Ora isto é grave numa profissão onde o saber é do tipo do "saber fazer".
Não sei se já ouviram dizer que a Enfermagem é uma Arte nobre. Ora o artista é aquele que de um calhau consegue arrancar uma imagem de um santo, que se pode pôr num altar (Padre António Vieira).
O artista é aquele que consegue extarir da folha branca do papel, tudo aquilo que ela contem.
O Artista em Enfermagem é aquele que num simples banho, deitado ou de pé ou de cócoras, consegue dar alguns momentos de alívio a um doente de um modo que mais ninguém sabe dar.
Estar a meter auxiliares nisto é o mesmo que não entender o que é pessoal da prestação de cuidados e pessoal de apoio nessa prestação.
O lugar do Enfermeiro é junto do doente a fazer Enfermagem.
Se não não tem esta arte, dispa a bata e vá para trolha, pois já ganha 28 mil reis e ainda tem direito à tigela do caldo.
Como é que um enfermeiro pode descrever o estado da pele do doente se manda o auxiliar dar banho ao mesmo?
Ou será que o Aux. também sabe de peles?
E voltamos ao princípio porque a causa está nas origens e é sempre a mesma.
Porque os professores não quiseram entender a dignidade das normas de fazer a cama com e sem doente; de dar banho, na cama ou fora dela, porque tinham de se expor, os alunos já não captam a essência da higiene e conforto.
E assim por diante.
Mas isto tem de mudar, colegas!
Hoje já somos suficientes para não deixarmos os doentes por mãos alheias.
Quem não gostar da Enfermagem tal como a herdamos, não tem de estar a inventar, pois não há ambivalência. Ou se gosta ou não se gosta.
Ora a Enfermagem, para quem não goste dela é muito castigadora.
Gardingo
 
caro Gardingo e interveniente josnumar : De facto a qualidade de um cuidado de higiene prestado por um enfermeiro tem outra qualidade, mas tais cuidados não são exigidos a todos os doentes/utentes pelo que se poderá justificar em muitas situações a delegação de funções em AAM COMPETENTES, o que não será obviamente o caso de todos os auxiliares nem tal será em todas as situações, mas a supervisão técnica implica saber em quem estamos a delegar e o que estamos a delegar.

Falo, com conhecimento de causa que os cuidados de higiene no leito têm necessariamente de ter a colaboração directa ou indirecta do enfermeiro, pois este possui o real lote de conhecimentos que permite tornar tão evidente a diferença entre saber o que se está a fazer e não saber o que se está a fazer, o que não implica que todos os doentes alectoados necessitem da colabaroção directa do enfermeiro.

Quanto ao momento de observação da pele, se o objectivo é mesmo esse poderia ser feita noutras ocasiões se assim necessário, aliás não é o que se faz cada vez que alterna o decúbito do doente?

Não se trata de abandonar nenhuma prática (cuidados de higiene e conforto) mas apenas de direccioná-la e aperfeiçoá-la para aqueles que efectivamente precisam e dessa maneira poder despender mais tempo/qualidade com esses mesmos.

Ainda para o interveniente josnumar, não se queixa dos outros intervenientes na saúde do utente/doente? Acaso o enfermeiro é o principal responsável pelo que de mal acontece? Então também o assim deverá ser reconhecido quando as coisas correm bem, mas nesse caso os louros fogem é isso?
 
Eu sou aluno da Licenciatura Enfermagem e faço os cuidados de higiene e conforto ao um doente sozinho. Sendo tudo realizado de forma meticulosa tendo em conta todos os princípios éticos e da bioética.


Mas fico agoniada quando vejo duas auxiliares a dar o banho a um doente, sem o mínimo de respeito pela dignidade e privacidade do doente.

Nem ao meu cão dou assim banho!

No serviço em que estou, os doentes não gostam das auxiliares e quando encontram um aluno ou um enfermeiro que lhes dê um pouco de atenção e converse com eles um bocadinho ficam logo com outra disposição.

É importante não esquecer que o doente internado se sente despojado da sua identidade e precisa sobretudo da escuta, da empatia e da Relação de Ajuda, que só os enfermeiros têm preparação para oferecer aos seus doentes.

Não sei como é que os enfermeiros conseguem supervisionar o trabalho de pessoas sem formação e tão insubordinadas.Algumas são mesmo malcriadas, principalmente as auxiliares jovens, que parecem umas azeiteiras maldispostas,até gozam com os doentes.Que falta de profissionalismo!

Por este motivo sou defensora do reaparecimento dos auxiliares de enfermagem à semelhança dos outros países e pela segurança e defesa do doente.

O centro de emprego contrata pessoal à "sorte" que primeiro passa apenas pela limpeza,sobem de categoria,para auxiliares...e derrepente sem a mínima preparação, estão a trabalhar ao lado dos enfermeiros e dos seus doentes.

E depois é só assistir aos auxiliares a fazer disparates...não lavam as mãos,de nem uma máscara protecção saber colocar e ainda mandar bocas, aos alunos como se fossem os mestres da sabedoria, só porque um aluno não conhece o serviço.
 
Para mim colocar um auxiliar de acção médica a realizar cuidados a um doente é como colocar uma auxiliar de acção educativa a dar uma aula na escola.

Por onde tenho andado existem muitos auxiliares no paleio, passam o dia a cochichar... e um enfermeiro sem mãos a medir, para mais de 10 doentes, mais a família de cada doente para prestar esclarecimentos, registos e etc...
 
Meus caros,
talvez seja pelas atitudes destes "profissionais" de enfermagem e auxiliares médicos que as coisas estão como estão e não deveriam estar. Todos temos colegas bons e menos bons.
Num baralho de 40 cartas, só encontramos 4 ases. Mas quando jogamos uma suecada, necessitamos das outras 36 cartas para jogar e com elas ganhar ou perder.
O nosso objectivo, como profissionais de saúde e integrados numa equipa multidisciplinar(com várias "cartas") necessitamos do contributo de todos os elementos para obter êxitos, vitórias, recompensas e ganhar forças e motivação para melhorar a saúde e a vida de quem de nós necessita.
Enfermeiros e Auxiliares são elementos do mesmo baralho. Cada profissional deve fazer o que tem a fazer e se algumas tarefas forem feitas com a colaboração de ambos, toda a equipa beneficiará com esse desempenho.
Quanto a atitudes e maneiras de relacionamento com os doentes, acontece como com o baralho de cartas, há vários tipos de cartas e cada uma com o seu valor. O nosso trabalho,o nosso esforço deve ser orientado para que todos alcancemos a vitória neste jogo da Vida.
 
Caro Magistral estratega:
"os cuidados de higiene no leito têm necessariamente de ter a colaboração directa ou indirecta do enfermeiro"
Lamento mas discordo em absoluto! Há cuidados de higiene no chuveiro que deviam ser executados por enfermeiros e cuidados de higiene no leito que podem perfeitamente ser implementados por AAM COM FORMAÇÃO. A metodologia do banho no chuveiro ser para AAM e no leito para enfermeiros é um completo disparate e é uma metodologia de trabalho completamente cega! Nem sempre o doente que necessita de cuidados de higiene no leito necessita de cuidados diferenciados...quer exemplos?
 
Caro anónimo das 10:01, sabe o que é colaboração indirecta?

Ou também quer exemplos?
 
Caro Magistral Estratega:

Nos serviços onde as AAM prestam cuidados de higiene, Os exemplos que conheço são:
Se o doente vai ao chuveiro é para AAM, se é na cama é para o enfermeiro...
 
Pois olhe em muito serviços que eu conheço o enfermeiro também presta cuidados de higiene no chuveiro...

Mas não é essa a questão... O enfermeiro é que deve avaliar se a sua presença é requerida durante todo o tempo dos cuidados de higiene ou não, sendo no leito ou não.
 
Caro Magistral Estratega:

Concordo em absoluto com o segundo parágrafo.
 
O diálogo leva ao esclarecimento.
Os doentes necessitam dos cuidados de enfermagem e de profissionais competentes para beneficiar desses cuidados.
Em Portugal, nos hospitais públicos, particularmente, nos Serviços de Internamento de Medicina, as equipas multidisciplinares não têm mãos a medir. As manhãs são sempre iniciadas com as higienes no leito, no chuveiro, exames médicos, rx, tac's...todos trabalham. Mas, muitas vezes, mesmo muitas vezes, são os AAM que são mais sobrecarregados. Os banhos dos doentes no chuveiro são quase sempre "obrigatórios" e às vezes eu não desejaria "ser" doente internado. Não é só o AAM que grita com o doente. Os enfermeiros são ditadores e muitas vezes a vontade do enfermo não é respeitada. O importante não é a qualidade e a humanização dos cuidados de enfermagem ou cuidados de higiene. Tanto para enfermeiros e AAM, é urgente terminar as higienes depressa. Os AAM porque têm outras tarefas a desempenhar, como ir recolher as roupas e fazer as camas com lençóis limpos, recolher os lixos dos sacos e do chão das enfermarias para depois limpar o chão a correr porque o tempo não pára e a hora das visitas aproxima-se. Mas, enquanto os AAM se desmultiplicam, a equipa de enfermagem também não perde tempo demasiado nas higienes e cuidados aos doentes, especialmente, aos acamados e muito dependentes. E não dá para demorar muito porque têm as notas para escrever, conversas para pôr em dia e alguns aproveitam para "treinar" o joguinho na net ou trocando mensagens no msn, rezando para que entretanto não toque a campaínha da enfermaria. E se o sossego se prolongar, só se levantam na altura de administrar a sonda, porque os AAM e familiares(quando estão)que trabalhem...e assim vão os cuidados de saúde nos hospitais.
O trabalho em equipa é vantajoso e as vitórias são mais saborosas quando todos os elementos contribuem para isso.
 
O seu serviço ... josnumar... deve ser ímpar em Portugal, mas não vamos continuar por aí que já reparei que isto é mesmo uma provocação para baixar o nível (dizer que os AAM fazem o trabalho todo enquanto os enfermeiros estão sentados).

Repare numa coisa. O trabalho que faz por acaso não lhe é devido ou anda a fazer "coisas" que não são da sua competência e depois não lhe sobra tempo para as suas actividades (anda a assumir papel de enfermeiro nalgumas situações?)?

Ou realmente o trabalho que faz é o que lhe compete e acha que por os enfermeiros estarem sentados têm a obrigação de os ajudar?

Acaso pede ajuda a um médico para colocar uma aparadeira/arrastadeira?

Acaso pede a um assistente social para pedir Às visitas para saírem da unidade do utente?

Acaso pede ajuda a um fisioterapeuta para ajudar a colocar mais um cobertor na cama de um doente?

Acaso pede à dietista para ajudar a alimentar um utente que necessite apenas da sua colaboração (como AAM)?

Ou pensa que por trabalhar ou passar mais tempo próximo dos enfermeiros eles têm de partilhar as "tarefas" consigo uma vez que os "ajuda" também? É que caso não saiba a esmagadora maioria das suas tarefas são as que o enfermeiro delega em si, e não esquecendo que ele é seu superior hierárquico ele é que tem que assumir essa responsabilidade (delegada em si ou não) por isso se algo correr mal é responsabilidade dele, e não sua, por isso não se preocupe com isso que os enfermeiros já têm muito com que se preocupar, além de que não lhe reconheço nem competência nem conhecimentos para julgar ou avaliar o trabalho do enfermeiro, nem as prioridades que um enfermeiro tem. Portanto remeta-se às discussões dos seus assuntos e não tente meter aqui uma acendalha para despoletar trocas de comentários menos dignos.

Tenho dito
 
Caramba o coisa está feia aí pra voces em Portugal hein, nem no Brasil um país dito em desenvolvimento, se vê tal situação no "mundo da enfermagem".


Sorte ai para vcs.
 
E EM VEZ DE ANDAREM A DISCUTIR QUEM FAZ O QUÊ PK NÃO COLABORAREM? PARECE KUASE IMPOSSIVEL EU SEI .... MAS VA MOS LA SER HONESTOS E AGIR COMO UMA EQUIPE. AOS SRS AUX. TENHAM PACIENCIA E FAÇAM O TRABALHO BEM FEITO S NAO FOR DE VOSSA COMPETENCIA BATAM O PÉ E NAO O FAÇAM VAMOS LA SER MODESTOS NAO CUSTA NADA DAR UMA MÃO AOS ENFERMEIROS ... AOS SRS ENF VAMOS LA A RESPEITAR ESTA CLASSE DE TRABALHADORES QUE SE XAMAM AUXILIARES NAO ESCRAVOS OK?E LEMBREM SE K Á CERTAS TAREFAS K EU SEI SÃO SIMPLES MAS ÃO DE VOSSA COMPETENCIA FAÇAM NA. DEIXEM A CONVERSA PRA VOSSA HORA E EXECUTEM AS VOSAS FUNÇOES....
ATE SEMPRE ABC A TDS
 
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