segunda-feira, agosto 17, 2009

O cerne da questão...


"A definição de Enfermagem não é para toda a vida. Creio que a Enfermagem é modificada pela época em que é praticada e depende, em grande parte, do que fazem os outros profissionais de saúde."

- Virgínia Henderson -

Para que todos os colegas que não têm um visão abrangente/longitudinal da Enfermagem e para quem diz que os Cuidados de Enfermagem são apenas "isto" ou "aquilo"... ou para quem opina assim:

"Esta discussão é uma vergonha (...) Dr Enf. "Se implica prescrever/administrar algo que o médico não prescreveu, faço". ALGO, depende! Se são cuidados de enfermagem autónomos, PERFEITO! Se estamos a falar de cuidados interdependentes, temos pena! Mas o Enfermeiro não pode prescrever, nem administrar por exemplo medicação. A mim irrita-me ver coisas destas escritas (...)."

Eu também tenho pena. Seguindo esse raciocínio (se os Enfermeiros há 50 anos pensassem assim, hoje a Enfermagem não existia tal como a conhecemos), os Enfermeiros ainda nem uma caneta teriam no seu bolso.
Estamos no Séc. XXI (diferentes contextos, complexidade crescente, outras necessidades, outra formação...) e existe algo a que nós chamamos... evolução.
Tenho mesmo muita pena de quem pensa que a Enfermagem será para sempre como é hoje...

Comments:
Exactamente...nada a acrescentar
 
Se tivesse lido primeiro este post já não tinha precisado de responder no post anterior a esta senhora "enfermeira velha do restelo". Infelizmente a nossa classe está cheia de profissionais destes, sem capacidade de visão de futuro, com medo da evolução (quiçá do aumento da responsabilidade). São os profissionais que não querem fazer um penso "sem o médico ver primeiro", não querem extrair um CVC porque "foi o médico que o colocou", mas não têm problema nenhum em lavar o chão ou levar um cafézinho ao sr doutor, se lhe pedirem. "Tenho pena destas pessoas, que me irritam".
 
Como enfermeiro sinto a necessidade de criar um fórum de debate, algo superior a "blogs de mal dizer".
Gostava que me indicassem o sentido do blog que pretendo criar, bem como a vontade de participar, quis os temas e quais os conteúdos.

Conto com todos
enfpublico@gmail.com
 
e ainda houve a colega, "inteligente", que afirmou, num tal congresso, que os enfermeiros deviam deixar de administrar medicação... a remoção do CVC, já a vivi, e só a tacanhez de elementos mais experientes - oa tais do restelo - renitentes à mudança, impediu outros comportamentos distintos na prática!
 
Olhe caro enfermeiro que quer lançar um forum novo que tal não denegrir espesinhar e DESTRUIR evolução de outras classe!!!

Sem este tipo de situações entre outras seria sem duvida um local de debate muito valido para a enfermagem se assim acontecer até eu TAE la vou para tentar aprender mais um pouco com voces mas á falta disso tenho de vir a este demonstrar o meu repudio e total desagrado em relação á vossa postura perante as outras classe principalmente ao bloqueio á natural evolução das vidas de milhares de TAE/TAS por esse portugal fora e por sinal TRISTEZA POR MAIS PORTUGUESES IREM MORRER Á ESPERA DE VMER COM TECNICOS Á FRENTE QUE POUCO MAIS PODEM FAZER DO QUE POSICIONAR, COLOCAR O2, LIGAR CODU A PEDIR AJUDA, PEGAR NA MÃO E ESPERAR,ESPERAR,ESPERAR E VER MAIS UMA VIDA APAGAR-SE PARA DEPOIS QUANDO ENTRAR EM PCR AI SIM LIGAR O FABULOSO DAE...

QUE SOCIEDADE TÃO TRISTE A DESTE PAÍS...

QUE CLASSE PROFISSIONAIS HUMANAS QUE TEMOS QUE ESQUECEM OS EUROS PARA TENTAR SALVAR UMA VIDA SO QUE SEJA...
 
O grave problema da enfermagem é que ao querer ser mais diferenciada, mais distinguida e fazer valer a sua importância se esquecee, isso implica óbviamente o aumento das responsabilidades.
Muitos enfermeiros querem ser mais isto e mais aquilo mas na hora H assumir responsabilidade....ai que medo!!!!!!
Claro que se administra paracetamol ou outro sem medo e sem problema desde que saibamos assumir todas as reponsabilidades desse actos (que são sempre praticados em prol do bem estar do doente e não para nos sentirmos doutores médicos).
 
concordo plenamente com o nocas. se fazemos temos assumir a responsabilidade.tá na hora de carregarmos com o peso dessa "carga". senão não vamos a lado nenhum. irritam-me profundamente os enfermeiros "múmias" que estão sempre à espera do aval do doutor para tudo e mais alguma coisa...
 
NOCAS, tu és brilhante!

O «cerne da questão» é que na Enfermagem existem muitas (mesmo MUITAS) pessoas BRILHANTES E INTELIGENTES.

Só que, aconteceu um fenómeno que não deveria ter acontecido. Os «sargentos» (leia-se, chico-espertos) DOMINARAM (na verdadeira acepção) a NOBRE PROFISSÃO e conduziram-na a "este estado de coisas"!

Pode(m) perguntar(em), qual a razão dessas pessoas BRILHANTES E INTELIGENTES não terem feito nada para se oporem?
Apenas sei qual é a minha resposta: ESTOU EM MINORIA. O "grupo" dos "sargentos" foi MAIS COESO.
 
NOCAS, tu és brilhante!

O «cerne da questão» é que na Enfermagem existem muitas (mesmo MUITAS) pessoas BRILHANTES E INTELIGENTES.

Só que, aconteceu um fenómeno que não deveria ter acontecido. Os «sargentos» (leia-se, chico-espertos) DOMINARAM (na verdadeira acepção) a NOBRE PROFISSÃO e conduziram-na a "este estado de coisas"!

Pode(m) perguntar(em), qual a razão dessas pessoas BRILHANTES E INTELIGENTES não terem feito nada para se oporem?
Apenas sei qual é a minha resposta: ESTOU EM MINORIA. O "grupo" dos "sargentos" foi MAIS COESO.
 
sim, o problema de muitos enfermeiros é terem a coragem DE ASSUMIR RESPONSABILIDADES!
É PREFERÍVEL QUE SEJAM OS OUTROS A TOMÁ-LAS.

A ENFERMAGEM ESTÁ A MUDAR. TEM QUE MUDAR. E ISSO DEPENDE DE CADA UM, DO QUE FAZ PARA DEFINIR A MUDANÇA.
 
Na enfermagem era urgente fazer uma triagem...há colegas que não querem evoluir...estão no seu direito !?...Enfim...

Apesar do problema do desemprego, cada vez concordo mais com a ideia dos auxiliares de enfermagem...

Quem quer estagnar, estagna...STOP!

Há que valorizar economicamente, profissionalmente e socialmente os outros. Isso poderia ser feito nas especializações e com a aquisição de um novo grau académico (mestrado) e novas competências...

Mas...não é bem o que se está a passar, pois não...Não quero ser pessimista mas vejo o futuro da enfermagem muito triste...talvez depois de bater no chão, a coisa melhore. ..

Ou então vamos assistir (ou já estamos a assistir) ao surgimento de uma série de profissões que vão substituir o que os enfermeiros faziam!!!

O que vejo hoje é excelentes enfermeiros em diversas áreas - emergência/EPH, reabilitação, saúde materna, cuidados primários, a inovarem a assumirem responsabilidades, com enorme competência técnico científica e vejo muitos outros a chamarem fisioterapeutas para ensinarem doentes com AVC - a comer, a vestir, .transferi-se..!!! A chamar o médico por qualquer disparate e dizerem disparates/aberrações ao médico!!!! etc...- A pedir ao médico para retirar CVC – técnica complicadíssima!! E eu que me lembro dos técnicos me pedirem para colher sangue naquele doente com maus acessos – agora há muitos colegas que se recusam a colher sangue porque não da sua função !!!!....qualquer dia é a administração da medicação (também já ouvi essa preciosidade) que não é da nossa função…

E o problema não é (só) de alguns chefes!!! Trata-se de uma causa multifactorial…

E a nova carreira não vem ajudar em nada...e não é só as remunerações!

Faziam bem à enfermagem uma clara divisão ds enfermeiros, separando os mais capazes dos outros, diferenciando competências e saberes, hierarquizar a carreira com vários patamares. Era muito fácil fazer isso, mesmo sem criar o auxiliar de enfermagem, mas obrigar a quem quiser evoluir a especializar-se e com dotações para especialistas e não com esta maluqueira do MDP em que todos vamos ser especialistas (quase estilo RVCC da enfermagem, que vergonha...).

Ainda pensei que os sindicatos tivessem um plano B para apresentar, com algo do genero do que disse, mas ...preferem quantidade a qualidade!! Vamos perder todos...é que se há uma profissão claramente estratificada é a enfermagem ...
 
Parece que os TAEs continuam a visitar-nos com ataques de histerismo, a escrever em caps lock. Mas vou fazer o favor (por misericordia e sem pensar em euros) de vos prestar um ensinamento: quando diz "PEGAR NA MÃO E ESPERAR,ESPERAR,ESPERAR E VER MAIS UMA VIDA APAGAR-SE PARA DEPOIS QUANDO ENTRAR EM PCR AI SIM LIGAR O FABULOSO DAE...". Meu caro, uma assistolia nao é um ritmo desfibrilhavel, por isso podes brincar àvontade com as pás enquanto esperas pela VMER que não vai acontecer nada. Na proxima lição vamos falar nos ritmos desfibrilháveis, mas só poderam participar licenciados na área da saúde.
Sempre ao mais alto nível!
 
O debate é necessario, mas, ter-se-à de abordar de forma correcta, sem ocultações nem sentidos impossiveis.
Tentemos ser reais e entender o futuro como ele é!
 
Quando acabarem os velhos do restelo e subirem os enfermeiros manobráveis....ai desculpem... .os pricipais, cá estaremos para ver!
 
Gostava de chamar a atenção para o facto de não haver suporte legal para qualquer prescrição terapêutica pelos enfermeiros.Também penso que a evolução não deve ir muito por aí, sob pena de atropelarmos as funções uns dos outros. Tal como os enfermeiros não suportam a ideia dos "paramédicos" com funções da nossa área, é natural que os médicos também não deixem invadir a deles.Os enfermeiros são os únicos que têm o privilégio de estarem 24 horas com o cliente. Todos deveriam ser especialistas na área relacional, porque colocar e retirar cateteres vários, treina-se em qualquer manequim. As competências que promovam a relação de ajuda no cuidar, desde a criança ao idoso, deverim fazer a diferença na nossa postura na equipa de saúde. É triste que se critiquem os chefes e outros profissionais que nos serviços se responsabilizam pela segurança nos cuidados.Os que só vislubram evolução na enfermagem pela prescrição e dizem ao doente que espere pela auxiliar para colocação da arrastadeira e no final do turno perguntam à auxiliar como se alimentou o doente, se evacuou, se teve micções, se viu lá as visitas, para colocar nos registos do processo e da classificação de doentes, vão seguramente ser os coveiros da profissão.
 
A enfermagem Mudou, mas não Inovou.
Os comentários como esse sáo mais uma prova disso
 
@ Anónimo das 12:06 am:
Ninguém falou em prescrição terapêutica por enfermeiros, mas em administração de MNSRM sem precrição médica; não sei se é o caso, mas se/quando tiver um filho, nunca lhe vai administrar um Paracetamol sem o médico lho prescrever? Nunca tomou nenhum MNSRM sem prescrição do médico? Se não se sente com capacidades/competências para o fazer a si, ao seu filho ou aos seus doentes, não o fazer é uma atitude responsável, mas assim sendo, digo-lhe que por muitas arrastadeiras que coloque e muitas mãos que segure, nunca será um(a) bom(boa) enfermeiro(a) e se não fossem aqueles que diz serem "os coveiros da profissão", em pouco tempo estaria a limpar o chão (de uma forma muito humanitária), a servir cafézinhos aos médicos (numa relação de equipa multidisciplinar) e a lavar arrastadeiras aos doentes para promoção da relação de ajuda. Bem hajam portanto "os coveiros" que sempre existiram e ousaram evoluir a profissão, desde a Florence Nightingale.
 
... sobre a prescrição de medicamentos pelos Enfermeiros:

A Lei do Exercício dos Enfermeiros (DL 104/98 de 21/04, no artº 83º refere, a propósito do DIREITO AO CUIDADOS, que, o Enfº tem o dever de:

"a) Co-responsabilizar-se pelo atendimento do indivíduo em tempo útil, de forma a não haver atrasos no diagnóstico da doença e respectivo tratamento".

O "tempo útil" pode definir-se como o prazo no qual as intervenções produzirão os melhores resultados.

Ora, esta orientação contida no Dec Lei que publica os Estatutos da OE e revoga alguns artigos do REPE é suficientemente abrangente, no meu entendimento, para permitir ao enfermeiro iniciar o processo de administração de terapêutica. Como aliás grande parte dos enfermeiros faz em situações em que o médico não está disponível, em que o doente beneficia de intervenção precoce, na prevenção quaternária e em situações emergentes em que o enfermeiro age (i.e., pode administrar terapêutica) com a finalidade de manter os recuperar as funções vitais (Artº 9º do DL 161/96 de 4/9, nº 4, alínea e).

O receio de ser incomodado ou mesmo penalizado pelos jogos de poder dentro do sistema de cuidados de saúde é que leva o Enfermeiro a cometer o grande erro: não assume, não regista e não comunica muitas vezes o que faz. Isso pode levar a sobredosagens, a que não se respeitem os intervalos mais adequados entre as tomas, que não se saiba que drogas o doente faz, étc.

Por outro lado - e é nesta percepção que fundamento a minha oposição à prescrição de terapêutica por parte dos enfermeiros no momento actual que a enfermagem atravessa -, há um caminho prévio a fazer na capacitação dos profissionais para os qualificar para essa (e outras) função.

As coisas não se podem analisar com base em raciocínios do senso comum: não é só dar paracetamol porque o doente tem dor ou porque em casa também se dá ou ainda porque é medicamento de venda livre; o chá verde também é de venda livre e os abusos no seu consumo já motivaram transplantes hepáticos.

Enquanto não compreendermos que o captopril pode ser usado para subir a tensão arterial, que a posição de Trendelenbourg pode agravar a hipotensão arterial, que o ar de uma ventoínha é mais eficaz para aliviar a dispneia de um doente terminal do que muitas vezes o O2 que teimamos em administrar..., penso que é prematuro querer avançar para a prescrição.

Estamos muito agarrados às rotinas (sem muitas vezes percebermos para que é que existem e como podemos flexibilizá-las), aos cuidados mínimos, às pequenas hierarquias instaladas nos serviços, às relações muitas vezes perigosas entre grupos profissionais, à má língua, às revistas cor de rosa, às telenovelas, às vendas por catálogo, aos registos (e que registos!...), enfim...

Estamos demasiado preocupados com o que não queremos fazer (arrastadeiras e afins), com o que nos andam a roubar (técnicos, farmacêuticos,...), com o passado (cafés, médicos e tal e tal), com o prestígio social que queremos ter, com a necessidade de termos uma sub-classe em quem mandar,... e nem reparamos que estamos a perder o comboio do conhecimento - esse sim, que nos abre caminhos bem mais interessantes do que o ram ram do dia a dia.

VV
 
Ora cá está.
Até que enfim há colegas, (enfermeiros, entenda-se) que começam a perceber que a responsabilidade se sobrepõe à obediência.
Isso é crescer.
Vem o MDP, mas faltam os modelos para os modelantes se modelarem.
Velhos do restelo, se é o que penso, deviam saber ensinar com o seu exemplo qualquer coisa.
Os novos do restelo têm muita graça mas como os carros precisam de ser rodados, se não gripam e nunca mais se pode puxar por eles.
Mas é animador ver a palavra responsabilidade a entrar nestas discussões. É que é aí que reside a maior parte da questão.
E se não for que um raio me parta tudinho.
 
"...estamos a perder o comboio do conhecimento"

Cara VV:

Tem razão em muito do que escreve, mas ... repare...não será por perdermos muito tempo com cuidados básicos que estamos a perder o comboio do conhecimento?

A diferenciação gera conhecimento e o conhecimento gera diferenciação, não acredite no contrário, até porque me parece uma pessoa inteligente!
 
"É com muita mágoa que vejo a destruição da nossa carreira (actual e futura) pela mão daqueles que nada mais têm feito na sua vida profissional do que viverem com os restos do nosso trabalho, que são o que paga os vencimentos de todos os sindicalistas que temos a tempo inteiro nos sindicatos de enfermagem. Sou enfermeiro, tenho uma especializaçao, tenho a categoria de enfermeiro chefe, e desempenho funções dirigentes na Admn. Publica como chefe de divisão. Para além disso tenho investido a minha formação, porque tenho três pós-graduações, um mestrado e no momento encontro-me a frequentar um programa de doutoramento. Sou sindicalizado, e já fui dirigente sindical (no tempo em que não eramos remunerados por esse exercicio). Sou profissional há 25 anos, e portanto acho que estou à vontade para falar sobre o desenvolvimento profissional dos enfermeiros. Para mais, estou ainda mais à vontade para saber qual a diferença entre um chefe de carreira (o meu caso) e um chefe de nomeação (que também é o meu caso). E posso-vos dizer que é muito diferente. Por outro lado, enquanto que os médicos lutaram para ter mais categorias, os enfermeiros só ficaram com duas, e valeu-nos o empenho da Ministra, porque pelos sindicatos, até não tinhamos nenhuma. E sabem para quê? Para que aqueles que não investiram em formação, que não se preocuparam em construir os seus curriculos (sim, porque os curriculos constroem-se), possam, de um momento para o outro subir na carreira, sem grande esforço, basta apenas uma nomeação. De fora da carreira vão ficar os actuais enfermeiros chefes e supervisores, e os actuais especialistas passam a enfermeiros, para bem junto dos laboriosos sindicalistas. Este é o verdadeiro espirito de camaradagem soviética. Todos iguais, só que uns são menos e outros serão mais ... esperem para ver ... aliás, vejam o percurso de grande parte dos sindicalistas profissionais quando deixam os sindicatos ..."Partilho inteiramente com esta exposição. Acrescento que só não fez especialidade quem não esteve para se chatear e perder dinheiro.Fiz concursos de provas publicas para chefe. Sempre investi na formação continua. Agora fico fora da carreira e quem esteve quietinho, sim porque o complemento foi um passeio( estágios em contexto de trabalho sem supervisão e sem avaliação, trabalhos sem discussão), agora é posicionado ao mesmo nível do especialista e do chefe. É a ideologia soviética, no facilitismo socrático.
 
Anónimo das 7:02 (Dr Enfº ?)

Desde que sou enfermeira que presto cuidados básicos e cuidados diferenciados. É neste continuum que o enfermeiro se coloca em posição chave para aceder à natureza humana na sua diversidade e complexidade. E é pela vivência desta dinâmica que nos tornamos capazes de detectar problemas e avaliar situações, planear intervenções, delegar responsavelmente tarefas, supervisionar a sua realização, re-ajustar o que for preciso e ter uma noção exacta dos resultados alcançados.
Repare que, sendo uma enfermeira como outra qualquer e "perdendo" tempo com cuidados básicos, nunca deixei de aprofundar os conhecimentos de que vou necessitando para dar resposta às solicitações da minha responsabilidade profissional. A questão é de atitude e cultura. Não me digam que porque não subimos de escalão e tal e tal, porque a carreira não é o que gostávamos e tal e tal, ... não vale a pena investir e estamos desmotivados e tal e tal... Responsabilidade moral acima de tudo. Somos gente que cuida de gente e não se adminte que não saibamos justificar o que andamos a dizer que fazemos, querendo fazer mais do que aquilo para o que realmente estamos preparados.

VV
 
Como poderemos evoluir se não se priveligia em termos de carreira o processo formativo construido a muito custo pelos enfermeiros que tiram pos graduações, mestrados e doutoramentos e não verão os seus esforços reconhecidos na futura carreira por simples decisão sindical, ao contrário do que acontece com a carreira docente.

È ridícula a posição sindical!!!!

Deve estar e existir para os enfermeiros e lutar pelos seus interesses..não é justificação assumir como:
"não entra em negociação" os mestrados e pos graduações tirados com muito sacríficio pelos enfermeiros com base na opinião de um conjunto de enfermeiros que foram a umas reuniões, há não sei quanto tempo atrás!

Sou sindicalizado e sinto -me ofendido por tomarem como certa o ponto de vista de
"não valer a pena lutar por este direito que outras carreiras, como a docente tem contempladas", com base nessas reuniões que NÃO EXPRESSAM A VONTADE DA MAIORIA DOS ENFERMEIROS NA ACTUALIDADE!!!MAS SIM DE UM GRUPO DE ENFERMEIROS, HA MUITO TEMPO ATRÁS!!!!


Somos e devemos ser equitativos com outras carreiras.

A manutenção da postura sindical na NÃO DEFESA EXPLÍCITA DOS DIREITOS DOS ENFERMEIROS A PROGREDIREM NA CARREIRA COMO ACONTECE NA CARREIRA DOCENTE COM A AQUISIÇÃO DE MESTRADOS E DOUTORAMENTOS, não deixando sequer para o governo a decisão desta opção (pois ja foi expressa em comunicado) É UMA AFRONTA ABUSIVA QUE COLIDE com o papel de qualquer estrutura sindical!!!!


Por este motivo, caso não reconsiderem pelo menos ouvirem novamente os enfermeiros sobre esta matéria e levarem para a mesa negocial esta lacuna na proposta apresentada, então terão que sofrer as consequencias por colecta ABUSIVA DE DÍZIMA, charlatice e burla qualificada, por de forma EXPLÍCITA NÃO DEFENDEREM OS INTERESSES DOS ENFERMEIROS E DA ENFERMAGEM!

sÓ COM FORMAÇÃO EVOLUIMOS, OU PENSAM QUE A LICENCIATURA ENQUADRA-SE EM QUE TIPO DE ACTIVIDADE?

oS DIRIGENTES SINDICALISTAS SERÃO SENTADOS NO BANCO DOS RÉUS A SEU TEMPO SE MANTIVEREM ESTA POSTURA!

Pois andamos a pagar para defenderem uma carreira justa, que tenha em conta os interesses dos enfermeiros e da população e não reconhecemos legitimidade a estes sindicatos para nem sequer apresentar a proposta ao governo, nem lutarem pelo que temos direito!
 
Andar a defender uma carreira de licenciatura onde uma grande parte dos enfermeiros já possuí mestrados e doutoramentos é um completo absurdo!
A carreira antiga conseguida pelos "velhos do restelo" contemplava o reconhecimento das habilitações académicas ....esta carreira que se diz justa (onde?)defendida por tantos "iluminados" nem completa a licenciatura....
E são tão "iluminados", tão "iluminados" que querem que regressem as auxiliares de enfermagem, para juntar a todos os técnicos que já existem (técnicos de diagnóstico, etc, etc.)a quem muitos delegaram funções, dando "tiros nos pés".
Efectivamente não há pachorra!

José Lima (enfermeiro, por enquanto!).
 
VV:

Não concordo com a sua visão e não sou o DE.

As pessoas são intelectualmente estimuladas pelas funções/actividades que exercem...

Os enfermeiros dançam a música que pedem para dançar - não sei se está a perceber o que quero dizer...

É se exigissem mais aos enfermeiros, eles (ou muitos deles...) respondiam com competência e profissionalismo.

É dificil compatibilizar a arte de fazer uma cama com ...algo mais exigente!! Principalmnte quado há enfermeiros que passam uma grande percentagem do tempo em "tarefas" simples e que poderiam ser executadas por alguém devidamente treinado e com as tais caracteristicas humanas que também defendo...

Mas enfermagem não pode ser sinónimo de caridade, humanidade,bondade, sacrifício, ...

São nomes bonitos e adequados a quase todas as profissões!
 
"caridade,humanidade,bondade, sacrificio,"! que confusão vai na cabeça de certas pessoas. Os técnicos de saúde utilizam a relação de ajuda no cuidar. Há 32 anos já me ensinaram assim. Parece que que afinal há NOVOS DO RESTELO.
 
@ José Lima

Não quer iluminar "os iluminados" dizendo porque se manifesta contra a criação dos auxiliares de enfermagem? Receia perder a responsabilidade de tarfefas que exigem arte e ciência como... fazer camas ou transportar arrastadeiras? Não me diga que é dos tais do restelo que deixa a responsabilidade de aspirar secreções ou fazer um penso para o médico mas ambiciona a responsabilidade de limpar o chão com compaixão, numa atitude holística para promoção da relação de ajuda com o doente.
 
Enfermeiros reféns da definição de Enfermagem?

E eu que julgava que uma actividade era o que os seus membros fazem e não o contrário...

Eu digo... A Enfermagem é o que os enfermeiros quiserem fazer dela e é Enfermagem tudo o que o enfermeiro quiser fazer...
 
Lamento imenso Doutor Enfermeiro, mas na actualidade não pode administrar medicação sem prescrição médica. Se o fizer é crime.
Se são cuidados de enfermagem autónomos, PERFEITO! Concordo. É aqui que os enfermeiros deverão investir e mostrar o seu valor. No potencial autónomo. A medicação, para já, não é autónomo. Nem a medicação em SOS até porque há uma prescrição de um médico que diz ADMINISTRAR EM SOS. xP
Mostrem o valor do potencial autónomo da Enfermagem.
Doutor enfermeiro, se a enfermagem se passa a centrar em técnicas (até um macaco aprende a técnica) sem atender à PESSOA vai-se desvirtuar.
Afinal o objecto de estudo da Enfermagem está mais que definido!

Cumps!

JONATHAN DAVIS.
 
"Mostrem o valor do potencial autónomo da Enfermagem."

Por vezes, acredite, tenho dificuldade em perspectivá-lo. É que seguirmos a prescrição à risca, lembro-lhe que quase tudo é objecto de prescrição. Até a imobilização! Ou seja, a sua autonomia está em poder fazer aquilo que qualquer leigo pode.


"Doutor enfermeiro, se a enfermagem se passa a centrar em técnicas (até um macaco aprende a técnica) sem atender à PESSOA vai-se desvirtuar."

Ora, tomemos então a metáfora. O macaco pode, no melhor das possibilidades, aprender técnicas básicas. É por isso que os Enfermeiros lutam - fazer mais do que o básico!
Aliás, muitos de nós já o fazem (mais do que o básico), mas ilegalmente. Se compreender alguma coisa de "comportamente animal", sobretudo primatas, sabe que um primata faz centrar muito da sua acção em outro primata, muito semelhante à nossa "centralidade na pessoa". Se é fácil ao macaco aprender técnicas básicas, é muito mais fácil (diria mesmo inato), centrar-se na "pessoa".
Não é bem esta "baixa diferenciação" que se pretende para a nossa profissão. Viveremos sempre procupados com usurpações, visto que são fáceis de concretizar. Quanto mais elevado for o domínio técnico-científico (e das relações humanas, também concordo!), mais forte é profissão, mais útil se revela, mais necessidades satisfaz e, consequentemente, mais reconhecida e bem retribuída se torna.

É que já vi AAM's, ignorantes e sem formação, dominar melhor as relações humans do que Enfermeiros com doutoramentos na área. Boa parte dessa capacidade, até é inata (isto não é novidade). Por muita formação que tenham, muitos Enfermeiros nunca lá chegarão (ao domínio das relações). Ora, isto é nivelar a nossa profissão e funções com alguém que nem formação teve. É fraco manifestamente.
 
Foram os efermeiros que "descobriram" a relação de ajuda? Não me parece ...

Os professores de enfermagem (e não só...) é que se agarram a esse conceito por não terem mais nada para se agarrar, (e para ensinar, talvez...) por incompetência ou principalmente comodismo!!!

Uma vez deixei uma professora a gaguejar quando lhe pedi em estágio para demonstrar na prática a um determinado doente como se aplicava a relação de ajuda, ...ela não aplicou...ficou fula e disse uma série de baboseiras...entre elas que a relação de ajuda é inerente ao próprio trabalho de enfermeiro. Eu depois disse - bem, tem razão nesse aspecto ...concordo totalmente, mas então...porque é que o colocamos no processo de enfermagem (supostamente individual)dos doentes??


Passei à risca...só por ter pensado!!

Filosofices!!!

NOTA: Odeio enfermeiros mal educados, com falta de capacidades a nível da comunicação, da relação de ajuda, do relacionameno inter pessoal...o problema é que boa parte da personalidade humana forma-se até aos 5 anos!!

E...continuamos a encontrar bons profissionais (em termos humanos) - enfermeiros, médicos, padeiros, porteiros, telefonistas, carteiros, pedreiros, engenheiros, ...

Bem sei qual a diferença entre empatia e simpatia, mas também acho que há muito, e muito de inato nessas caracteristicas pessoais ...se os enfermeiros se agaram apenas a isso, então a profissão vai acabar qualquer dia (pelo menos como a conhecemos (ainda) actualmente!!
 
"Foram os efermeiros que "descobriram" a relação de ajuda? Não me parece ...

Os professores de enfermagem (e não só...) é que se agarram a esse conceito por não terem mais nada para se agarrar, (e para ensinar, talvez...) por incompetência ou principalmente comodismo!!!"


Muito bem. O(A) colega anda a dizer mais verdades do que eu. Parece mesmo que alguns Professores não gostam de pensar. E quando pensam fazem-no "pantanosamente" (como eu gosto de apelidar). Pensam, pensam, pensam e não nasce fruto algum! Enquanto outras profissões contribuem diariamente com avanços técnicos, científicos e humanos para a sociedade, a Enfermagem portuguesa não tem contribuído com nada. Sim, a portuguesa, porque a norte-america, por exemplo, marca pontos todos os dias e ao mais alto nível (estou a prepapar um post bem ilustrativo)!
 
Cara VV

O captopril serve para subir as tensões? E Trendelenburg escreve-se como??

Enfim...
 
"Se compreender alguma coisa de "comportamente animal", sobretudo primatas, sabe que um primata faz centrar muito da sua acção em outro primata, muito semelhante à nossa "centralidade na pessoa". Se é fácil ao macaco aprender técnicas básicas, é muito mais fácil (diria mesmo inato), centrar-se na "pessoa"."

Doutor enf:

De macacos pouco percebo. O único que conheço é mesmo o macaco adriano.
De facto comparar a realidade da relação dos primatas com a relação entre as pessoas, e ainda por cima muita das vezes enfermeiro-pessoa doente não faz sentido.
Acredite que a relação é bem mais complexa do que qualquer técnica. Não menosprezo o papel dos enf´s que trabalham só com técnica...mas acreditem que não é isso que faz evoluir a profissão enquanto ciência! Vejam no que se centram os doutoramentos do enfermeiros!!
Se é formação superior é porque há um corpo autónomo de saberes!

RESUMINDO: Ninguém deverá saber mais de Enfermagem do que os enfermeiros!

JONATHAN DAVIS
 
Escreve-se pés mais elevados que a cabeça; assim todos entendem!
 
Francamente:

Sim, o captopril também serve para subir a TA. Estude e não esteja a querer parasitar o meu intelecto.

Trendelenburg escreve-se assim como eu escrevi. Desculpe, costumo consultar literatura original.


VV
 
Fique sabendo LP (será Long-playing - LP?)que nunca me cairam as mãos por fazer camas ou transportar arrastadeiras ainda em aluno e em recém -formado para ajudar, quando era necessário, mas como se trata de uma função do âmbito dos assistentes operacionais, é lógico o enfermeiro não a fazer, na maioria dos locais de trabalho por onde passei e tenho passado.
Tenho realizado muitos pensos, administrei muita terapêutica, fiz colheitas de sangue em muitos locais, ao longo do meu percurso profissional. Realizei muitas técnicas que, evidentemente não vou enumerar, porque você nada tem a ver com isso, (nem sei se é enfermeiro...), o mesmo já não se pode dizer de muitos "iluminados, ou será antes "frustrados" (pois é vê-los a se inscreverem nos recentes concursos para medicina, os tais...), que deveriam estar calados, em vez de falar, porque o que sabem não aprenderam por geração espontânea, mas através de "velhos do restelo". No meu local de trabalho, os médicos não fazem pensos, nem extraem CVC (tendo extraído muitos sem supervisão nem antevisão médica)outras actividades que pertencem, por direito. aos enfermeiros.
Nunca fiz cafés a médicos nem outros técnicos, mas já vi muitos iluminados a fazer.

Estude e informe-se.
No passado, as auxiliares de enfermagem existiram por razões meramente economicistas... e mais não digo!
Pesquise e estude!
Houveram muitas enfermeiras mais importantes do que a Florence Nightingale, que lutaram pela enfermagem, mas o seu conhecimento, pelos vistos, é dimunuto...
Não estou para perder mais tempo com quem não merece...

José Lima (enfermeiro)
 
Caro Dr Enfermeiro:
Este tema cheira mal, eu sou enfermeiro e sempre desejei ser enfermeiro.Vê-se a léguas que você tem uma grande frustração. Aposto que o seu sonho era ser Médico mas não tinha médias... Não pode agora querer que a enfermagem evolua à custa das competências dos outros grupos profissionais. Não é de médicos que os doentes precisam, é de bons profissionais de enfermagem. E cada vez mais os enfermeiros se esquecem do seu papel e passam a vida preocupados com o papel dos médicos. Eu quando estou doente escolho o médico e garanto-lhe que adoraria escolher o enfermeiro porque alguns deixam muito a desejar...coitados devem sentir-se muito frustrados por não prescreverem medicação. Tantos cuidados de enfermagem para além da prescrição ...
 
Gostava de chamar a atenção para o facto de não haver suporte legal para qualquer prescrição terapêutica pelos enfermeiros.Também penso que a evolução não deve ir muito por aí, sob pena de atropelarmos as funções uns dos outros. Tal como os enfermeiros não suportam a ideia dos "paramédicos" com funções da nossa área, é natural que os médicos também não deixem invadir a deles.Os enfermeiros são os únicos que têm o privilégio de estarem 24 horas com o cliente. Todos deveriam ser especialistas na área relacional, porque colocar e retirar cateteres vários, treina-se em qualquer manequim. As competências que promovam a relação de ajuda no cuidar, desde a criança ao idoso, deverim fazer a diferença na nossa postura na equipa de saúde. É triste que se critiquem os chefes e outros profissionais que nos serviços se responsabilizam pela segurança nos cuidados.Os que só vislubram evolução na enfermagem pela prescrição e dizem ao doente que espere pela auxiliar para colocação da arrastadeira e no final do turno perguntam à auxiliar como se alimentou o doente, se evacuou, se teve micções, se viu lá as visitas, para colocar nos registos do processo e da classificação de doentes, vão seguramente ser os coveiros da profissão.

PARABÉNS COLEGA, CONCERTEZA QUE GOSTA DE SER ENFERMEIRO. CONCORDO PLENAMENTE COM A SUA VISÃO DA ENFERMAGEM
 
@ VV


"Sim, o captopril também serve para subir a TA."

Deixou-me intrigado acrca de como um inibidor da enzima de conversão da angiotensina, pode actuar hipertensor...

@ JONATHAN DAVIS

"Não menosprezo o papel dos enf´s que trabalham só com técnica...mas acreditem que não é isso que faz evoluir a profissão enquanto ciência!"

A gestão de relações/sentimentos é algo que já, supostamente, é inerente à profissão. Ninguém deve ser despido de tal característica. Visto que as roupas do corpo são um critério básico, devemos olhar para outros horizontes...

@ Anónimo
"Os que só vislubram evolução na enfermagem pela prescrição e dizem ao doente que espere pela auxiliar para colocação da arrastadeira e no final do turno perguntam à auxiliar como se alimentou o doente, se evacuou, se teve micções, se viu lá as visitas, para colocar nos registos do processo e da classificação de doentes, vão seguramente ser os coveiros da profissão."


Um bom professor, deve ficar no finam da aula a limpar o chão e as janelas? Só os idiotas chamam as auxiliares (afinal de contas at´s os professores têm mãos...)...

A Enfermagem deve responder às necessidades dos utente. Antes de mais, o colega revela uma ignorância total relativamente ao desenvolvimento da profissão. So conhecesse a história, não escreveria asneiras que só a ignorância permite!

Suponha que o colega está num hospital com dores insuportáveis. O médico não está presente, não tem SOS's disponíveis e os médicos residentes não querem prescrever nada...

Espero, sinceramente, que o Enfermeiro que estiver consigo lhe faça uma boa massagem e execute um técnica de relaxamente enquanto o colega desmaia com queixas álgicas inimagináveis. (eu preferia um Enfermeiro que me administrasse um analgésico!)
É pr isso que os utentes secundarizam os Enfermeiros. Não lhes resolvem os problemas...
Na perspectiva do utente, os bons profissionais resolvem os problemas aos utentes...

Qual é para si o melhor engenheiro informático? Aquele que conserta o seu computador ou aquele que estabelece uma bela relação empática consigo e lhe explica que não pode arranjar o seu computador, porque não sabe... ou não pode...


Há uma história curiosa acerca da prescrição no Reino Unido: quando o governo manifestou intensões de estender a prescrição aos Enfermeiros, muitos, tal como o colega, oposeram-se argumentando que blá, blá, blá e filosofias falaciosas sem solidez. Mas o governo depois anunciou uma coisa interessante: os prescritores teriam melhores salários! Imagine só, acabaram imediatamente as filosofias e os pruridos existencialistas - já todos queriam prescrever!
 
@ José Lima, enfermeiro (e aam nas horas vagas?)

Nunca lhe caíram as mãos por fazer trabalhos "que é lógico o enfermeiro não fazer", mas por esta acção sem lógica (deduzido das suas palavras) caíu um pouco do seu estatuto enquanto enfermeiro. Ainda bem que nem toda a gente pensa assim, caso contrário andávamos todos a lavar o chão... afinal de contas "não nos caem as mãos" e se for "para ajudar" é algo lógico (?). Se é isto que tem para ensinar aos "iluminados", é melhor ir fazer camas.
Continua a viver "no passado" quando "as auxliliares de enfermagem existiram por razões meramente economicistas" e mais não diz (porque não sabe); não lhe digo para pesquisar e estudar, mas para pesquisar e actualizar-se. Se não estiver "para perder tempo" com a enfermagem, pois acredito que não lhe sobre muito tempo para a enfermagem depois de fazer as camas, transportar arrastadeiras (e sabe-se lá que mais funções "sem lógica"), eu depois dou-lhe uma ajuda com uns links e coisas assim sobre a actualidade dos auxiliares de enfermagem (nos países onde existem) e sobre a realidade da enfermagem (não "a do passado", a do presente).
 
Como é que vocês (enfermeiros) querem ganhar como licenciados, se continuam a fazer e ter as mesmas responsabilidades que um enfermeiro com a 4ª classe ou o 9º ano???

Não deveria ser mais inteligentes e assumirem outras responsabilidades com autonomia???

Só pelo facto de terem uma licenciatura não lhes dá o direito de terem um salário mais elevado... O sócrates não é ignorante...
 
Caros colegas, uma pequena informação: os auxiliares de enfermagem existem em quase todos os países, excepto em Portugal.

Curiosidade é o facto de ser precisamente nos países com auxiliares de enfermagem que os enfermeiros mais têm evoluído.

Os cuidados de enfermagem são claramente estratificados. Eu concordo que é importante fazer uma cama, cuidados de higiene e conforto ... mas será que todos os cuidados de enfermagem necessitam (devem) ser feitos por profissionais com a mesma qualificação?

Respondam racionalmente...

Dou uma ajuda se tiverem um lar de idosos, quantos enfermeiros a ganhar 1500 euros (ordenado de licenciado) contratavam? Para os cuidados de higiene, claro...
 
5:24:
"Pés mais elevados do que a cabeça" não é posição de Trendelenburg.

DE:
O captopril actua para além da função de IECA e funciona também como cardiotónico ajudando aqueles corações "espapaçados", com cardiomiopatias dilatadas, a bombear sangue, permitindo subidas na TA muito importantes em pessoas cuja hipotensão pode comprometer a perfusão cardíaca, renal, hepática e cerebral. É a dosagem (baixa e repartida em várias tomas) de captopril administrada que permite sobrepor esta função à de inibidor da ECA.
Infelismente há enfermeiros que não administram o captopril porque o doente está hipotenso, estando desso modo a prejudicá-lo ainda mais.

VV
 
captoril para elevar a pressão arterial??? cuidado...assim não devem mesmo precrever..será que confundiu com o facto de servir para efectuar o teste para diagnóstico da hipertensão renovascular???


alguem que já foi enfermeiro
 
tredelembourg, intensões,que é isto?

a palavra é, num blog, a nopssa iamgem.

não há correctores, no mínimo, nos vossos computadores?
 
@ VV

Estamos a falar de funções distintas. De facto, qualquer IECA, é utilizado na ICC em baixas dosagens (para incrementar e rentabilizar o esforço das fibras cardiacas), mas atenção, o efeito não é hipertensor! Dosagens repartidas são sempre, pois, os IECAS, para serem eficazes, têm de ser administrados em pequenos intervalos (semi-vida é curta, (independentemente das dosagens), fica rapidamente disponível é metabolizado e excretado de forma célere.
Relativamente às cardiomiopatias dilatadas/Hipertrofia ventricular esquerda (antecessoras de ICC's - insuficiências cardíacas), o captopril funciona, tal como afirmei atrás, por rentabilização, (melhorando a pré-carga) e tornando o mecanismo de ejecção (pós-carga) mais eficaz. Daí a aparente e evidente melhoria do bombeamento e irrigação.

P.s. - Esta área é uma das minhas paixões.
 
IOL!
"AAM" LP:

"Fique sabendo LP (será Long-playing - LP?)que nunca me cairam as mãos por fazer camas ou transportar arrastadeiras ainda em aluno e em recém -formado para ajudar", a partir daqui nunca mais as fiz (PARA SUA INFORMAÇÃO TENHO 15 ANOS DE EXPERIÊNCIA COMO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM, E NÃO SÓ EM PORTUGAL COMO NO ESTRANGEIRO).

Os AAM, agora para sua informação são assistentes operacionais.

IRRA, você deve ser mesmo AAM, ou seja, AO, só pode!

Estou bem actualizado, a todos os níveis, mas você não, pela resposta dada, e já agora adira às novas oportunidades, aproveite porque constatei que nem sabe fazer uma interpretação comum de um comentário que até um miúdo do 9º ano a saber fazer.....iol.

hehehehehhehehehehhehehehhehehehhehehehehhehe!

VERGONHOSO, no mínimo!


José Lima (enfermeiro)
 
DE:
Importa ressaltar que os IECA's estão indicados em caso de disfunção sistólica e que não têm necessariamente de ser repartidos, por exemplo o captopril deve ser e o perindopril não.

Apesar de tudo os IECA são realmente eficazes é na redução da pós carga através da diminuição da RVP e não tanto na pré-carga, através da acção iniidora no sistema renina angiotensina, evitando por isso o remodeling.
O efeito na pré-carga é relativamente pequeno à custa da retenção de potássio.

Quando digo pequeno apenas me refiro à causa principal do efeito.

Porém não pode ser à custa disto que os enfermeiros não poderiam responder...

Se perguntar a 90% dos médicos, eles também não o sabem... mas podem prescrever certo? Os dentistas também prescrevem certo?

"Os enfermeiros não podem prescrever porque não faz parte da natureza da Enfermagem"... Mas Enfermagem segundo quem? De que ano? Aonde?
E eu que julgava que a Enfermagem era o que os enfermeiros faziam...
 
e ainda querem prescrever com conhecimentos de farmacologia/fisiopatologia assim..
 
@ José Lima:

Repito o que disse porque me parece que não sabe interpretar e escrever, como também não deve saber ler: "Actualize-se!"

AO e AAM não são a mesma coisa. Eu explico (se souber ler):
As carreiras na Função Pública foram reduzidas a 3:
- Técnico Superior
- Assistente Técnico
- Assistente Operacional

Assim sendo, compreenda, que assistente operacional tanto pode designar as AAM, como as auxiliares educativas como centenas de outros profissionais, pelo que eu prefiro manter a designação AAM, para que saiba de quem eu estou a falar (aquelas a quem compete transportar arrastadeiras, sabe?). Já agora:
"iol": portal de internet (estava a fazer publicidade, era?).
"Lol": é um acrónimo para "lots of laughs", (que em português significa algo como "muitas risadas") ou, "laughing out loud" (algo como "rindo muito alto.
Como vê, e repito, precisa de se actualizar, mas estamos aqui para ajudar e nem precisa de aderir ás nova oportunidades.
 
IOL!
Só fala em AAM.....
Bate sempre na mesma tecla, não há pachorra mesmo!
Foge!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

José Lemos (enfermeiro)
 
Não sabe mesmo ler, nem escrever (sequer o próprio nome, Lemos ou Lima ou Limões)... é triste, mas são estas pessoas que ancoram a enfermagem no lodo da ignorância.
 
LP, o meu nome é josé Lemos Lima, portanto não está errado.... é o seu qual é? LP?, QUE TRISTE .... porque além de ser ignorante a muitos níveis, como mostra, porque ofende pessoas sem as conhecer o que diz muito da sua personalidade com fraca formação e sem nenhuma educação.

Deus queira que nem trabalhe na saúde, porque na minha boa fé, não acredito que existam prestadores de cuidados com a sua pouca formação, senão coitados dos utentes a seu cargo....

Adeus porque consigo não vou disponibilizar mais tempo .... não me dá gozo nenhum, e na verdade, só faço aquilo de que gosto, ao contrário de alguns que falam, falam e não fazem nada para evoluir na enfermagem (o que se constata nos comentários que faz) e são uns pobres frustados (por serem o que são?) que debitam conteúdos sem fundamento nenhum porque a inteligência não lhes dá para mais!

José Lemos Lima (enfermeiro)
 
" E o bondodo ermita de tão entretido que andava a adorar a Deus nem deu conta que Ele tinha morrido na Sexta-feira Santa-Assim falava Zaratrusta (Soroastro)-Nietzsche.
Tal como o bom do velho também os enfermeiros têm andado muito entretidos em apoiar, até à exaustão tarefas próprias de outros, muitas vezes rondando o servilismo mais torpe e no pior sentido.
Não culpemos ninguém disso.
É o nosso fado.
 
@José Lemos Lima:

Já era para ter deixado de lhe dar importância há muito tempo, só não o fiz porque me senti ofendido desde o seu primeiro post, até este último; não se refira à minnha formação porque não sabe qual é e se houve algum de nós que debitou conteúdos sem fundamento, repare que não fui eu, senão releia os posts de cada um de nós. Mais ignorante que você, tenho a certeza que não sou, mas de que adianta falar de ignorância a um ignorante que nem sabe a diferença entre "iol" e "lol", ainda que lha tenham explicado? Devia ser mais humilde na sua atitude e coerente nas sua palavras (um pouco mais de educação também não lhe faria mal). Ainda bem que gosta do que faz, mas infelizmente isso faz com que se resigne com o que tem e não aspire a mais. A sua sorte é que quando os frustrados com o pouco que têm conseguem mais, conseguem evoluir a enfermagem, você acaba por evoluir, por arrasto.
 
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