quarta-feira, fevereiro 10, 2010

A imutável "essência" da Enfermagem?


"A definição de Enfermagem não é para toda a vida. Creio que a Enfermagem é modificada pela época em que é praticada e depende, em grande parte, do que fazem os outros profissionais de saúde."

- Virgínia Henderson -

____________________________________________________________________________________________
P.s. - Por vezes é importante fazer um re-post...

Comments:
Eu quero é que as negociações da carreira andem é urgente não deixar adormecer este tema.
 
Os sindicatos tiveram reunião no passado dia 8, e parecem que ainda continuam..., no entanto a greve já foi Há mais de uma semana, vai a caminho de duas, é bom não esquecer o que neste momento anima e mobiliza a classe dos enfermeiros, desde os mais novos, precários e desempregados, aos mais velhinhos. E era bom que se colocasse questões:

1- O tempo de serviço vai mesmo contar para a transição para a nova carreira, incluindo o tempo dos contratos a termo certo e o tempo em que os actuais escalões estiveram congelados?

2- Os 1500 euros para início de carreira vai ser mesmo uma questão intocável?

3- A carreira vai ser de molde a que todos os enfermeiros cheguem ao topo em tempo útil?

4- As vagas para Enfermeiro Principal serão de acordo com a existência de enfermeiros especialistas, partindo do princípio que a médio prazo seremos todos especialistas?

5- O que já foi aprovado na carreira e incluindo o tipo de proposta de transição dos sindicatos não porá em causa alguns destes pontos perfeitamente legítimos?

6- Quando é que as direcções sindicais irão convocar assembleias onde estes pontos sejam discutidos e sejam postas a DISCUSSÃO e VOTAÇÃO novas formas de luta, já que a "ameaça" de greve prolongada nos BO's terá passado de bluff?

Haja quem responda... em tempo útil!
 
Os sindicatos tiveram reunião no passado dia 8, e parecem que ainda continuam..., no entanto a greve já foi Há mais de uma semana, vai a caminho de duas, é bom não esquecer o que neste momento anima e mobiliza a classe dos enfermeiros, desde os mais novos, precários e desempregados, aos mais velhinhos. E era bom que se colocasse questões:

1- O tempo de serviço vai mesmo contar para a transição para a nova carreira, incluindo o tempo dos contratos a termo certo e o tempo em que os actuais escalões estiveram congelados?

2- Os 1500 euros para início de carreira vai ser mesmo uma questão intocável?

3- A carreira vai ser de molde a que todos os enfermeiros cheguem ao topo em tempo útil?

4- As vagas para Enfermeiro Principal serão de acordo com a existência de enfermeiros especialistas, partindo do princípio que a médio prazo seremos todos especialistas?

5- O que já foi aprovado na carreira e incluindo o tipo de proposta de transição dos sindicatos não porá em causa alguns destes pontos perfeitamente legítimos?

6- Quando é que as direcções sindicais irão convocar assembleias onde estes pontos sejam discutidos e sejam postas a DISCUSSÃO e VOTAÇÃO novas formas de luta, já que a "ameaça" de greve prolongada nos BO's terá passado de bluff?

Haja quem responda... em tempo útil!
 
"a Enfermagem é modificada pela época em que é praticada e depende, em grande parte, do que fazem os outros profissionais de saúde."
- Virgínia Henderson -"

Por deixarmos que dependa do que fazem outros profissionais de saúde é que qualquer dia nem restam sobras.
 
Este foi o comentário que fiz na discussão anterior:

"
Prefiro pensar em Henderson a partir dos 14 componentes que ela sublinha como partes integrantes do cuidado básico de enfermagem:

1. Respirar normalmente
2. Comer e beber adequadamente
3. Eliminar resíduos orgânicos
4. Movimentar-se e manter posturas desejáveis
5. Dormir e descansar
6. Selecionar roupas adequadas – vestir-se e despir-se
7. Manter a temperatura do corpo dentro da variação normal, adaptando a roupa e modificando o ambiente
8. Manter o corpo limpo e arrumado, proteger a pele
9. Participar em várias formas de recreação
10. Evitar os perigos ambientais e evitar ferir os outros
11. Comunicar com os outros expressando emoções, necessidades, medos ou opiniões
12. Adorar de acordo com a própria fé.
13. Trabalhar de forma a ter uma sensação de realização
14.Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que leva ao desenvolvimento e á saúde normais e usar os serviços de saúde disponíveis.

Estes princípios elementares da enfermagem são o desenvolvimento da filosofia subjacente aos cuidados de enfermagem: substituição do indivíduo nos fenómenos da vida relacionados com a protecção da sua saúde, com a cura ou uma morte tranquila, nas tarefas para os quais a pessoa se encontra incapacitada e que faria se para tal tivesse conhecimentos, força e vontade, não é?

Penso que o texto se auto explica e dispensa outras considerações.

A menos que deixemos a nossa natureza humana, a enfermagem continuará a ser a ajuda mais próxima que se pode dar a alguém, em matéria de saúde.

A evolução implica alargamento de campos de intervenção (prefiro falar em enriquecimento de tarefas), mas não é mandatório que se faça à custa de entregar (formalmente ou não) a AAM os cuidados primordiais (o que seria mais uma manobra de re-engenharia da profissão).

"

Mantenho a minha opinião e deixo no ar algumas interrogações:

1. Se aquilo que os teóricos de enfermagem publicam não interessa, porquê agarrar uma frase, um pensamento, que é tão discutível como qualquer outro?

2. Sabemos que tudo sofre modificações com o tempo, mas estamos a falar do nosso tempo ou a projectar a enfermagem para milhares de anos adiante?

3. Pretende-se que as tarefas de ajuda à pessoa com necessidades em matéria de cuidados de saúde sejam assumidas por auxiliares ou correspondem a funções cuja responsabilidade é da enfermagem e que, podendo ser delegadas, terão que ser por nós decididas e supervisionadas?

4. Porque não deixar as tarefas de ajuda a outros profissionais, para auxiliares? Não se pretende que o enfermeiro esteja efectivamente próximo do doente?

5. São os conhecimentos e as competências que fazem a diferença entre ser um enfermeiro ou ser outro profissional a prestar cuidados de ajuda directa ao doente? Ou é a forma como esses cuidados são prestados?

6. Porque é que nos países onde é "mais avançada" a enfermagem, são tão valorizados os cuidados de proximidade ao cidadão, em áreas como psiquiatria, geriatria, e pessoas com doença crónica incapacitante? Logo em áreas onde o high tech é menos relevante e predomina a relação com o Outro?

Compreendo, como já tenho afirmado, que muitos vieram para Enfermagem enganados, iludidos... Deve ser penoso para essa gente ter que estar tão perto das misérias humanas e de tudo o que faz parte da materialidade dos nossos corpos... Mas há outros que não pensam nem sentem desse modo, e cuja intervenção não pode ser feita do mesmo modo por mais ninguém.

Enquanto não conseguirmos debater internamente o que é a Enfermagem, pouco mais podemos oferecer à população do que uma imagem esquisita de gente frustrada na sua opção de vida profissional.

Continuo a defender que o alargamento a competências de prescrição de medicamentos e afins é importante em situações que todos nós conhecemos, mas isso não implica que nos transformemos noutra coisa qualquer. Até porque será uma minoria de enfermeiros a aceder a essa área dos cuidados e nas próximas gerações haverá médicos por todo o lado.

VV
 
A Enfermagem Portuguesa passa, neste momento, um de grande transformação. E cabe a cada um de nós saber vincá-la.
 
Até me atrevo a dizer que o nosso destino já está traçado!!! Dia 26 nada vai acontecer... o mais certo é a ministra adiar a reunião ou então vir-nos pedir novamente bom senso e prudência!!! Até me fazem rir...
Srª Ministra BASTA desta exploração feita aos enfermeiros!!! Temos formação e competências que exige que sejamos reconhecidos socialmente de outra forma e com uma remuneração condizente como qualquer outro profissional com licenciatura!!!
É desmotivante... trabalho há treze anos e tenho um ordenado base de 1100 Euros??? Isto é gozo, só pode ser, e o pior é que os sindicatos tem sido coniventes com isso!!! Há 10 anos que somos licenciados, e há oito anos que não há nenhuma subida de escalão!!! e só agora é que eles abriram os olhos e se lembraram disso.
Verdadeiramente é o facto do tempo que fica fora do periodo de congelamento não ser contado!!!
Estes sindicatos são desonestos para não dizer mentirosos!!! Dizem-se os nossos representantes, cada um melhor do que o outro mas realmente eles não tem de se preocupar muito com os aumentos de salário... eles tem lá as cotas dos seus associados que entram todos os meses nos seus cofres e que dá para muita coisa!!! Se não fosse assim já teriam feito mais há mais tempo e tambem agora se mostrariam mais interessados em pressionar o nossos governantes!!!
 
"A essência pode ser definida como as propriedades imutáveis de algo [...] Segundo grande parte dos autores (ex. Leininger e Swanson) o que é verdadeiramente imutável na enfermagem é o cuidar, sendo a enfermagem a verdadeira ciência (não a vejo como arte, por diversas razões) do cuidar. Será então o cuidar a verdadeira essência da enfermagem? E o que é afinal o cuidar? Será que este é imutável? Se a sua definição muda ao longo do tempo, também muda a de enfermagem e por conseguinte a sua essência... mas a essência não é imutável?"

in: http://esseenfermeiroe.blogspot.com/
 
Eu não concordo com essa citação. Cada vez mais, a Enfermagem é o que cada enfermeiro é no seu local de trabalho. E é no local de trabalho que marcamos a diferença se o quisermos, e não é junto dos médicos, mas junto dos utentes. Não tenho o dever de conquistar nem a simpatia, nem alimentar a casmurrice dos outros profissionais de saúde.
Tenho o dever de mostrar aos utentes, familiares, visitas, que eu, enfermeira, faço a diferença na equipa de saude: e para isso, tenho de me expôr. Expôr o que sei, o que sou capaz de fazer,... seja junto dos utentes, seja junto das visitas, etc.
 
Eu não concordo com essa citação. Cada vez mais, a Enfermagem é o que cada enfermeiro é no seu local de trabalho. E é no local de trabalho que marcamos a diferença se o quisermos, e não é junto dos médicos, mas junto dos utentes. Não tenho o dever de conquistar nem a simpatia, nem alimentar a casmurrice dos outros profissionais de saúde.
Tenho o dever de mostrar aos utentes, familiares, visitas, que eu, enfermeira, faço a diferença na equipa de saude: e para isso, tenho de me expôr. Expôr o que sei, o que sou capaz de fazer,... seja junto dos utentes, seja junto das visitas, etc.
 
Eu não concordo com essa citação. Cada vez mais, a Enfermagem é o que cada enfermeiro é no seu local de trabalho. E é no local de trabalho que marcamos a diferença se o quisermos, e não é junto dos médicos, mas junto dos utentes. Não tenho o dever de conquistar nem a simpatia, nem alimentar a casmurrice dos outros profissionais de saúde.
Tenho o dever de mostrar aos utentes, familiares, visitas, que eu, enfermeira, faço a diferença na equipa de saude: e para isso, tenho de me expôr. Expôr o que sei, o que sou capaz de fazer,... seja junto dos utentes, seja junto das visitas, etc.
 
Concordo. As negociações são objectivo primordial actualmente.
Mas caro DE a tranversalidade do conteúdo da exposição de Virginia Henderson é isso mesmo. Transversal. Tudo está dependente do contexto e hereditariedade. Contexto e hereditariedade: dois componentes fulcrais e primários no desenvolvimento do ser humano. E, se formos perspicazes o suficiente podemos deter o controlo quase completo de ambos, o que permite a evolução.

Abraço
 
E continuamos a espera, isto nunca mais termina..........
 
já é tempo de ter uma atitude mais agressiva...
os sindicatos parece que estáo pacificamente...
será que são pagos para tal silencio....
não se vê nada na comunicação social....
Com é possivel!!!!!

ZE
 
A Enfermagem deve se valorizar e nao se esconder atras dos outros profissionais, principalmente dos medicos. Somos os primeiros a nos 'esconder', e quando nos impomos diante aos 'grandes', nao somos levados a sério como profissionais. E isso, é nossa culpa.
 
"Tenho o dever de mostrar aos utentes, familiares, visitas, que eu, enfermeira, faço a diferença na equipa de saude: e para isso, tenho de me expôr. Expôr o que sei, o que sou capaz de fazer,... seja junto dos utentes, seja junto das visitas, etc."

É preciso ter cuidado é com aquilo que se expõe. É preciso expor conhecimentos teóricos e práticos que nos dignifiquem, que sejam importantes para o contexto do doente, que estejam correctos e que demonstrem um verdadeiro saber científico, não um saber empírico. Temos de mostrar possuir conhecimentos superiores aos dos "utentes e visitas". Que importância nos darão por demonstrarmos saber alimentar o doente se ele próprio o costuma(va) fazer e o familiar também o consegue fazer? Que importância nos darão por conseguirmos ir buscar e pôr uma aparadeira, se qualquer pessoa pode fazê-lo? Temos de nos tornar indispensáveis para não sermos dispensados e só o podemos fazer se nos dotarmos de conhecimentos pertinentes, realmente importantes e preferencialmente só nossos. Assim, ninguém duvidaria da nossa importância e ninguém hesitaria em pagar-nos como licenciados, pois se não trabalharmos como licenciados, como queremos receber como tal?
 
O pensamento da VIRGÍNIA DE HEDERSON continua actual vejam :
No Hospital de S. João saíu um regulamento interno de assiduidade (nesta instituição existe o Sisqual-picagem do dedo e horarios introduzidos neste programa ).

"2.- Niveis de aprovação e hierarquia na aplicação SISQUAL :
Com objectivo de garantir a homogenidade dos procedimentos e assegurar a aplicação dos mesmos
de modo transversal para todos os serviços...a aprovação das escalas
na aplicação do sisqual assentará numa estrutura piramidal já definida na lei do regulamento interno do HSJ, com os seguintes intervenientes.
. Conselho de Administração
, Conselho Directivo das Unidades Autonomas de Gestão
.Coordenador de Escala (Director de Serviço )
.Gestor de escala "

Onde está o Enfermeiro Chefe?
Onde está o enfermeiro Supervisor e enfermeiro Director ?

JÁ NÃO EXISTE -DEVE SER A NOVA CARREIRA.

(como os colegas devem saber a assiduidade e os horarios são funções do enf. chefe - este faz os horarios envia á Direcção de enfermagem para serem aprovados.
A assiduidade é validada pelo enf.chefe )

É assim que está a nossa profissão e ninguem faz nada. Nós somos licenciados e estámos a ser controlados por outros licenciados que profissão é a nossa ?

Todos querem as nossa funções ?
Todos gostariam de nos controlar de nos por a patinha em cima...

flor
 
Doutor enfermeiro,

Respondo-lhe na medida em que a frase que cita surge no contexto de uma resposta anterior que me deu relativamente a prescricao. Agradeco ter-me respondido.
Gostaria de ter a referencia completa da citacao porque tenho interesse em analisar o texto integral de onde foi retirada.
Relativamente a citacao que apresenta de forma isolada, devo dizer-lhe que nao concordo ( e nao temos de concordar so porque alguem conhecido o disse...). Alias, reforca a minha posicao anterior. Primeiro, porque da forma como a coloca, assume a profissao sem um tronco sustentador que a define no seu dominio de actuacao...e isso e o fim de qualquer disciplina. Segundo, porque ao torna-la dependente da evolucao de outras profissoes (e relativamente a questao da prescricao) eu pergunto-lhe: desde quando os medicos deixaram de prescrever para que seja essencial o enfermeiro faze-lo? O problema da falta de medicos ou a existencia de medicos incompetentes nao e para ser resolvido...ou "desenrascado" pelos enfermeiros e vice-versa. Se me dissesse que os medicos tinham evoluido de forma a que nao haveria ninguem responsavel pela prescricao terapeutica e o doente ficasse vulneravel, teria de concordar consigo. Mas nao e esta a realidade. A questao da responsabilidade medica e de enfermagem relaciona-se com uma dicotomia do tratar-cuidar respectivamente, em que um nao pode existir sem o outro. A discussao sobre esta dicotomia daria um articulado extenso que nao cabe nos propositos desta resposta.

Relativamente a essencia de enfermagem e ao paradigma de cuidar que encerra posso-lhe arranjar uma lista de citacoes que reforcam a necessidade cada vez mais actual e imperiosa de reforcar este conceito quando a humanidade transita para o paradigma pos-moderno e nas circunstancias actuais que a sociedade (cada vez mais globalizada) atravessa.

Obrigada pelo debate de ideias

libelinha
 
LProlog, parece-me que a sua prioridade é clara: ser importante! Acho que diz muito da discussão actual. Se realmente gostar de ser Enfermeiro, tem tudo para se sentir importante. Agora se quiser usurpar outras competências... aí isso já tem outro nome.
 
VV,
deixou um conjunto de questoes interessantes para desenvolver. Gostaria de lhe responder a dois aspectos. Relativamente aos teoricos, o que alguns teoricos escrevem interessa...e muito. Lamentavelmente, na escola a abordagem e muito limitada, nao se abordam as questoes que se relacionam com a filosofia do conhecimento... e toda a teoria aparece como geometria no espaco. Existem dois livros que valem muito a pena: "suggestions for thoughts" de florence nightingale e "theoretical nursing" de Afaf Meleis. Pode encontra-los na amazon. Nao estao traduzidos mas valem muito a pena, para mim foram uma fonte de novos insights e ajudaram-me a organizar muitas ideias. Respondem a muitas das questoes que coloca.
Um segundo aspecto que foca tambem me parece muito relevante: enquanto os enfermeiros nao perceberem o que e a enfermagem, ninguem vai perceber.

libelinha
 
PROLOG,
Achei muito interessante a forma como abordou a "essencia" da enfermagem e as questoes sobre o cuidar. Tenho alguns insights que poderao continuar as questoes que coloca e desenvolver o debate.

De uma forma muito simplista poderia talvez dizer que o cuidar se relaciona com uma actividade continuada (notar que "cuidar" e uma accao): a procura constante da relacao certa com os limites e capacidades do corpo humano para assegurar a vida. Uma relacao certa do individuo com as limitacoes e capacidades do proprio corpo (autocuidado) ou com o corpo dos outros (heterocuidado). Na segunda, esta implicado que no cuidado ao outro nao deve substitui-lo na sua capacidade e deve ajuda-lo a superar as suas limitacoes. Se consideramos esta visao (muito simplificada, visto que as necessidades do corpo nao dependem apenas da dimensao fisica...) poderemos, talvez projectar que ao longo do tempo as necessidades do corpo vao mudando, porque mudam as exigencias pessoais de cuidado e estilos de vida, alimentacao e exercicio...mas a essencia e a mesma: ajudar a pessoa a viver uma relacao certa com o seu corpo,encontrando um padrao de satisfacao de necessidades que lhe permita viver em equilibrio.

Neste contexto, a enfermagem estuda a forma como a pessoa humana responde a situacoes de transicao (stress, doenca, crise, etapas de desenvolvimento...) que alteram o equilibrio na satisfacao das suas necessidades (por perda ou ganhos de capacidade). Ou, por outras palavras, os enfermeiros estudam como e que as pessoas mobilizam as suas capacidades e superam os seus limites em momentos de transicao e mudanca...que pode ser por doenca ou nao.
A experiencia como enfermeiro permite-lhe perceber como muitas pessoas se superam e, muitas vezes sem se apreceberem, os enfermeiros usam esse conhecimento para ajudar outros.
Na minha perspectiva, esse e o conhecimento que a enfermagem tem de desenvolver e tornar visivel...e ainda agora estamos a comecar...

Neste momento trabalho num centro de saude e devo dizer-lhe que, neste contexto de proximidade o cuidar revela-se de forma muito evidente, quando comparo a minha experiencia actual com as experiencias previas em diferentes contextos hospitalares.

Obrigada pela discussao e estimulo

libelinha
 
Dr Enfermeiro, ontem recebi um enail sobre a possivel criação de um sindicato novo, o SEI (sindicato enfermeiros independentes), sabe alguma coisa sobre isto?

Tenho bastante curiosidade, responda se faz favor. Obrigado
 
Informações das reuniões dos diferentes sindicatos? conclusões?,novas formas de luta aonde estão?
 
Exmos. colegas


SEI

 É um movimento que surgiu após a insatisfação profissional dos enfermeiros e que é manifestamente expressa no dia-a-dia nos locais de trabalho, em blogues, anúncios, notícias e outros;

 É resultado da insistência de muitos colegas para a criação de um novo sindicato;

 Tem como principal objectivo mobilizar estratégias de defesa dos interesses dos enfermeiros;

 Não tem qualquer ligação partidária;

 Não concorda com o alongamento das negociações de reunião para reunião, ano após ano;

 Não concorda com o apaziguamento dos dirigentes sindicais que desmobilizam frentes e multidões;

 Não aceita o “cordeirinho” dos interesses, cargos laborais, sociais ou políticos que aparentemente demonstram os actuais sindicatos em detrimento da missão que a classe lhes confiou.

Como é notória a anedonia “paradoxal” dos actuais sindicatos sobre o interesse demonstrado nas negociações para o desenvolvimento da carreira ao longo destes últimos anos, o SEI está neste momento a enviar e-mail e a solicitar o reencaminhamento do mesmo, para outros colegas enfermeiros, para que tenham conhecimento deste e para que nos possam apresentar novas ideias/soluções.

O movimento que o defenderá e lutará pelos seus ideais profissionais para uma carreira e remunerações justas.

RECEBI ESTE EMAIL ALGUEM ME SABE EXPLICAR QUEM É QUE FAZ PARTE DESTE MOVIMENTO
 
COLEGAS ACABEI DE VER NO SITE DO COGITARE EM SAUDE UM COMENTÁRIO SOBRE A POSSIVEL CRIAÇÃO DE UM SINDICATO NOVO O SEI (SINDICATO ENFERMEIROS INDEPENDENTES), SE NESTAS NEGOCIAÇÕES NÃO HOUVER AVANÇOS ESTOU DISPOSTO A MUDAR.
 
Libelinha,
O que é que quer dizer" insight"?
 
Anonimo 7:40

Se nao sabe e esta a participar neste blog, tem todos os instrumentos e capacidades para descobrir sozinho...

Se sabe e o seu objectivo era provocar ou ridicularizar...lamento.
Porque o fez?

Se tem alguma critica a fazer aos meus comentarios faca-a! Talvez eu aprenda tambem alguma coisa consigo. Agora esse tipo de atitude nao leva a enfermagem a lado nenhum, nem permite nenhum debate serio.
 
Libelinha:

Como já deve ter reparado, abordo estas questões de forma pragmática e acreditando que em centro de saúde a realidade da enfermagem é diferente e melhor (conheço pouco dela), como pode um "enfermeiro hospitalar" "ajudar a pessoa a viver uma relacao certa com o seu corpo,encontrando um padrao de satisfacao de necessidades que lhe permita viver em equilibrio"? Que tarefas lhe cabem? E sendo esta a essência da enfermagem, não concorda que esta ajuda vai mudando ao longo do tempo consoante as diferentes necessidades de época? Então, assim sendo, não muda também a essência ao longo do tempo?
 
LProlog

Temos que clarificar primeiro o que é que cada um de nós entende em relação aos conceitos que utilizamos na discussão. Se para si a "essência" é uma coisa, para outra pessoa significa outra coisa e para mim tem ainda um terceiro sentido...

Na concepção que tenho de "essência" como sendo o busílis, a finalidade, o limite de uma coisa ou de um ser, a essência da enfermagem não se altera. Tal como não se altera a essência da água.

O que acontece é que na sua existência, há vivências, acontecimentos, fenómenos, novos conhecimentos que se adquirem e geram, que permitem caracterizar melhor a essência da profissão. O mesmo será dizer que a água gaseificada é água.

A essência é o mais elementar, o mais básico, o mais central e o mais importante que caracteriza a enfermagem, que permite reconhecer na profissão uma identidade e a distingue de tudo o resto. H2O.

Resume a intenção da profissão, a ideia mais nuclear que a define, o argumento principal para a sua perenidade, o espírito que norteia o trabalho, sendo todas estas as qualidades que apreciamos no seu mais elevado grau. As alterações circunstanciais ou situações excepcionais que afectem a profissão não alteram os atributos principais da enfermagem, mas permitem muitas vezes sublinhá-los. Água quente, água fresca, gelo...

Quando se fala em prescrever medicamentos e afins, no âmbito da resolução de problemas identificados pelos diagnósticos de enfermagem e quando seja essa a solução, não estamos a alterar a essência da enfermagem, mas a reforçá-la na medida em que tudo o que fizermos e que concorra para a promoção, prevenção, cura, reabilitação e paliação, assim como reforço das capacidades humanas de resposta à doença, é enfermagem. É como oferecer chá a uma pessoa desidratada; não deixa de ser água e de cumprir a finalidade a que se destina = hidratar.


Libelinha:

A interrogação que coloquei em relação ao valor dos teóricos de enfermagem não reflectia nenhuma dúvida pessoal, mas sim a opinião que tem sido apresentada por alguns colegas. Penso no entanto que, não sendo os teóricos uma espécie de líderes espirituais, têm o mérito de colocar à discussão uma série de temas que têm de facto aumentado o nosso espírito crítico em relação a muitas coisas.

VV
 
Saudações,
Não negando à partida esta ou aquela opinião, tenho para mim como certo que o essencial disto ou daquilo, à semelhança do que escreve a colega W, não se limita, esvanece ou esgota naquilo que se queira introduzir, adicionar/actualizar com "fenómenos/acontecimentos" que de cosmético terão muito pouco. Aí sim, o risco de desfalecer é bem real, que não me parece ser o caso.
Querer negar os designíos da transcendente epopeia evolutiva é limitar/reduzir a existência a um crepúsculo temporal.
Agora sendo prático, não consigo perceber em que medida a prescrição possa ser um retrocesso na enfermagem. Não o é e dizer o contrário e pura charlatanice. É querer condicionar o debate, que, cara libelinha, se exige realmente sério.
A prescrição é apenas uma porra de uma ferramenta, como o é a realação de ajuda, como o é a visão holística. Querer demarcar-mo-nos disto não é sensato. Os argumentos que o sustentam não são teóricos cara libelinha; resultam de constatações vivenciadas na prática clínica diária. Porque o doente que está num recobro se queixa com dores mas o anestesista acha isso não passa de um percepção menos agradável, não deveremos satisfazer uma necessidade, um apelo. Não é isso em si uma demonstração de humanidade? Não é isso, qualidade nos cuidados prestados? E tantas e tantas outras situações, que por já terem sido apresentadas me vou abster de voltar a referenciá-las.
A prescrição NÃO É EXCLUSIVA DE NEHUMA CLASSE. E não é o que outros querem ou desejam que seja que vai mudar o natural/normal trajecto da enfermagem. Porque não se trata de CAPRICHO. É uma NECESSIDADE, apenas mais uma FERRAMENTA. Que outras classes o usem como a derradeira manifestação e "doce" sensação de poder, temos penas, muitas penas. A esses recomendo uma infusãozita... de urtigas, acompanhado do igualmente benefico banho de assento com o mesmo género de urticáceas.
 
VV:

Estamos portanto de acordo que ainda que a água não deixe de ser água, se pode adaptar ao contexto; se se adapta, se muda não é imutável. O cuidar será a essência, mas o cuidar não é imutável, certo?
 
caros colegas prolog e vv,

Acho que este debate se esta a tornar cada vez mais interessante e tenho pena que habitualmente as discussoes em foruns e blogs nao se desenvolvam neste sentido.

VV,
relativamente aos teoricos, estamos 100% de acordo. Ja tive oportunidade (entretanto) de ler comentarios seus anteriores em que desenvolveu mais os seus pontos de vista e percebi melhor a raiz das suas questoes como as explicou agora.

Relativamente a questao da essencia da enfermagem ...Bem, penso que estamos de acordo que a enfermagem e uma disciplina em que todos alegamos o seu cariz cientifico.
Assim, como qualquer disciplina que se preze, a enfermagem tem de ter bem claro os aspectos ontologicos e epistemologicos.
Nao nos podemos esquecer que, comparativamente, a enfermagem e uma disciplina recente e, a meu ver, os aspectos da sua ontologia nao estao claros para a populacao ...e, pelo que a experiencia me possibilitou ver, nao estao claros mesmo para os enfermeiros...
Preocupa-me que tomemos decisoes que impliquem um redireccionamento do investimento da formacao dos enfermeiros para areas que nao se ligam aos aspectos ontologicos da profissao quando percebo que esses aspectos estao longe de estar desenvolvidos.
Como alguns colegas tem afirmado, "estamos a por a carroca a frente dos bois"
 
LProlog,

O conceito de cuidado, definido nos termos em que a enfermagem o utiliza, isto é, como promoção e protecção da dignidade humana, não me parece que mude nesta civilização. A menos que se alterem os valores morais que norteiam a nossa vida e o respeito passe a ser outra coisa qualquer, ou que a ciência nos atire para o futuro assim de repente e passemos a ter chips que nos tornem autosuficientes. Nesse futuro talvez a vida se defina de outros modos e não faça sentido ou não seja preciso existirem seres que se ajudam, que se socorrem uns aos outros, que se auxiliam.

Sublinho também que, mesmo restrito à saúde, o cuidado não é sequer excluvivo da enfermagem (há cuidados de saúde que englobam muitas profissões e há o cuidado relacionado com a responsabilidade de todos os cidadãos que querem de facto viver numa sociedade avançada). Apesar de tudo, não me parece que seja uma característica distintiva da enfermagem - a sua essência.

Mas isto é apenas um raciocínio abstracto.

VV
 
PROLOG,

Quando em meio hospitalar o enfermeiro aspira um doente ou o assiste quando esta ligado a um ventilador nao deixa de "ajudar a pessoa a viver uma relacao certa com o seu corpo,encontrando um padrao de satisfacao de necessidades que lhe permita viver em equilibrio"

Neste caso particular, o enfermeiro substitui na totalidade o doente no cuidado dessa necessidade do corpo, na medida em que o doente nao tem capacidade para o fazer. Essa e a relacao certa.

o que por vezes acontece sao situacoes desadequadas em que as capacidades dos individuos nao sao tidas em conta:os doentes sao reduzidos na sua capacidade de autonomia ou, ainda pior, os enfermeiros fazem alem do que deveriam fazer...porque anseiam o reconhecimento dos doentes ( e isso nao deixa de ser uma forma de dependencia...dos enfermeiros).

Agir com objectividade no cuidar humano, fora da expectativa do reconhecimento nao e uma tarefa para todos...exige preparacao e saber diferenciado.


Continuando a questao que deixou no seu ultimo post, percebi que estamos de acordo que cuidar e a essencia de enfermagem.

Concordamos que as formas de expressao do cuidar podem variar ao longo do tempo e ate das culturas.

Agora, torna-se necessario escrutinar que aspectos do cuidar sao essenciais e imutaveis...
 
Hugo,

Nao me parece que dar a minha opiniao e argumentar seja condicionar o debate. Amenos que considere alguma validade nos meus argumentos a ache que estes podem condicionar a opiniao...
Alias, e para isso que um debate serve.
E serio na medida em que se expoem pontos de vista diferentes com respeito pelos intervenientes...o que felizmente tem acontecido.

Agora apelidar de ""charlatice" uma opiniao porque e oposta a sua nao faz parte de uma atitude de um debate serio...que argumentos utilizou? disputas de poder de classes?...afinal quem luta por mais poder?
 
Libelinha e VV:

O conceito de cuidado não muda, daí a maioria dos teóricos considerar que seja essa a verdadeira essência da enfermagem, ainda que não seja exclusiva desta, mas muda a forma como esse cuidado é prestado, muda todo o seu contexto, pelo que se poderá dizer que de facto, muda a enfermagem, como disse Virgínia Henderson na citação; penso portanto que a só a definição será imutável.

Quanto à questão de "Agir com objectividade no cuidar humano, fora da expectativa do reconhecimento", é no meu ponto de vista um perigo, na medida em que a enfermagem enquanto profissão está inserida num mercado... o do trabalho, e negligenciar este facto, como de resto se tem feito, é levar a enfermagem ao retalhamento das suas tarefas que são usurpadas por outras profissões, culminando na sua inevitável extinção. Sendo um mercado, temos de nos certificar que "vendemos aquilo que querem comprar", e enquanto "bons vendedores", devemos procurar obter "reconhecimento do valor do que vendemos"; a enfermagem é uma profissão remunerada, remuneração essa baseada no tal mercado e sem a qual (ou sendo demasiado pouca) eu não exerceria a profissão e não me preocuparia em ajudar o outro.
 
PROLOG,

Quando abordo a questao de "Agir com objectividade no cuidar humano, fora da expectativa do reconhecimento", falo na forca da intencao de quem pratica o cuidado e de que forma isso se pode tornar visivel e terapeutico para quem esta a ser cuidado. Isto e particularmente importante no contexto dos cuidados paliativos, por exemplo.

Os doentes conseguem perceber quem executa um conjunto de tarefas para receber o ordenado e quem de facto vai um pouco mais alem.
Falo portanto no contexto da relacao enfermeiro doente.
Trata-se aqui da forca da intencao de quem assegura o cuidado e de que forma essa intencao pode ser percepcionada por quem o recebe e, finalmente de que forma isso podera ou nao ser terapeutico.

A palavra cuidar deriva de "cogitare", "cogitare" define uma "pre-ocupacao" com algo e, por vezes, a unica coisa que e possivel fazer para os doentes e mostrar-lhes que continuamos "preocupados" e que nao desistimos. Porque o doente tem o direito de querer desistir...mas que nao seja porque os que cuidam desistiram dele.


Uma outra coisa e defender socialmente a profissao o reconhecimento e a justica do seu valor comparativamente com outras...ai estamos de acordo! ate porque se nao o fizermos sao os proprios cuidados as pessoas que podem ficar comprometidos.


Por outro lado, acho que o reconhecimento e o valor que a sociedade atribui a enfermagem esta directamente relacionado com o valor e reconhecimento que cada enfermeiro atribui ao que faz...e a minha percepcao e que aqui reside parte do problema da enfermagem...

Esta dificuldade nao me surpreende na medida em que os enfermeiros estao socializados num modelo social (altamente economicista e competitivo) em que o cuidar do outro e cada vez mais delegado a terceiros...e portanto, ser enfermeiro, e quase como que remar contra a mare...

Ha uma discussao social que se impoe relativamente ao que acreditamos ser uma sociedade evoluida: uma sociedade de alto poder tecnologico ou uma sociedade capaz de proteger os mais vulneraveis? nao que tenham de ser mutuamente exclusivas, mas se tivermos de optar...
 
Prolog e VV,

O cuidar nao e exclusivo da enfermagem assim como a intervencao psicologica nao e exclusiva da psicologia...

As varias disciplinas tem pontos de encontro (transdisciplinariedade).

Penso que o que interessa discutir aqui sao as questoes que se relacionam com a ontologia e epistemologia que definem as disciplinas.

Assim, penso que se torna imprescindivel que os aspectos definidores e essenciais do cuidar sejam claros para os enfermeiros.

Na medida em que lancei o desafio arrisco algumas ideias para discussao:

- O cuidar e uma accao continua que encerra as 3 dimensoes do tempo: o passado (habitos e historia pessoal), o presente(a alteracao, transicao que se vive) e o futuro (objectivos e antecipacao de complicacoes-prevencao)

- O objecto de cuidados e o corpo

- O cuidado das necessidades do corpo nao depende somente das capacidades fisicas mas liga-se a todas as dimensoes da pessoa humana (a anorexia, por exemplo, nao resulta de uma incapacidade fisica para a ingestao de alimentos, mas esta ligada a outros factores fisicos e emocionais)

- Assim, o cuidado, embora dirigido para o corpo nao se limita a este.

-A relacao de cuidar molda-se perante uma correcta avaliacao de limites e capacidades ao longo do ciclo de vida (enquanto que numa crianca pode ser importante definir limites para a ajudar a controlar capacidades que vai adquirindo...num idoso e importante encontrar estrategias para superar limites decorrentes da perda de capacidade)

-Estes aspectos do cuidar caracterizam, a meu ver, componentes de imutabilidade...

mas a minha participacao ja vai longa e pesada...

obrigada mais uma vez pelo vosso estimulo e cordialidade neste debate
 
Libelinha:

Quanto à evolução da sociedade: "Ha uma discussao social que se impoe relativamente ao que acreditamos ser uma sociedade evoluida: uma sociedade de alto poder tecnologico ou uma sociedade capaz de proteger os mais vulneraveis?", penso que não há dúvidas que o alto poder tecnológico vai prevalecer sobre a protecção dos mais vulneráveis (podendo no entanto haver alguma convergência dos dois. Assim, podemos remar contra a maré e quase de certeza que vamos perder, ou podemos seguir o curso da evolução tentando-o desviar um pouco, sem o contrariar (e contribuir para a tal convergência). Posso ser apedrejado pelo que vou dizer a seguir, apesar de reflectir a opinião da grande maioria dos colegas, mas se tiver de optar entre os doentes ou nós, enfermeiros, vou optar sempre por nós; primeiro nós e depois os doentes.
 
Quase que aposto que a LIBELINHA é professora... daquelas enfermeiras que não praticam e que vagueiam pelos corredores da enfermaria a ensinar os alunos de enfermagem com uns discursos teoricos e irrealistas, com umas historinhas da carochina!
 
Devo dizer-lhe que o preconceito e conclusoes precipitadas abundam...

Nao sou professora nem nunca fui.

Trabalhei em varios hospitais...em varios servicos, em oncologia, em servico domiciliario e agora nos cuidados de saude primarios.

Agora...sempre estudei...muito!
Desenhei projectos que me levaram a estudar noutros paises...a seria!
Ganhei mais por isso? nao!

Por isso ja ve e congratule-se...afinal ate nem sou muito esperta.

...porque supostamente os enfermeiros da pratica nao estudam...so fazem o que e mais pratico! E isso fazem-nos sentir bem pelos vistos.

Passe bem
 
Libelinha,

Não se deixe abater pelas críticas de parte desta massa ananónima de gente. São opiniões reveladoras do quão surpreendidos ficam quando aparece um colega que escreve bem e expõe com clareza e objectividade as suas opiniões.
Eu própria, quando entrei neste blog, passei por freira, por enfermeira antiga, por professora, enfim... Mas tive a clarividência de perceber que essas ofensas foram apenas o desocultar de sentimentos de profunda inveja, aquela tipicamente camoniana, que não mata mas mói e tão conhecida é na nossa profissão.

Mantenha a sua participação no blog porque é válida. Eles acabam por se cansar.

VV
 
VV,

Obrigada.
Obrigada pela sua participacao que me permitiu um debate estimulante.

espero por novas oportunidades de discussao.

libelinha.
 
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