sexta-feira, julho 24, 2009

Hospital no jardim...


"Enfermeiros de família, já!" link
(Isabel Stilwell - Editorial do Jornal Destak )

"Todos nós desejávamos ter um hospital no jardim.» Lembro-me de ouvir esta frase à bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Maria Augusta Sousa, quando me explicava em entrevista, porque defendia que os hospitais para serem eficazes tinham de ser centrais, cabendo o papel de proximidade aos centros de saúde, com um papel destacado para os «enfermeiros de família».
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Estes profissionais funcionariam em articulação com os centros de saúde, mas iriam ao encontro das famílias, fazendo com elas um trabalho de prevenção e prestando-lhe os seus serviços em momentos de crise, nomeadamente quando surge uma doença crónica, um doente que regressa a casa do hospital e precisa de ser acompanhado e reintegrado, ou em qualquer situação de emergência, em que uma chamada de telemóvel permite sossegar dúvidas.
Para já não falar na eficácia na prevenção e correcção de comportamentos de risco, quando se tem acesso à intimidade da casa de família. A ideia pareceu-me então, como me parece hoje, fazer todo o sentido, além de que está mais do que testada noutros países europeus. Se as pessoas tivessem «ao seu serviço» um profissional atento e disponível, e se o acesso a essa pessoa fosse simples, alguém duvida de que deixariam de correr para as urgências, ou a procurar um médico por tudo e por nada?
(...)
Por mim, se me derem um enfermeiro de família, vivo mais serenamente sem um hospital no jardim."
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Exceptuando a referência aos facto de "que os hospitais para serem eficazes tinham de ser centrais", concordo.

Comments:
Acho esta intervenção da Isabel Stiwell um verdadeiro mimo, para todos os enfermeiros que assumem os cuidados à familia com verdadeiro interesse e motivação. Esperemos que outras vozes se levantem em defeza dos cuidados de enfermagem a que cada familia portuguesa tem direito.
 
ai nda bem que já existem enfermeiros de saúde =)
 
"em defeza"!!. garanto-lhe que não há vozes que se levantem. Em defesa, já acredito que poderão existir as ditas "vozes". Mas, convenhamos, nós (os enfermeiros) também não somos nenhuns coitadinhos que precisemos assim tantos que nos defendam.
 
A discussão sobre a existência desta "proximidade" ou deste acesso à intimidade da família deve ser elevada para um patamar muito superior ao dos interesses das profissões. O que deve ser discutido não é se essa é uma oportunidade de dar um lugar de maior destaque ao profissional na miríade de respostas que o sistema de saúde pode dar em relação à saúde e à doença. O que tem que ser colocado no centro da discussão é a legitimidade que o sistema tem para o fazer, as questões éticas e legais que essa estratégia suscita, os interesses em jogo e o que pode querer significar uma intervenção profissional orientada para a alteração de comportamentos ditos de risco.
Considerar o Enfermeiro de família na perspectiva do post é ainda olhar para a parte visível do iceberg. Tudo o que está submerso é o que realmente tem que ser esmiuçado para se compreender o que é que se está realmente a querer fazer da saúde e da doença das pessoas.

VV
 
Isabel Stilwell (Destak!)

Eu vi esse jornal a esvoaçar pelo vento, meio amarfanhado(engraçado!) e a parar no caixote do lixo mais próximo!!
 
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