sábado, setembro 05, 2009

Enfermagem pós-moderna?


Comentador (HESE, EPE (Évora)) disse...

"No meu serviço, trabalhamos 2 pessoas para 27 doentes, no turno da tarde... Somos também 2 (DOIS) em dia de SIGIC... claro que na Noite somos (sou) 1 (UM; ONE;)!"


Comentador anónimo disse...

"Coisas dessas ou semelhantes vão acontecendo por todo o lado. E nem imaginam o que se ganha com o SIGIC...

Mas os Enfermeiros continuam a fazer cliques nas estúpidas intervenções do SAPE a afirmar que tudo o que estava planeado foi feito, há quem passe mais tempo no computador do que com os doentes, aliás se colocarem cinco Enfermeiros no turno da tarde de um dia e noutro 2 verificar-se-á que (pelos registos) fizeram o mesmo trabalho! É que o pessoal a fazer cliques com o rato é bom, pelo menos no meu hospital!!
Assim não vamos a lado nenhum, na enfermagem o centro dos cuidados e das prioridades está a deixar de ser o doente.

Eu já trabalho há mais de 25 anos e garanto aos mais novos que a generalidade dos Enfermeiros eram bem mais respeitados antigamente, nos tempos em que era o tal modelo bio-médico e que o que interessava era o doente e não se escrevia quase nada. Claro que se tem que se escrever, outros tempos, mas depois de ler um plano de Enfermagem que uma jovem colega airosa me mostrou fiquei sem saber se devia rir ou chorar:

- Vigiar a acção do doente (que raio de intervenção esta...);

- Manter o cadeirão travado (parece que o pessoal é mesmo burro e deixa os cadeirões todos destravados, ainda bem que escrevem isto e parece-me que em todos os doentes... ainda para mais é uma intervenção muito específica da Enfermagem quem quiser travar um cadeirão chame um Enfermeiro - só não sei se existe a intervenção destravar o cadeirão???).
Deixo só estas duas pérolas da Enfermagem moderna, mas a folha que tenho em meu poder tem mais e tirei estas como podia tirar outras, são quase todas uma verdadeira palhaçada e parece uma lista de tarefas de AAM...
.
Será que os doentes ganham algo com isto?

O tempo que passam a clicar nisto em todos os turnos (!!!!) a todos os doentes (!!!) talvez desse para vigiar mais e melhor os doentes, para travar cadeirões e destravar outros, orientar as AAM em muitas das actividades banais e rotineiras que aparecem, estudar um pouco em casa e no trabalho aproveitando o potencial dos computadores e da internet a sério e apostar a sério na formação em serviço. É que, com a minha idade, qualquer dia posso precisar de um Enfermeiro a sério!"


Tem razão sim senhor. Muita razão. Invenções acéfalas são uma consequência da ânsia desmesurada em nos afastar da ciência e do modelo bio-médico (que não é necessariamente sinónimo de desumanização, anti-holismo, etc.)!

É que, colegas, os Enfermeiros já não são (nem nunca foram) os únicos adeptos do holismo! Já é possível ver leccionadas estas matérias em quase todos os cursos de saúde (incluíndo cursos técnicos e medicina)! Se era este o caminho para nos afirmarmos como autónomos, a paragem do autocarro... está cheia. O caminho passa por aqui, mas não é o destino.

Comments:
Você sonha muito alto.
 
No meu serviço se não efectuamos os registos (as tais bolinhas CIPE/SAPE) por limitação de tempo corremos o risco de sermos enxovalhados pela nossa chefe. Compreende-se perfeitamente que um enfermeiro tenha uma média de 13 doentes (manhã), 17 (tarde) e 20 (noite) e consiga fazer registos, alterar o plano e OLHAR PARA OS DOENTES! Das duas uma: ou faço registos bonitinhos para evitar não conformidades ou então PRESTO CUIDADOS com cabeça, tronco e membros!
Inclusivé chego a ouvir pérolas deste género: "Se (na manhã) não se der a "volta" das 15h não há problema; o que interessa é completar o CIPE/SAPE".
Está certo!
Até já estou a ponderar deixar de dar terapêutica das 15h para ter tempo de colocar umas intervençõezinhas novas...

Fora estes comentários infelizes de alguém que não presta cuidados (nem está numa maca há espera deles!) acho que o CIPE/SAPE é um mais valia por ser uma linguagem universal e por simplificar a elaboração do plano de cuidados. Agora, cabe a cada um filtrar o que acha mais importante para si. Por exemplo: que raio de intervenção é esta "Prestar os cuidados da tarde" (inserida no fenómeno higiene)?
cumps
 
Acrescento ainda aquela intervenção do "optimizar a fralda"!
E tudo o resto parecem é intervenções para os auxiliares.
E ciência? O aborto é um tipo de nascimento com característixcas muito especificas de facto!!!
Aliás, esses cliques na medicação p.e., de nada confirmam.
Assinala-se ou regista-se a medicação que não foi administrada e porquê, em vez de clicar em tudo, e dp passar o turno ao colega o pq de não ter administrado (efeitos secundários, etc.)!
E concordo com o nosso holismo e as teorias "humanitárias", porque no fundo sempre tivemos razão, por isso é que "eles" vêm buscar o nosso trigo para amassar o seu próprio pão! Agora, não se deve entender este humanismo com o simples e aberrante "dar a mão". É prático, simples e extremamente eficaz.
Mas deixar o bio-médico para trás, é enterrar a enfermagem.
De facto, se não formos activos para tratar o doente, então para nada servimos.
E há intervenções que devido a responsabilidades que não se têm, mas que se querem, e devido a éticas da treta e afins, se relegam essas mesmas actividades para quem é da competência (p.e.: médico coloca CVC, é médico que retira. Enf recusa retirar CVC pq não é empregado. MAs pela história da enfermagem, se calhar agora o enf retirava o dito cujo, e daqui a alguns anos até colocava! Assim se passa em muitas nefrologias, onde enfs canalizam acessos centrais).
A autonomia essa via em muitos enfermeiros há 30 anos. E suturavam, abriam, cortavam, tratavam, colocavam gessos, enfim, todo um rol de actividades que todos pensam que ainda hoje se faz, mas que dp do curso ficam a pensar onde é que está a enfermagem!
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Filipe Parte 1

Boas!

Queria aproveitar para, dada a situação actual, dar umas sugestões aos nossos sindicatos.
Em primeiro lugar queria dizer que sempre discordei da estratégia de negociar a carreira de licenciado e de iniciar as reivindicações à posteriori, sempre concordei mais com a estratégia da FENPROF afecta à CGTP como o SEP, que conseguiu nivelar todos os professores por cima, até as educadoras têm o mesmo vencimento que um professor do secundário. Mesmo com a antiga carreira de enfermagem era possível fazer algo de semelhante. Se a estratégia era colocar todos os enfermeiros como especialistas, então a altura indicada era ter substituído a treta do complemento por cursos de dois anos, com uma especialização (muitos professores assim fizeram e muitos tiraram assim mestrados) e exigir de imediato a abertura generalizada de concursos para especialistas. Estou em querer que haveria muitos que não estavam para se chatear a estudar mais dois anos, mas quem perdia tempo e dinheiro tinha hipóteses de ser recompensado, bem (para já) não vamos mais chover no molhado…
 
FILIPE Parte 2

Em segundo lugar queria sugerir ao negociadores sindicais o favor de me ouvirem e perceberem que falo por muitos e muitos enfermeiros:

A primeira grelha que colocava em cima da mesa era a nova tabela dos pessoal docente, referindo que apesar da crítica constante dos professores, das suas manifestações, os enfermeiros, como são bonzinhos … a aceitavam e era só “copiar” e “colar”… as habilitações são as mesmas, a duração da formação também muitos dos estabelecimentos de ensino também (politécnicos) por isso… eu sei que era ironia, mas…até passava para a comunicação social: enfermeiros aceitam carreira rejeitada pelos professores. Com a transição eu passava a receber mais 500 Euros!!!!

Em alternativa tentava construir uma carreira mais adequada à evolução da enfermagem em geral e dos enfermeiros que querem evoluir…é que não são todos!..

Assim e se o governo não estivesse mesmo para partir da base dos sensivelmente 1500 de base, mantinha-se a base nos 1200 mas com três sub categorias dentro da de enfermeiro (Enfermeiro interno, enfermeiro e enfermeiro graduado) o interno demorava um ano na sua posição, tutelado por outro enfermeiro (obrigatoriamente principal), depois seria enfermeiro por mais três anos com reforço salarial, e finalmente passaria a graduado com novo reforço salarial, a partir daqui, se não quisesse estudar mais, aprender mais, era enfermeiro graduado e subiria de x em x anos de acordo com a avaliação de desempenho acordada (também ela importante, tal como o de x em x anos!...) A remuneração mínima para o graduado seria os tais 1500€. Em relação à categoria de principal também a sub dividia em três categorias (especialista interno, especialista e especialista graduado) e funcionaria nos mesmos moldes anteriores. Mantinha as especialidades nas escolas mas com um ano de internato tutelado organizado pela ordem e que só aí entregava o título (tal como para o generalista). O acesso à categoria de principal era por concurso e os rácios teriam de ficar já definidos – pelo menos 50% dos enfermeiros em exercício efectivo deveriam ser principais.
A partir daqui era penso que tínhamos uma boa base para podermos trabalhar e evoluir, nomeadamente a nível das especialidades (as quais já deveriam estar reformuladas há muito tempo). Era prioritário a criação de especialidades “úteis” e adequadas às necessidades de cuidados de saúde: a área da emergência/urgência, enfermeiro de família, reabilitação,…
Deveria iniciar-se desde já uma luta pela prescrição de um determinado número de fármacos pelos enfermeiros especialistas, nomeadamente os de emergência e os de reabilitação: no caso da emergência era para oficializar uma prática já corrente, agora reparem na diferença que fazia nos cuidados à população termos enfermeiros especialista em reabilitação com possibilidade de prescreverem ajudas técnicas, material para pensos, loções/pomadas/cremes diversos, alguns analgésicos, etc… nem sequer colide muito com a área médica …e teria uma aplicabilidade enorme numa população envelhecida, aliás o enfermeiro de reabilitação deveria tornar-se no profissional de referência na prevenção e tratamento de úlceras de pressão (mas como pode fazer isto se não pode prescrever um simples creme hidratante, uma placa hidrocolóide, uma almofada de gel…).

Vamos ser inteligentes a negociar a carreira!

Obrigado

FILIPE
 
Srª Enfª, permita-me discordar da ideia de que o modelo biomédico não é anti-holista, pois na verdade segui-lo é continuar a promover nas ciências da saúde uma visão fragmentada, centrada no tratamento médico e perfeitamente à margem da Declaração de Veneza.

Dizer que o paradigma holístico não é exclusivo da enfermagem é uma redundância visto que todos sabemos que estamos a falar de formas de pensar cuja génese vem da Antiguidade; não foram os enfermeiros que o inventaram, mas souberam (e bem) integrar os seus pressupostos naquilo que define as Ciências de Enfermagem, com benefícios para o cidadão, para a profissão e para a saúde em geral; incorporar uma visão holística/ecológica/sistémica nos cuidados não é nada de ridículo; é um desafio que nos responsabiliza perante a sociedade e nos compromete perante o cidadão. Não esqueçamos porém que isso obriga a que usemos essa mesma visão não apenas quando olhamos de dentro para fora da profissão, mas também de modo a que quando os outros olham de fora para dentro percepcionem a nossa razão de existir, e especialmente que quando olhemos de dentro para dentro sejamos capazes de compreender a necessidade de desenvolver a nossa actividade de forma equilibrada entre aquilo que é intrínsecamente técnico, o que se crê objectivamente científico e tudo o resto que faz parte das misérias e das alegrias humanas.

Só para concluir diria que a tendência actual da Enfermagem portuguesa não se enquadra naquilo que se supõe ser a pós-modernidade, pois se assim fosse estaríamos perante horizontes bem mais alargados e espíritos muito mais tolerantes à diferença.

VV
 
E qual a necessidade de estar sempre a meter a bolinha na cabeceira elevada todos os turnos? Passa-se muitas vezes a vida a validar o que na realidade não se faz e devia fazer...o que interessa é o que está nos registos.

Eu quero ver quando houver um problema a sério, como vão justificar que afinal não fizeram isto e aquilo, mas estava registado...inventam tanto!!

A intervenção de manter a pele seca é também brilhante, princpalmente quando logo aparece outra a dizer para aplicar creme hidratante. Eu até percebo que tenha alguma utilidade num contexto específico, num caso específico...será que há enfermeiros que não sabem que se deve secar bem a pele, principalmente nas pregas cutâneas e é preciso escrever isto todos os turnos, quase a toda a hora!!!

Depois há quem entre com EAP, ICC, IHC e tenha 2 litros de água para beber por dia pois faz parte do carimbo informático...eu cá acho que este SAPE/CIPE estupidifica muitos enfermeiros!!
 
Os "cuidados da tarde" inseridos na higiene são o que antigamente se fazia (em muitos) serviços de internamento: cuidados de higiene sumários para maior conforto do doente acamado, realizados no turno da tarde.

Isso agora é ridículo porque o correcto é, quanto muito, mudar fraldas. Mudar ou trocar, de preferência virando o doente de lado sem o avisar e puxar a fralda suja (que nunca se rasga nem faz abrasões na pele) para não perder tempo. Quanto muito usar toalhetes ou uma esponjinha húmida para não dizer que não se passou nada na pele cheia de urina seca ou empapada no suor.

Ridículo mesmo é ter uma pessoa que urina para a fralda, lavar a sua pele com água verdadeira e sabão, secar, passar um creme, colocar uma fralda nova, e... cúmulo do ridículo... antes de mudar a roupa da cama, limpar o colchão de modo a tirar os restos de porcaria que ali se vão depositando de turno para turno.

Quando não se percebem os fundamentos, dificilmente se compreende a razão de ser das coisas.

VV
 
Não podia estar mais de acordo. Sou recém licenciado e desde praticamente o início do curso que sou da mesma opinião. Iniciei o meu contacto com a área da saúde como socorrista da cruz vermelha, e a determinada altura decidi fazer o curso de enfermagem porque para além de sentir necessidade de mais e melhor conhecimento, do tipo que é fundamentado com bases científicas e teorias validadas pela evidência, admirava alguns dos enfermeiros do pré-hospitalar com que me cruzava no dia-a-dia pela sua aparente capacidade técnica e conhecimento (apesar de muitos me tratarem, passe a expressão, como "um monte de merda" apenas porque não pertencia à grande classe da enfermagem a que me habituei a chamar de "iluminados" por essa e outras razões). Com o andar do curso, e a passagem pelo diversos ensinos clínicos, acabei por constatar que a realidade era muito diferente. Uma realidade em que o conhecimento científico era menosprezado em prol de planos de cuidados da treta e estudos de caso todos diferentes, mas infelizmente todos iguais. Esqueçam lá a anatomia, a fisiologia / fisiopatologia ou a farmacologia / farmacoterapia. O que interessa é a relação de ajuda, e a comunicação, e os trabalhos de investigação (qualitativos claro!) à base de questionários mais cruzinha menos cruzinha. Infelizmente não foram poucas as vezes que vi o meu esforço para adquir e manter o tal conhecimento de que falo, completamente frustrado com análises arrogantes da minha personalidade, sempre demasiado intromissivas na minha vida privada, como se a enfermagem se tratasse de uma espécie de percurso religioso e não uma profissão onde se exige que as pessoas saibam o que estão a fazer... É claro que não incluo nesta descrição a totalidade dos enfermeiros que conheci, até porque, apesar de tudo continuo enfermeiro. Mas a verdade é que sinto que cada vez mais a enfermagem é vista exactamente da maneira com que ninguém parece concordar, ou pelo menos admitir, como uma espécie de profissão auxiliar de quem realmente sabe o que os doentes (perdão clientes. ou devo dizer utentes? ou...???)precisam: os médicos. É triste, mas é assim. Por muitos exemplos nobres que possam apresentar, de enfermeiros que isto e enfermeiros que aquilo, a realidade é que ser enfermeiro hoje é cada vez mais ser um profissional vazio de competências valorizadas por uma autonomia responsável e certificada por um conhecimento inequívoco e transversal a toda a classe, uma realidade onde não se realizam colheitas ou se fazem ecg's porque é um trabalho menor, e onde não se colocam CVC's ou drenagens pleurais porque é trabalho de muita monta e ai jesus ter de saber essas coisas todas que os médicos e os seus superiores, os cirurgiões, aprendem nessa catedral que é a escola de medicina (ai que é tão difícil ler livros e assim...).
No fundo, administra-se, limpa-se, e avisa-se o médico quando é preciso(até porque para o resto existem os verdadeiros técnicos de saúde: médicos; cardiopneumologistas; nutricionistas; dietistas; analistas... enfim, aquela malta que teve matemáticas, bioquímicas e outras coisas horríveis e mázonas na faculdade... e alguns mesmo á séria assim com primitivas e ciclos de cori e não sei mais quê... valha-me deus!!!).

PM
 
De facto a CIPE tem mtas lacunas de implementação m axo k q e a forma de dar visibilidade a nossa profissao, seja ela positiva ou negativa...pk a CIPE tb vai permitir identificatr k n foram feitas X intervenções pk n houve recursos temporais ou de pessoal. logo n devemos assinar so pk gostamos de clicar no botaõ do rato, alias em termos juridicos e uma ilegalidade porque as pessoas estão a registar algo k n efectuaram. Claro k n ajuda ter um superior hierarquico que nos diz k os cliques são mais importantes que os cuidados de enfermagem, talves qd esse alguem tiver internado se lhe possa dizer k n lhe podemos dar a volta das 15h pk temos de fazer registos, talvez ai essa pessoa percebesse...
 
BIS
Seus incompetentes, demitam-se pois a corja eleitoral em que se misturam não interessa à maioria dos enfermeiros. No minimo retribuam dignidade aos cargos que ocupam:
DEMITAM-SE POR VERIFICADA INCAPACIDADE DE REPRESENTAÇÃO E DEFESA DOS ENFERMEIROS E POR FALTA DE ESTRATÉGIA NEGOCIAL AO QUE PARECE SER SEGREDO DOS DEUSES
 
Consultar site do SEP
DRTM
Hospital de Chaves
 
Em relação á CIPE e pelo que aqui já li, só me apetece dizer que quando não se sabe o que se faz com a "ferramenta", a culpa não é desta...
 
VV

antes de mais, eu não sou EnfermeirA, sou EnfermeirO.

Em primeiro lugar, eu não disse que foram os Enfermeiros que "inventaram" o holismo. Menciono no post o facto dos Enfermeiros - isso sim - serem "adeptos" do holismo.

O modelo biomédico não é necessariamente anti-holístico! Concordo com uma colega nossa, reformada há 1 ano, que afirma que há 10 anos atrás era mais fácil perspectivar um indivíduo como um "todo", relativamente aos dias de hoje. No máximo, neste momento, perspectivamos o computador como um "todo" (sic).

Provavelmente a colega VV tem uma concepção do modelo biomédico diferente da minha, baseada na conduta dos médicos das últimas gerações.
Note que, por exemplo, antes de um cardiologista ser cardiologista, é médico de medicina geral com formação que engloba a vertente sociológica, psicológica, etc.
Aquela velha expressão que reproduzia que os médicos "sabem cada vez mais sobre cada vez menos" é tão verdade como dizer que os Enfermeiros "sabem cada vez menos sobre cada vez mais".

Não é só falar em competências, modelos e paradigmas. A preocupação exaustiva em procurar uma "mala" de viagem linda, confortável, agradável e adequada ao conteúdo a transportar, faz com que... nos esqueçamos do conteúdo. O Enfermeiros andam com "malas" cada vez mais bonitas com cada vez menos conteúdo. E acredite, os utentes (porque já fui utente), se acreditam nos profissionais de saúde, fazem-no com base na assumpção relativa à sua bagagem, metaforicamente falando. Quanto maior a bagagem, mas respeito e reconhecimento.

Depois, há a questão central: os Enfermeiros servem para responder a uma necessidade decorrente de um devir liderado por algumas mentes paradigmáticas, ou para responder às necessidades dos utentes?

É que o mundo é agreste e selectivo, e tal como muitas profissões se extinguiram à medida que deixaram de servir os interesses da população, a Enfermagem existe para responder a necessidades de saúde.
Não é a primeira vez que vejo utentes com dores reclamar de Enfermeiros que usam métodos não farmacológicos contra dores classificadas como intensas. Depois ouve-se:
- chamem o médico que o enfermeiro é inútil.

A este respeito tenho uma história interessantíssima (que guardo para uma próxima) que reflecte bem a necessidade dos enfermeiros responderem às necessidades dos utentes.


Por fim, deixe-me questioná-la (e sei que vai perceber o fulcro da mesma): contratava um engenheiro informático para limpar o pó do seu monitor?

P.s. - eu, provavelmente, contratava mais rapidamente um para limpar o pó dos chips sensíveis e das placas e restante hardware complexo que exige know-how...
 
Olhe colega PM, até chumbei um estágio porque perguntei se me estavam a gozar quando me disseram que eu tinha de encher "balõezinhos" para uma "festinha" para os "idosinhos", após eu replicar que não estava a estudar propriamente para animador social (como ainda à pouco tempo sugeriram para os recém-licenciados seguirem esse precurso numa cerimónia de final de curso devido à falta de emprego), claro que após me adjectivarem de inémico, tecnicista, com pouca "relação de ajuda", brincar aos Bombeiros e mais umas coisas assim parecidas, acabou por me saltar a tampa e...mais 6 meses para repetir o estágio.
Dizia-me ontem um TAE/Aluno de Enfermagem: "que diabo então se isto é uma palhaçada de éticas e relações de ajuda, depois não querem paramédicos, cardiopneumologistas,etc, é que alguém tem de fazer alguma coisa além de segurar na mãozinha do velhinho".
A seguir ao Paramédico começam-se a criar as condições para se implementar o P.A. americano e isso seria o fim da Enfermagem em Portugal como a conhecemos. Aliás além de já termos ficado atrás no Processo de Bolonha, penso que todos nós nos começamos a interrogar se dada a orientação que a Enfermagem segue em Portugal se se justifica continuar como Licenciatura pois o FACTO È QUE NÃO RESPONDEMOS ÁS NECESSIDADES REAIS DO DOENTE NEM DAMOS SOLUÇÕES ESTRUTURANTES PARA O SNS.
Veja-se os Farmacêuticos (questão das vacinas), identificaram uma necessidade global para a população, prepararam-se técnicamente e resolveram um problema que muitas vezes lhes surgiu: "onde é que posso ir levar a injecção?" Claro que perante uma atitude tão objectiva e consistente não havia forma de travar o processo, agora o pior é que isto me parece o inicio do fim...
C2
 
VV:

Acha que um médico não necessita estabelecer uma relação de ajuda com um doente? Ou não pode? Ou não deve porque é competência do enfermeiro?!!!E um fisioterapeuta? e um psicólogo?

OHH minha cara VV, os "cuidados da tarde" é o que ainda hoje se realiza em muitos lares de idosos e por auxiliares!! Eu sei que foram "inventados" por enfermeiras, mas ...

Se fosse proprietária de um Lar de idosos pagava 1500 Euros por mês a enfermeiros para prestarem os tais cuidados da tarde ou formava convenientemente as auxiliares e certificava-se que realmente cumpriam os cuidados?

Mas e se fosse o tal enfermeiro de rabilitação da carreira do comentário do Filipe? Já pensava em contratar?

Eu conheço bem a CIPE e o SAPE e é sem palavras...é só inventores!!!

Qual o interesse de colocar num plano e de validar isso todos os turnos de coisas simples, banais e que normalmente se fazem a todos os doentes? Até parece que quanto mais se clica nas bolinhas melhor o doente fica é que também vejo muita relação de ajuda e apoio emocional informático e puramente virtual. Lá por estar escrito não quer dizer que se faça e bem no fundo no fundo o que conta é o que realmente se faz e não o que se escreve, apesar das baboseiras da OE e das profs das escolas que gostam de insinuar o contrário.
 
"Em relação á CIPE e pelo que aqui já li, só me apetece dizer que quando não se sabe o que se faz com a "ferramenta", a culpa não é desta..." é verdade em parte, o problema é que a ferramenta não ajuda em nada, o SAPE é uma BOSTA.

Em relação à CIPE tenho dicionários melhores em casa...LOL
 
Sr. Dr. Enf. (continuo a pensar numa certa Enfª Supervisora sindicalista, do Norte, mas fica o benefício da dúvida...):


Não, não contratava um engenheiro informático para essa tarefa. Também não contratava um enfermeiro para pedir e arrumar consumíveis, para fazer horários, para preencher requisições a solicitar electricista, canalizador...
Contratava um enfermeiro para gerir os cuidados de enfermagem na minha clínica, para coordenar a intervenção multiprofissional, para prestar cuidados de enfermagem aos meus clientes.
Também contratava bons enfermeiros para os cuidados aos que amo quando um dia precisassem. Não para lhes limparem o pó como se de máquinas se tratasse, mas para me ajudarem a cuidar deles.

Quanto à metáfora das malas, fico com a sensação que os enfermeiros tiveram uma espécie de ataque de histerismo e começaram a deitar fora o que traziam na mala, na ânsia de lá enfiarem coisas que não sabem muito bem se lhes serve, mas que à partida pensam que lhes dá mais prestígio.
Eu, embora um pouco naif e materialmente minimalista, prefiro guardar o que tenho e acrescentar à mala aquilo que possa contribuir para maior eficácia nos cuidados de enfermagem que presto. E a mala nunca me parece cheia, a ponto de não caber lá mais nada. E quando tiro de lá algo, nem sequer vem muito amachucado... Incrível, não é?

Quanto às terapias alternativas e complementares, eis uma bom tema para um post. Há muitos mitos e ideias erradas acerca dessa questão, a começar pelo toque terapêutico que diz respeito (diria que quase exclusivamente) à enfermagem.

VV
 
Cara VV tudo isso é treta.
O ensino de enfermagem é vergonhoso, chegamos a um ponto em que os próprios alunos sentem necessidade de estudar durante as férias para colmatar a falta de formação técnica que é dada nas escolas.
É muito bonito termos mil e quinhentas teorias da treta, mas todas elas dizem o mesmo, e tudo o que dizem pode ser aprendido por qualquer analfabeto.
Sabe porquê? Porque não passam de premissas que tentam ensinar gente a ser gente, e ninguém aprende a ser gente a ler textos merdosos!
Quando abrir os olhinhos e vir que as escolas de enfermagem são infindáveis tachos talvez depois compreenda.
Tudo o que é de ordem técnica e cientifica é ensinada por médicos, psicólogos, etc. todas as teorias da treta são ensinadas por "enfermeiros".
Como é que justifica isso? Qual é então a área exclusiva da enfermagem? O saber usar uma farda branca, limpa com tide?
Estou à espera de acabar o curso, e começar a trabalhar (ui!...) para ter dinheiro para comprar livros e começar finalmente a estudar alguma coisa com jeito, porque na escola só me ensinam lixo!
 
Isto do modelos holisticos é tudo treta, a meu ver. Holismo=Profissionalismo. Um bom profissional trata as pessoas com respeito, integrando nos cuidados todos as vertentes biologicas, sociais, psicologicas, etc... O grande problema, a meu ver, é que a larga maioria dos professores de enfermagem (claro que há excepções que não entram nesta maioria) são uns burros de primeira. E não vale a pena andar com rodeios. Qual é o critério mesmo para ir dar aulas para as escolas de enfermagem? Nas outras profissões quem dá aulas continua a trabalhar. É obvio. Contratar os melhores nas diversas areas para formar alunos. Mas não, a enfermagem é algo de especial... Os professores gostam tanto da profissão que nunca mais voltam a por um pé no hospital...
 
"toque terapêutico que diz respeito (diria que quase exclusivamente) à enfermagem."
Correcto. Aliás, o toque terapêutico foi inventado e criado por enfermeiros.
E não, não digam que é dar a mão e coisas afins. To que terapêutico deve ser aplicado pelo enfermeiro que tem essa formação especifica. Eu tive formação pelo Enf José A. Malta do IPN e foi brilhante!
 
No meio destas intervenções pergunto o seguinte:

Qual o papel das Direcções de Enfermagem de Hoje vs Ao papel das mesmas de há uma decada atrás?

Há uma decada atrás lutavam pelos racios adequandos ás necessidades dos doentes de cada serviço, mas hoje lutam pela adequação dos racios aos orçamentos hospitalares.
Para Clicar, realmente não faz falta muitos enfermeiros, saber porque se faz, são cada vez menos os que sabem.....
 
VV:

"Também contratava bons enfermeiros para os cuidados aos que amo quando um dia precisassem. Não para lhes limparem o pó como se de máquinas se tratasse, mas para me ajudarem a cuidar deles."

Está a sugerir que é preciso um enfermeiro para tratar uma pessoa com humanismo e não "como se de máquinas se tratasse"? O humanismo é algo que pode ser aprendido/ensinado num curso? Tenho as minhas (sérias) dúvidas.

DE:

Uma AAM pode travar um cadeirão, mas não o faz tão bem como o enfermeiro, que o trava de forma holística, numa aproximação multicultural, de relação de ajuda [bla, bla, bla] ao doente.

Julgo que o exemplo do técnico de informática não será o melhor (o pó dos chips sensíveis e das placas e restante hardware complexo) limpa-se da mesma maneira que o restante hardware).
 
"Julgo que o exemplo do técnico de informática não será o melhor (o pó dos chips sensíveis e das placas e restante hardware complexo) limpa-se da mesma maneira que o restante hardware)."


Mas tem formação para qualquer eventualidade (na realização da limpeza) e não só: para limpar placas e afins, muitas vezes é necessário removê-as para a sua manutenção (e inspecção). E o conhecimento deve ser recompensado.
 
Caro C2, é curioso como percursos semelhantes originam pontos de vista também eles semelhantes. Não imagina as dores de cabeça que tive ao longo do curso por ser TAE, ou as vezes de que fui acusado de ser demasiado tecnicista ou pouco humilde, quando na verdade a maioria não fazia a mínima ideia do que é a realidade do pré-hospitalar ou dos seus intervenientes (TAE's e enfermeiros incluídos), e confundia humildade com insegurança e subserviência cega. Infelizmente é esta a realidade. Tive colegas que se formaram com médias altíssimas e que diziam coisas dignas de um sketch ao melhor nível no nonsense dos monthy python, com a mesma segurança e orgulho com que declamavam as maravilhas da relação de ajuda e o interminável "holismo" da profissão.
Concordo quando diz que está aí o advento de profissões como a dos paramédicos e até do PA americano. A verdade é que a classe médica está completamente a borrifar-se para a exclusividade da execução dos actos técnicos a que toda a gente chama de actos médicos. De facto, o que a maioria quer, (pelo menos a maioria dos médicos que conheço em contexto de urgência hospitalar, incluindo um director clínico...)é que alguém com formação e competências certificadas os faça, sejam os enfermeiros ou quaisquer outros profissionais de saúde. Frequentemente ouço-os afirmar que não compreendem porque é que os enfermeiros se recusam de forma tão peremptória a incluir nas suas competências a execução desses actos técnicos ou o respeito e reconhecimento de procedimentos protocolados.
Infelizmente também me começa a parecer que os enfermeiros escolheram o seu caminho há muito.

PM
 
Caro colega PM, estamos em perfeita sintonia, mas cá estamos, sobrevivemos e por cá vamos continuar. No final dos favoritismos e dos anti-inémicos (leia-se modelo biomédico puro e duro) não cedemos a nenhuma lavagem cerebral, continuamos firmes na nossa maneira de ser e de estar e não somos "piores" Enfermeiros que os outros, simplesmente diferentes...Triste o rumo que leva a profissão.
Cumprimentos,
C2
P.S. A colega VV é aguerrida, há que lhe dar o mérito, mas olhe aqui entre nós, uma vitima (perdão, cliente) em Choque Hipovolémico precisa é de uns soros, tipo uns Lactatos e umas coisas assim e mais umas quantas coisas "feias biomédicas" que é para não morrer. O rapazito (leia-se Técnico de Análise) que lá vai fazer as colheitas de sangue não é dado a grandes Relações de Ajuda, mas tem emprego, porquê? Porque é útil ás vezes menos conversa teórica e mais trabalho técnico. É preciso equilibrio entre uma coisa e outra, o problema é que a balança só está a pender para um lado e então é preciso acrescentar uns Técnicos disto e daquilo para dar lastro no outro prato. Penso que não pode levar a mal esta perspectiva, pois o desemprego e desorientação que rege a Enfermagem neste momento traduz-se em desvalorização e desconsideração a todos os niveis para com os Enfermeiros (particularmente renumeratório).
Cumprimentos,
C2
 
PM:

Um dos melhores enfermeiros que conheço foi um que chumbou em estágio, pois sabia bioquímica demais quando falava dos medicamentos e os professores enfermeiros não percebiam o que queria dizer. Era e é uma barra na matemática, na informática e estatistica e um óptimo profissional no aspecto relacional...no estágio era um bocado introvertido mas agora já se soltou à muito ... precisa de tempo para se adaptar ...

Parece.me que há professores melhores agora nalgumas escolas, mas com essa moda dos internatos das especialidades as escolas vão ficar ainda piores e isso vai ser muito mau para a enfermagem, Faz muita falta aproximar as escolas da prática!
 
É vergonhoso que se discuta os malefícios da visão holística sem saber o que quer isso dizer...

Vião biomédica: o doente tem hipercaliemia...
administrar furosemida, gluconato de cálcio, glicose e insulina e afins e esperar reverter a hipercaliemia.

Visão holística: Fazer tudo o que foi dito anteriormente e chegar à conclusão que o doente faz hipercaliemias sucessivas porque tem diminuição da acuidade visual, não sabe ler e toma cloreto de potássio oral e come muitas bananas por dia porque é uma fruta que pode comer bem uma vez que não tem dentes e não tem familiares nem amigos nem enfermeiros que lhe dêm apoio domiciliário que o aconselhem no cumprimento do regime terapêutico...

Pobres profissionais de saúde que só se preocupam com o que está ao alcance dos olhos e das mãos e se esquecem de ver mais além...
 
Caro Magistral, discordo consigo em absoluto. O exemplo que referiu (do modelo biomédico) foi estabelecido com base, provavelmente, daquilo que conhece dos médicos que o rodeiam. Na verdade, em teoria, o modelo biomédico não é apenas isso. O que estabeleceu como sendo a "visão holística" está incluído nos "tentáculos" do biomédico.
Acho que o modelo biomédico é enxovalhado nas escolas de Enfermagem q.b. sem que a esmagadora maioria o conheça em profundidade.

Por exemplo, tenho médicos que me rodeiam, que até se preocupam com o contexto do fármaco que prescrevem - se o utente mora sozinho ou não (para o tomar a horas), se tem boa acuidade visual (para partir o comprimido), se tem possibilidades económicas (prescrever o mais barato), se é da mesma cor (o comprimido) dos restantes que toma habitualmente (para não o confundir)...

Se um utente se queixa de uma dor no calcâneo fazem Rx e TAC à coluna (porque entendem o o organismo funciona como um todo), se um utente se queixa de cefaleias recorrentes preocupam-se com a situação familiar, stress no trabalho, etc...
Aquele médico que apenas medica para consoante a evidência tamém não é um bom profissional, acredite (a maior parte deles é assim, porque simplesmente não estão interessados)...

Não estou a afirmar que sou um adepto incondicional do "biomédico", estou a afirmar que este foi descredibilizado em virtude do chamado "holismo" - que em alguns países está associado às medicinas alternativas.

No entanto, muitos actores do "biomédico" focalizam tanto a sua atenção em aspectos particulares, que, em última instância, se esquecem de pormenores que, à posteriori, influenciam a nossa visão do referido modelo...

Poo fim, numa perspectiva geral, percebemos que o "holismo" não é mais do que o "biomédico modificado" e associado a um globalismo característico das terapias orientais, com uns "pós" do exacerbalismo psicossocial, com uma biologia simplificada e explicada por fenómenos de etilogia variada e de índole "gestaltica". A grosso modo, e não querendo ferir susceptibilidade, quanto mais superficial é o conhecimento, mais "global" é a nossa aproximação relativamente a determinada objecto ou pessoa.

Enfim, é uma matéria interessantíssima que, julgo eu, cada um deve analisar para discutir...
 
DE
Seria mais credível a sua posição sobre a enfermagem se publicasse os comentários sérios que são feitos relativamente às discussões que os posts suscitam. Não me ocorre sequer que faça uma triagem, excluíndo o que lhe parece reforçar as opiniões que não coincidem com a sua. Mas como já é a 3ª vez que o faz em relação aos meus comentátios, "temos pena".

VV
 
VV

nunca eliminei (de que me recorde) nenhum comentário da sau autoria. Publico todos, independentemente da dircção da opinião, excepto os que contêm linguagem abusiva...
 
Aquilo que o colega DE fala é do modelo biopsicosocial... o Biomédico é unica e simplesmente virado para as doenças...

Penso que o problema aqui é a confusão nos termos...
 
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