quarta-feira, junho 03, 2009

Ajudem-me a compreender...


Tenho imensas dificuldades em compreender os respectivos percursos formativos de Enfermeiros que se licenciam em Enfermagem, ingressam numa Pós-graduação de Urgências/Emergências (suponhamos), tiram um Mestrado em Feridas e Viabilidade Tecidular (supondo mais uma vez...), um Doutoramento em Ciências Educativas (outra suposição), uma Especialidade em Saúde Infantil (idem) e exercem no Bloco Operatório (idem aspas)...

Comments:
Hoje, dia 3, no programa do Goucha da TVI de manhã: "...Uma salva de palmas para todos os Enfermeiros do nosso País...",parabéns à colega entrevistada do Serviço de Diálise do HSM, calma, segura, sorriso fácil, inteligente, e uma carinha laroca que sabe sempre bem...
C2
 
A propósito do spot publicitário da Johnson:
"Bom, só eu é que vejo o Dr. House ou o ER, não me parecem uma biblia de rigor técnico, e então? Acham que deu pouca projecção aos Médicos? Ah sim no outro vi um spot no Canal Panda, e sabem o que fazem os Enfermeiros? Tratam feridas e mais nada!!! Se calhar mostrar um Enfermeiro do INEM teria bem mais sucesso junto da criançada. Digo eu que só tenho dois filhos pequenos e cujos colegas acham que todos os Enfermeiros são uns Heróis, ou pelo menos achavam até verem este spot redutor e com um impacto altamente negativo na formação da sua opinião. Pelo menos o acidente de mota com um Enfermeiro a socorrer teria mais sucesso (o mesmo vale para os graúdos)".
C2
 
eu explico... vão tirando essas formações consoante as perspectivas para determinados tachos que vão aparecendo e não porque gostam efectivamente daquelas áreas.
 
Blitzkrieg, conhecem o conceito Srs. Sindicatos?
E já agora, caros colegas, preocuparmo-nos com a construção frásica, ou com os erros ortográficos uns dos outros, não me parece que beneficie particularmente o sentimento de Classe, não é elegante escrever erros mas não é o fundamento e sabem no que pode residir a diferença? Em protegermo-nos e em defendermos os mais fracos numa ou outra área mais deficitária, em reforçar o proteccionismo dentro da Classe.
C2
 
Também eu não compreendo.
Mais ainda, não compreendo que um(a) Enfermeiro(a)tenha toda essa formação e CAREÇA DE PODER DE DECISÃO!!!!!!!!!
 
OS MÉDICOS ASSINARAM O ACORDO PARA A NOVA CARREIRA, contemplando uma carreira única.
AQUI:
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=1252830

E AGORA, SRS. ENFERMEIROS...
 
E depois ainda vão para o serviço exercer funções que nada têm a ver com o seu percurso fornativo. Outra coisa a rever pela OE. De facto instalou-se uma moda de "tirar cursos, pós-graduações e especialidades" só por tirar...
 
Tal como já escrevemos no Cogitare é preciso regular a formaçaõ!

E mais importante é preciso regular onde os especialistas ( ou enfermeiros com especialidade) estão a exercer! Pois o Modelo preve um futuro em que todos são especialistas, mas se não forem reposicionados na sua área de competências adquiridas nada se ganha em saúde!

Deixo o link do post em que falo deste assunto:

http://cogitare.forumenfermagem.org/2009/06/01/mobilizem-os-enfermeiros-especialistas-pede-se-especialidade-em-oncologia/
 
Há um conceito importante a ser explorado cá em Portugal, que é o de "mentorship" ligado à gestão de carreiras de enfermagem. Nos EUA (e não só) existem várias organizações de enfermeiros (um exemplo é a STT) que disponibilizam aos seus associados (e não só) um Mentor, alguém mais experiente na profissão, que acompanha, incentiva e ajuda o enfermeiro a fazer escolhas de acordo com aquilo que pretende alcançar na sua vida profissional. Eu própria, estando em Portugal, tive uma experiência com uma colega americana e trabalhámos pela net num determinado tópico da minha vida profissional e académica, numa relação de disponibilidade que nunca encontrei cá: não me disse para onde ir, mas explicou-me para onde não deveria ir.

Também o ICN disponibiliza no seu sítio da Net um manual bastante interessante sobre como planear e construir uma carreira, que objectivos traçar, as estratégias a seguir desde as escolhas a nível académico, os estágios, étc; as tácticas que vão desde a imagem pessoal à forma como nos apresentamos à sociedade, étc. Enfim, um documento bastante interessante para quem anda perdido a disparar para todas as direcções.

Penso que o caso (hipotético) que apresenta ilustra bem o que se está a passar com a enfermagem portuguesa. Talvez a definição clara dos âmbitos de especialização e a clarificação das competências do enfermeiro especialista, venham ajudar a direccionar os percursos formativos.

Depois impõe-se efectivamente o reconhecimento (financeiro e não só) das competências dos enfermeiros, pondo-se de vez um ponto final à exploração indecente que as organizações fazem do trabalho especializado. Também a nova carreira deve contemplar uma certa obrigatoriedade das organizações colocarem os profissionais nos locais de trabalho de acordo com as suas competências. Se o enfermeiro apresenta um padrão formativo e de experiência profissional que o capacita para determinadas funções, para quê continuar a como que "rebaixar" as pessoas mantendo-as em trabalhos para os quais qualquer AO formada e supervisionada pode fazer? Isto parte dos própios enfermeiros, que em vez de terem uma atitude de valorização da profissão aproveitando o potencial e o seu capital humano, procuram desvalorizar os mais capazes, porque estes podem ser também capazes de expôr insuficiências que se querem manter dissimuladas.

Porém, também sou da opinião que não basta ter títulos, coleccionar formações, se nada disso se reflectir pelo menos na prática clínica, na gestão dos cuidados de enfermagem e na investigação. E isso tem que ser provado publicamente.
É que eu própria trabalho com uma empresa que elabora trabalhos a pedido e sei como são feitas muitas monografias de licenciatura, muitas dissertações de mestrado. Também já tive oportunidade de trabalhar em grupos que apresentam excelentes trabalhos, obtêm notáveis classificações, tudo literalmente plagiado.

Portanto, este é um problema que merece atenção e a criação de mecanismos justos de reconhecimento daquilo que cada um é capaz, premiando as pessoas pelas suas capacidades e não por outra razão qualquer.

VV
 
Acha que tem lógica, que não seja a comercial, que um enfermeiro que trabalha em ortopedia tire a especialidade de pediatria, sem nunca lá ter trabalhado. Não seria bom colocar o requesito de ter que se trabalhar num serviço da área que se pretende pelos menos 1 ano...

desassossego
 
nao é para compreender.... Portugal é um país bem colocado no ranking das coisas sem lógica!!!!
 
Para bom entendedor…
http://www.sep.org.pt/images/stories/sep/accaosindical/2009/06/manifesto.pdf
 
Existem vários aspectos que se podem analisar em tal afirmação: o enfermeiro em questão desempenha algumas funções académicas? Se desempenha, e a bem da formação que presta, é bom que a sua investigação ou leccionação, como em qualquer área, não se cinja apenas a uma temática. Em segundo lugar, existe escassa oferta formativa quanto a doutoramentos em enfermagem, pelo que a maior parte dos enfermeiros é obrigado a especializar-se em ciências educativas, psicologia e sabe-se lá que mais para garantir a sua profissão. Caso não haja nenhuma academia envolvida, o enfermeiro está no serviço que quer ou pretende mudar? Quanto mais variada for a sua formação mais fácil será conseguir a mudança pretendida...
 
Já agora, vale a pena analisar e avaliar o conteúdo académico-científico das formações, complementos de formação, cursos de pós-licenciatura de especialização e similares.....
E, misturando assuntos (ou talvez não),o Relatório Critico de Actividades, é o quê? Alguém sabe? Qual é a sua utilidade prática?
MJSR, Porto
 
Cada vez mais os enfermeiros fazem formação avulsa, coleccionando diplomas e certificados e pagando fortunas!

Para quê? Boa pergunta!!
Conhecimento, óbvimente não significa competência o que implica que são cada vez mais teóricoa mas que no seu dia-a-dia não sabem nem querem aplicar esse conhecimento!
Deficiência do sistema?? Talvez!
Falta de regulação do ensino de enfermagem? Sem dúvida!!
É a Enfermagem no seu melhor!!!
 
Boa, Nocas!!!
 
São os especialistas de quase tudo que sabem pouco de quase nada!
 
Continuem a gastar os vossos "tostões" em formaçõEes. os patrões agradecem com aumentos salariais chorudos e rápidas progresões na carreira! PARVOS!
 
Porque no fundo nunca quiseram ser enfermeiros...
 
NÃO TOZÉ.
os colegas se apostam na formação é porque não pretendem cingir-se ao curso de base, querem melhorar, saber mais. É também por aqui que se ajuda a credibilizar a nossa profissão. E não andar a criticar os outros da forma como o faz...
 
Caro anónimo das 7:52PM
Credibilizar apostando na formação implica demonstrar na prática diária as mais valias dessa formação.
O que se observa diáriamente são enfermeiros a coleccionar diplomas e no seu dia-a-dia continuarem como até aí.
De que nos serve uma especialidade ou um mestrado ou outro se não desenvolvermos mais competências que nos façam ser valor acrescentado nas equipas???
Decidir e ensinar os colegas a decidir e a prescrever novas intervenções que tragam visibilidade á profissão e ganhos em saúde para os utentes??
 
Costuma-se dizer que o saber não ocupa lugar...se as formações pós-graduadas não aumentam competências é um problema, mas se não interferem com o trabalho, qual é o mal de serem tiradas?
 
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