sábado, janeiro 24, 2009

Quebra-cabeças...


Cada vez tenho mais dificuldade em perceber o mundo da Enfermagem (paradoxal!). Recentemente tive oportunidade presenciar uma situação... estranha.

Vi um grupo de alunos de Enfermagem (estagiários) acompanhados do seu orientador (contratado pelo respectivo estabelecimento de ensino). Até aqui nada de relevante. O embaraçoso é que, naquele imenso conjunto, não consegui diferenciar o orientador dos alunos(!). Quando o fiz (porque me indicaram quem era!), constatei que este (o orientador) deveria ter apenas mais três ou quatro anos que os próprios alunos. Mais engraçado ainda (mas sem piada!) é que o "Enfermeiro do serviço" destacado para os orientar - segundo me relataram - tem uns escassos meses de experiência profissional ("ainda nem integrado no serviço está!!").

Ao que parece os Enfermeiros mais velhos estão "cansados" de "acompanhar" as sucessivas "avalanches de alunos que inundam os serviços" sem direitos a pausas.

Comentei esta "passagem" com uma colega dessa instituição. Respondeu:

- "E têm sorte, já vi alunos de diferentes anos, que se encontravam a estagiar no mesmo serviço em simultâneo, a orientarem-se uns aos outros. Não havia ninguém que o fizesse numa base regular".

Não quis crer. Mas há mais:

- "Temos uma colega que conseguiu a proeza de iniciar a vida profissional sem nunca algaliar"...!

O meu pobre coração começa a ficar frágil para aguentar tudo isto e ver desmoronar algo que custou tanto levantar. Enfatizo: tanto! Não sei se acontece convosco, estimados colegas, mas às vezes nem sei bem se estou a sonhar (pesadelar não existe!) ou não!

Comments:
Ora aí estão questões que de facto devem preocupar a classe de enfermagem... questões que devem acordar-nos do marasmo em que todos andamos,julgando que somos fantásticos porque temos formação de nível superior!!
As escolas precisam repensar modelos, a ordem tem de regular a formação... e os enfermeiros no contexto profissional, não podem sacudir a água do capote,esqivando-se a uma das suas obrigações que é colaborar na formação de novos profissionais... a desculpa do não me pagam para isso... isso é papel da escola, tenho mais que fazer... não posso sair daqui mais tarde só por causa do aluno... também não dá!!! A formação de novos profissionais é de toda a classe, partilhemos responsabilidades... e claro exijamos corência e qualidade às instituições de ensino com base numa normalização de objectivos que a ordem dos enfermeiros deve definir para a profissão!!
Beijinhos e Abracinhos
Catarina
 
A indignação tambem é minha. Sou enfermeira há 15 anos e recebi a minha formação nos antigos moldes que na altura muitos e até eu achava excessivo tanta supervisaõ até nos sentiamos na "tropa" mas agora entendo que foi valido para a aprendizagem. A segurança dos cuidados que prestamos tem que ser garantida. Caiu-se no exagero no deixa andar e ninguem se preocupa nem mesmo os mais directos interessados! os futuros enfermeiros, para estes até é uma situação facilitadora pois assim concluem com exito. ONDE ESTÁ A ORDEM? MEUS SENHORES ONDE ESTÁ! ISTO NÃO PODE CONTINUAR É A CREDEBILIDADE DE UMA PROFISSAO QUE LEVOU ANOS A GANHAR O PRESTIGIO MERECIDO.ana monteiro
 
As Escolas são responsáveis pela orientação dos alunos em estágio, o que eu verifico actualmente, é o "despejar" de alunos nos campos de estágio, e os profissionais que se desenrasquem.
Se é nas Escolas que os alunos deixam o seu dinheiro, então que sejam os professores a orientar os estágios.
Eu sou dos que digo: "A mim não me pagam para orientar alunos"
Aliás, toda esta desorganização na formação dos enfermeiros é que tem catapultado a profissão para o caos.
 
A maioria dos atropelos à profissão e que nest post foram denunciados são muito por culpa dos próprios profissionais dos serviços. No internamento onde trabalho há alguns anos, "esfregam-se" as mãos quando um rebanho de alunos se aprochega, para o "pastor" de cajado na mão "telecomandar", de preferencia sentado, o trabalho do malfadado proletariado. Enfermagem será sempre o parente pobre da saúde pelas próprias mãos, e aqueles que mais vociferam sobre o estado da arte... infelizmente muitos deles são os primeiros a dar o tiro no pé.

Verdade ou mentira?
 
Como estudante de enfermagem e inclusie varios estagios por que passei, deparo-me constantemente com a situaçao da invasao constatada pelos profissionais nos serviços. O que é que os levam a pensar nesse facto? Deveriam colaborar na nossa formaçao. Muitos esquecem-se que passaram pelo mesmo. Mas o que é isto? É assim que querem dignificar a profissao? Assim nao se chega a lado nenhum. Por vezes revolto-me com isto e sinto tambem algum desmotivo, mas enfim, se nao formos nós a marcar a diferença, quem marcará?
 
Infelizmente começo a acreditar que na enfermagem tudo é possível, tal qual os insólitos yorn...
A OE teve, tem e, provavelmente, sempre terá o queijo e a faca na mão... Como já tenho dito basta avaliar a qualidade de escolas, ensinos clínicos, campos de estágio, orientadores, etc. Tão simples quanto isso. Já temos enfermeiros em hipermercados, será que a Bastonária também os quer aí, a bem dos tão adorados rácios?!
Devemos questionar porque a OE faz tabu em relação a este assunto.
Este estado de coisas também passa um pouco por nós, devendo tentar evitar ou repudiar estas situações, mas denunciar e alertar consciências, já não é mau. Aconteceria isto em outras profissões de saúde? Duvido...
 
Este é um problema sério e concreto. Enfermeiros há que saem diplomados de qualidade formativa deplorável.
No entanto sobre essa problemática nunca ouvi da OE qualquer reparo. Porque será?
Será porque a maioria "desses corpos" também dão as suas "aulitas pagas"?

Outra questão muito grave: campos de estágio nos Hospitais. Serviços há que só lá podem estagiar alunos provindos das "escolinhas" onde os seus chefes ou supervisores e directores" "dáo uma aulitas.

UMA INVESTIGAÇÃO SÉRIA A ESTA SITUAÇÃO FARIA "CAIR" MUITO "BOA GENTE".
 
e depois claro.. confundem apêndice xifóide com o apêndice do trato intestinal, quando nem sequer reflectem sobre a localização anatómica do estomago num entubação naso-gástricaa...
antes do ensino superior a enfermagem tinha um ensino com a máxima exigência, não formava apenas técnicos de saúde, antes, moldava o seu perfil como pessoas idoneas e responsáveis nos seus actos enqunato profissionais e enquanto pessoas.
agora verifica-se a situação de descalabro a que assistimos... mas não é só na enfermagem. ja leccionei anatomia a alunos de medicina e garanto que estes não são inteligentes acima da média como muitas vezes se dão a entender.
assim como há enfermeiros capazes de serem brilhantes e conseguirem impor a diferença na prática de cuidados.
esta desregulação também se verifica em psicologia!
antes era um curso exigente e com objectivos de integridade nos profissionais exemplar. agora está no memo barco que enfermagem. abriram escolas privadas como nunca tal se viu e qualquer um é psicólogo. negócio apenas isso, para aumentar as estatísticas do governo em taxa de pessoas com formação e menor desemprego (enquanto estão na faculdade não estão no desemprego, é esta a lógica do governo).
a classe médica que se preocupe também, pois a sua formação está muito mal enquadrada. os médicos que se formam não são capazes do mesmo rigor cientifico que os antigos especialistas. vê-se nas aulas, vê-se nas respostas de exames, e vê-se no contacto e a simples observação dos doentes.
tenho medo é de ficar doente e necessitar de cuidados de saúde, isso sim...
 
Caro DE, o seu post é pertinente na medida em que algumas escolas (demasiadas!!!) deixam efectivamente os alunos despejados nos serviços, mas também há escolas que os acompanham devidamente, ainda que não esteja um professor a tempo inteiro. No entanto, há que salientar que nós enfermeiros temos o dever (e não me venham com a história do "não me pagam para orientar alunos") de participar na formação das gerações vindouras, pois se todos os dias nós nos lamentamos por vermos sair das escolas enfermeiros mal preparados, é porque nos sentimos Enfermeiros competentes, logo só se podem formar bons enfermeiros com bons exemplos, principalmente quando muitos colegas acusam os professores de serem teóricos.
Por fim, é de lamentar um paragrafo que o DE escreveu e passo a citar: "Não quis crer. Mas há mais:- «Temos uma colega que conseguiu a proeza de iniciar a vida profissional sem nunca algaliar». Carissimo DE não me diga que quando acabou o curso sabia fazer de tudo?! Ainda bem que a sua formação foi tão produtiva. MAs nem todos têm essa sorte, ou vocÊ é daqueles que vai algaliar um doente só para que o seu aluno faça uma algaliação?!?! Sabe que um bom enfermeiro não é aquele que tem uma boa técnica mas aquele que pratica Enfermagem, porque não sei se sabe mas há para aí muito "Técnico de Enfermagem" em vez de Enfermeiro.
 
SÓ AGORA??????
Por onde tem andado? isto ja acontece há muito tempo... esta vergonha e situações muito mais arrepiantes ja acontecem há muito tempo.
Temos o caso do caro colega que nunca exerceu (mentira, exerce numa pseudo clinica criada pela catolica) a exercer funções de docente, professor ou qualquer coisa do género na área de cuidados de saúde primários na Universidade Católica no Porto!!! O que ele tem a dizer nos locais de estágio? Concerteza a partilha da sua enorme experiência´, sobretudo na técnica importante de como realizar bolinhas de algodão...
Agora um exercício, vejam quem é a docente (porque enfermeira não é de certeza) que está responsável pela enfermagem na católica... uma pista...já fez parte da (des)Ordem...
Voltem as freirinhas, que estão perdoadas! Estas nunca deixaram os alunos passarem os seus estagios numa sala a fazerem trabalhos... por falta de locais para os alunos estagiarem. os que tiveram a sorte de ter um local de estágio...sorte... os que não tiveram...foram para a sala de aula...
É uma prática pouco católica!!
 
Como aluna de enfermagem em exercicio de ensino clinico devo lembrar aqui que uma das atribuiçoes do enfermeiro em exercicio e pelo qual sim é pago é o ensino. Devem sim ensinar quem esta realmente disposto a beber da sabedoria do enfermeiro que acompanham porque so assim se podem formar profissionais de qualidade. A escola ensina muito,claro, mas não faz milagres. é em contexto de ensino clinico que se aprende muito mais do que sentados em qualquer cadeira de sala de aula.
Deixo ainda outro, por assim dizer, desabafo...Os serviços cheios de alunos, na maioria do casos é só uma vantagem. Mais trabalho que se faz em menos tempo, e se bem orientado, trabalho de efectiva qualidade porque os alunos assim se empenham e assim gostam que o seja.
Desculpem a indignação, mas senhores e senhoras enfermeiros e enfermeiras os estudantes são importantes e muitas esferas e tão só lhes pedem que deixem beber da vossa sabedoria.
 
"Por fim, é de lamentar um paragrafo que o DE escreveu e passo a citar: "Não quis crer. Mas há mais:- «Temos uma colega que conseguiu a proeza de iniciar a vida profissional sem nunca algaliar». Carissimo DE não me diga que quando acabou o curso sabia fazer de tudo?! Ainda bem que a sua formação foi tão produtiva. MAs nem todos têm essa sorte, ou vocÊ é daqueles que vai algaliar um doente só para que o seu aluno faça uma algaliação?!?!"

Penso que todos os alunos devem ter o máximo de eperiências possíveis, afinal e contas também é para isso que existem os ensinos clínicos.
O que acha de um arquitecto que termina o curso sem nunca ter construído uma maquete?
Ou um cirurgião que nunca fez uma cirurgia?
Ou um dentista que nunca extraiu um dente?
 
Deixemo-nos de mesquinhices e assuma-se o que existe para assumir. O ensino de Enfermagem está degradante e não é (só) por culpa dos Enfermeiros que estão nos serviços. Recentemente deparei-me com três situações que demonstram como as Escolas só querem lucro.

1ª-No fim do ano lectivo anterior um colega meu que trabalha numa UCI de Cardiologia tinha um aluno do 4º ano, em estágio final, que nem sequer sabia o que era um pacemaker provisório ou um pacemaker definitivo!?!? Aliás pelos relatos do meu colega, o aluno não sabia o mínino indispensável para estagiar no local de opção, como não se empenhava na sua própria aprendizagem, pois mostrava-se completamente desinterassado, respondendo erradamente as mesmas questões e cometendo os mesmos erros todos os dias de ensino clínico!!! Após uma conversa com o aluno e com o orientador da escola, o estudante reconheceu que deveria desistir do ensino clinico, e assim o fez. Agora pasmem-se.... O meu colega encontrou esse mesmo aluno por estes dias vestido com a farda do hospital. Ou seja o menino admitiu que não tinha condições para passar o estágio final (logo o ano lectivo), mas pelos os vistos a escolinha (privada) deu-lhe condições para concluir o curso com aproveitamento e ingressar no mercado de trabalho!

2ª Depois temos os objectivos que os Srs Estudantes estabelecem para os ensinos clínicos, que são autênticas pérolas para o sucesso da aprendizagem. Objectivos como: "Não cometer erros", "Mostrar interesse", "Conhecer o serviço e a sua dinâmica", "Realizar um questionário/entrevista a.... sobre... unhas encravadas). Quem orienta alunos sabe do que falo... E o mais engraçado é que os Srs Professores aprovam objectivos sem nexo e depois transitam os alunos baseando-se nesses objectivos! Ou seja pode-se passar alunos com 20 desde que tenham atingido objectivos medíocres, mesmo que o Enfermeiro Orientador ache que o aluno não tem condições de transitar, e que o acompanhou em todos os turnos!

3ª Efectivamente é uma realidade a orientação de alunos por colegas com menos de 1 ano de exercício profissional! Toda a gente contesta, toda a gente acha mal mas a verdade é que isto se verifica! Como é possível um Enfermeiro recém-formado, ele próprio que ainda se anda a orientar no mundo da enfermagem "profissional", assumir a responsabilidade de orientar alunos (por vezes do 4º ano!). É preciso ter uma grande capacidade de orientação e metodologia para ensinar pessoas, e isso não se obtém nem com 1, nem com 2 ou mesmo 3 anos de exercício. Pasmem-se mas eu já assisti a alunos e orientadores combinarem copos e saidas, ainda o estágio não tinha terminado e nem a nota dada!! Isto é o Nacional Porreirismo na Enfermagem!!! Tá sempre tudo na maior!

Tenho pena que o andar da carruagem não vai mudar, aliás vai mesmo abrandar! E vamos ter cada vez menos Enfermagem de Qualidade. É pena ver que os que realmente querem prestar/ensinar cuidados de qualidade vejam os seus objectivos anulados à partida e constatar que toda uma geração de Enfermeiros que por aí anda quer simplesmente arranjar um emprego, ganhar uns trocos todos os meses, não se preocupando em investir minimamente no aumento dos seus conhecimentos. Aliás alguns pessam que estão a investir, gastando rios de dinheiro em pós-graduações sem consistência (tipo os sentimentos disto e daquilo...) e acham-se os maiores porque já estudaram mais um bocadinho e têm mais qualquer coisa para adicionar ao curriculum.

Caros colegas e amigos, olhem bem para a imagem que estão a dar aos utentes e às outras classes profissionas. Inevitavelmente vou dar o exemplo dos médicos. Aqueles com que trabalho todos os dias são unânimes em dizer que enquanto continuarmos à volta de coisinhas como a holisticidade, e os sentimentos e "a mão-na-mão" e não produzirmos/consumir-mos ciência como ela deve ser, não vamos a lado nenhum.

Ah, e outra coisa que me causa uma tremenda nausea mental: como querem os enfermeiros(as) ser respeitados quando entramos no hospital e vêmos crockos de todas as cores e feitios, bonequinhas de plasticina estrategicamente espalhadas pela farda, um ramalhete de canetas no bolso de todas as cores e agora a última moda que é casacos "polar" com estampas a dizer ENFERMAGEM e também cheios de bonequinhas, seringuinhas, cruzinhas etc.... Parece que entramos num mundo das PiniPons!!! Se vissem a figura que fazem!

Pelo actual panorama das coisas se percebe porque alguns confudem apêndice xifóideu com apêndice da extremidade distal do cólon ascendente localizado na fossa ilíaca direita.

Enfermeiro Atento
 
Sou um aluno do 3.º ano da Licenciatura e estou neste momento num Ensino Clínico.

No serviço onde estou a preocupação major é organizar actividades ocupacionais nas manhãs. É importante? Sim, é. Mas não será também importante, aquando da preparação da terapêutica, fazerem perguntas acerca do que são os fármacos que estamos a preparar? Que acção, que efeitos secundários...?

Já tive orientadoras de várias idades. Na minha opinião, as orientadoras não são como o vinho do Porto, 'quanto mais velho melhor'. A orientadora com quem aprendi mais tinha 28 anos, era professora na minha escola e tinha 3 anos de prática hospitalar.

Já fui orientado por uma enfermeira de 23 anos, com a licenciatura concluída há 4 meses. O próprio contexto do Ensino Clínico não era muito exigente e a própria admitiu que, se fosse em Hospital, não se sentiria capaz de orientar alunos.

Não gosto de dizer que esta ou aquela escola é má só por ser privada. Mas quando, nos Ensinos Clínicos, estou com alunos de outras escolas, notam-se claras diferenças. Muitos não têm qualquer noção de postura (por exemplo, sentam-se numa sala de trabalho nas passagens de turno, sem salvaguardar que existem cadeiras para todos os profissionais) ou então 'executam tarefas' sem minimamente reflectirem sobre o que estão a fazer ou ainda, não fazem a menor ideia do que estão a administrar.

A meu ver, as escolas estabelecem objectivos, muitas vezes, ridículos. Sem dúvida que 'enquanto continuarmos à volta de coisinhas como a holisticidade, e os sentimentos e "a mão-na-mão" e não produzirmos/consumir-mos ciência como ela deve ser, não vamos a lado nenhum.'

Saudações,

AM
 
Ah, a propósito... Agora vou ter que ir escrever uma reflexãozinha sobre "sentimentos e pensamentos" para entregar amanhã...

AM
 
Falta HUMILDADE a todos...
Aos alunos para entenderem que nada sabem e que para serem "alguém" ainda(durante muito tempo...) têm de APRENDER!!!
À Escola que pura e simplesmente NÃO se responsabiliza pelo ensino que administra... Ao Profissional, que de um momento para o outro pensa que também ele é professor, esquecendo a necessidade de motivar o aluno... Ensinar é um DOM inacessível a alguns, tão só porque eles próprios não entendem nada do que ensinam...
 
Também acho que o ensino de enfermagem em portugal se encontra em decrescente degradação. Isso vê-se pelos alunos que chegam aos nossos serviços e desconhecem uma serie de coisas, e o mais grave (às vezes)é desconhecerem que tem de pensar sobre a sua prática. Vemos erros de teoria, de implementação, de postura. E de quem é a culpa? Para mim n é só das escolas, n é só dos enfermeiros e n é só da OE. A culpa é de todos, que juntos e separados não conseguimos suprir as carências que identificamos. Pk é q o enfermeiro axa k o aluno n deve passar, pk é insuficiente na prática, e a escola lhe dá o "benefício da dúvida"? Pk colocamos kk enfermeiros a orientar um estágio? Kais os critérios k se utilizam p escolher esses enfermeiros?
Para mim, e tenho esperança nisso, estas falhas vão ser colmatadas e reduzidas com a implementação do Modelo de Desenvolvimentio Profissional.
A OE n tem autoridade p regular o ensino de enfermagem em Portugal, que está sob a tutela do ministério da educação,e consequentement n tem controlo sobre as escolas de enfermagem com formação dúbia, m em breve os aspirantes a enfermeiros terão de provar que merecem ser enfermeiros e fazer mais que meras reflexoes. Os enfermeiros orientadores também terao de fazer mais, terao de se actualizar e investir.
 
Doutor Enfermeiro disse:
Penso que todos os alunos devem ter o máximo de eperiências possíveis, afinal e contas também é para isso que existem os ensinos clínicos.
O que acha de um arquitecto que termina o curso sem nunca ter construído uma maquete?
Ou um cirurgião que nunca fez uma cirurgia?
Ou um dentista que nunca extraiu um dente?


Caríssimo eu também penso que todos os alunos devam ter todo o tipo de experiências que consigam ter em ensino clínico, mas uma coisa é certa há experiências que não chegam a todos. E se me dissesse que teve uma colega que fez o curso sem nunca ter feito um penso, sem nunca ter mudado uma fralda, sem nunca ter preparado medicação EV, etc, aí sim eu admirava-me porque são "tarefas" que acontecem n vezes e é impossivel não tropeçar nelas. Tal como um arquitecto nunca ter feito uma maquete ou um dentista não ter extraído um dente, isso sim choca-me porque são intervenções extremamente comuns nessas áreas. Agora uma algaliação não é assim tão comum, e posso dizer-lhe q algaliei uma vez durante o tempo de estudante e não considero que fosse um expert a algaliar so porque o fiz uma vez. Não me admirava nada que um cirurgião nunca tivesse feito cirurgia laparoscópica, mas soubesse fazer um transplante cardíaco. Não me admirava nada que um arquitecto se formasse sem nunca ter feito um projecto estilo barroco. Não me admirava que um dentista se formasse sem nunca ter feito um branqueamento dentário.
O que quero dizer com isto é que um enfermeiro não se avalia pela quantidade de técnias que executa mas sim pela sua atitude na prestação de cuidados. Quem não sabe aprende, pior é quem acha que sabe e faz.
 
A carreira tem um artigo que dá a possibilidade de ser nomeado um enfermeiro que ficaria responsável pela formação num conjunto de serviços. Porque será que não conheço nenhum hospital onde essa nomeação tenha acontecido? Não seria uma mais valia e limitaria os problemas referenciados?
O SCD é uma mais valia para serviços/enfermeiros/doentes e é uma pena que os enfermeiros demonstrem uma visão estreita ao alinharem em críticas que só pode levar à sua destruição em vez de aprofundarem o seu conhecimento e colaborarem na sua aplicação. O SCD é uma ferramenta feita por enfermeiros para ser utilizada por enfermeiros.
É interessante que não vejo críticas por exemplo ao ALERT ou outros projectos liderados por médicos/administradores.
 
A supervisão só devería ser assumida por enfermeiros com competências certificadas para esse efeito.

Além disso, as coisas não são lineares como foi afirmado há pouco, por alguém que disse que "uma das atribuiçoes do enfermeiro em exercicio e pelo qual sim é pago é o ensino". Atendendo a que essa orientação é feita quase sempre por Enf graduados, leia-se o conteúdo funcional dessa categoria e veja-se se é isso que lá está.

Por outro lado, veja-se bem o que se está a ensinar nas escolas sobre o conceito de Supervisão Clínica. É que essa moda de ir a outras áreas do conhecimento buscar conceitos e colá-los à enfermagem, pode resultar mal.

Quanto aos estágios clínicos, nem sei se estou de acordo que existam.

VV
 
Não serão muitas das escolas actuais de Enfermagem uma espécie de contagem decrescente de 4 anos para o início da verdadeira aprendizagem da profissão?
 
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