sexta-feira, janeiro 22, 2010
27, 28 e 29!
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E as escolas de enfermagem? Os "senhores professores" estão a mobilizar os alunos para participarem na manifestação? As associações académicas estão organizadas? Seria uma mais valia...mas não me parece.. infelizmente...
"QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2010
A palavra
Os nomes, datas, horas e factos são mera coincidência e expressão ficcionada do autor.
8 de Julho de 2009. Belo dia de sol em final de tarde no CCB. No varandim, bolinhos, salgados, pequenos snacks, sumo de laranja e vinho do porto selam a confraternização sobre os 30 anos do SNS.
Ana Jorge ufana-se e desdobra-se em contactos. Tinha razão para isso. O dia foi de glória, as vozes e os números aclamaram o SNS como a grande conquista do Portugal de Abril, viu consagrado, com fortíssimo aplauso, o Dia Nacional do SNS e José Sócrates, com presença e palavra inequívoca, sublinharam o conceito com a génese socialista de António Arnaut.
Juntos como lapas, Carlos Arroz e Mário Jorge segredam preocupações pelo inexplicável atraso da promulgação dos diplomas das Carreiras, retidos em Belém, ao que consta, por pesadíssimas pressões liberais e da Ordem dos Médicos. José Sócrates acena sorridente e os três cavaqueiam com aparente mas contida intimidade.
José Carlos Martins, líder do confronto e sem nada nas mãos para apresentar aos enfermeiros, enfrentando inovações e derivas no terreno, acerca-se e pede apresentação ao Primeiro.
Carlos Arroz e Mário Jorge indagam das razões e avisam dos limites. Também eles queriam mais mas um prolongadíssimo período eleitoral tinha obrigado ao pragmatismo de deixar matérias sensíveis para o pós 27 de Setembro, incluindo as massas.
Que sim, queremos o mesmo, o dinheiro fica para depois mas devíamos garantir já carreiras para todos, mesmo para os EPE. Eh pá vê lá se não róis que vamos ser nós a dar a cara e vocês costumam morder na mão de quem vos dá de comer. Não, não, aprendemos, juramos, até pomos velinhas.
Senhor Primeiro-Ministro, este jovem é quem manda nos enfermeiros e quer o mesmo que os médicos - o Estatuto de Carreira em diplomas gémeos antes das eleições.
Mas é a sério ou apanham-se com a coisa e mantém-se em campanha à porta do Ministério? Não parece que desta vez é que é! Vá lá ouça-os lá e sossegue a Saúde. Se é por vosso intermédio. Olá como está. Era bom que o Governo nos desse uma oportunidade para seguir o mesmo caminho dos médicos. Oh Ana, aqui os senhores enfermeiros parece que estão dispostos a dialogar com celeridade. É possível?
Foi.
Antes do fim do mês de Julho já o Conselho de Ministros tinha feito a aprovação dos dois diplomas que ainda viajaram a bordo do tal carro carregadinho de papel com destino às férias Algarvias de SE o Presidente.
Antes das eleições legislativas os enfermeiros lá estavam, comandados por José Carlos Martins, na João Crisóstomo, em frente ao Ministério exigindo negociar o que sabiam não ser possível e para o qual tinham dado a sua palavra.
Ironicamente, no mesmo dia Carlos Arroz e Mário Jorge subiam ao 7º Andar onde, entre reuniões várias, conseguiram ultimar os ACT, sem matéria salarial como assumido em Junho.
Os olhares trocados entre aqueles três dirigentes sindicais passou despercebido a todos. Mas eles sabem que se cavou ali um enorme fosso na confiança pessoal com reflexos que só a História desvendará."
PUBLICADA POR CARLOS ARROZ EM 15:55 0 REPAROS
ETIQUETAS: ANA JORGE, JOSÉ CARLOS MARTINS, JOSÉ SÓCRATES, SNS
10:37 PM"
A palavra
Os nomes, datas, horas e factos são mera coincidência e expressão ficcionada do autor.
8 de Julho de 2009. Belo dia de sol em final de tarde no CCB. No varandim, bolinhos, salgados, pequenos snacks, sumo de laranja e vinho do porto selam a confraternização sobre os 30 anos do SNS.
Ana Jorge ufana-se e desdobra-se em contactos. Tinha razão para isso. O dia foi de glória, as vozes e os números aclamaram o SNS como a grande conquista do Portugal de Abril, viu consagrado, com fortíssimo aplauso, o Dia Nacional do SNS e José Sócrates, com presença e palavra inequívoca, sublinharam o conceito com a génese socialista de António Arnaut.
Juntos como lapas, Carlos Arroz e Mário Jorge segredam preocupações pelo inexplicável atraso da promulgação dos diplomas das Carreiras, retidos em Belém, ao que consta, por pesadíssimas pressões liberais e da Ordem dos Médicos. José Sócrates acena sorridente e os três cavaqueiam com aparente mas contida intimidade.
José Carlos Martins, líder do confronto e sem nada nas mãos para apresentar aos enfermeiros, enfrentando inovações e derivas no terreno, acerca-se e pede apresentação ao Primeiro.
Carlos Arroz e Mário Jorge indagam das razões e avisam dos limites. Também eles queriam mais mas um prolongadíssimo período eleitoral tinha obrigado ao pragmatismo de deixar matérias sensíveis para o pós 27 de Setembro, incluindo as massas.
Que sim, queremos o mesmo, o dinheiro fica para depois mas devíamos garantir já carreiras para todos, mesmo para os EPE. Eh pá vê lá se não róis que vamos ser nós a dar a cara e vocês costumam morder na mão de quem vos dá de comer. Não, não, aprendemos, juramos, até pomos velinhas.
Senhor Primeiro-Ministro, este jovem é quem manda nos enfermeiros e quer o mesmo que os médicos - o Estatuto de Carreira em diplomas gémeos antes das eleições.
Mas é a sério ou apanham-se com a coisa e mantém-se em campanha à porta do Ministério? Não parece que desta vez é que é! Vá lá ouça-os lá e sossegue a Saúde. Se é por vosso intermédio. Olá como está. Era bom que o Governo nos desse uma oportunidade para seguir o mesmo caminho dos médicos. Oh Ana, aqui os senhores enfermeiros parece que estão dispostos a dialogar com celeridade. É possível?
Foi.
Antes do fim do mês de Julho já o Conselho de Ministros tinha feito a aprovação dos dois diplomas que ainda viajaram a bordo do tal carro carregadinho de papel com destino às férias Algarvias de SE o Presidente.
Antes das eleições legislativas os enfermeiros lá estavam, comandados por José Carlos Martins, na João Crisóstomo, em frente ao Ministério exigindo negociar o que sabiam não ser possível e para o qual tinham dado a sua palavra.
Ironicamente, no mesmo dia Carlos Arroz e Mário Jorge subiam ao 7º Andar onde, entre reuniões várias, conseguiram ultimar os ACT, sem matéria salarial como assumido em Junho.
Os olhares trocados entre aqueles três dirigentes sindicais passou despercebido a todos. Mas eles sabem que se cavou ali um enorme fosso na confiança pessoal com reflexos que só a História desvendará."
PUBLICADA POR CARLOS ARROZ EM 15:55 0 REPAROS
ETIQUETAS: ANA JORGE, JOSÉ CARLOS MARTINS, JOSÉ SÓCRATES, SNS
10:37 PM"
Parabéns Dr Enf pelo contributo que tem dado na mobilização e esclarecimento da classe.
Deveria ser dada alguma atenção à mobilização das escolas de enfermagem, dos seus professores e claro, dos estudantes de enfermagem
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
Deveria ser dada alguma atenção à mobilização das escolas de enfermagem, dos seus professores e claro, dos estudantes de enfermagem
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
Caro DE:
Este texto do Carlos Arroz, mesmo se livre e ficcionado, é tão importante que creio merecer um tópico por si só.
Para já vem desnudar, nem que apenas parcialmente, os meandros das negociações dos sindicatos com a tutela, que já suporíamos plenas de «contactos», «conhecimentos», «rodriguinhos» e afins.
Mas vem fazer mais. Vem expor uma postura de inconcebível subserviência do sindicalista dos enfermeiros relativamente aos seus congéneres médicos, do tipo «é pá vê lá se me metes uma cunhazita, para ver se a Ana nos faz o mesmo que a vós».
E mais: vem sublinhar a soberba que inunda muitos médicos e os seus representantes, do género «vamos lá ajudar estes pobres coitados», mas “vê lá se não róis que vamos ser nós a dar a cara e vocês costumam morder na mão de quem vos dá de comer” (sic). Que, intervindo, ficaram descontentes com a posterior marcha-atrás dos sindicatos de Enfermagem.
Que os sindicalistas médicos tenham ficado aborrecidos com a «falta de palavra» (ai-que-nós-até-demos-uma-palavrinha-por-vocês-que-garantiram-que-se-portavam-bem) do sindicalista de enfermagem, é o menos (e só realmente importa para as «tricas» entre médicos e enfermeiros).
Agora, como é insinuado, que o mesmo sindicalista de enfermagem tenha faltado à palavra com a tutela, é diferente, e dificilmente pode dissociar-se das reuniões subsequentes entre estes dois personagens…
Este texto diz muito de muita coisa.
Este texto do Carlos Arroz, mesmo se livre e ficcionado, é tão importante que creio merecer um tópico por si só.
Para já vem desnudar, nem que apenas parcialmente, os meandros das negociações dos sindicatos com a tutela, que já suporíamos plenas de «contactos», «conhecimentos», «rodriguinhos» e afins.
Mas vem fazer mais. Vem expor uma postura de inconcebível subserviência do sindicalista dos enfermeiros relativamente aos seus congéneres médicos, do tipo «é pá vê lá se me metes uma cunhazita, para ver se a Ana nos faz o mesmo que a vós».
E mais: vem sublinhar a soberba que inunda muitos médicos e os seus representantes, do género «vamos lá ajudar estes pobres coitados», mas “vê lá se não róis que vamos ser nós a dar a cara e vocês costumam morder na mão de quem vos dá de comer” (sic). Que, intervindo, ficaram descontentes com a posterior marcha-atrás dos sindicatos de Enfermagem.
Que os sindicalistas médicos tenham ficado aborrecidos com a «falta de palavra» (ai-que-nós-até-demos-uma-palavrinha-por-vocês-que-garantiram-que-se-portavam-bem) do sindicalista de enfermagem, é o menos (e só realmente importa para as «tricas» entre médicos e enfermeiros).
Agora, como é insinuado, que o mesmo sindicalista de enfermagem tenha faltado à palavra com a tutela, é diferente, e dificilmente pode dissociar-se das reuniões subsequentes entre estes dois personagens…
Este texto diz muito de muita coisa.
Sr DE, quando tiver disponibilidade aguardamos pelo folheto informativo relativos aos Cuidados minimos
No Twitter "sigo" duas personalidades:
Barack Obama e Dr. Enf.
Sem dúvida, duas figuras importantes (e marcantes) no mundo!
Barack Obama e Dr. Enf.
Sem dúvida, duas figuras importantes (e marcantes) no mundo!
O Medo!
Nesta hora difícil, a da luta dos enfermeiros, justa, e sem caprichos, existem sempre os que “se vendem por trinta dinheiros”, outros que bem instalados fazem o jogo sujo, utilizam a inexperiência profissional aliada, à da pouca experiencia de vida, e criam situações de intimidação, promovem a teoria da conspiração do medo: são excelentes discípulos de Maquiavel.
Caros colegas a hora é de luta, não nos podemos dar ao luxo de amedrontar seja que ameaças vos façam, escudem-se no aconselhamento dos colegas mais velhos, sejam solidários, não se deixem amedrontar nem aceitem que em nome de uma crise vos exigem sacrifícios, onde os únicos a sacrificar serão a hipoteca do vosso futuro, associada a uma humilhação abjecta e vil. Á vista de todos está, como esta sociedade pede e aplica a mesma receita á dez anos em que os que são atirados para a “pira do sacrifício” são sempre os mesmos; vejam os acordos políticos que um governo faz, em que uns são filhos e outros bastardos.
Não serão os enfermeiros tratados agora de forma humilhante, como bastardos entre licenciados, admitidos uns como filhos e outros como enteados, contrariando os mais básicos princípios de uma nação que se afirma uma democracia. Se vos atirarem com epítetos políticos, porque neste Portugal ainda “fazer greve” é ser de esquerda, se tal acontecer e o forem realmente de esquerda assumam-no com frontalidade e orgulho, como assumo a defesa da classe profissional a que pertenço, e nunca deixei de ser um defensor da social-democracia, de uma que não promova politicas de “filhos e enteados”.
Existem mecanismos legais que protegem quem luta pela justiça dos seus direitos, sem em simultâneo esquecer os seus deveres, que se reflectem na justa aplicação dos “serviços mínimos”; mínimos no verdadeiro sentido do que devem ser, daquilo que claramente está definido serem, de modo a não serem usurpados e transformados em terreno de fácil abuso ou arma de amedrontamento.
Portugal jamais será uma moderna nação enquanto estiver subjugada, na saúde, a reinos feudais, anacrónicos, onde apenas uma classe profissional, julga que por decreto deve liderar todas as equipes multidisciplinares, esta luta dos enfermeiros é o princípio de uma luta, uma peça do puzzle, na reconquista da sua posição e identidade social.
Lembrem-se de que “Não vencemos de todas as vezes que lutamos, mas perdemos todas as vezes que o não fizemos”, e sem medo não existem heróis, nem na banda desenhada.
Sempre disponível, o vosso colega que nesta luta diz “presente”-
J. Edgar Da Silva
Nesta hora difícil, a da luta dos enfermeiros, justa, e sem caprichos, existem sempre os que “se vendem por trinta dinheiros”, outros que bem instalados fazem o jogo sujo, utilizam a inexperiência profissional aliada, à da pouca experiencia de vida, e criam situações de intimidação, promovem a teoria da conspiração do medo: são excelentes discípulos de Maquiavel.
Caros colegas a hora é de luta, não nos podemos dar ao luxo de amedrontar seja que ameaças vos façam, escudem-se no aconselhamento dos colegas mais velhos, sejam solidários, não se deixem amedrontar nem aceitem que em nome de uma crise vos exigem sacrifícios, onde os únicos a sacrificar serão a hipoteca do vosso futuro, associada a uma humilhação abjecta e vil. Á vista de todos está, como esta sociedade pede e aplica a mesma receita á dez anos em que os que são atirados para a “pira do sacrifício” são sempre os mesmos; vejam os acordos políticos que um governo faz, em que uns são filhos e outros bastardos.
Não serão os enfermeiros tratados agora de forma humilhante, como bastardos entre licenciados, admitidos uns como filhos e outros como enteados, contrariando os mais básicos princípios de uma nação que se afirma uma democracia. Se vos atirarem com epítetos políticos, porque neste Portugal ainda “fazer greve” é ser de esquerda, se tal acontecer e o forem realmente de esquerda assumam-no com frontalidade e orgulho, como assumo a defesa da classe profissional a que pertenço, e nunca deixei de ser um defensor da social-democracia, de uma que não promova politicas de “filhos e enteados”.
Existem mecanismos legais que protegem quem luta pela justiça dos seus direitos, sem em simultâneo esquecer os seus deveres, que se reflectem na justa aplicação dos “serviços mínimos”; mínimos no verdadeiro sentido do que devem ser, daquilo que claramente está definido serem, de modo a não serem usurpados e transformados em terreno de fácil abuso ou arma de amedrontamento.
Portugal jamais será uma moderna nação enquanto estiver subjugada, na saúde, a reinos feudais, anacrónicos, onde apenas uma classe profissional, julga que por decreto deve liderar todas as equipes multidisciplinares, esta luta dos enfermeiros é o princípio de uma luta, uma peça do puzzle, na reconquista da sua posição e identidade social.
Lembrem-se de que “Não vencemos de todas as vezes que lutamos, mas perdemos todas as vezes que o não fizemos”, e sem medo não existem heróis, nem na banda desenhada.
Sempre disponível, o vosso colega que nesta luta diz “presente”-
J. Edgar Da Silva
"Pacox disse...
E as escolas de enfermagem? Os "senhores professores" estão a mobilizar os alunos para participarem na manifestação? As associações académicas estão organizadas? Seria uma mais valia...mas não me parece.. infelizmente..."
Sim, está a haver mobilização de estudantes. Estamos à espera do despacho do conselho directivo para que não sejam marcadas faltas aos alunos que participem na manifestação.
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E as escolas de enfermagem? Os "senhores professores" estão a mobilizar os alunos para participarem na manifestação? As associações académicas estão organizadas? Seria uma mais valia...mas não me parece.. infelizmente..."
Sim, está a haver mobilização de estudantes. Estamos à espera do despacho do conselho directivo para que não sejam marcadas faltas aos alunos que participem na manifestação.
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