terça-feira, outubro 27, 2009

Enfermeiros de Reabilitação - imprescindíveis, obviamente!



Há algum tempo atrás, a Direcção Geral da Saúde (DGS) emitiu uma Circular Informativa (ler post) relativa às "Orientações Técnicas sobre Reabilitação Respiratória na Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC)". Tal Circular fazia substituir, na constituição da "equipa indispensável", o Enfermeiro de Reabilitação pelo Fisioterapeuta:

(clicar para ampliar e ler)

.
Hoje (27/10/2009), a referida Circular Informativa foi corrigida e actualizada. Tendo em conta a indispensabilidade de um profissional como o Enfermeiro de Reabilitação, a DGS, após a intervenção da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação, procedeu à seguinte alteração:


(Clicar - em cada item - para ampliar e ler)


"A Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação (APER) encontra-se atenta ao que se passa com a Enfermagem de Reabilitação, empenha-se para que a mesma tenha a visibilidade e reconhecimento merecidos, agradece à DGS a abertura para a reposição da verdade do terreno e de algo que é mais do que justo para a Enfermagem e, neste caso em particular ,para a Enfermagem de Reabilitação.
Agradecemos também a todos os colegas que, apesar de todas as dificuldades e constrangimentos, também se encontram atentos e sempre prontos a dar o melhor no seu dia-a-dia para dignificar a profissão que servem.
Sempre ao dispor. Muito Obrigado. Até ao nosso Congresso Nacional.


Enf. Belmiro Rocha
Presidente da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Reabilitação
www.aper.com.pt
"


P.s. - Deixo, desde já, um cumprimento pessoal ao Enf. Belmiro Rocha, em primeiro lugar, pela cortesia e amabilidade, em segundo, pela defesa intransigente da profissão, demonstrada pelo interesse e dedicação que devota à mesma.


Comments:
Parabéns ao Presidente da Associação Portuguesa dos Enfermeiros de Reabilitação, pelo seu papel no repôr da dignidade nesta categoria profissional.
Tenho outra especialidade, mas notícias destas elevam-nos a auto-estima, nomeadamente nos tempos que correm. Só fico com uma dúvida. Qual foi o posição da nossa Ordem perante tal afronta a um grupo de especialistas?
 
Muitos parabéns!!!
 
Se todos os Enfermeiros fosse assim... parabéns ao colega.
 
Que seja este um bom exemplo do que é defender a enfermagem intransigentemente.
Os meus parabéns ao enfº Belmiro.
 
Pois é... não se ouviu nenhuma voz de bagaço a defender os Enfermeiros.
O que anda a fazer a nossa Ordem? A fazer sessões acerca do leite materno a pré-adolescentes...
Dou os parabéns à Enfermagem por haver profissionais como o Enf Belmiro; pela nossa Ordem dou os sentimentos, tenho penha.
Penso que esta atitude devia servir de exemplo às outras especialidades, refiru-me aos Enf Obstetras que se deixaram ultrapassar pelos fisioterapeutas na preparação e profilaxia do parto, entre muitos outros.
Enf Belmiro: Sempre ao mais alto nível!
 
Saudações

Felicito os Enfermeiros que não andam a dormir.

Muitos Parabéns
 
Saudações

Felicito os Enfermeiros que não andam a dormir.

Muitos Parabéns
 
Parabéns ao enfº belimiro e ao drº enfº!!
 
Também eu lamento a INÉRCIA da nossa OE, é abominável que os enfermeiros tenham que criar associações, para defender os seus interesses e

consequentemente os da classe. Pondero seriamente vir a tornar-me membro da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Urgência (APEU).

Pois enquanto a OE não for depurada dos "filósofos do papel", a Enfermagem nunca sairá do estado agónico em que se encontra.
 
AH GRANDE BELMIRO!!!!!
 
Os meus parabens. Estou maravilhado. São estas pequenas vitorias que me dão força para continuar. São estes profissionais que me servem de modelo como enfermeiro.

Muito Obrigado.
 
Prevaleceu o Bom Senso.

Onde esteve os elementos da OE que deveriam ser os primeiros a defender?

Parabens aos intervenientes, conhecidos e anónimos que permitiram que o Bom Senso prevalece-se e dignificarma mais uma vez a Imagem da Enfermagem.

Um Bem Haja
 
Precisamos de mais enfermeiros a defender a Enfermagem.
Isto não é um problama de alguns, é um problema de todos!
Vamos a isto. Nada de baixar os braços! Afinal, quando a razão nos assite, tudo é possivel, como foi o caso... obrigado colegas por este momento.
Precisamos de mais momentos como estes!
 
A enfermagem de reabilitação sempre ao mais alto nível e na linha da frente da enfermagem em Portugal! E sempre contra tudo e contra todos, um exemplo!!!
 
Meus ricos 7euros e meio, mensais...
Oh Enfermeiro Belmiro, por mim já fez mais do que a Bastonária, e eu que até sou especialista doutra área, fico de boca abertacom a inoperância desta (des)ordem!
Parabéns Belmiro!
 
Colegas, temos que pensar que Os Sindicatos e a Ordem não dão conta de tudo, nem podem resolver os múltiplos problemas que nos são criados todos os dias.
Por isso em primeiro lugar os meus parabéns ao Presidente da Associação de Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação e por outro lado agradecer também o trabalho e dedicação do gestor deste blog: comunica muitas coisas que os Sindicatos e Ordem ocultam. E a prova é: consultem os sites da Ordem e dos Sindicatos a ver se lá consta alguma informação...

Temos que nos unir e agir e esquecer Sindicatos e Ordem...estão noutra onda...

Não foi com a acção dos Sindicatos que se enfiaram 100 mil professores em Lisboa!! Foi com o contacto boca a boca... é o que temos que fazer.

Muitos Sindicalistas arranjaram um emprego para o resto da vida!!!

Abram e mantenham os olhos abertos.

E porque estamos num regime facho, mantenho o anonimato... as atitudes pidescas estão ai de novo..mas há que lutar contra o medo, contra a politica e a cultura do medo que este governo dito de esquerda implementou neste país...

Por isso vamos à luta e dignificar a nossa profissão.
 
Parabéns a quem alertou, e a quem tomou as diligências necessárias para não deixar passar mais uma pérola da tutela que desconhece o contributo real e quotidianos dos enfermeiros.

APER: Uma demonstração cabal, daquilo que as associações de enfermeiros devem ser....
 
Aja algum bom senso, mais uma vez onde anda a OE?
E agora um comentário descontextualizado, guerras do "quem é quem" à parte, curioso a quantidade de Enfermeiros recém-Licenciados que concorrem para...TAE, não os culpabilizo, não se trata de vender a profissão, trata-se de sobreviver, todos sabemos que a componente de Enfermagem no EPH está completamente monopolizada e não há lugar para os novos, pena que os colegas estejam na ilusão de poderem progredir, mas mais uma vez os "ratios" e após se ter criado uma autêntica linha de montagem com salvo erro 41 ESE a leccionar, resulta nisto, já não está em causa o prestigio da Classe para quem tem despesas e responsabilidades tem que se virar para algum lado, eu faria exactamente a mesma coisa, ganham os TAE`s é verdade mas também ganha o PH e posiciona os TAE`s para terem capacidade técnica que se revela uma mais valia, e realmente com um ordenado inferior o INEM acaba por ter Enfermeiros na mesma, mal por mal antes TAE do que empregado do supermercado (já me aconteceu ser atendido por um colega). Já agora também sou contra o monopólio das SIV pelo INEM, porque é que o modelo não é válido para a CVP e Bombeiros?
Espero que os colegas consigam ser TAE, actualmente têm condições de estabilidade profissional que na Enfermagem são uma miragem e pelo menos têm emprego na área da Saúde.
Cumprimentos,
C2
 
Então e a Carreira (leia-se tudo o que falta negociar)? Morreu? E mais uma vez, os que não pertencem ao SNS (Ministério da Justiça, Ministério da Educação, MAI, Forças Armadas e Administração Local, por exemplo), para quando? É que no SNS a Carreira não é boa, mas nos outros sitios ou é ainda pior ou então nem existe e as Instituições aplicam as regras que querem a seu belo prazer conforme lhes dá mais jeito...
Como é que uma Classe inteira se deixou chegar a este patamar de desvalorização? Numa conversa com um colega meu, ele respondeu-me "...mas nós não somos importantes...", já nem nós acreditamos no nosso valor, isto a mim parece-me dramático. Fico triste, adoro ser Enfermeiro mas realmente actualmente é uma má opção. Alguém me esclare idiotices como a OE não ter intervindo para a regular a área Criminal e Forense (até o FBI tem Enfermeiros Forenses)? Resultado os Enfermeiros que se estão a especializar na área passam a ser "Técnicos de Medicina Legal", os Enfermeiros do PH passam a ser TAE, e outros mais outra coisa qualquer, e no meio disto tudo lentamente o nome Enfermeiro cada vez mais passa a ser associado a "auxiliar do Médico", o Enfermeiro do Trabalho também caiu e foi substituido pelos THST, e continuamos a apostar numa nova nomenclatura de Especialidades ultrapassada, sem qualquer operacionalização possivel e que nos afasta da vanguarda da Saúde, aliás a mim parece-me que nos fasta mesmo é do Século XXI. Bom cada vez mais me convenço, é só tirar ENFERMEIRO das costas e escrever outra coisa qualquer e pronto já tenho uma carreira seja de que Instituição for (dentro e fora do SNS) e recupero algum do orgulho perdido. Por último quem é que apoia a Autoridade de Saúde? Técnicos de Saúde Ambiental (acho que é assim que se chamam), parece que Saúde Pública também é uma área sem interesse para a OE.
Mas o que se passa? Perdemos a sanidade mental?
C2
 
Estou com o NEL, porque com a OE e os sindicatos estamos entregues aos interesses dos pequenos grupos
 
Parabéns ao Enfermeiro Belmiro que alertou, tomou as diligências para que as competências dos enfermeiros fossem recohecidas, no papel pois já o são há muito em contexto de prática clinica.

As associações de enfermeiros precisam de ser mais pró-activas, mas não são as únicas, os Enfermeiros em Geral precisam de ser mais interventivos .

Somos ainda muito acomodados e esperamos que alguém resolva as coisas por nós , Sindicatos, Ordens... E se tudo começar por nós. Quantos não escrevem uma carta de denúncia perante situações anomalas ?

Mais uma vez parabéns por este sucesso ao Enfermeiro Belmiro que conheço pessoalmente.
 
Acrescento ainda que são precisos mais enfermeiros a defender a Enfermagem e a alertar para potenciais falhas.

Não podia deixar de enviar os Parabéns ao Enfermeiro Belmiro também e espero que tudo esteja a correr bem à sua recente sobrinha . :)
 
Olá a todos,
Parabéns aos intervenientes que permitiram esta (DIGNA) correcção da DGS.

Não obstante, devemos também interrogar-nos sobre uma coisa que já me atormenta, pelo menos desde 1999 (ano em que ingressei na Escola de Enfermagem): se, por exemplo, temos Ministério da Saúde, porque não alterar a designação do INEM?
Não deveria ser Instituto Nacional e Emergência em Saúde?
Ou Instituto Nacional e Emergência Pré-Hospitalar?
Já para não falar da palavra “médico” escrita no pára-brisas. “No meu tempo” as ambulâncias tinham escrito à frente “AICNALUBMA”. Agora, nem isso…

Lembro que já se alterou (a desadequada) designação de “auxiliar de acção médica” para “assistente operacional”.

Alguém tem dúvidas que à nossa bastonária, e aos restantes elementos da OE, passa muita coisa ao lado?
http://www.modelo.pt/viva-saudavel-sn.html
http://sic.sapo.pt/online/sites+sic/sic+esperanca/novidades/tempoparadar.htm
Será que a OE (tal como outras ordens profissionais), não poderia associar-se a este tipo de campanhas?

É impressão minha, ou até o caso da menina “de Barcelos” (Alexandra) capta mais atenções do que nós? A nossa bastonária nunca foi à Grande Entrevista (da Judite de Sousa). Os pais afectivos da Alexandra, já! Pasmemo-nos!

Também não admira: com tanta (des)investigação que se faz em Enfermagem em Portugal, e sobretudo sendo ela de enorme qualidade (?!), qualquer dia vamos ter direito, não a um prémio Nobel, mas a um Prémio Ignóbil.
http://economico.sapo.pt/forumbolsa/index.php?topic=22565.0



PERDOAI-LHES SENHOR!
 
Este post é bastante pertinente ajuda a acordar uma classe ferida de morte. Parabéns ao autor do blog. A ENFERMAGEM tem de se reerguer, com outras estruturas, estamos a perder terreno diáriamente e sindicatos e ordem congratulam-se com a o acordo de carreira e com a continuidade de políticas na saúde.
 
O Bastonário da Ordem dos Médicos (OM) afirmou que a decisão dos Enfermeiros em não quererem ser vacinados contra a Gripe A "tem por base uma grande falta de conhecimento".
A posição publicitada (no sentido de tornar publica) por parte da Bastonária da Ordem dos Enfermeiros demonstrou uma confrangedora falta de carácter e de afirmação.
Hoje, é NOTICIA: “Vacina contra gripe A recusada nos Estados Unidos”:
Que dizer?
“Os americanos têm uma grande falta de conhecimento”? OU, ambos os Bastonário(a)s são uns profundos idiotas? Mais o primeiro, conquanto o segundo pertence ao universo do Partido Comunista e, objectivamente, “nada faz por acaso”?

RESPONDA QUEM SOUBER.

Parabéns Enfº Belmiro, que sabes o que deves dizer e quando o deves dizer.
 
C2, "aja"!!, nem parece seu.
("Aja", do verbo agir; "haja", do verbo haver.)
 
Novo Secretário de Estado para a Saúde? Então o Pizarro e a sua inigualavél estima pelos Enfermeiros?
C2
 
E mais uma farpa, então os americanos estão tão mal informados quanto os Enfermeiros portugueses, cambada de ignorantes...
C2
 
Mais uma vez, um contraponto de um fisioterapeuta para enriquecer a discussão:


1. O enfermeiro é uma peça fundamental numa equipa multidisciplinar que aborde a reabilitação pulmonar, sem ele a equipa é amputada de um dos profissionais mais importantes. No entanto, o papel do enfermeiro não se encontra, na minha opinião, na "reabilitação", pelo que me parece que um enfermeiro "generalista" se encontra 100% preparado para fazer parte dessa equipa.

2. o documento apresentado tem mais de "politico" do que de "cientifico". A inclusão do enfermeiro de reabilitação expressa mais o peso de um loby do que verdade científica. Se pensarmos nas guidelines internacionais, as competências recomendadas para a reabilitação pulmonar envolvem campos de conhecimento que na maioria dos países, Portugal incluído, se encontram mais presentes no núcleo de conhecimentos do fisioterapeuta do que do enfermeiro de reabilitação. Tal facto explica, por exemplo, que a maioria da evidência produzida nesta área, é feita por médicos e/ou fisioterapeutas, desconheço qualquer publicação recente, relevante e metedologicamente correcta que tenha sido produzida por enfermeiros de reabilitação.

3. A reabilitação respiratória, é complexa e exigente. Requer um corpo de conhecimentos, uma intervenção e uma análise muito específica. Tenho a sorte de conhecer em detalhe o curriculo do que é leccionado quer na licenciatura em fisioterapia, quer na especialidade de enfermagem de reabilitação, e no segundo caso as carências quer a nível técnico quer a nível geral de interpretação do que é um doente respiratório tornam o enfermeiro de reabilitação muito menos preparado a lidar com estes doentes.

Por fim:

Qual o profissional mais preparado para fazer reabilitação pulmonar?

Quanto a mim o fisioterapeuta. É mais "barato" (cost effective), tem uma preparação mais alargada e inclusiva do corpo de conhecimentos necessário à sua boa execução e uma visão mais global e mais associada à função.
Salvaguardando o facto que numa equipa ideal é indispensável um enfermeiro.
Não vejo, na minha opinião, qualquer vantagem acrescida de acrescentar a uma equipa um enfermeiro de reabilitação... à pergunta: -o que ele poderia acrescentar mais do que um enfermeiro "generalista"?- não encontro nada de relevante, mas gostaria de saber a vossa opinião.

Boa noite
 
Caro(a) colega das 9:33, grato pela correcção, enganei-me.
Cumprimentos,
C2
 
Caro L. G.:

Não pode comparar o curriculo da especialização em enfermagem de reabilitação com a licenciatura em fisioterapia, pois a formação do enfermeiro de reabilitação é uma sequência da sua formação de base. A especialização em reabilitação na enfermagem é o conjunto da Licenciatura mais a especialização (muitas vezes como mestrado).

Acho que há lugar para todos, em muitos países não há enfermeiros de reabilitação, mas também há uma série de outros técnicos, de múltiplas designações, que "concorrem" com os fisioterapeutas.

A reabilitação vai além da fisoterapia e o enfermeiro de reabilitação tem uma visão mais holística do doente e tem uma capacidade de intervir em diferentes níveis melhor que um fisoterapeuta, nomeadamente na componente respiratória e nomeadamente em cuidados intensivos.

O que está subjacente ao cuidar em enfermagem é o auto cuidado, ou seja reabilitação...é algo simples ...

Não há muitos enfermeiros de reabilitação em Portugal, mas conheço alguns trabalhos em parceria com fisioterapeutas ao nível dos CSP com óptimos resultados e com complementaridade.

O problema é o desemprego de que padecem as duas profissões, se houvesse regulação efectiva dos cursos e rácios estipulados, com equipas multidisciplinares no terreno, estava tudo bem ...

Os enfermeiros de reabilitaçãop não fazem falta nos cuidados de saúde primários? Nas unidades de cuidados intensivos? nos serviços de medicina? Nos serviços de ortopedia?

Não me parece que os fisioterapeutas tenham muita formação sobre aspiração de secrecções, doentes ventilados, traqueostomizados, com algaliações intermitentes ... a reabilitação é algo mais que a fisioterapia e não são só os enfermeiros que estudam reabilitação: enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, outros terapeutas, psicólogos, assistentes sociais ...

Há uma área comum no enfermeiro de reabilitação e no fisioterapeuta, é verdade! Mas não vejo nisso um grande problema ...

Cumprimentos!

FS
 
Também há países onde os cuidados de reabilitação são assegurados maioritariamente por enfermeiros, nalguns locais até lhes chamam um género de enfermeiros fisioterapeutas. Há de tudo ...

Mas quem quiser perceber a relação entre a enfermagem (mesmo a generalista) e a reabilitação é ler o que escrevem enfermeiros como Hesbeen ou a Nancy Roper, têm vários trabalhos publicados em Português.

"A reabilitação respiratória, é complexa e exigente. Requer um corpo de conhecimentos, uma intervenção e uma análise muito específica. Tenho a sorte de conhecer em detalhe o curriculo do que é leccionado quer na licenciatura em fisioterapia, quer na especialidade de enfermagem de reabilitação, e no segundo caso as carências quer a nível técnico quer a nível geral de interpretação do que é um doente respiratório tornam o enfermeiro de reabilitação muito menos preparado a lidar com estes doentes."

Será que um enfermeiro nos 4 anos de curso base mais uns tantos anos de experiência profissional mais 1 - 2 anos de especialização não aprende nada??

Isso tem que ser investigado, pois é muito tempo ...
 
Caro FS,

Obrigado pela sua opinião, acho que este diálogo entre profissionais de saúde pode ser extremamente construtivo para ambos.

Acho que a sua opinião tem algumas incorrecções que tentarei explicar.

Sobre o facto da formação do Enfermeiro de Reabilitação (ER) ser superior ao do fisioterapeuta (FT), podemos concordar que o Er tem mais anos de "estudo", no entanto, se considerarmos por exemplo formação específica na parte "respiratória" o curriculo do Ft, mesmo de base, é bastante superior quer em horas quer em conteúdo. De um modo análogo, e mesmo excluindo 1 primeiro ano mais generalista, o Ft dedica-se 3 anos em exclusividade a aprender métodos de avaliação e intervenção em reabilitação o que supera a formação "adicional" que tem o Er.

Sobre o facto de terem uma visão mais global do paciente, não concordo de todo. O fisioterapeuta é formado para ter uma visão global e uma actuação transversal sobre os múltiplos componentes do indivíduo.

Sobre o excesso de oferta e sobreposição de funções concordo em parte consigo. Se por um lado acho que faltam imensos enfermeiros em tantas áreas vitais que carecem da vossa intervenção, por outro assisto a que uma das soluções a que recorrem para evitar que haja colegas no desemprego é "invadirem" áreas que são "especialidade" de outras profissões. Por exemplo, assim como defendem (e bem!) que os farmacêuticos pretendem usurpar funções que são só vossas, da nossa parte também nos sentimos invadidos quando assumem que reabilitam pelo menos tão bem como nós, porque achamos que fazemos melhor. Acho que como todos, se devem especializar em áreas onde a vossa actuação é de excelência, superior a qualquer outro profissional e têm muitas, ao invés de se especializar em áreas de sobreposição.

Sobre os exemplos que deu, e porque não colocar um especialista em reabilitação (ft)nessas unidades? Já acontece em alguns sítios e com bons resultados...
Poderá surpreende-lo mas o Ft adquire competências para trabalhar em Intensivos, aliás um dos maiores especialistas em ventilação do mundo a trabalhar em Portugal em intensivos é um Fisioterapeuta... outro exemplo é que a reeducação do pavimento pélvico é uma das nossas "especialidades"... etc...

A reabilitação é uma área vasta, de facto, e transversal a vários profissionais de saúde, incluindo enfermeiros e fisioterapeutas. No entanto, uma especialidade de reabilitação para enfermagem, a meu ver, afasta-vos da vossa prática essencial em direcção a áreas da prática essencial da Fisioterapia, deixando-vos a meio caminho de cada um dos "extremos". O enfermeiro, sendo fundamental a qualquer programa de reabilitação pulmonar, não acrescentará nada (excepto custos e conflitos) se actuar aí como enfermeiro especialista em reabilitação, existindo um fisioterapeuta.

A evidência sustenta mais a reabilitação feita por fisioterapeutas se compararmos ambos os curriculos (ER e FT) com as guidelines das competências do "reabilitador pulmonar" (Ver as declarações da ERS e da aacvpr), se notarmos que já existem padrões de prática da reabilitação pulmonar publicada por grupos de interesse em fisioterapia (inglaterra por exemplo) e que a maioria da evidência mais recente e de melhor qualidade (incluindo o uso da VNI em reabilitação pulmonar por exemplo) é feita por fisioterapeutas.
Conhece algum país do mundo onde exista uma especialidade de ER que seja responsável por algum programa que esteja em acordo com as guidelines internacionais e faça toda a reabilitação pulmonar? Eu não conheço...
Mas sei que os melhores programas do mundo incluem, numa equipa multidisciplinar, enfermeiros "generalistas" ficando o Ft a cargo dos programas de reabilitação pelo movimento!

Um abraço,

LG
 
Caro LG:

Será importante dizer que não sou enfermeiro de reabilitação, mas conheço, reconheço e valorizo o seu trabalho.

A nível internacional a formação dos enfermeiros e fisioterapeutas é muito diversa. É muito difícil fazer comparações. Há países onde nem se sabe bem quem são afinal os fisioterapeutas. E a nível de enfermagem mais ainda, repare que em muitos países chamam enfermeiro a um conjunto vasto de profissionais, muitas vezes terapeutas diversos, podologistas, parteiras, dietistas, analistas,.... Aliás muitas das funções desempenhadas em Portugal na área das tecnologias da saúde eram executadas por enfermeiros, deixaram de o ser por manifesta falta de profissionais de enfermagem numa determinada época (pode-se concordar ou não, mas esta é a realidade).

Em relação às funções e na minha humilde opinião é impossível não existirem sobreposições de funções na área da saúde e muito menos na reabilitação. Repare na preparação para o parto: os fisioterapeutas também a fazem e integralmente (grande currículo os fisioterapeutas devem ter…abrangem todas as especialidades de enfermagem e médicas) e existem enfermeiros especialistas em saúde materna e obstétrica e uma ordem dos enfermeiros que não autoriza os generalistas a fazê-lo…agora eu conheço um hospital em que uma equipa (enfermeiro de saúde materna e fisioterapeuta) fazem em conjunto a preparação – muitas vezes os dois juntos e quando falta um vai o outro independentemente da matéria, porque trabalham em equipa e não vejo mal nenhum nisso. Depois do lado dos fisioterapeutas não há interposição / conflito com os auxiliares de fisioterapia, massagistas, terapeutas ocupacionais, professores de educação física, monitores desportivos e outros, os “personal trainers”, até as medicinas alternativas, entre muitos, muitos outros?

Na minha humilde opinião, continuo a pensar que os enfermeiros de reabilitação têm (obrigatoriamente) uma visão mais abrangente da pessoa (a nível patológico, fisiológico, patológico, psicológico, emocional, social, familiar, etc…). Se não a tiverem, algo está muito mal… mas com a quantidade de enfermeiros e fisioterapeutas despejados no mercado todos os anos há-de certamente haver maus profissionais dos dois lados.

Mantendo a minha humilde opinião de enfermeiro generalista já velhinho (por isso se lembra do tempo em que os enfermeiros faziam tudo – sem especialidades nem nada) acho que partem demais as pessoas e elas são uma só e há de facto vantagens em muitas situações (até económicas) em ser o mesmo profissional a fazer coisas “diferentes”. São vários os exemplos do que digo: desde os domicílios nos CS, as enfermarias dos hospitais, os cuidados intensivos, etc…
Um enfermeiro de reabilitação não faz uma especialidade para ser fisioterapeuta, mas sim para ser enfermeiro com maior enfoque na reabilitação. Se isto significa fazer algumas coisas que também podem ser feitas por fisioterapeutas, não vejo qual o problema para o doente, aliás em muitos casos só vejo vantagens …

Claro que os enfermeiros de reabilitação não vão substituir os fisioterapeutas, nem os fisioterapeutas vão substituir enfermeiros ….acho é que têm de apreender a trabalhar juntos, que é isso que se espera deles (até são pagos para isso...).

Cumprimentos

Abraço

FS
 
Se entendi bem o raciocinio do meu caro L.G., não deveriam existir especialidades médicas, formavam desde logo cardiologistas, pneumologistas, fisiatras, ...

A lógica não é essa, normalmente até se valoriza mais um oftalmologista face a um optometrista ou um estomatologista face a um dentista.

Eu não sou muito favorável a excessos de regulamentações nas profisssões, até porque há áreas que dependem muito de investimento pessoal, da experiência profissional e da própria formação que se vai adquirindo e também do que se vai esquecendo ...enfim.

Mas não me oponho (embora não concorde muito) a que se defina exactamente o que pode fazer um enfermeiro de reabilitação e um fisioterapeuta, sabendo desde já que um enfermeiro de reabilitação pode fazer tudo o que já faz um enfermeiro e mais "alguma" coisa e um fisioterapeuta não poderá fazer quaisquer actos próprios de enfermagem (de generalidade ou de especialidade) sem formação devidamente e legalmente certificada para tal.

A fazer isto nem imagina a confusão que iria ser!!! Mas tudo bem ...
 
Caro FS,

Sobre a diversidade de definição profissional entre enfermeiro e fisioterapeuta entre países, há que olhar para a realidade internacional onde ela é de excelência: em França os protocolos de desmame ventilatório em intensivos são feitos por fisioterapeutas, nos EUA existe o respiratory therapist que conjuga a formação do fisioterapeuta e do cardiopneumologista e tem o "core" da reabilitação pulmonar mesmo que nos EUA tb exista enfermagem de reabilitação. Continuando, Inglaterra são os fisioterapeutas a encabeçarem programas de reabilitação respiratória e cardíaca, assim como na Austrália, Nova Zelândia, etc... Em países de menor expressão, como Portugal, é que existe sobreposição de funções e não temos um melhor serviço de saúde por isso... Não digo que seja a causa, mas posso tentar dar um exemplo prático pegando no que o Sr. Enfermeiro deu:

É comum existir incontinência urinária no pós-parto, está descrita como uma complicação frequente. Esta pode ser minimizada através de técnicas especificas que devem ser iniciadas ainda antes do parto. Para tal, quem faz essa intervenção tem de saber necessariamente o conceito de contentor abdominal, cadeias musculares, gestão da pressão abdominal, desenho de programas de treino musculares, fisiologia do exercício, técnicas de controlo e reeducação respiratória, etc... a maior parte destes conceitos não são abordados na enfermagem de reabilitação, nem na enfermagem para a saúde materna e obstétrica, mas sim na fisioterapia. No entanto, o exemplo, não significa que essa especialidade (saude materna e obstétrica) é desnecessária, bem pelo contrário! É fundamental para uma série de cuidados de excelência em enfermagem que definem a vossa profissão. Idealmente ambos deveriam trabalhar em equipa, essa intervenção sim, era uma intervenção boa, em vez de actuações isoladas de cada um!

Quanto ao resto, não acredito que um enfermeiro de reabilitação possa fazer uma intervenção de fisioterapia, porque mesmo que a copie falta-lhe o raciocinio clínico e a visão global que o fisioterapeuta tem. Do mesmo modo, eu poderia olhar para a maneira como o enfermeiro dá uma vacina e copiar o método, mas isso só faria de mim um mau profissional, porque me falta o vosso conhecimento sobre tudo aquilo que uma "simples" vacina implica (por exemplo). Percebe a minha perspectiva?

Os cuidados de excelência em saúde são trandisciplinares. Centrando o assunto no paciente, porque é por ele que existimos, ele teria tudo a ganhar se contasse com uma rede de apoio efectiva em que cada profissional lhe desse o contributo daquilo em que ele é mesmo bom a fazer... a excelência da reabilitação é do fisioterapeuta, assim como a excelência da enfermagem é em muitas áreas distintas mas não particularmente em reabilitação. Para concluir, acho que era uma boa discussão para vocês (e porque não fazê-la connosco para conhecer um pouco melhor aquilo que fazemos) falarem sobre aquilo em que são excelentes, onde podem crescer como profissionais, como incluir os enfermeiros desempregados no SNS que precisa deles como de "pão para a boca", e acho que vão concluir que o principal é mesmo noutras especíalidades não na reabilitação!
 
LG disse:

"Em países de menor expressão, como Portugal, é que existe sobreposição de funções"

Considera os EUA um país de menor expressão?

Exceptuando medicina, todas as restantes áreas da saúde têm múltiplas realidades internacionais, como deve saber.


Um enfermeiro de reabilitação não é nem pretende ser um fisioterapeuta. Têm algumas funções/actividades comuns e depois?

Optometristas e oftalmologistas
dietistas e nutricionistas
Estomatologistas e dentistas

ETC ETC ETC

Isso é uma guerra pelo emprego, os argumentos que evocou da falta de formação revelam antes de mais falta de informação, inclusivamente sobre o que é enfermagem.

Não tenho muito tempo para estar por aqui, mas lembro-lhe a si que em muitos países esses terapeutas intensivos que refere foram enfermeiros que tiraram uma formação posterior e "mudaram de nome", há algum tempo atrás um seu colega foi a uma formação muita boa e importante e super interessante com vários prelectores de várias nacionalidades (com o título de terapeuta disto e daquilo),resolvi investigar o assunto por mera curiosidade e descobri que alguns deles eram ... enfermeiros, ou tinham sido, pois nalguns países entram numa carreira diferente.


Não é só na sua área que acontece isso, já ouvi assistentes socias falerem-me de excelentes assistentes sociais que afinal eram enfermeiras!! É a vida ...

O cerne da enfermagem foi e e é a autonomia da pessoa, o auto cuidado - leia nancy roper, virginia henderson, entre outras teóricas antigas. A própria CIPE (classificação internacional para a prática de enfermagem) tem uma série de conceitos relacionados com a reabilitação. É precisamente por ter uma visão parcial da pessoa que pensa que a reabilitação se resume à fisioterapia, ou quase...é muito, muito mais do que isso. Os enfermeiros generalistas fazem actos de reabilitação, com procedimentos científicos, com base em estudos e com a utilização do processo de enfermagem todos os dias.
Acredito que deve ser um fisioterapeuta com vastos conhecimentos dos planos anatómicos e anatomia funcional, artrologia, miologia etc... mas olhe que há muitos telhados de vidro por aí do seu lado ...essa da imitação é válida para muita gente, essa da minha ser melhor que a tua, é um pouco infantil...
 
Sr. LG:

Eu sou enfermeira de saúde materna e obstetrica e tenho uma visão mais abrangente da pessoa humana do que uma parteira.

Como se sabe em muitos países Europeus não há especialidade de enfermagem de saúde materna, mas sim formação base de parteira (ou outra designação semelhante) e por vezes as parteiras aparecem como enfermeiras outras vezes não!... (cada país é um caso diferente).

Se abrissem uma licenciatura de "parteira" em Porugal, o que pensava?

Eu prefiro o modelo com formação pós básica ...

Será que um técnico de cardiopneumologia tem uma visão mais abrangente do que um cardiologista??

E um fisioterapeuta em relação ao médico fisiatra, também ?

Eu sou amiga pessoal de fisioterapeutas que colaboram comigo na preparação para o parto e não as vejo com tantos pruridos... ...
 
@ Sra Enf em Saúde Materna e Obstétrica:

Não sei minimamente como se organiza essa especialidade, nem como é a realidade internacional, mas se a sua experiência lhe diz que é melhor uma formação pós graduada acredito em si. Apenas pretendi pegar no exemplo que já tinha sido dado por um colega seu e expor todas as competências necessárias para tratar 1 problema que acontece depois do parto (a incontinência urinária) concluindo que são competências que, seguramente, não fazem parte da formação especializada na sua especialidade ou na de reabilitação.

Não é a minha área de especialidade, não sei como isso é organizado nem trabalho com grávidas, pelo que sei do meu curso base apenas pretendi dar um exemplo. Mas se trabalha com fisioterapeutas, ainda bem, é porque lhes reconhece alguma capacidade e mais valia numa equipa multidisciplinar.

Quanto ao resto das "provocações" eu não consigo ser mais nada para além de fisioterapeuta, não sei ser enfermeiro, não sei ser Fisiatra, nem outra coisa qualquer... mas se invertermos as coisas, o fisiatra nem o enfermeiro será algum dia capaz de fazer o que eu faço. Tenho a visão fantástica e ao mesmo tempo limitada de um fisioterapeuta, mas serve-me para ser 1 bom profissional, exigiu muito treino e vê pessoas à frente e não músculos, tendões e pulmões.

@ Anónimo

Áreas comuns?
Não me quero estar a repetir... mas porque é que tendo menos habilitações o enfermeiro de reabilitação se encontra ao meu nível para fazer essas áreas comuns?

Nos EUA, como referi, existe um profissional: Respiratory Therapist com um curriculo, pode pesquisar, muito mais próximo da fisioterapia e do cardiopneumologista do que do enfermeiro...apesar de lá existir a especialidade de enfermagem de reabilitação... e é, como salientou 1º mundo!

Telhados de vidro, todas as profissões têm. Mas acima de tudo está um SNS que permite a sobreposição de funções. É falso que apenas vocês têm a tal "visão holística" e é igualmente falso que a evidência mais recente demonstre que os melhores programas de reabilitação sejam feitos por enfermeiros, não vá mais longe e procure na SPP um excelente artigo que a Dra Paula Pamplona fez com uma fisioterapeuta chamada Luisa Morais de nome: "Treino de exercício na doença pulmonar crónica".
 
Caro L.G.:

Claro que respeito a sua opinião mas não concordo com ela. Até porque me parece que revela algum desconhecimento da enfermagem, nomeadamente da sua longa história nacional e internacional. De facto muitas profissões nasceram da enfermagem ...

Para ser enfermeiro de reabilitação é necessário ter quatro anos de formação base e mais dois anos (mínimo) de experiência profissional e mais dois anos de curso de especialização, que normalmente acaba por dar o título de mestre. Não acha suficiente? Ou têm maus professores? Olhe que já ouvi dizer que também andam por lá uns professores fisioterapeutas...Mas também neurologistas, ortopedistas, fisiatras e claro vários enfermeiros, muitos de reabilitação.

Não estou a santificar a formação dos enfermeiros,tem os seus podres, mas não são os únicos ...


E acima de tudo não vejo que os enfermeiros de reabilitação vão subsistir os fisioterapeutas, acho que pode ficar descansado...
São profissões diferentes e com percursos formativos ditintos, visões diferentes mas certamente complementares.

Mas diga-me uma coisa! Em coerência também não deve concordar com a formação médica em Portugal? Sabe como ela se processa? Sabe como se forma um pneumologista, um fsiatra, um pediatra, um cardiologista?

Eu acredito no modelo de formação pós básica em muitas áreas. Sabe que nalguns locais do mundo só se entra para medicina se já estiver um curso anterior?

Cumprimentos e Boa sorte para a sua vida profissional que eu estou já quase na reserva....

FS
 
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