segunda-feira, abril 28, 2008

18.3 chega?


Para que saibam sem pudores ou para que não haja intenções em ocultar isto aos Enfermeiros...
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Rácio médio de Enfermeiros da OCDE - 8.1 Enf/1000 habitantes (estão englobados neste cálculo os auxiliares de Enfermagem que os vários países dispõem, o que sobrestima os resultados...)
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Rácio médio de Enfermeiros no Porto (por exemplo) - 18.3 Enf./1000 habitantes (Fonte: Instituto Nacional de Estatística). Aqui, os valores concernem pura e simplesmente a Enfermeiros diplomados (licenciados)! Não há ilusões!
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Notem: o desemprego, em Portugal, começou depois de se ter ultrapassado a barreira dos 5.0 Enf/1000 hab!!
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Algumas Escolas de Enfermagem (Privadas) já começaram a anunciar nos seu sites (quanta celeridade!) as respectivas vagas inerentes à candidatura 2008/09. São muitas vagas. Mesmo muitas.
A questão final é: quem vai "rebentar" primeiro? O "ovo" ou a "galinha"?

Comments:
Fiquei impressionada...
 
Não fiquei impressionado!
Assunto mais que debatido neste Blog,
só que agora temos numeros.
 
Fico revoltado.
como é possivel interesses minoritários representados
por um pequeno grupo
"destruam" toda uma classe profissional de forma tão permissiva?
Mas afinal. o que se passa com os Enfermeiros? Não reagem?
Eu não pactuo com esta politica de formação, e recuso-me a orientar alunos no meu serviço.
 
Escolas privadas também têm de ter aprovação do ministerio para abrir cursos e aumentar vagas, as coisas não são feitas à toa.
E sinceramente, em termos de vagas, temos escolas publicas com numeros absurdos em vagas e com parcas condições de ensino.
 
Se todos não orientassem alunos, quando não existem mínimas condições para tantos alunos por estágio, metade do problema estaria resolvido.
Mas a OE, alegremente sorrindo às rémoras escondidas nas Escolas de Enfermagem, vai mergulhando a enfermagem no lodo asfixiante do inadmissível...
Desassossego
 
Uma das formas de "envenenar" esta ordem é DEIXAR DE PAGAR AS QUOTAS.

Eu já o faço.

Talvez os parasitas que por lá andam, ao ver o "alimento" diminuir debandem para outras vizinhanças!!!!

NEL.
 
Já há muito se sabe que esta OE tem sem margem para dúvida muita gente incompetente.
Juntando esse facto inquestionável, á falta de imagem institucional da Sra. Bastonária que está longe de nos fazer representar sem esquecer os fortes idealismos comunistas, só podemos de facto ter um resultado bombástico. Desta feita bem visível para que todos possam ver. Muito sério e muito preocupante, consequência da políticas dos últimos 4 anos. Deveriam ter sido responsabilizados por este estado de coisas.
Tudo tem sido dito, tudo está visível... mas os Enfermeiros não se mobilizam efectivamente. Logo, tudo isto irá continuar e do outro lado continuaremos sempre a ouvi-los a argumentar sobre as suas inquestionáveis qualidades. Qualidades essas que nos empurram para um abismo acompanhados de um silêncio insurdecedor incapaz de por termo a este estado caótico em que nos encontramos enquanto profissão.
 
Se calhar a ideia de fazer greve à formação de alunos até era capaz de resultar... ou eles não vinham para as instituições ou então vinham os professores que são pagos para isso fazer o respectivo trabalho... por outro lado, se eles já saem das escolas tão mal formados, se nós não fizermos a nossa parte é a desgraça total...

Paula
 
É impressionante.. Não há condições.. ninguem faz nada???
 
Leiam a entrevista do Presidente do Conselho Regional do Centro ontem publicada em Coimbra no jornal "As Beiras"
 
Meus caros, até quando a serventia dos enfermeiros aos médicos?

Até quando estão dispostos a tolerar a escravidão maquilhada de complementaridade?

A mudança só é possível pela REVOLUÇÃO!!!

Está na hora de depor esses estupores gulosos e exploradores!!!

HASTA LA VITORIA SIEMPRE!!!

VIVA LA REVOLUCIÓN!!!
 
Devíamos divulgar na comunicação social estes números para desenganar aqueles que pensam ingressar num curso de enfermagem com o fito de emprego fácil!
 
Por mim, greve à orientação de alunos, e depois que venham os sanguessugas para os campos de Estágio!
 
Isto é uma pançada de verborreia...
1 - Sr DoutorEnf, onde está a evidência cientifica ... as fontes ...país a país ...das Ordens/Associações locais...de que nos cálculos dos outros países entram aquilo a que chama auxiliares de enfermagem? Gostava que me ajudasse porque não encontro.
2 - Tem algum estudo cientifico feito sobre as necessidades em cuidados de enfermagem da população portuguesa? e de necessidades prospectivas ...epidemiologia, envelhecimento...prob ambientais...etc? das necessidades em enfermeiros das instituições que compõe o dispositivo do Sistema de Saúde, caso tivessem dotações seguras? Gostava que o divulgasse.
3 - Deve saber que durante 7/8 anos, em Espanha,na década de 90, faltavam 100 000 (cem mil enf) e a espanha tinha milhares de enf no desemprego e exportava para toda a europa (incluindo portugal)...hoje, absorveu tudo, regressaram os emigrantes (veja em portugal) e recruta portugueses...Que se saiba não abriram centenas de instituições. Porque será?
4 - Não explore o justo e objectivo sentimento de insatisfação dos colegas ...não direccione a responsabilidade para dentro (enf, esc, oe, sind), levando toda a gente a desancar nos colegas, mas sim para o foco:
A - Contenção nas admissões por parte das instituições ...para controle do déficit público ...equilibrio orçamental (O QUE FAZER PARA EXIGIR MAIS ADMISSÕES?...cada um, por serviço, por institui~ção ...já leram lei VCRemunerações)
B - Interesse politico (Gov--»MEduc) em saturar o mercado de trabalho --» mão de obra barata e dócil, muito necessária ao desenvolvimento do Sector Privado (O QUE FAZER PARA REGULAR OS MERCADOS:formativo/emprego? O Modelo Desenvolv Profiss da OE é um instrumento pra isso)
A todos os colegas: se vocês constituirem uma empresa e reunirem os requisitos legais (instalações, corpo docente, etc)para abrir uma escola de enfermagem, tem sido sempre autorizada (Gov/Med). Abrem 200 vagas, tem sido sempre autorizado (Gov/MEd). A OE só é legalmente obrigada a emitir parecer ...que nem é vinculativo ...um parecer negativo da OE (que já aconteceu como sabem ...se vão às AG ou lêm os doc) não determina o encerramento do estabelecimento ou do curso.
Nota: não sou nem fui dirigente da OE ...mas consigo perceber a natureza do problema, o foco, e qual o adversário a combater...
abraço
 
Quem vai rebentar vamos ser nós, enfermeiros...
 
"Sr DoutorEnf, onde está a evidência cientifica ... as fontes ...país a país ...das Ordens/Associações locais...de que nos cálculos dos outros países entram aquilo a que chama auxiliares de enfermagem? Gostava que me ajudasse porque não encontro."

A resposta: "http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2007/10/paradoxo-finalmente-resolvido.html"


"3 - Deve saber que durante 7/8 anos, em Espanha,na década de 90, faltavam 100 000 (cem mil enf) e a espanha tinha milhares de enf no desemprego e exportava para toda a europa (incluindo portugal)...hoje, absorveu tudo, regressaram os emigrantes (veja em portugal) e recruta portugueses...Que se saiba não abriram centenas de instituições. Porque será?"

Tal facto deve-se, por um lado, à emigração de dezenas de milhares de Enfermeiros espanhóis, à redução das vagas nas instituições de ensino, ao abandono da profissão (embora, proporcionalmente, tenha um "peso" inferior aos outros factores) e ao aumento das grandes cadeias de saúde privadas.


"Tem algum estudo cientifico feito sobre as necessidades em cuidados de enfermagem da população portuguesa?"

Permita-me dizer-lhe que esse tipo de perspectiva é falaciosa e é, em parte, responsável pelo actual estado da profissão. Nenhuma outra classe se preocupa tanto com rácios como a Enfermagem.
Se fosse por mim, acredite que o rácio seria de 1 enf/2 hab. Mas tal não é possível, nem social nem economicamente. Depois, temos de nos adaptar ao mercado, e como não são os enfermeiros que mandam no mercado, temos de nos conformar que, afinal de contas, é o mercado que manda em nós... e se o mercado não absorve...
Experimente "sovar" os Conselhos de Administração das instituição de saúde, pode ser que resulte...
Não venha com a estratégia que diz que "não há excesso de enfermeiros, há é emprego a menos" (http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2008/02/lgica-da-batata.html)...
 
Permita-me acrescentar que apesar do rácio actual de Enfermeiros em Portugal estar a chegar perto dos 6,o enf./1000 hab, a população activa de Enfermeiros pouco aumentou. Ou seja, teoricamente vamos a caminho de um rácio mais elevado, na prática, continuam a trabalhar quase os mesmos...

O cultura das dotações seguras projecta-se de outra forma: primeiro, iniciam-se negociações políticas com a tutela dentro do quadro sócio-profissional (para acordar as necessidades), em seguida repensa-se a matriz de cuidados, no final é que se formam os profissionais necessários...
É um processo moroso? É o preço da qualidade e segurança!

Ou o amigo primeiro compra os tijolos, e só depois pensa que tipo de casa deseja e se precisa de tijolos ou não?
Lógico que não. Primeiro planeia, projecta e só depois concebe... gerindo bem os recusos.
 
Os enfermeiros também interagem com a sociedade à qual pertencem e como tal devem adaptar-se às suas regras. Como vivemos numa sociedade de mercado (Oferta vs procura), sem grande regulação estatal, temos que nos adaptar...
Eu não sou um defensor de uma mercado completamente livre e desregulado. Mas é esta a nossa actual realidade...
Mas mesmo com uma presença forte do estado na saúde seria um erro se o estado não gerisse bem o dinheiro que gasta na saúde, é preciso gerir bem as necessidades e a rentabilidade dos recursos que tem...
Os "enfermeiros" pensam pouco nisso!!! E deixam-se levar ...

FILIPE
 
Pelo que referi acima concordo plenamente com a seguinte frase do DE:

"Ou o amigo primeiro compra os tijolos, e só depois pensa que tipo de casa deseja e se precisa de tijolos ou não?
Lógico que não. Primeiro planeia, projecta e só depois concebe... gerindo bem os recursos."
 
Não podia estar mais de acordo. Isto mesmo! Mais uma vez estou de acordo com DE. Infelizmente a OE, e outras organizações com responsabilidades nos desígnios futuros da profissão de enfermagem, seguem exactamente uma estratégia oposta. Falta de visão para a profissão, falta de uma estratégia clara com um planeamento sério a médio e alongo prazo e uma profunda falta de ambição são as razões e incapacidades apontadas para este profundo insucesso da enfermagem em portugal. Devemos juntar a todos estes factores a incapacidade da Sra. Bastonária em representar e se fazer representar institucionalmente e políticamente junto dos órgãos de poder. Ninguém (ou poucos) lhe liga do ponto de vista da sua representatividade. Não é representativa nem se sabe fazer representar. Ainda por cima a sua pessoa estará sempre associada a bandeira do Partido Comunista (mesmo que continuem a dizer que não) pois esteve à frente de uma organização sindical associada à CGTP 20 anos. É muito tempo para agora vir tentar descartar-se ou apagar esse passado. O poder político e institucional não se esquece do seu passado e não lhe dão a relevância desejada, dado que o Partido Comunista, embora com assento parlamentar, não faz parte nem nunca fez dos órgãos de poder centrais. Logo, e com todo o respeito, ninguém lhe liga nenhuma.
Mas que fique claro que a responsabilidade desta actual situação na profissão de enfermagem também não morre solteira: sabemos também que os Enfermeiros se acomodaram e não querem saber da política para nada, tão certos que estão que a política não interfere em nada nas suas vidas. Segundo a minha perspectiva não podem estar mais errados. Mas aida vamos a tempo de alterar este estado de coisas. Basta efectivamente a maioria querer alterar a actual realidade.
 
Por acaso têm enviado mail com vosso contacto ao colega Dr.Enfº?

Eu já o fiz e aguardo novidades...


Saudações
 
Para "o enfermeiro":

O problema dos enfermeiros não está certamente em petencerem ao partido a) ou b).
O bastonário da OE deve ser uma pessoa com uma atitude independente face aos partidos políticos.
Não sou do partido comunista nem de qualquer outro, considero-me independente...e há pessoas com carisma em vários partidos!! Imagine uma Odete Santos , enfermeira e bastonária da Ordem, acha que não fazia valer a sua voz? Acha que a comunicação social não a respeitava?
O problema é mesmo de carisma e de personalidade...ou de falta de carisma ...ou... de personalidade desadequada. E atrevo-me a dizer de impreparação para o cargo, com uma clara dificuldade em se impor nos raros debates em que participa...
Essa do partido comunista, só se for na utopia de quererem os enfermeiros todos iguais!!! Sim, logo após o 25 de abril acabaram com os auxiliares de enfermagem...e passados todos estes anos, com a perda progressiva de competências para outros profissionais, caminhamos a passos largos para a igualdade plena: PASSAMOS TODOS A AUXILIARES.
Mas...esta é uma opinião quase solitária na enfermagem...se os enfermeiros fossem todos iguais nunca existiriam noutros países enfermeiros responsáveis pelos cuidados anestésicos dos doentes, pela prescrição e implementação de exames de rotina ou pela administração de determinados fármacos (são só alguns exemplos...).

FILIPE
 
Acho que estão mais enfermeiros com a 4ª classe e o 9º ano, já inválidos à espera da reforma, do que alunos com uma Licenciatura em Enfermagem.A enfermagem precisa de uma grande reciclagem em Portugal, para abandonar as mentalidades dos básicos para os actualizados.
 
É um desrespeito e um atentado á saude mental das pessoas, deveriamos pedir uma indeminização em tribunal Europeu contra a política exercida de animo leve e sem respeito a direitos fundamentais! Nós enfermeiros estamos a viver um retrocesso de anos. O desemprego obriga à saida do paísa (uma emigraçao forçada)os que ficam sujeitam-se a que lhes paguem 2.5 euros hora em hospitais privados,geridos por crapulas que se intitulam de gestores que não entendem nem sabem o que é ser enfermeiro! só querem saber de numeros e esquecem que ainda é com pessoas que trabalham! Dignidade é necessária.
 
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