quinta-feira, janeiro 29, 2009

Greve Nacional de Enfermeiros a 20 de Fevereiro!!



SINDICATOS DE ENFERMAGEM
fartos dos adiamentos sucessivos do Ministério da Saúde
anunciaram plano de lutas para os próximos meses!

Desde o inicio do processo negocial de alteração da Carreira de Enfermagem, cuja obrigação legal era estar concluído até Setembro de 2008, que se registam sucessivos adiamentos e o não cumprimento dos compromissos assumidos por parte do Ministério da Saúde.
Numa pequena retrospectiva:
1. A primeira contraproposta de princípios foi obtida em finais de Julho após duas manifestações;
2. A primeira reunião só se concretizou em finais de Agosto após pressão das Direcções dos Sindicatos;
3. A segunda reunião concretiza-se em Setembro mas só após a saída do pré-aviso de greve;
4. Na terceira reunião, já após a greve, o Ministério assume o compromisso de enviar a proposta de articulado;
5. A reunião agendada para a sua discussão é adiada por terem sido retiradas as competências delegadas no Secretário de Estado;
6. Todo o processo é adiado devido "à necessidade" de reorganização do gabinete da Ministra;
7. A 9/12 numa reunião, já com a Ministra, são agendadas duas reuniões - 29 de Dezembro e 9 de Janeiro;
8. Na reunião de 29/12, Ministério assume reformular a proposta e enviar até 6/1. NÃO CONCRETIZA;
9. Após contacto, Ministério reformula compromisso de remeter a Contraproposta a 11-12/1 e reagenda reunião negocial para 19/1 - NÃO CONCRETIZA NENHUM DOS COMPROMISSOS, colocando como hipótese a possibilidade de envio da contraproposta até ao final do mês em curso.
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No contexto destes adiamentos, tudo parece apontar para uma estratégia por parte do Ministério da Saúde/Governo para que os processos negociais das carreiras especiais do sector da saúde possam apenas acontecer após as eleições legislativas.
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Apenas a possibilidade deste cenário poder vir a acontecer demonstra a DESONESTIDADE INTELECTUAL deste Governo nos processos negociais, nomeadamente no âmbito da Administração Pública, quando impôs prazos para a concretização dos mesmos e estabeleceu outros (180 dias para as carreiras especiais) e não cumpre.
Tão pouco, a tentativa de argumentar com a complexidade destes processos negociais porque complexas são as carreiras, pode ser admitido.
Importa relembrar que foi este mesmo Governo que em 2005 determinou a necessidade de revisão das carreiras no âmbito da Administração Pública e criou um grupo de trabalho para o efeito, ou seja, desde o final de 2005 que o Governo tinha em seu poder as propostas globais de revisão das carreiras da administração pública e estava conhecedor da complexidade das carreiras, nomeadamente das carreiras especiais, razão pela qual divide as carreiras pelos graus de complexidade, I, II e III.
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Entretanto, entre reuniões inconclusivas e adiamentos, o Ministério da Saúde continua sem aceitar duas questões de princípio apresentadas pelos sindicatos:
1. Uma carreira que se aplique a todos os enfermeiros, independentemente do vínculo. Esta é uma matéria que apenas está dependente de uma decisão política e que dificilmente se compreende porque é protelada tendo em conta que um dos objectivos prosseguidos pelo Governo relativamente às recentes alterações introduzidas na Administração Pública foi a harmonização/aproximação com o sector privado. Ora estando esse processo concluído e a harmonização/aproximação concluída, qual ou quais as razões objectivas para o protelamento da decisão política, tanto mais que, independentemente do vínculo TODOS os enfermeiros têm as mesmas qualificações, têm o mesmo grau de exigência em termos das competências e têm como objectivo prestar cuidados de enfermagem.
2. Uma carreira com uma única categoria. Também esta reivindicação, enquadrada e sustentada pela Lei das Carreiras, Remunerações e Vínculos (negociada com este Governo) se torna cada vez mais incompreensível para os enfermeiros a sua, ainda não aceitação, por parte do Ministério da Saúde. Relembramos que é a própria Ministra da Saúde que afirma a necessidade da existência de carreiras atractivas que potenciem a permanência dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Ora se este é um efectivo objectivo do Ministério/Governo qual a dificuldade na tomada decisão?
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Finalmente, mas não menos importante, da proposta de articulado apresentada pelo Ministério da Saúde e que esteve em cima da mesa negocial até à reunião de 29 de Dezembro e que foi objecto de compromisso por parte da Ministra de apresentar nova proposta importa afirmar que:
1. O Ministério continua sem decidir politicamente sobre aquelas duas questões de principio ainda que não apresente argumentos credíveis para a sua manutenção.
2. Apresenta uma solução para os actuais enfermeiros chefes e supervisores que só pode ser analisada como injuriosa para a profissão e para os enfermeiros. O que está proposto pelo Ministério é a "descategorização" destes enfermeiros. Clarificando: os actuais enfermeiros que exercem funções na área de gestão - enfermeiro chefes e supervisores fizeram um percurso de reconhecimento ao longo da sua vida profissional que lhes permitiu ascender àquelas categorias. Para isso foi necessário fazerem uma especialidade numa área clínica de enfermagem e concorrerem a um concurso público de acesso à categoria; para a promoção a Enfermeiro Chefe, mais uma vez, estavam sujeitos à abertura de concurso, apresentação de currículo, discussão pública e, em muitos casos, avaliação de perfil psicológico; o mesmo processo é necessário para a promoção à categoria de Enfermeiro Supervisor.
Ou seja, aos enfermeiros que hoje estão no exercício das funções de gestão era imperativo um percurso de reconhecida complexidade e de sistemática aquisição de competências que lhes permite ser os efectivos gestores dos recursos humanos e materiais necessários à prossecução dos objectivos dos serviços de saúde. Podemos mesmo afirmar que estes enfermeiros têm tido e vão continuar a ter um papel preponderante na cadeira de produção do bem "cuidados de saúde" representando um efectivo valor acrescentado. Com a sua proposta o Ministério retira-os do exercício das suas funções, coloca-os numa categoria onde propõe que estejam os prestadores de cuidados e encara as portas para, no imediato, possam vir a estar enstes lugares de gestão enfermeiros ou outros profissionais da sua confiança, sem estabilidade e sem uma diferenciação remuneratória compatível com a responsabilidade que lhes é exigida.
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Analisando tudo isto, os 4 Sindicatos de Enfermagem reunidos hoje, dia 29 de Janeiro, em Lisboa decidiram agendar um plano de formas de luta a curto e médio prazo sendo:

GREVE NACIONAL A 20 DE FEVEREIRO;
GREVES E MANIFESTAÇÕES A PARTIR DA PRIMEIRA QUINZENA DE MARÇO.


Comments:
Só pergunto porque esperar pelo dia 20 de Fevereiro, sendo este uma sexta-feira... Será que já se esqueçeram de quando as greves dos professores era marcadas para as 2ªf e para as 6ªf e como eram rotulados...
 
Reparem que na fotografia acima está representado o que de melhor e pior se fez na enfermagem nos últimos 30 anos, os seus responsáveis, só falta a actual bastonária. Conseguirão o mortal perfeito?
 
Não podemos, ou antes não devemos, pensar que estes intervenientes alguma vez fizeram algo ou tiveram a intenção propositada de piorar a Enfermagem. Eles estiveram lá e nós nem sempre os apoiamos e reconhecemos por isso. Não quero acreditar que exista um Enfermeiro que seja, em Portugal, com o intuito de prejudicar a sua classe. Já agora aproveito para felicitar a coragem de unir forças numa causa tão importante.Todos juntos é mais fácil. Aproveito para agradecer ao Enf.º Fernando Correia por tudo o que tem feito pela enfermagem em Portugal. Se houvesse mais assim, talvez estivessemos melhor.
 
é pena juntarem tudo no mesmo saco e isso vai afastar muitos da luta!
ainda não perceberam que os enfermeiros não estão para lutar pelos interesses dos actuais chefes?
mais valia os sindicatos lutarem pelo que REALMENTE interessa:
remuneração como licenciados
direitos no trabalho
progressão condigna
incentivos à fixação no público

quanto às chefias, têm sido uns vendidos que não se importam de entregar os seus a troco de um prato de lentilhas (42h)e muitos nem uma luvas esterilizadas sabem calçar

separem as águas e iremos em frente

continuem a olhar para os interesses dos mais beneficiados e ñada feito
 
As lamúrias devem ficar para o dia de finados!!!!
Andavam com tanta TESÃO!!!
Era greves por 5 dias, era por tempo indeterminado, etc, etc,etc,
Só há gana para greves ilegais?
Agora que é preciso TUSA, népia...
Se calhar foi EJACULAÇÃO PRECOCE!!!!
Vamos à luta!!!!
TODOS JUNTOS,
SALVADORES DA PÁTRIA E COVEIROS!
 
Greve na vespera do fim de semana de carnaval.realmente parece que andam todos a brincar ao carnaval,inclusivê os nossos sindicatos.façam lutas de jeito!
 
Concordo anónimo das 8:56

Não sei o que estão a fazer estes reformados na fotografia. Já deviam dar o lugar a outros.
Nunca mais vamos para a frente.
 
Uma greve normal não nos vai levar a nenhum lado, temos de vir todos para a rua em manifestação e quem sabe até, abandonar os doentes.
 
Os sindicatos talvez já se tenham apercebido do erro que cometeram quando adiaram a negociação de uma nova carreira, porque todos os enfermeiros tinham que fazer o complemento de formação para ficarem com a licenciatura. Lembro-me de ir a reuniões do sindicato em 2005, em que eu já era licenciada e dizerem que não era o tempo, pois se não o era na altura, pior agora... Essa coisa dos não quererem gerar mal-estar porque uns já iriam ganhar como licenciados e outros não é simplesmente...TRETA...e da grande.
Mas os enfermeiros são assim, nunca gostam de ferir susceptibilidades de ninguém...
Agora é tarde para chorar sobre o derramado e greves, não acredito nelas, nem o governo, mas infelizmente tenho de fazê-las porque senão arrisco-me a ficar no serviço 24 horas, tal como eu muitos enfermeiros fazem greve só por obrigação.
No lugar da greve, é simples peçam aos enfermeiros dos blocos, consultas externas e centros de saúde para pararem totalmente durante uma semana, vejam o que acontece...porquê destes serviços? porque são noticia de televisão...simples e elementar!!
 
Querem fazer greve??! Concordo... Vamos para a greve... Mas qtos enf vão aderir?!!? 2?!? 3?!?! Números sem dúvida irónicos, mas se queremos mostrar o nosso valor isto não vai la com meia duzia de enfermeiros grevistas e manifestantes. Eu ja aqui opinei que existe um organismo chamado FNAEE (Federação Nacional Associações Estudantes de Enfermagem). Temos de aproveitar o facto de ser imensos... Estudantes e Enfermeiros unidos seriam mais fortes. Os sindicatos falam do excesso de alunos, de vagas e de escolas, mas não aproveitam esses recursos que existem para intervir.
Isto só lá vai quando os enfermeiros efectivamente aderirem à greve e quando esta greve for paralisante e não "com serviços minimos garantidos". E os alunos que espera-se que preocupados com o futuro que os espera, se incentivados formarão uma forçar major. Acreditem que enfermeiros e estudantes encheriam qualquer avenida da liberdade. Sindicatos usem os vossos recursos e façam vir a lisboa enfermeiros e alunos de todo o país. Juntos somos mais...
 
A melhor opção do Ministério, foi por chefes e supervisores na prestação de cuidados e ser geridos por colegas a quem espezinharam , berraram,amordaçaram e ainda vem pra aqui em defesa deles?
Eu faço greve sim para que resolvam os problemas dos colegas contratados,que admitam mais enfermeiros para prestar melhores cuidados aos cidadaos.
Por os sr da gestao até acho que foi a medida ajustada ás medidas da maior parte desses vendidos ao governo. Ainda bem que acabem com essa cafila de oportunistas.
Mas já me esquecia: Coitados dos doentes que lhe cairem nas maos.
 
Andamos constantemente nestas tentativas infrutíferas de alcançar algo que já deveria ser um direito nosso, remuneração de licenciado, ver a carreira valorizada, com possibilidade de todos progredirmos, etc... mas nem sempre tivemos sindicato(s) á altura. Reforçam motivos de luta por vezes sem sentido, e que não reflectem os verdadeiros anseios dos seus associados. Lembro-me no ano 2000 de o motivo das greves ser a pretensão de um maior numero de enfermeiros a sair das escolas. Já na altura referia que mais importante era garantir uma formação de excelência e não enfermeiros a metro... está mais do que visto onde estamos hoje em dia. Relativamente ás pretensões das greves, enquanto permanecerem nestes moldes o Governo agradece. Poupa dinheiro e continua com o trabalho feito. Sim, porque a segurança e o respeito pela vida humana assim o exigem. Agora pergunto.... que força podem ter greves nestes moldes??? Porque não encerrar Centros de Saúde, Consultas Externas, Blocos Operatórios, Extensões de Saúde e todos os locais em que não exista a necessidade de prestar cuidados mínimo??? É claro que os Sindicatos já poderiam também ter pensado há muito tempo em criar um fundo de maneio para pagar os dias de greve aos colegas que aderissem a esta jornada de protesto. Só assim conseguíamos ter algum peso e fazer notar a falta que de facto fazemos. Qual era o Centro de Saúde ou Bloco que pudesse estar fechado por 1 semana? 2 semanas? 1 mês? Será que vale a pena continuarmos como a ilusão de que estas greves incomodam alguém!? Mais peso têm as manifestações mas a essas nem todos conseguem ir...pois nem todos moram em Lisboa.
Caros colegas, temos de pensar em novas formas de luta. Novas formas que mostrem de facto o nosso descontentamento e que traduzam efectivamente o nosso valor e importância. De qualquer maneira alinho sempre. É uma gota de agua e não há maneira de ver algo a mudar. Estou cansado de tantos anos a trabalhar, mal pago, sem condições, a pagar do meu bolso as várias formações que frequentei,sem nenhum retorno.... Estou cansado de ser enfermeiro em Portugal. Francisco
 
A montanha pariu um rato que afinal eram três!...ou 10....ou 60000!
 
Mais uma vez, uma vergonha, nova greve a uma 6ª feira, véspera de uma feriado de carnaval, isto é pior que uma partida de carnaval. Continuamos a passar a imagem do funcionário público calão que pouco se importa com os motivos da greve, mas sim com a prespectiva de ficar uns diazinhos de férias.Que tal marcar para um sábado? Outras classes profissionais conseguiram mostrar força em que circunstâncias?
Concordo plenamente que muito daquilo que hoje estamos a colher foi semeado por os senhores da foto!
 
Greve de 1 dia para quê??
Para o ministério adiar as negociações mais uns mesês?
 
Tanto quanto li por estas bandas, na última manifestação "estariam" cerca de 2000 (enfermeiros mas também alunos de enfermagem). Ora, vejamos :

1 - Os sindicatos não disponibilizaram transportes ?
2 - Não há cerca de 59.000 inscritos na OE?
3 - Só Lisboa não terá mais(pelo menos o dobro) enfermeiros que os manifestantes ?
4 - Não dizem que há cerca de 3 a 4000 enfermeiros desempregados ?

...Então que estavam a fazer ?

Será que ...não foram á manifestação porque :

1 - Enjoavam nos transportes ?
2 - Estavam os 59 0000 a trabalhar ao mesmo tempo ?
3 - Afinal Lisboa é uma aldeia?
4 - Os desempregados não são afinal tantos?

Ha!!! já me esquecia : muitos (a esmagadora maioria ) não foi porque não podia faltar aos 2 empregos no mesmo dia...

A maioria não foi porque no fundo se está a borrifar para isto tudo.

Fiquem bem e não se preocupem :

1 -o Sácrates não acaba a legislatura.
2 - Vai haver eleições antecipadas.
3 - Não vai haver nova Carreira nem no final do ano ( a não ser que os médicos consigam a deles antes disso)
4 - E principalmente - esqueçam o dinheiro que queriam ganhar por passarem a pertencer à carreira técnica superior e aos corpos especiais. Bem vistas as coisas, quem está posicionado acima do 3 ou4 escalão JÀ GANHA como licenciado...

PAZ À ALMA...

Fiquem bem
 
1 dia de paralisação o que é ?

não leva a lado nenhum,pois os cuidados minímos estão assegurados.

Voto em GREVE sem cuidados minímos de 1 dia Aí o ministério valorizava a nossa profissão.

1 - Porquê é que os sindicatos não decretam a greve nestes moldes ?

2 - Porque é que o sindicato não têm um fundo de maneio para pagar aos seus sócios quando estes fazem greve.

Colegas VÁMOS Á GREVE mas não brincar há greve de 1 dia com serviços mínimos assegurados .

flor
 
Concordo com o Franscisco quando diz "Caros colegas, temos de pensar em novas formas de luta. Novas formas que mostrem de facto o nosso descontentamento e que traduzam efectivamente o nosso valor e importância" pois para brincar ás greves eu, e a equipa com quem trabalho estão fartos, isto é só enganar não sei bem quem.
centros de saude, BO, e consultas externas fechadas durante algum tempo....manifestações organizadas.
mas não podemos perder tempo dia 20 é muito tarde, e má escolha como já foi dito neste Blogger.

O governo vai agradecer a todos os enfermeiros que aderirem á greve pois assim são sempre mais uns trocos que entram para os cofres do estado e que os enfermeiros vão perder.

Quanto aos chefes e supervisores acho que merecem,...concordo com as medidas tomadas pelo ministerio, á que rentabilizar essa gente que se esforçou e tirou uma especialidade e fez varios concursos e hoje não fazem nada que dignifique a classe de enfermagem....vivem num nundo á parte.
 
Dia 20 de fevereiro, greve não é boa escolha...É boa data é para os chefes pois assim ficam com uma ferias de carnaval antecipadas...
 
Não sou Enfermeiro Chefe nem aspiro a ser!
Sou Enfermeiro de cuidados de saúde primários a exercer desde 1989 (20 anos).
Estive nas lutas para que se reconhece-se o direito a estarmos no sistema educativo nacional entre outras para hoje podermos ser licenciados.
Tenho vergonha de uma classe que acha que devemos deixar de ter HIERARQUIA. Pensam que vamos todos mandar? Se não tivermos HIERARQUIA , perdemos a “coluna vertebral”, querem ser avaliados pelos outros? Ou não querem ser avaliados? Querem ser mandados e avaliados pelos Srs doutores médicos?
Tenham vergonha!
Sejam Enfermeiros!
 
Finalmente os enf voltam-se para os próprios problemas e deixam em paz a criação da nova carreira na área da saúde que tanto faz falta ...Os paraMÈDICOS!
 
Caros colegas, penso que só uma acção de luta drástica poderá inverter o rumo da Enfermagem e claro Sindicatos com dinamismo.
Concordo com o abandono dos serviços. Basta 2 horas num dia a combinar para se instalar o pânico nos serviços. Garanto que a Sr.ª Ministra iria ficar um pouco mais preocupada com os Enfermeiros e com os estragos que eles poderiam causar caso não sejam atendidas as suas reivindicações.
Em relação aos nossos sindicatos, acho muita piada à grande união da classe, a qual se constata na fotografia é pena que seja só para a fotografia. Será que união é sinónimo de reuniões separadas no Ministério???? Se calhar vale a pena dizer basta de hipocrisia.
Vamos renovar estas estruturas, que como o colega acima referiu, estão cheias de gente que não sente os problemas reais dos Enfermeiros, isto é ou são reformados ou não estão a exercer a profissão.
 
Concordo com os colegas que defendem paralisação e saída dos serviços.
Quem quiser que preste cuidados aos doentes.
Se é isto que a Ministra quer, assim seja...
 
Vou gostar de ver os meninos das USF a fazer greve. Foi mais uma dos sindicatos, a vida não é para todos e depois querem greves assim. Nunca souberam dizer o porquê das diferenças deste " corpo especial"para todos os outros, foi para uns mais espertos encherem a mula.
 
tenho 20 anos e sou graduado. Ás vezes tenho dúvidas que a maior parte dos que aqui escrevem sejam enfemeiros ...licenciados???!!! que raio de licenciatura...sem um pingo de pesquisa...sem um pingo de informação...
Greves sem serviços minimos a que legalmente estamos obrigados? basta 10 ou 15 processos disciplinares sem defesa possível para milhares de enfermeiros nunca mais fazerem greve.
Outra vez Greve à Sexta dizem alguns? digam lá um dia de greve de enfermeiros que tenham feito nos últimos anos? decretada por sindicatos de enfermagem? pelo menos pelo SEP?
os sindicatos dizem que nos vão propor radicalizar e vocês acham que reiniciar com 1 dia é pouco? se fizermos mais 2 3 processos de luta, a quantos dias vamos chegar?
No meu serviço, também um colega defendia que devíamos fazer logo 5 dias de greve...mas tem 4 anos de curso ...na 2ª etapa fazémos quê? 7 dias? Na passagem de turno questionámos quem fazia agora 2, depois 3 e depois 4...sabem quantos faziam? zero...zero...e legitimamente, porque as coisas não estão fáceis e os colegas dos sindicatos sabem isso ...querem chegar ao 2.º processo de greves com 10% de adesão? Boa. O Sócrates agradece. Perguntem no vosso serviço. sinto, como vocês que estou mal pago, etc, etc, mas sou dos que tenho confiança na experiença dos colegas do sindicato.
 
tal como outro colega, eu também tenho 21 anos de serviço. eu sou da geraçao em que em 1989 fizémos 1 dia de greve em junho, 2 em julho, 1 Manif em Set e 5 dias em Dez de 89 pelo Natal ... os colegas nem sabem o que é fazer 5 dias ...num tempo em que ninguém recebia por prestar serviços minimos ...e conseguimos umas coisas para os esclões que mais ninguem teve na função pública.
também foi com um processo destes de ir em crescendo ...aliás, foi nessa altura que apareceu o colega que agora é presidente do SEP ...tenham calma, confiança e esperança. Os tempos não são iguais. nenhum governo nunca nos deu nada. na altura não havia nets ou blogs, íamos mais ás reuniões discutir olhos e nos olhos. também já diziam que eramos desunidos. mas sempre conseguimos muitas coisas. se não lutarmos, garantido está: nada teremos. lutando de certeza que iremos conseguir alguma coisa.
 
acho uma piada à malta! na lógica dos resposáveis pela situação em que estamos viram-se sempre para dentro...Ou é do sindicato, ou é da ordem, ou é do chefe.
Os verdadeiros responsáveis nunca aparece na responsabilização:
1 - Governo: ele é que faz leis; ele é que não viabiliza soluções justas; ele é que promove o meu vínculo precário; ele é que viabiliza que admitam mais enf; ele é que desde 2005 nunca acedeu negociar a carreira.
2 - alguns de vocês que só sabem desancar em tudo, criticar tudo e todos...sem um contributo positivo, para ajudar, com pés e cabeça, e sobretudo dentro da legalidade
 
A greve pode ser um pau de dois bicos e se as reivindicações dos sindicatos não estiverem alinhadas com os anseios da (maioria) da classe, poderá ser uma má estratégia.
VV
 
1º-discordo de uma greve ser programada à 6º ou à 2º feira, a restante população pode entender que o que queremos é fds prolongado (e a opinião deles conta muito, convém tê-los do nosso lado...);
2º- concordo que se mantenha uma hierarquia na enfermagem, já que tem de haver alguém a "mandar" em nós, mal ou bem prefiro que seja um colega de profissão com formação na área de gestão;
3º- segundo a lei existem serviços de cuidados mínimos obrigatórios, acho que deverá ser esclarecido especificamente o que são e quais são (sofremos sempre pressão dos doentes, familiares e mesmo de outros profissionais da saúde para executar mais do que devemos e a maioria de nós acaba por ceder ...);
4º- nos serviços onde não há obrigatoriedade de cuidados mínimos poderia ponderar-se, numa próxima etapa, uma greve de no mínimo 3 dias;
5º- acho que o problema da baixa adesão às manifestações é "as contas" que fazemos qd pensamos que dá mais trabalho fazer isso do que proveito tirado (utilizamos o nosso tempo de folgas, gastamos dinheiro...)e depois partimos do princípio que, como não somos unidos, vamos para lá meia dúzia de "gatos pingados" perder tempo. Acho que é fundamental discutir este último aspecto. É mais uma das poucas armas que podemos utilizar sem antagonizar a população, mostrando quais são as nossas verdadeiras reinvindicações e necessidades. Só não sei como é que vamos fazer para nos convencermos uns aos outros disso. Alguém tem ideias?

Paula, Coimbra.
 
Gostaria de responder a todos os felizes e contentes pela alteração da carreira, nomeadamente no que se refere ao enfermeiro chefe e supervisor.
ao anónimo das 12:24 AM e ao anónimo 6:13 PM

Questões muito mais importantes do que eliminar os chefes e supervisores estão em cima da mesa, aprendam a ser inteligentes e correctos quando falam dos colegas, ou acham que todos servem para gestores?
Defendem os que fazem muitos cursos, e os chefes não tiveram que fazer nada? Foi por obra do Espírito Santo?
Existem muitos chefes que defendem as equipas e remam contra tudo e todos, porque agora não precisam de lamber botas de ninguém. Depois estaremos cá para ver.
Esqueçam os chefes e ajudem a Enfermagem.
É triste ouvir o que muitas vezes se ouve relativamente ao gostarem de ver os chefes na prestação de cuidados.
Pois eu também digo o contrário, gostaria muito de ver alguns na gestão dum serviço, porque ser chefe não é fazer o horário, não é passar o turno no gabinete, não é ser indiferente aos problemas da equipa,é muito, mas muito mais, principalmente no modelo de gestão dos nossos hospitais.
Neste momento devemos é estar unidos, independentemente da nossa categoria profissional porque dias difíceis de avizinham e olhem que certamente os chefes e supervisores não serão os mais prejudicados!!!
 
Tanto saudosismo... Hierarquia? Isso é reminiscências da dominação religiosa sobre a enfermagem, ou restícios da tropa? Hierarquia é coisa que não faz falta na gestão moderna. Competência é tudo. Coisa que falta às actuais chefias de enfermagem (e médicos também, mas o assunto aqui somos nós). Fazem horários, jogam nos computadores, picam os miolos a quem trabalha, mandam umas bocas e andam a bater a pala ao médico. Fazem-se rodear de ajudantes (segundo elemento, substituto do chefe, e afins) e escolhem logo um grupinho de apoio para manter uma barreira à sua volta. E depois vão avaliar os colegas e dizer que não sei quê não sei quantos, quando nunca viram um enfermeiro trabalhar. Chefes assim (que são a maioria, pois a maioria dos enfermeiros se queixam) vou ali e nem me apetece voltar!...

Béquinhas
 
Olha quem voltou!!!

A ROSANA (que diz que não é chefe!!!...!!!)

Sejamos claros, cara Rosana (e quejandos), a hierarquia na enfermagem sempre existiu e sempre deverá existir. A verdadeira questão a resolver, na futura CARREIRA DE ENFERMAGEM, é a seguinte: deverá ser (como até agora) um lugar VITALICIO de carreira ou um LUGAR DE NOMEAÇÃO (transitório) como é proposto pelo MJS?

Se for "transitório" significará que ÑÃO SERÁ DE CARREIRA, mas sim de nomeação.
Defendendo este modelo, apenas será de defender regras objectivas na nomeação transitória das hierarquias de enfermagem.
Findo o periodo de nomeação poderão serem reconduzidas, ou não, dependendo da avaliação ao seu desempenho. Dentro desse modelo de avaliação poderá ser introduzido (NOVIDADE!!!) também um critério que ponderará a "avaliação" efectuada pelos enfermeiros que estiveram sob a égide da sua hierarquia (isto não é novo; existe em países desenvolvidos).
Outra vantagem (do cargo não ser vitalicio), obrigará a hierarquia de enfermagem a estar sempre actualizada.
Mas, mais importante, não sendo as hirarquias LUGARES DE CARREIRA tal significará que os indices remuneratórios de topo da carreira poderão serem atingidos por todos os Enfermeiros, e a NOMEAÇÃO NA "HIRARQUIA DE ENFERMAGEM" SIGNIFICARÁ, para o nomeado, TER UM ACRÉSCIMO REMUNERATÓRIO DURANTE A VIGÊNCIA DESSA HIRARQUIA.

SÓ ASSIM A ENFERMAGEM TENDERÁ A EVOLUIR.
 
Mais do que criticas, pediram propostas e já as há por aqui. Até que enfim. Aí vai:
1 - com 2 anos de curso em 1990 e a Contrato a Termo, fui um activista do sep na guerra dos Contratados. Após umas reuniões com colegas Contratados que começámos em Coimbra, fomos ao Porto e a Lisboa. Passado pouco tempo, o sep começou a decretar greves por hospital - só para Contratos a Termo e RVerdes. Nós abandonámos os hospitais por 3 dias e os colegas do Quadro asseguraram os Serviços (o sep fez reuniões com CA para não haver problemas). nesses 3 dias fizémos Manif nas cidades e fomos pró Ministério. Apesar de sermos milhares (mais de 5 000 na altura, fomos alguns 400 (isto sempre foi assim e sempre conseguimos coisas). Após estas greves de 3 dias e estas arruaças, em carroçel/dias diferentes, se a memória não me falha em 10/12 hospitais, o MSaúde decongelou
4 500 vagas para o quadro. Os tempos são outros e agora há colegas no desemprego. Vale a pena pensar em alguma coisa parecida?
2 - Há muito que não fazemos Greves à sexta. à segunda os colegas do sindicato dizem que não decetam por questões organizativas ... reacção a alguma coisa que surja ao fim de semana, como parece já ter acontecido. também nunca concordei em fazer à sexta. Dado que os colegas do sep dizem (já ouço à muito) que tudo temos de fazer até finais de Maio, agora tou por tudo. Para mim acabou o politicamente correcto. Se à sexta levar mais uns colegas a fazer, que se faça ...´
3 - se o zé carlos martins que conheci nos anos 90 não mudou, ele e os colegas do sep já têm um plano ...lembrem-se que ele, o zé carlos santos (agora prof aqui em coimbra), o januário (huc), o victor batista (huc) iam colocando os hospitais a "arder" com as guerras dos contratados ...com muitos outros. se dizem que vão radicalizar, vai haver várias lutas. e eu concordo. como na altura, temos que fazer várias coisas em vários momentos.
Até já

 
Continuando
4 - Após um dia de greve (20 fevereiro-descontado em março), tem que ser dois dias em março (descontado em abril) sendo que no 2.º dia podia haver uma Manif Nacional (dava sentido de coesão e força). não se pode abusar muito das greves, senão o pessoal não aguenta.
5 - depois, como andamos lixados com isto dos ACES (sou dum centro de saúde), não sei como estão e o que pensam os colegas doutras subregiões, mas cá por mim, pela carreira e por coisas especificas nossas, acho que podíamos fazer alguma coisa
sei que os chefes e sup andam muito preocupados (sou graduado) com a proposta da ministra e com muita razão. cada um terá as suas queixas do seu chefe ( ou não) e como terá de outros colegas. mas, independentemente disso é uma questão da profissão ...o que é isto de perder a categoria ... estes colegas (sejam bons, menos bons, ou maus - como noutras profissões) fizeram o percurso que a carreira lhes exigia. Não sei se eles não estavam disponíveis para fazer alguma coisa? bem, se nada fizerem (fizermos) com o sindicato gramam com o que está que é um mimo! estas 2 áreas (centros de saúde e gestão) se fizermos alguma coisa já eram mais duas acções. que acham?
6 - a dada altura, devíamos fazer umas coisas nos distritos. Não? é certo que se for tudo de seguida sem inovação, só a primeira é que é noticia! Vale a pena pensar?
7 - segundo o sep, e correctamente de acordo com os indicadores que refere faltam mais de 5 000 enf nos nossos centros de saúde ...eu e mais uns milhares, somos vitimas da carencia ...é tudo a correr...quais projectos. E se com os Estudantes se fizessem uma acção para realçar/exigir mais admissões?
8 - já alguém aqui falou dos 5 dias de greve em 89...era contratado e tinha quase 2 anos de curso ... foi uma coisa tenebrosa...
mas lá para maio, penso que 3 dias aguentamos, fazendo umas coisas nos dias de greve ...também, já pouco temos a perder!

 
Ó colega da lista dos Serviços Minimos, eu percebo a dificuldade e a complexidade, mas sabe tão bem como eu que ninguém pode fazer isso.
É o que está nas directivas de greve e o que os colegas do sep dizem: nós somos licenciados, logo concebemos... (diag. de enfermagem, plano, prestação, avaliação); temos autonomia, logo decidimos em função da avaliação.
Ou seja, SÓ É SERVIÇO MINIMO AQUILO QUE, SE NÃO FOR FEITO, COLOCA EM RISCO DE VIDA O UTENTE. Assim, cada um de nós, avaliando a situação concreta dos utente é que decidimos. Se para uns o não fazer o "cuidado" não tem implicações nenhumas, para outros utentes não fazer o "mesmo cuidado" pode ter impactos complicados.
Isto requer é segurança na nossa avaliação da situação e na nossa decisão clinica ...para ajudar falamos com especialista e chefe (no meu serviço é assim). É fácil? não. Implica "chatisses" com outros (médicos, familiares)? implica. Temos que ter a calma e a assertividade para explicar. E a firmeza para confrontar quando é o caso. Essa coisa de, em dias de greve, fazer mais do que o habitual (como ouço colegas no bar) não acontece no meu serviço.
Isto tem é que ser discutido, conversado, reflectido ...e o dia de greve planeado.
joaquina
 
Assumidamente sou Enf Chefe. Assumidamente não tenho segundos elementos. Assumidamente presto alguns cuidados, em alguns dias da semana com os colegas do meu serviço. Assumidamente, reconheço que há vários colegas que têm metodologias diferentes de gerir o serviço. Assumidamente reconheço, como vocês dizem, que há bons e maus chefes (como em todas as empresas).
Por isso, para mim, a proposta da ministra de ter lá a prestação não me incomoda nada.
A questão é outra, para a Profissão, enquanto Enfermagem, e para vós, Enfermeiros mais jovens.
1 - Devia ser entendido por todos os enfermeiros (independentemente da opinião que têm do seu Chefe concreto) que descategorizar como diz o sep nos comunicados, é uma humilhação para a Profissão (só na Tropa, por falta grave e por tribunal militar)
2 - mal ou bem, as pessoas concretas fizeram um percurso de exigencia ... que as leis exigiam ...como exercem as funções é outra coisa.
3 - neste tipo de profissões e de organizações complexas tem que haver hierarquia técnica ...se dizem mal dos vossos Enf chefes, muito pior dirão, quando e se alguma vez permitirmos, que o vosso superior hierárquico seja um médico ...isso é voltar aos anos 50 e 60 e 70
4 - se já dizem mal dos chefes, muito pior dirão quando os "novos chefes", para não serem destituidos a qualquer momento pela administração, vos impigirem e obrigarem a coisas que não vos passam pela cabeça.
Por isso, a proposta da ministra, sendo grave para os Chefes em concreto, é muito mais grave para a Enfermagem e para todos os Enfermeiros.
Sempre fiz as greves que o sep disse, e nesta, lá estarei na linha da frente: Por nós, por todos nós enfermeiros e pela enfermagem
Cardoso
 
a minha vida alterou-se e deixei de ser delegado sindical há poucos anos. quando era delegado, cheguei a participar em algumas reuniões da direcção alargada do sep.
os colegas que me perdoem, mas não sabem as horas de discussão que tinhamos para, entre 70/80 dirig e del, decidirmos uma greve. todas as hipóteses e modalidades eram avaliadas ... vantagens ... inconvenientes... nacionais, regionais, institucionais, dia, tunos, horas de turno, até serviços...
Nestas reuniões os dirig e del que estão de todo o país das mais diversas instituições, têm o pulsar geral, nacional.
Aqui, cada um tem a noção de si, do seu serviço, da sua instituição, e de mais uns colegas de outras.
Mas para uma decisão responsável, e com o pulsar nacional ... creiam que não é fácil.
Não será nenhuma inconfidencia se vos disser que na reunião de 28/1, onde decidiram a greve do dia 20/2, fartam-se de discutir várias alternativas e as implicações ... sempre na perspectiva de que vai haver mais fases de luta, que para os enf aderirem não podem ter (as formas) muitos custos, etc
Por isso, com confiança, vamos a esta e vamos ao que vier a seguir.
Se estamos atentos, já todos percebemos que os vários sindicatos das carreiras especiais ~estão a apertar (FArmadas, Fsegurança, magistrados, e todos na saúde). Na saúde estão todos juntos pela Lei única para cada carreira ... bem jogado pelo sep. Na enfermagem estão todos juntos. É como por lá se dizia na altura: um adversário duro só se vence com guerrilha, várias batalhas, unir tudo o que for possível contra o adversário, persistência e atacar quando o advers está mais fraco.
Por isso, é agora colegas. Tenhamos confiança que os colegas sabem o que estão a fazer.
 
Anónimo: "Vou gostar de ver os meninos das USF a fazer greve. Foi mais uma dos sindicatos,"
Sou dum centro de saúde. Não integro nem sou candidato a nenhuma USF. Não concordo com as USF.
Mas o colega não está informado e por isso está a falar do que não sabe.
1 - Todos os Sindicatos de enfermagem, nenhum concordou com USF...está escrito em vários sitios.
2 - Quem avançou com Incentivos foi o Ministério. Não é pelos sindicatos discordarem que o ministério não avança.
3 - Ora, se os sindicatos, neste caso o sep, não interviesse, os colegas teriam o que o ministério propunha ...independentemente da vontade e do querer do sindicato
4 - o sep negociou e melhorou os incentivos para esses colegas e muito bem
É uma profunda injustiça porque eu faço o mesmo que nas USF e não tenho Incentivos.
MAS, EU QUERO UM SINDICATO QUE, EM QUALQUER CIRCUNSTANCIA, TUDO FAÇA PARA MELHORAR O QUE O MINISTÉRIO ESTÁ A PROPOR AOS ENFERMEIROS. MESMO QUE NÃO CONCORDE COM O PRINCIPIO.
Por ex. o sep não concorda com os ACES, mas tudo está a fazer para melhorar as soluções impostas pelo ministério ...e muito bem.
Norberto
 
Anónimo: "Vou gostar de ver os meninos das USF a fazer greve. Foi mais uma dos sindicatos,"
Sou dum centro de saúde. Não integro nem sou candidato a nenhuma USF. Não concordo com as USF.
Mas o colega não está informado e por isso está a falar do que não sabe.
1 - Todos os Sindicatos de enfermagem, nenhum concordou com USF...está escrito em vários sitios.
2 - Quem avançou com Incentivos foi o Ministério. Não é pelos sindicatos discordarem que o ministério não avança.
3 - Ora, se os sindicatos, neste caso o sep, não interviesse, os colegas teriam o que o ministério propunha ...independentemente da vontade e do querer do sindicato
4 - o sep negociou e melhorou os incentivos para esses colegas e muito bem
É uma profunda injustiça porque eu faço o mesmo que nas USF e não tenho Incentivos.
MAS, EU QUERO UM SINDICATO QUE, EM QUALQUER CIRCUNSTANCIA, TUDO FAÇA PARA MELHORAR O QUE O MINISTÉRIO ESTÁ A PROPOR AOS ENFERMEIROS. MESMO QUE NÃO CONCORDE COM O PRINCIPIO.
Por ex. o sep não concorda com os ACES, mas tudo está a fazer para melhorar as soluções impostas pelo ministério ...e muito bem.
Norberto
 
Ainda bem que há gente com memória, para que a consciência das conquistas do passado nos dêm força no presente. Hoje trabalho no Porto, mas fui actora muito envolvida nesse movimento de contratados dos anos 90, enquanto contratada do Pediátrico de coimbra. Era contratada, tinha comprado casa e passei a recibo verde, era uma incerteza desesperante. Senti porque vivi, estive lá, o quão importante é estarmos unidos com o sindicato e o que conseguimos se de facto particparmos. Milhares de nós estamos hoje estáveis, nos quadros, porque conquistámos isso ...e olhem que o governo da altura (maioria absoluta do prof. Cavaco Siva) não era difernete deste. Nunca tinha visto tanto enf fardado (éramos alguns 500) em cima da ponte de s.ta clara em direcção ao governo civil. E se o zé carlos, hoje presidente do sep, nos tem dito para nos sentarmos ou acorrentarmos em cima da ponte, o pessoal tinha-o feito. As 4 500 quotas e mais tarde a contagem de tempo de serviço dos contratados foi uma grande victória.
É por isso, por ter percebido que estando juntos/unidos no sindicato conseguimos, que hoje, mesmo como especialista faço todas as lutas e motivo os colegas do serviço e serei sócia do sep até á reforma.
Por isso, colegas, não entrem no criticismo por falhas ou dificuldades que hajam; dêm contributos pela positiva; ajudem; construam; discutam no serviço como continuar a guerra (sim, porque se percebi muito bem uma coisa, na altura - porque estive por dentro nas discussões - é que o sep não faz nada sem uma estratégia definida). Dificilmente resolveremos todos os nossos problemas com estas negociações da carreira ... mas lá chegaremos. O nosso tempo de serviço dos contratados só se conseguiu 1 ou 2 anos depois da guerra pela estabilidade.
Quanto aos serviços minimos um colega já aqui disse e muito bem, é fazer o essencial. No meu serviço, quando organizamos préviamente a greve, discutimos as coisas. Ajudamos os mais novos a, no dia, terem as coisas mais claras. Falamos com os médicos para ir pondo os pontos nos iis. quando temos dúvidas falamos com os colegas do sindicato.
Resistam ao imediatismo. Para mim sempre foi claro nastas guerras da carreira/vencimento: o que conquistamos/ganhamos a mais depois da guerra e daí prá frente, sempre compensou o que perdi com todas as greves que fiz. E sendo o dinheiro muito importante para as nossas vidas, em tempo de preparar o IRS e de crise, façam um ensaio que fiz há muitos anos: façam uma declaração sem quotas pró sindicato; façam outra declaração com quotas pró sindicato. Porque as quotas contam quase a dobrar para efeitos de ...no meu caso, mesmo que fosse só por isso, ainda ganho em ser sócia, neste caso do sep.
A situação não aconselha a desistir, mas a resistir; não a desagregar, mas a congregar; não a desunir, mas a unir; não a baixar os braços, mas a levantar o punho; não a queixar-se e a murmurar; mas a berrar pelo que é justo.
Já conversámos. Os 18 do meu serviço garantem 100% de adesão. Venham as guerras seguintes.
Isabel
 
Caríssimos(as) Colegas os problemas da Enfermagem são demais para que nos atinemos exclusivamente às questões que nos remetem para as chefias de enfermagem.
Não conheço todos os problemas, e haverá alguns que de tão escabrosos se mantêm no segredo dos deuses, e nos confins do eterno silêncio que nos afecta a todos. Mas pensar que é nos chefes e supervisores que está toda a nossa desgraça , é uma visão limitada , que se por um lado incomoda a classe por outro é fruto das circunstâncias das diferentes épocas por que tem atravessado a Enfermagem. Propus-me hoje reflectir , coisa que uso com frequência , sobre o porquê da situação dos Enfermeiros na actualidade . Quais os problemas da Classe? Inúmeros e passo a citar alguns :
1- Governos sucessivos que tem votado os enfermeiros ao esquecimento , preparando leis e decretos que lentamente nos arredam dos locais de tomada de decisão politica sobre a saúde: A lei da gestão hospitalar, foi uma das armas que nos retirou o direito de elegermos os nossos representantes nos conselhos de administração, passando assim a directoria de enfermagem a ser um cargo de confiança politica, independentemente da competência e da autonomia. Acredito que um conselho de administração deva ter metas e objectivos comuns, mas há áreas dessa gestão que não podem estar subordinadas a uma qualquer cor politica , nem subordinadas a pares do conselho. O enfermeiro director tem de ter autonomia própria de gestão da enfermagem , sem ter os directores clínicos prontos a saltar sempre que entendem que enfermeiro tem de ser subordinado e calado perante os descalabros que nos afectam em qualquer instituição de saúde.
Os enfermeiros sempre souberam escolher os colegas com maior capacidade para os cargos de gestão porque conheciam quem lá queriam colocar, estando assim garantida a autonomia em relação aos pares do conselho. Enfermeiro director não pode subordinar-se aos caprichos do director clínico e as suas decisões em matéria de gestão de enfermagem não podem ser reféns da submissão politica. Há metas comuns mas há decisões diferenciadas.

2-Enfermeiros supervisores, desenvolveram um longo trajecto, foram-no e são por exigência legislativa e organizativa e sujeitaram-se a provas públicas para o efeito. Desenvolvem ou devem desenvolver um trabalho específico que o conteúdo funcional determinou, Competentes são uma mais valia quer na coadjuvação de enfermeiros directores , quer nas orientações específicas a chefias e equipas de enfermagem, quer como moderadores de conflitos; Incompetentes, tornam-se num fardo pesado demais..

3- Fala-se dos enfermeiros chefes. Eu também falo dos enfermeiros chefes ...Há vários tipos de enfermeiros chefes: Aqueles que por força das circunstâncias lá chegaram sem a devida preparação para o cargo. Desconhecedores das " boas práticas " de gestão dos serviços de enfermagem , usaram e usam , porque ainda os há, a autocracia , o poder exacerbado recusando opiniões e ideias que consideravam uma afronta ao seu poder. Usando esse poder nem sempre da melhor forma e maltratando os que por ventura ou desventura se atreviam a contestar decisões irreais e maléficas. A equipa essa , desenvolvia o trabalho mas desenvolvia um conflito latente que se traduzido , levava alguns ao absentismo forçado para higiene mental.
Há os enfermeiros chefes que conseguiram atingir o cargo mas que se esqueceram de construir conhecimento e de desenvolverem competências exigidas à boa prestação de gestão. Chefes esses sem carisma que se limitaram ao trivial , delegando aquilo que deveria ser da sua competência exclusiva e demitindo-se das funções do cargo, por inércia seguindo a máxima do " laissez faire, laissez passer" Tornaram-se fracos e dependentes ... o fraco chefe faz fraca a sua gente...e permite injustiças , alimenta-se do que lhe dizem " os olhos e os ouvidos do rei " , não actua pelo que vê mas pelo que lhe sussurram. Então surgem os que pelo que sabem se constituem no poder e na autoridade sombra , reunindo à sua volta os que são mais contestatários , gerando-se pólos distintos e que conduzem aos múltiplos conflitos latentes e manifestos que desgastam a equipa. Os 1ºs e os 2ºs tipos de chefes mencionados, demonstram assim pouca aptência na defesa da equipa mas abanam miseravelmente a cabeça ao simples espirro do director do serviço que se impõe quer por fraqueza da gestão de enfermagem, quer por razões definidas na lei. A paridade na gestão global do serviço sofre, fruto da fraca preparação da chefia e da submissão a um poder julgado maior, mas que apenas é diferente . São o elo mais fraco.

Há os chefes que em função do cargo, entenderam a verdadeira dimensão do seu exercício, e que embora tenham gerido por tentativa e erro conseguiram adaptar-se a novos desafios, orientando-se no sentido da aquisição de conhecimentos de gestão , e que desenvolveram competências e saberes, colocando-os ao serviço da equipa e crescendo junto com ela com urbanidade, justiça e respeito mútuo.
Finalmente há os chefes que se prepararam devidamente para o desempenho das funções de chefia, estudando , e adaptando-se aos desafios decorrentes das mudanças constantes e das exigências do cargo, desenvolvendo assim um trabalho digno, avaliando com justiça, desenvolvendo e incentivando a equipa , reconhecendo o verdadeiro valor dos membros dessa equipa e demonstrando o valor que os rege na defesa de uma equipa coesa.
Resumindo: os chefes que abusam do poder e os fracos porque não desenvolveram competências e saberes são os que são designados por autocráticos;
Os chefes que menciono em 3º e 4º lugar são os que não adormeceram à sombra do cargo, e se desenvolveram e cresceram em sabedoria em conjunto com a equipa e por Ela são respeitados e reconhecidos . Esses são os chefes que por mérito próprio e do grupo , o são pela autoridade , que Mintzberg designa de meritocracia , não deixando em mãos alheias decisões que lhe dizem respeito e demonstrando conhecimento nas reuniões de direcção de serviço , tornando-se um elemento enriquecedor e respeitado , isento , forte cujas opiniões são tidas em consideração por subordinados , pares e superiores..São o elo mais forte..
Peço desculpa pela brutalidade mas é a minha opinião e de certeza será a de muitos colegas. Quando se diz bem ou mal , torna-se necessário saber o porquê. A soluço não está na eliminação do cargo do chefe, mas na exigência da sua formação e avaliação.

4- Num congresso nacional , algo polémico , de enfermagem decidiu-se criar uma organização que muitos aprovaram mas que alguns recusaram talvez com receio da perda do poder sindical. Estávamos na década de 80 e a enfermagem estava em desenvolvimento constante e crescente. A auto-regulação da profissão através de uma entidade idónea e reconhecida pela Classe e pelo poder politico era sentida como necessária. A autonomia da profissão era a luta de ontem , a defesa das condições da formação em enfermagem de nível universitário era uma realidade , ( cuja a luta começou em 1978. Sim 1978 ...ano em que aconteceu o 1º encontro das associações estudantes de Enfermagem ) . Regia-nos nesse congresso a vontade imperativa de criar as condições óptimas para a Enfermagem do Futuro: Autonomia, auto-regulação profissional, autoridade na definição de premissas ao nível das politicas de saúde , regulamentação das condições do exercício, licenciatura e outros níveis de formação superior , alteração dos currículos académicos , reformulação das competências e dos conhecimentos da docência em enfermagem , internacionalização , investigação.. Foi criada uma comissão para dar corpo e voz ao que se chamou e chama Ordem dos Enfermeiros..Mas a sua criação foi lenta...muito lenta...já que o poder politico apenas a reconheceu em 1998 por decreto que conhecemos. Estava criada a Ordem e depois? ...Conseguiu-se auto-regulação, conseguiu-se com o apoio dos sindicatos o reconhecimento da licenciatura em enfermagem e de outros nível superiores de formação, alteraram-se os princípios programáticos do CLE em função das necessidades da Sociedade Portuguesa e da necessidade de elevada formação dos enfermeiros, surgiu um REPE que se foi útil na época, urge modificá-lo porque não é estanque e tem de acompanhar a evolução e o desenvolvimento, internacionalizou-se a enfermagem portuguesa com a adesão a organizações internacionais como a fundada por Ethel Fenwick - ICN, surgiram trabalhos de investigação uns visíveis outros invisíveis, deu-se voz à enfermagem na definição de politicas de saúde com base em indicadores da OMS e das directivas da mesma a todos os países, Tentou-se través dessa organização dar visibilidade e dignidade à Classe , procurou-se dar novas condições de aprendizagem e docência reorganizando-as...mas ... algo correu mal...o quê? Muita coisa...a saber: explodiu a criação de Escolas Superiores de Enfermagem e as Universidades interessaram-se por este ramo de ensino ; produziu-se excedentes de enfermeiros que engrossam anualmente a bolsa de emprego de desempregados que mudam de rumo ou saem do País ; privatizou-se a saúde com benefícios para uns e prejuízo para os enfermeiros a braços com o desemprego galopante ; os campos de ensino clínico foram invadidos sem planeamento ; a formação em algumas escolas de enfermagem é deficiente ; a Ordem deixou de conseguir controlar a qualidade do ensino (porque muitos docentes pertencem aos seus quadros), bem como a qualidade da prestação dos cuidados de enfermagem , martirizada pela insuficiência de enfermeiros nas equipas ; a Ordem tem-se demitido da vigilância das condições do exercício profissional nas instituições públicas , híbridas e privadas que em muitas situações clama por intervenção ; É com as equipas de enfermagem que a Ordem tem de falar e não em exclusivo com as administrações...; a definição das dotações seguras em função da exigência dos cuidados e da ratio enfermeiro/utentes hospitalizados e nos CSP é miragem porque não interessa aos magnatas hospitalares , nem ao Estado apostado em poupar com os enfermeiros e em gastar com assessores, projectos megalómanos , magnatas de outros sectores da economia e outros profissionais não enfermeiros ; o MDP aprovado em Assembleia Geral , à qual os enfermeiros na generalidade viraram as costas, está em oremus...a definição do EPT com condições de dignidade e respeito está idem...e a autonomia da Enfermagem corre o risco de ir para as " cucuias " , por força da tentativa do MS em transformar os enfermeiros nos subalternos , coisa que os sindicatos não podem admitir.

5 - Chegou também a vez dos sindicatos. Foram criados com o intuito de defesa dos direitos dos Enfermeiros, no tempo em que ser sindicalista era crime e se tinha de trabalhar na clandestinidade . Têm uma importância crucial nessa defesa e na vigilância desses direitos. Têm desde o 25 de Abril e talvez um pouco antes ( Primavera marcelista) a liberdade de acção e de intervenção que as leis da república regulamentam e defendem como organizações livres e independentes com direitos nunca antes conseguidos e protegidos por convenções internacionais, são os parceiros sociais nas negociações com os governos, administrações e demais órgãos de poder politico, foram criando ao longo dos anos condições dignas de trabalho e de crescimento profissional ... muitas vezes negociadas em condições extremamente adversas, lutaram por melhores condições de trabalho e pelo emprego, Só que há um pormenor de grande importância: quando os direitos dos trabalhadores , qualquer que seja o ramo profissional , as condições de trabalho , as relações laborais se optimizam a tendência é para que se esqueça a utilidade dos sindicatos, porque se navega num mar de rosas...só que as rosas têm espinhos e muitos e de quando em vez tornam-se demasiadamente presentes. Durante muito tempo os enfermeiros gozaram dos benefícios devidos , face ao esforço sindical e à colaboração do poder politico , o emprego abundava , os gestores ofereciam condições óptimas de trabalho e remuneração , a Carreira de Enfermagem ( DL 437 ) possibilitou o desenvolvimento profissional, havia emprego para todos e sobrava para a duplicação, a autonomia da enfermagem era uma realidade. Não havia desemprego, os enfermeiros progrediam na carreira vertical e horizontal, inventou-se a avaliação de desempenho com o intuito de progressão , os horários foram convencionados por forma a garantir o direito ao descanso e à vida privada, não havia enfermeiros pagos a 2,5 euros à hora, nem tinham de trabalhar obrigatoriamente mais do que o recomendado...estava tudo a correr bem ...e os enfermeiros perderam ... e debandaram em função das preocupações diárias , acomodando-se ao que pensaram ser direitos adquiridos. Os sindicatos não tinham que lutar por direitos porque estavam garantidos por lei, não tinham processos de relevo nos tribunais de trabalho porque não havia motivos para eles, não precisavam de promover acções sindicais contundentes, porque a vida seguia mansa para a enfermagem , salvo situações pontuais ; os enfermeiros perderam o hábito de lutar pelo que merecidamente têm direito, os sindicatos apaziguaram-se e envolveram-se poucas vezes na manutenção dos direitos. Não estou a ser injusta, penso, afinal as lutas só são desencadeadas quando necessário se torna. Os enfermeiros foram esquecendo as lutas e raramente se sindicalizaram, porque achavam que tudo corria bem e porque tinham garantidos os benefícios das lutas anteriores , mesmo sem esforço . Não precisavam sindicalizar-se porque a obrigatoriedade sentida para aceder à carteira profissional passara para a competência da Ordem. Os Enfermeiros esqueceram-se de lutar, os sindicatos não precisavam de ir à luta porque tudo corria sobre rodas...até que um dia a Enfermagem começou a ser atacada em várias frentes, perdendo as conquistas de anos de luta. Não se iludam, mal ou bem o que temos tido em termos de carreira e direitos , aos sindicatos devem. Mas agora a situação alterou-se face ao desenvolvimento de condições que se foram degradando visivelmente, paulatinamente e em crescendo.
Os enfermeiros têm Licenciatura mas ganham pela tabela de há dez anos ou menos ou nada ;
Os enfermeiros licenciados ou equiparados tiveram possibilidade de iniciar a carreira pelo valor do primeiro escalão de especialista mas desconheceram o decreto lei que o facultava ;
Os Enfermeiros saem das escolas superiores de enfermagem e têm desemprego garantido, porque as vagas nas instituições de saúde para ingresso estão fechadas ;
Os enfermeiros mantêm-se nos mesmos escalões desde 31 de Agosto de 2005, apesar do descongelamento desde 1 de Janeiro de 2008;
Os enfermeiros são aqueles que pagam pelos erros dos outros e são penalizados até que a verdade se conheça ;
Os enfermeiros estão a ser avaliados com base no SIADAP, em alguns hospitais , apesar da lei não o permitir expressamente;
Os enfermeiros têm más condições de trabalho tendo ao seu cuidado muitas vezes mais de 16 doentes/enfermeiro;
Os enfermeiros que fazem formação em serviço vêm essas horas não incluídas no tempo , passando-as para bolsas de horas que são atribuídas apenas se o horário realizado perfizer menos horas que as 140 aferidas a quatro semanas.
Os enfermeiros têm milhares de horas extraordinárias sem remuneração para gáudio dos gestores hospitalares e semelhantes
A carreira de enfermagem DL 437 ainda está em vigor porque não foi revogada , excepto o nº 8 do artº 55º e o artº 62º mas não é respeitada por ordem superior...vá-se lá saber de quem...;
As enfermeiras grávidas ou puérperas são desrespeitadas nos seus direitos de protecção à maternidade ,( por força da lei , imposta por legislação imperativa comunitária ), através de decisões pueris de quem tem obrigação de respeitar essa lei.
Os enfermeiros , tão necessários nas instituições de saúde , estão com contratos a termo passíveis de caducar, quando inúmeros se aposentam e não são substituídos ficando assim prejudicada a prestação dos cuidados de enfermagem ;
Os enfermeiros têm horários que são modificados de uma hora para outra sem respeito pela vida pessoal e privada ...por ordem superior...!? ;
Os enfermeiros têm medo de falar , de denunciar ilegalidades , porque lhes apontam com a ameaça , com a discriminação ;
Os enfermeiros são falsamente convidados decidir o que está decidido para que recaiam neles as acusações(talvez) do insucesso das decisões.
Os enfermeiros recém licenciados continuam a receber convites de trabalho remunerado com ..." experiência " . Assim é-lhes dito que em vez de ficarem em casa passam a trabalhar durante 3 meses para adquirir experiência , mas não recebem salário. Depois? Depois vão embora porque há mais...para outros 3 meses......
Os enfermeiros são pagos em muitos casos com 1 ou 2,5 euros/hora. Quantas horas terão de trabalhar para conseguirem alguma dignidade?
Os enfermeiros em greve são ameaçados , mesmo incorrendo os ameaçadores em contra-ordenação muito grave, por força da lei do direito à greve prevista como valor fundamental constitucional;
Os serviços que não funcionam 24 horas e que deveriam encerrar face à adesão total à greve pelos enfermeiros , são postos a funcionar sob pressão de directores de serviço, e de directores clínicos , com a bênção de enfermeiros directores fracos, que desconhecem a lei ou fingem...indo a outros serviços pegar enfermeiros grevistas a prestar cuidados mínimos...situação que põe os sindicalistas do avesso.
Os tribunais de trabalho e inspecção , perante as denúncias de situações graves como as descritas anteriormente, demoram incompreensivelmente a resposta...mas ela há-de chegar...
Os enfermeiros têm medo de fazer greve , mesmo que a lei proteja e seja um direito constitucional para todo e qualquer trabalhador por conta de outrem e isso não é negociável;
Os enfermeiros não fazem greve porque o peso do vencimento que perdem é superior aos benefícios que a pressão possa conquistar;
O governo , pela lei que produziu , obrigou-se a rever as carreiras especiais no prazo de 180 dias mas tem protelado e protelado a ver se esquece....Não vou falar do governo que temos porque não interessa neste contexto , mas fique a ideia de que , em Democracia , a AUTOCRACIA É PRÓPRIA DOS IGNORANTES..

Os enfermeiros estão a viver a maior crise profissional de sempre e ainda discutem " o sexo dos anjos "...! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !

Claro que :
Como se decide uma greve por medida ? Que satisfaça tudo e todos ? Qual é a adesão com reais consequências ? Que diferenças se sentem entre um dia normal e um dia de greve ? Os cuidados mínimos são mínimos ... ou máximos? E os serviços das consultas , com urgência que funciona das 8 às 20 devem fechar por adesão total à greve ou podem abrir com recurso a colegas de outros serviços em greve e a prestar cuidados mínimos? Afinal para quê fazer greve se posso receber os benefícios da greve e do esforço dos outros ?

Revejo-me ainda nas decisões de uma enfermeira chefe no dia 30 de Setembro e 1 de Outubro. Grande Senhora e Grande Chefe ; é pena não serem todos como ela, pelo menos os frouxos , porque os fortes equiparam-se-lhe. O serviço foi invadido pelos doentes a internar para cirurgia programada , mas foram todos remetidos à procedência com este bilhete remetido : .."em dia de greve dos enfermeiros não há internamentos para cirurgia programada ".

Greve no Bloco Operatório ? Nas Consultas Externas ? Nos Centros de Saúde? Claro...porque não ? e os outros fazem o quê entretanto ? Vão esfregando a barriguinha ? ...
Greve 1 dia ? Claro que é pouco ..muito pouco...mas se falta a coragem para a ela aderir , acham por ventura que 15 dias de greve iam ter sucesso ?

Cuidados mínimos ? que cuidados mínimos ? Greve ? que greve ? Ainda bem que é possível uma greve com adesão de 90 ou 95 % , em que são prestados os cuidados mínimos..maximizados e não se perde o direito a remuneração ...só que...PASMEM...NÃO SE LHE SENTE O EFEITO......

Greve sem cuidados mínimos ? Com abandono dos serviços de saúde ? É possível , mas ...sujeita a requisição civil...perdendo-se o efeito esperado...mas não vejo CORAGEM COLECTIVA para tal...há sempre desculpas para ...e...pois.......mas...

Claro que deve haver muitas alternativas :

Greve de Zelo em que a perfeição completa é máxima e a lentidão também ;
Greve aos registos no SAPE ....
Greve total com " Efeito Onda " num hospital , em dois , em três , em quatro ...permitindo o funcionamento de outro na área de influência , no qual apenas se deveriam prestar os cuidados mínimos...e que ficaria atulhado ....
Paragem total de serviços financeiramente produtivos........

Colegas as lutas de hoje como as de ontem serão cruciais nas conquistas do futuro ... mesmo que a miragem de algumas promessas faça com que se esqueçam da luta, ...

Não vou fazer apelos melodramáticos , os enfermeiros já devem saber e muito bem , que se querem... têm de lutar...

Peço desculpa pela dimensão do texto...
 
~"quem está posicionado acima do 3 ou4 escalão JÀ GANHA como licenciado..."

Que afirmação absurda, e a AAM no último escalão também ganha como licenciada?

O que interessa é o vencimento base e com os mesmos anos de serviço!!!
 
Eu gosto muito da conversa "eu sou licenciado, logo tenho autonomia, logo decido...", isso é tudo muito bonito e eu até concordo mas na prática acha que resulta? Acha que a população em geral compreende exactamente o que lhe é explicado numa situação de doença, principalmente quando tem o médico ou afins a "bichanar-lhe" no ouvido que a culpa é dos enfermeiros que não querem trabalhar? Nem nós próprios somos coerentes o suficiente, aquilo que eu considero não ser um serviço mínimo nem sempre é visto da mesma forma que outro meu colega (na mesma situação), e era aí que eu queria chegar. Acha que é benéfico para o reconhecimento da nossa profissão cada um de nós avaliar de forma diferente uma mesma situação? Esta discussão pode até nem ser o mais adequada neste post mas acho que não faria mal nenhum (bem pelo contrário) partilhar opiniões expondo alguns casos. Um exemplo extremista: D5 na escala linear, 2º dia de pós operatório ortopédico sem qualquer intercorrência, um D5 não coloca um doente em risco de vida mas não é a dor o "5º sinal vital"? O que fariam?
Já agora, "Ó" colega que mencionou a impossibilidade de listagem das intervenções, eu devo-me ter exprimido mal, eu não estava a requerer a existência de uma lista, estava mesmo a lançar mais um tema para debate e peço desde já desculpa se estiver enganada mas não apreciei o seu tom de condescendência, mas ainda bem que não sente qualquer dúvida acerca daquilo que deve ou não fazer num dia de greve. É que para mim a greve não é só uma forma de desorganizar o sistema e de mostrar descontentamento, é uma forma do público alvo dos nossos cuidados sentirem a falta do nosso trabalho, valorizando-o.

Paula, Coimbra.
 
Dr Enfermeiro espero que tivesse um bom fim de semana, apesar das condições climatéricas nao serem as melhores.
Não vi o meu comentário ao sr. Professor que teria que ir para as instituicões trabalhar, caso fechassem a Escola de Enfermagem onde ele exerce funções.
Porquê?
 
Enfermeiros vamos á luta, agora com greve dia 20 de fevereiro com serviços minimos, mas não podemos ficar por aqui.
As formas de luta tem de ser cada vez mais duras. talvez a ministra quando verificar que as nossas forma de luta são a doer, e a doer quero dizer abandono dos serviços, pois somos enfermeiros temos direitos tal como os outros profissionais quando fazem greve abandonando os seus locais de trabalho ,tal como professores,operarios, bancarios,serviços camararios,camionistas (que fizeram parar o pais)etc...

não devemos ter medo, temos é que estar unidos.
Artur
 
greve até ao fim das negociaçoes com o governo. quando estiver tudo esclarecido, voltamos ao trabalho.
 
Olá, deixem-me dar aminha opinião como enf especialista.,
Neste momento os sindicatos não representam a minha opinião , longe disso e do mal o menos......
Somos todos enfermeiros mas há que ter em conta a diferenciação dos especialistas e esta ser de algum modo representado na carreira tal como acontece com todas as carreiras ( ver exemplo dos médicos que são todos médicos mas na carreira tem varios niveis de progressãoque vai desde interno a consultor e chefe de serviço, mesmo que no serviço tenham 5 ou 6 chefes de serviço de carreira!!!!!!!!).
Tambem não concordo com o que diz respeito á chefia e supervisão( modulos de 3 anos por comissão??? Onde já se viu isto em qualquer das outras carreiras superiores?? Qual será a quantidade de conflitos que irá haver? Quem sera o chefe que tomara medidas sabendo que ao fim de tres anos poderá vir a ser julgado pelas suas opções de liderança?) Não nos podemos esquecer que por vezes os chefes tem de tomar decisões que poderâo não agradar a todos, o que acontecerá quando ao fim de 3 anos deixarem de ser chefes?? è que para a ministra isso pouco importa depois que se entendam.
Como diz um grande amigo meu , médico, os enfermeiros são o unico grupo profissional que quanto mais progridem menos ganham!!!! e os sindicatos que realmente somos todos nós, mas que nem sempre tentam recolher a opinião dos enfermeiros, impávidos e serenos nada disto têm ou levam para negociação.

ACAUTELEM-SE TODOS OS ENFERMEIROS ESPECIALISTAS , CHEFES E SUPERVISORES JÁ QUE EU ACHO QUE A PROPOSTA DOS SINDICATOS NESTE MOMENTO NÃO NOS REPRESENTA E ATÉ NOS PREJUDICA. NÃO NOS ESQUECAMOS QUE EM BREVE A MAIOR PARTE DOS ENFERMEIROS SERÁ PELO MENOS ESPECIALIZADO.
NÃO SERIA MELHOR A PROPOSTA DOS SINDICATOS IR DE ENCONTRO AO QUE ACONTECE COM OS MÉDICOS (INTERNOS/ESPECIALISTAS NAS DIVERSAS ÁREAS/CHEFIA / CONSULTOR??) COM A CONSEQUENTE SUBIDA SALARIAL ??
NÃO DEVERIAMOS ESTAR MAIS PREOCUPADOS COM A EQUIPARAÇÃO Á CARREIRA TECNICA SUPERIOR E PASSARMOS A SER PAGOS COMO TAL?? TAL COMO O PROMETIDO HÁ TANTOS ANOS??
NÃO SERIA MELHOR QUE AS PROPOSTAS CONTEMPLASSEM AS SUBIDAS DE POSICIONAMENTO REMUNERATÓRIO SEMPRE QUE OS ENFERMEIROS TERMINAM MAIS UMA ETAPA DA SUA FORMAÇÃO, TAL COMO ACONTECE COM OUTRAS PROFISSÕES??
COMEÇO A ESTAR FARTO DE SER PREJUDICADO PELOS ACORDOS SINDICAIS QUE NÃO VÃO DE ENCONTRO AO QUE REALMENTE TEMOS DIREITO (JÁ BASTOU TER SIDO PREJUDICADO AQUANDO DA TRANSICÇÃO ACORDADA PELOS SINDICATOS QUANDO TODOS OS ENFERMEIROS PASSARAM A GRADUADOS EM QUE MUITOS DOS ENFERMEIROS PERDERAM 2 ANOS NA PROGRESSÃO e em que enfermeiros com 3 anos de serviço ficaram a ganhar o mesmo que os que tinham 5 ou 6 anos).

MUDEMOS A NOSSA MENTALIDADE E DESLIGUEMOS OS COMPLICOMETROS, DEFENDAMOS A NOSSA VISIBILIDADE SOCIAL E QUE A RESPECTIVA REMUNERAÇÃO PASSE A REFLECTIR A FORMÇÃO DE NIVEL SUPERIOR QUE TODOS TEMOS. MAS QUE DENOTE TAMBÉM QUE APESAR DE SERMOS TODOS ENFERMEIROS OS MAIS DIFERENCIADOS OU COM FUNÇÕES DE CHEFIA TEM DE ESTAR DIFERENCIADOS TAMBEM NA CARREIRA/ORDENADO E NÃO O SÃO A PRAZO ( NÃO CONHEÇO NENHUM GRUPO PROFISSIONAL EM QUE EXISTA TAL PROPOSTA RIDICULA).


ABRAÇO E TENHAM CUIDADO
 
Ao Enfº especialista das 4.59.
O colega deve estar a falar de Propostas dos Sindicatos ... da china?????!!!!
Importa que se fale do que se percebe nem se tirem ilações que não correspondam à verdade.
Era bom que participasse nas reuniões dos Sindicatos e percebia que a Proposta 8pelo menos do SEP) não tem nada a ver com o que afirma.
Isso foi bem claro no debate do Norte - Porto (entre OEnf e todos os Sindicatos)
a
 
A reunião no Porto foi muito participada ficando muitas pessoas em pé. Houve alguma "fricção" entre o enfº Azevedo e a bastonária, embora não correspondido por esta. Pode-se dizer que lhe deu algumas "bicadas". Nada de novo!!!! O mais importante é que pouco foi muito pouco o tempo para a discussão, uma vez que os sindicatos e a ordem gastaram muito tempo. O que foi uma pena!!! Quanto à greve...que não hajam equívocos, o que está em causa é pura e simplesmente o reconhecimento por parte da sociedade portuguesa e do governo em particular que os enfermeiros, enquanto licenciados, não são mais nem menos que os demais licenciados da função pública.
Se aceitarmos que nos paguem um cêntimo que seja a menos estamos a reconhecer perante a sociedade que somos, socialmente, menos importantes do que os outros que se nos equivalem e que a sociedade reconhece.
Também, não esqueçamos, que se o fizermos iremos condicionar futuramente qualquer negociação/reivindicação uma vez que já partimos em desvantagem.
Dia 20, GREVE e em força...
 
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