segunda-feira, fevereiro 08, 2010

Prescrição de fármacos: Enf. Germano Couto, uma vez mais...


... toma a palavra em defesa dos Enfermeiros. link (JN)





"A acusação é do presidente da secção Norte da Ordem dos Enfermeiros, Germano Couto, que rejeita assim as recentes afirmações do bastonário da Ordem dos Médicos".
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Antes de mais, é necessário esclarecer o seguinte: não se trata de "passar receitas"!

Depois das afirmações do Bastonário da Ordem dos Médicos e dos Farmacêuticos, ficou clara a ignorância deste dois intelectos face à conjuntura que se verifica noutros países, nos quais, a prescrição por Enfermeiros, agilizou, dinamizou e rentabilizou os respectivos sistemas de saúde, incrementando os ganhos em saúde, reduzindo os desperdícios, diminuindo tempos de espera e elevando - exponencialmente - a satisfação dos utentes!
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Aliados a todas estas vantagens, estudos demonstram, inequivocamente, que os Enfermeiros não cometem mais erros prescritivos do que os Médicos, o que, de uma cajada só, deita por terra os supostos argumentos destes dois inscientes.
Para o segundo "senhor" (não creio que lhe vá dar novidade alguma, ou será assim tão indouto?): no Reino Unido, por exemplo, se os Farmacêuticos adquiriram (a reboque) poderes prescritivos (e esfregam as mãos pelo facto), devem-no... à luta e mobilização dos Enfermeiros. 
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Há dias, vi a Enf. Maria Augusta de Sousa (Bastonária) a opinar acerca deste assunto na televisão. Ora, dizia ela, que a saúde caracteriza-se por actos complexos, que não resultam apenas da intervenção de uma classe, mas do conjunto das várias classes intervenientes. Segundo ela, são os Médicos que prescrevem porque é um acto que decorre do diagnóstico médico. Agora pergunto eu: e a intervenção farmacológica não pode decorrer, também, do diagnóstico de Enfermagem
Não é legítimo que os Enfermeiros, após formação adequada e competência certificada, possam indicar, de forma autónoma, um conjunto definido de fármacos?  Deve a continuidade dos nossos cuidados ser permanente interrompida pela necessidade da "aprovação" médica?  Se ambas as profissões, segundo enquadramento ético-político, se revestem de igual dignidade... porque é que os Enfermeiros dependem de outra classe para o exercício autónomo?
Compreenda-me bem: reitero, defendo a prescrição voluntária e controlada de fármacos, após formação adequada, competência certificada e tempo de exercício profissional mínimo, de um conjunto pré-validado de fármacos, orientados para a prática avançada e autónoma da Enfermagem, com uma extensão adicional para os Enfermeiros Especialistas, nas suas respectivas áreas! E isto é bem diferente de querer ser Médico ou tomar as suas funções! 
A história ensina-nos que, entre a profissão médica e de Enfermagem, a mobilidade funcional, sempre ocorreu, ocorre e continuará a fluir.
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Deverá um Enfermeiro depender de um Médico... para aliviar uma dor? Para diminuir o desconforto de uma náusea/vómito?  Para atenuar as alterações do trânsito intestinal? Para optimizar a eliminação de secreções brônquicas? Para combater uma ansiedade ligeira não-patológica? Para intervir numa reacção alérgica urgente? Para combater uma insónia esporádica?
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Deverá um Enfermeiro depender de um Médico... para prestar auxílio numa corporação de bombeiros? No pré-hospitalar? Em intervenções junto da população? Em centros de apoio balneares? Em lares de idosos? Nos cuidados de Enfermagem dentro das enfermarias e centros de saúde?
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Deverá um Enfermeiro especialista em Reabilitação deve depender de um Médico... para requisitar um simples RX tórax, no sentido de avaliar a eficácia da cinesioterapria respiratória? Para prescrever anti-inflamatórios no sentido de reduzir status inflammatios?
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Deverá um Enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstétrica deve depender de um Médico para... requisitar um simples ecografia, fulcral na vigilância regular de gravidezes de baixo risco?
Inconcebivelmente, a capacidade de intervenção técnico-científica dos profissionais de Enfermagem, sem um Médico que a indique, legalmente, é pouco superior a um vulgar leigo...

Todavia, os Enfermeiros, a bem dos utentes, prescrevem informalmente há muitos e muitos anos. Todos os que laboram neste sector conhecem bem a prática... 

Comments:
caríssimo DE, obrigado por ter pegado neste assunto =) um óptimo post, mais uma vez!

=O eu fico atónito com as palavras da bastonária.. mas é que não manda uma para a caixa..! Retrógrada, pessimista, cinzentona, uma má imagem da Enfermagem, na minha opinião.

Enfº Germano a emergir, cada vez mais, como uma das grandes vozes, associadas à Ordem dos Enfermeiros, da Enfermagem. São precisas entidades assim, que assumam a importância social da classe, que a revejam como revestida de ciência, competência e autonomia.

Infelizmente, tal como o salário que nos continuam a dar, o Governo teima em não reconhecer a Enfermagem como profissão autónoma, funcionalmente independente da Medicina. Corporativismos e manigâncias são conhecidas, existem sempre interesses em manter a medicina como que de indispensável, em tudo o que é Saúde, se tratasse. Porque é que eu, reconhecendo uma dor num cliente meu, não posso prescrever um analgésico? porque é que, se quiser aferir uma possível artrose da cervical, não posso pedir um Rx?

são estas "dependências" dos médicos que nos mantém reféns dum ponto de vista generalizado de que o médico é quem manda, o enfermeiro faz o que o médico manda. Todos sabemos o que se passa por trás das cortinas. Falta-nos uma cobertura legal que permita agir às claras.

Creio que o poder de prescrição por parte dos enfermeiros, servirá para limitar a dependência instalada, agilizar os cuidados de saúde e de aumentar o espectro de respostas terapêuticas face aos diagnósticos de enfermagem.
 
e acredito que, resolvendo favoravelmente as negociações salariais e de carreira, esta será uma próxima batalha que, à semelhança de países como Inglaterra e Espanha, será ganha. Não há volta a dar, a história ensina-nos que, apesar de por vezes longos períodos de angústia, a justiça acaba sempre por prevalecer. Nós portugueses disso somos exemplo, veja-se o 25 abril. Veja-se a luta dos professores! =D
quando muito se quer, e justamente se quer, lá se alcança. eu gostava que assim fosse.. =)
 
Dr enf,
mais uma vez tiro-lhe o chapéu!
 
Está a acabar mais um turno. A meio da noite uma doente acordou com cefaleias intensas, daquelas que só quem as tem percebe o quanto dói (eu percebo perfeitamente!!!!).
Como a utente irá ser submetida a cirurgia não tem analgesia prescrita.
Em vez de lhe administrar imediatamente um fármaco que lhe aliviasse o sofrimento (a senhora estava literalmente a bater com a cabeça na parede!!!) tive de ligar para o médico que estava lá longe num quartinho a dormir. Atendeu-me com a voz enrolada e disse apenas aquilo que eu quais ouvir, sem sequer querer saber se a utente tinha alguma alergia!!!
A dor aliviou. mas o tempo do telefnema foi suficiente para a utente vomitar!!!
O fármaco... vejam lá se adivinham... é daqueles que até as nossas mãezinhas têm na gaveta de casa e compram na fármacia do supermercado!!!!
 
É claro que tenho que dar os parabéns ao DE por "pegar" neste tema!
Mas meus amigos a posição do Enfermeiro Germano não deixa dúvidas, uma posição pública sobre o assunto e num jornal com a tiragem do JN...
Germano a Bastonário JÁ!
 
Apesar de considerar um retrocesso, parece-m k o k pretendem virá a ser uma realidade. Axo k uma enfermagem prescritiva de medicação será obrigatoriamente medicino-dependente, no sentido de ficar dependente do desenvolvimento da disciplina de medicina/farmacologia, logo n se trata de uma intervenção autónoma de enfermagem pura. Não quero com isto criticar quem tem esta visão. Sinceramente, acredito k será possível uma coexistência entre estas duas enfermagens, uma mais pura, outra mais biomédica.
 
e dos concursos anulados das ars´s.
nem uma palavra, dr enf.???????????
 
Convém salientar e por em destaque
"os Enfermeiros, a bem dos utentes, prescrevem informalmente há muitos e muitos anos. Todos os que laboram neste sector conhecem bem a prática..."
ao qual é a realidade que nós conhecemos...se fosse contar as vezes que chamasse a atenção, ui!

Assino por baixo no seguinte e ao qual defendo à que tempos...
"Defendo a prescrição voluntária e controlada de fármacos, após formação adequada, competência certificada e tempo de exercício profissional mínimo, de um conjunto pré-validado de fármacos, orientados para a prática avançada e autónoma da Enfermagem, com uma extensão adicional para os Enfermeiros Especialistas, nas suas respectivas áreas!"

DPR AÇORES
 
Parabéns pelo tópico!!!


Quantas e quantas vezes vem o médico perguntar, num ambiente hospitalar e posteriormente a uma chamada do Enfermeiro presente e atento ao estado do doente: "Então, o que é que quer que lhe ponha?"

Vergonhoso...


Está o doente a quinar e tem de ser o Enfermeiro a dizer ao médico o que tem que fazer...


Reconheçam isto...!!!! Temos competências para tal!!


A vontade que dá é dizer: "voçê é que é o médico!" e quem se lixava era o doente... que no entanto afirma e sublinha que foi o sotor que o salvou, que tirou a dor, que o curou...
 
Cada vez mais o enfermeiro germano se destaca. Parabéns pelo excelente post!
 
Já pensaram nas consequencias para a Saúde em Portugal se os Enfermeiros Apenas Fizessem aquilo que lhes competia (discutivel pois fazemos muito para alem das nossas competencias "legais") ou aquilo que os outros profissionais de saúde esperam que façamos?!

Quais seriam? Gostava de ver a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros a Responder a isso....

E porque não, ver também os outros Bastonários a responder a isso????

Dá que pensar não dá.....
 
"Todavia, os Enfermeiros, a bem dos utentes, prescrevem informalmente há muitos e muitos anos. Todos os que laboram neste sector conhecem bem a prática... "

Se por um lado isto é verdade, não deixa também de ser verdade que a prescripção é um acto médico, e como tal, quando realizada por um enfermeiro, ser absolutamente ilegal (salvo em situações muito especificas) pelo que o que o sr. faz neste blog é a apologia e elogio publico de um acto ilegal!!

De qualquer forma, é um acto que conta com a conivencia dos médicos, muitos deles não se querem chatear com isso, e fecham os olhos...Ate agora e devido a falta de médicos, tudo tem rolado... Mas acredito que o aumento das vagas em medicina, vai aumentar o nr de médicos e obviamente o desemprego poderá ser uma realidade... Nesse sentido, acredito que cada vez mais os médicos defenderão "a sua quinta" e não vejo os futuros médicos aceitarem de bom grado enfermeiros a prescrever "pela sombra" ou nas suas costas...
 
O assunto é mais que pertinente e já à muito tempo que deveriamos ter andando para a frente neste sentido.
Bom, agora resta saber se as escolas estam preparadas para entrar num novo paradigma sem ser apenas o bio-psico-social, porque sinceramente acho que esta epopeia em que parece que enfº Germano está disposto a assumir e bem, tem que ser acompanhado e globalmente fundamentada por toda a comunidade dita cientifica que demonstre capacidade, uma só voz, coerencia de discurso sem tibiezas ou duvidas. Espero sinceramente que o Enf Germano tenha feito além deste artigo esse trabalho de casa muito necessário para sustentar este processo, senão...
 
Parabéns pelo post! Tema com cada vez mais enfase e importancia.

De facto, "prescrever" e corrigir prescrições são actos vulgares no dia a dia de um enfermeiro. E não venham outros bastonarios dizer que não. A nova carreira de enfermagem já aponta nesse sentido - já somos responsáveis se administrarmos um farmaco erradamente prescrito (segundo o artigo 8º, se não estou em erro). Creio que será mais uma luta dificil de vencer, mas com vontade e união conseguimos.
Parabens Dr Enf. pelos posts actuais!
 
Quando se da possibilidade de enfermeiros a prescrever surgem logos os comentários: "Prescrever com que conhecimentos farmacologicos e de farmacocinética?".
Excelente post.

A parte que destacou - (...) após formação adequada e competência certificada, possam indicar, de forma autónoma, um conjunto definido de fármacos? Deve a continuidade dos nossos cuidados ser permanente interrompida pela necessidade da "aprovação" médica?" Responde á questão fundamental.
 
Parabens pela defesa e da verdade.
Coitados dos doentes se não fossem os enfermeiros estarem sempre em estado de alerta.
 
Não poderia estar mais de acordo, tanto com o DOUTORENFERMEIRO como o nosso querido representante da secção norte Doutor Germano Couto!!!! De facto, quem avalia a necessidade de medicação prescrita em SOS SÃO OS ENFERMEIROS, quem sugere algumas prescrições SÃO OS ENFERMEIROS, os EESMOs, já têm competências para a prescrição de exames na gravidez de forma a detectar rpecocemente qualquer situação patológica na mesma (só faltanto regulamentar essas prescrições), etc, etc, etc....
E concordo também plenamente quando referem QUE NÃO SE TRATA DE USURPAR FUNÇÕES DE OUTRAS CLASSES; ninguém quer prescrever antibióticos, antihipertensores, entre outros.... mas de facto, um EESMO, por exemplo, deveria poder prescrever um simples ácido fólico ou um ferro, no decurso das suas consultas pré-natais....
Contudo, também entendo que alguns profissionais vejam essa nossa capacidade como UM GRAVE ATENTADO A SUA SOBERANIA ABSOLUTA....
O crescimento indubitável da Enfermagem é um sério problema para muitos....
 
"Defendo a prescrição voluntária e controlada de fármacos, após formação adequada, competência certificada e tempo de exercício profissional mínimo, de um conjunto pré-validado de fármacos, orientados para a prática avançada e autónoma da Enfermagem, com uma extensão adicional para os Enfermeiros Especialistas, nas suas respectivas áreas!"

Isto é tão claro que só num país como o nosso é que ainda tem discussão!!...Não é por acaso que infelizmente Portugal está na cauda da Europa!...É por isto e muito mais,que por vezes sinto pena de ter nascido neste rectângulo...pelo menos quem nasce na Guiné Equatorial, ou no Laos, sabe desde pequenino o que a casa gasta...nós andamos a enganar meio mundo e a fingir que somos um País civilizado e moderno...só para rir mesmo.
Mas é assim em muitos sectores da sociedade.
Não sou enfermeiro, mas estou com eles e respeito muito a sua profissão!
 
Esta será uma realidade, quer o bastonário pedro nunes queira quer não....

Já hoje os enfermeiros decidem sobre medicação em SOS, detectam erros GRAVES nas prescrições, e portanto, o natural será a enfermagem ter a decisão sobre certos medicamentos... e isso devia ser visto como natural, aliás, já hoje isso acontece nalgumas situações...

Em relação ao próximo bastonário... enfim, quem está lá agora não tem uma perspectiva de futuro da profissão, e atenção, que a Lucília Nunes está na berra.... mas nem a actual nem a Lucília.... por favor....
 
Concordo perfeitamente com o post.
Ainda hoje de manhã fizeram na Radio Sim um programa de opinião acerca deste assunto e no qual participei e dei a minha opinião que foi ao encontro com o que diz no post. Entendo que mais tarde ou mais cedo esta luta terá que se travar, mas não é para já. Primeiro as questões da carreira.
 
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
Enfº Germano, a BASTONÁRIO!!!!
 
Haja alguem para defender a classe

parabens.
 
Sim, é a ÚNICA pessoa com bom senso, capacidade de liderança, perspectiva a longo prazo e capaz de dar projecção à Enfermagem. TEM O MEU VOTO CONCERTEZA. Apenas tem de apresentar a sua candidatura e já ganhou...
Enf. Germano Couto a BASTONÁRIO.
 
Completamente a favor desde que isso implique formação pós-graduada à qual só acedem candidatos com experiência profissional relevante e após triagem através de exame teórico-prático de conhecimentos adquiridos na prática profissional.

O mesmo para os farmacêuticos que, a bem do utente, podiam receitar para muitos quadros clínicos menos alarmantes para a saúde do utente impedindo que estes fossem "empatar" para os serviços de urgência.

Não vejo isto, contudo, a acontecer num futuro muito próximo. Não se esqueçam dos poderes lobbyistas que as Ordens Têm sobre o nosso Estado. E não vejo a classe médica a abrir mão de parte do poleiro divino deles assim tão facilmente.

Talvez os Enf.ºs E os Farmacêuticos devessem parar com as brigas inúteis e unir-se nesta causa.

Humilde estudante de Ciências Farmacêuticas.
 
Claro, pertinente, conciso e objectivo.

Aí está a diferença de discursos e postura necessária.

Como diz o nosso colega... Ao mais alto nível!

Cumprimentos. A.J.
 
Já agora uma palavrinha da Ana Rita para podermos saber qual é a opinião dela... se é que tem claro está!
 
Estou admirado por os projectos imbecis a médicozitos ainda não vieram para aqui mandar postas pró tecto e ameaçar que vao fazer beicinho por os Enfermeiros quererem conquistar mais uma batalha ´LÓGICA!! tou a contar os minutos..
Ao DE tiro lhe o chapéu por mais um excelente post!
Cumprimentos
 
Uma coisa de cada vez...
Primeiro a nossa carreira e depois sim...vamos às prescrições medicamentosas para adjuvarem na execução das intervenções que respondam aos diagnósticos de enfermagem formulados por SRS. ENFERMEIROS!!!

Valter Silva
 
ainda hoje, precisava dum simples Rx para me dar uma ajudinha num caso de ciatalgia, só p ver se não há ali osteófitos, estreitamentoS, etc, e lá TIVE QUE MANDAR O CLIENTE AO MÉDICO DE FAMÍLIA, ONDE 1º TEM QUE MARCAR CONSULTA, PAGAR 2,20€, ESPERAR PELO DIA DA CONSULTA, ESPERAR UM BOM TEMPO PARA SER ATENDIDO ...

Por estas e por outras, podendo eu pedir um Rx e passar-lhe um tramalzito para as dores, não se poupavam tempo e dinheiro??
A lógica está do nosso lado, eles que ladrem, mas não tardará a ser uma realidade.
 
Muito sinseramente não é com posts como o das 6:21 que lá vamos. evitem este tipo de discurso muito pouco dignificante. Quando somos visitados por outros profissionais com comentários pouco simpáticos, não se baixem ao nivel deles, desprezem-nos apenas que é a melhor resposta. comprendo que anda por aqui muito sangue novo, mas controlem-se por favor.
 
Meus caros, a prescrição de fármacos não se pode basear em conhecimentos meramente empíricos. Tem de se basear, fundamentalmente, em conhecimentos técnicos e científicos no âmbito da farmacologia, aliados a conhecimentos de patologia e de terapêutica, algo que nenhum enfermeiro neste país possui. E não me venham com a melodia do diagnóstico de enfermagem. O que é isso? Está legislado sequer? Se prescrevem com base no empirismo, pode ser que um dia vos corra mal. É pôr em risco a vida humana. Depois quem responde por vós?! No meu serviço, quando apanho algum enfermeiro a esticar-se, "leva"!
 
Anónimo das 6.21 eu estou admirado por ainda não ter visto uma união a sério dos frustrados crónicos da saude que são os enfermeiros e farmaceuticos, nesta questão que tanto os incomoda... Já que não deu pa entrar em Medicina e ser Médico a serio, há que tentar inventar alguma coisa que se pareça...ou nao!e os imbecis sao os estudantes de medicina? Enfim, se a inveja matasse...
 
e diz um suposto colega assim, num comentário noutro post:

"....eu tb nao qr prescrever medicação.. posso orientar, mas nao me venho armar em medico....""

se na própria classe, tal como a bastonária, há gente que pensa assim, isso é muito mau.

Caríssimo, a prescrição de exames e fármacos não são para os Enfºs se armarem em médicos.. serve para ampliar a resposta terapêutica aos fenómenos de Enfermagem pá. Não percebo como há colegas que têm uma visão tão redutora e nada defensiva da sua profissão...

até na manif, uma colega viu-me com um estetoscópio à volta do pescoço, e pergunta-me se estou mascarado de sr. dr. Eu disse-lhe que sim, de dr. Enfº. ...apeteceu-me encher o peito do pé com uma das nalgas dela porra.. =P
 
Os Enfermeiros querem lutar pela sua indepêndencia, precisar de drº passa tratar algumas situações, que para eles são o pão nosso de cada dia é uma mais valia para o doente, concordo que para isso eles tenham formação para tal, eles próprios devem-se salvaguardar de certas situações em que eu é que sei e mais ninguém, deve haver uma ajuda mutúa entre o médico e o enfermeiro, para bem do utente.
De certeza que os enfermeiros não querem prescrever medicamentos para ter canetas e caléndarios e jornais....
 
Queria reforçar o comentário do autor do post de 7.58pm
De facto, só nos podemos destacar dos posts de baixo nível, maioritariamente vindos de gentes de fora da profissão, mantendo um nível elevado nos nossos próprios psts.
Por exemplo, ao EVENTUAL MÉDICO QUE POSTOU A SEGUIR, tentando deitar por baixo as nossas capacidades, nem se quer me vou dar ao trabalho de responder pois não me cabe a mim explicar-lhe o que a Enfermagem é!

Ninguém quer usurpar poderes. ninguém quer passar a frente de ninguém.... Acredito que apenas se queira pôr por escrito aquilo que acontece DIARIAMENTE, ás escondidas!

E, apesar de achar que os farmacêuticos querem, por vezes, usurpar as nossas funções (ministrar vacinas, etc...) queria agradecê-los, por exemplo, quando aceitam vender SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA, ocitocina em spray, a puérperas com grandes dificuldades no esvaziamento mamário e a quem sugiro, além de todos as atitudes não farmacológicas, utilizarem este medicamento que evita, muitas vezes situações mais graves como uma mastite...
De facto, alguns medicamentos, selecionados correctamente, podem e devem por ser prescritos por outros po4rfissionais como os enfermeiros, doa a quem doer A BEM DA NOSSA POPULAÇÃO!

PS: já agora, sugeria aos outsiders que vêm mandar bitaites menos civilizados, que tenham pelo menos o bom senso de não se esconder atrás de um "anónimo"... tantas certezas com tanta cobardia à mistura, não me parece correcto!
 
"Anónimo das 6.21 eu estou admirado por ainda não ter visto uma união a sério dos frustrados crónicos da saude que são os enfermeiros e farmaceuticos, nesta questão que tanto os incomoda... Já que não deu pa entrar em Medicina e ser Médico a serio, há que tentar inventar alguma coisa que se pareça...ou nao!e os imbecis sao os estudantes de medicina? Enfim, se a inveja matasse..."

Palminhas p'ra você! Gostava muito de saber o seu nome para nunca passar lá no consultório. A coisa que mais gosto é de pessoas arrogantes! Arrogantes e anónimas!
 
"até na manif, uma colega viu-me com um estetoscópio à volta do pescoço, e pergunta-me se estou mascarado de sr. dr. Eu disse-lhe que sim, de dr. Enfº."...pois é...essa colega precisava que lhe pagassem uma viagem até ao canadá e fizesse um estágio de observação de Enfermagem. Lá os srs. Enfermeiros andam de estetoscópio ao pescoço e não é por isso que se andam a "armar" aos médicos...que mentalidade tão medíocre!!!

Valter Silva
 
Anónimo das 8:51,pode traduzir (escrever num português aceitável) a sua "explanação". Da forma que está escrito o comentário, nem o sentido se consegue tirar!!!
 
anonimo das 11:31 vamos ser sincero custa muito sair da caminha a meio da noite para observar um doente e prescrever um paracetamol, isso nem com o triplo das vagas de medicina.e isto nao é porque nao se estao para chatear com o efermeiro pq tomou a iniciativa de prescrever, vamos pôr os pés no chao
 
as vezes passo-me:

como é possivel haver pessoal que nao vale nadinha e dpois critica sem saber o que diz.

aos enf. que sao contra, tirem outro curso sff que nao estao a fazer nada em enfermagem

aos que sao a favor, acho muito bem. acho que a precriçao vai nos dar muito mais autonomia, por exemplo, estou a fazer um penso, o utente tem dores posso administrar um analgesico e ate precrever analgesia para que o doente autoadministre quando tiver dores.

nao quero tratar a causa de hipertensao (para isso existem os medicos) mas quero poder actuar perante um utente que esta numa crise hipertensiva.

nao kero precrever antibiotico (para ixo existem os medicos) mas perante um utente que apresente sinais evidentes de uma infecçao urinaria ou respiratoria kero ser autonomo para realizar as colheitas sem ter k haver uma precriçao, o antibiotico o medico depois prescreve.

sao estas pekenas coisas que fazem a diferença, e quem e do meio sabe perfeitamente que sim.

em relaçao a alguns comentarios que dizem que temos que ter conhecimento, acham mesmo que nao temos? entao de quem e a responsabilidade de administraçao? se administrarmos um farmaco errado (errado nao significa que nos engamos mas sim que vai provocar efeitos nefasto no utente) a culpa e de quem? nossa. logo se a culpa e nossa, temos que ter formaçao para saber tudo akilo que envolve o farmaco que alguem ai por tras disse que nos nao sabemos.. isso tudo cheira me a medo!
 
Situações reais!

- Doente com TA 230/130 mmHg + nauseas e cefaleia intensa.

Contacto o médico:
Este prescreve Diclofenac 75mg IM, porque a crise Hiprtensiva se deve à Cefaleia!!!!!!!!!
Acabei por administrar Captopril 25mg Sub-lingual, porque ia a passar um Ortopedista e eu solicitei-lhe a prescrição, e este anuiu.
Não é que resultou!

- Doente com lesão Micotica no Antebraço, daquelas, que até o Abrunhosa sem tirar os óculos consegue ver no escuro.

Em conversa com o DR, recomendei antimicótico tópico. Mas não, o doente fez 4 semanas de VANCOMICINA EV, e népia. Só depois de uma semana de "pomadinha", o bracinho ficou como novo.

E isto acontece dia sim, dia sim!
 
Quando se confunde e compara a responsabilidade de "administrar" com a de "prescrever", com todos os conhecimentos que isso implica, ta perfeitamente explicado o porque dos enfermeiros se limitarem a administrar o que os Médicos prescrevem...

Willy das 9.39, nem é nada comigo, mas já agora, porque não se identifica o sr?? Ou o nome willy identifica alguem?!É que só me ocorre a baleia do filme lolol
 
Germano Couto tem dado cada vez mais provas do que está muito bem enquadrado para assumir o papel de Bastonário nas próximas eleições (pelo menos eu assim o espero)
Gostaria de saber a vossa opinião!!
 
Gostaria de questionar o "Douto" anónimo das 8:15 se já leu alguma vez o REPE que rege o exercicio profissional dos Enfermeiros, e tem força de lei aprovada pela Assembleia da Republica.
Quanto ao conhecimento cientifico, ao empirismo, uns têm outros não sejam eles Médicos ou Enfermeiros.
E muito do conhecimento de Farmacologia de alguns clinicos, é-lhes entregue em sacos coloridos pelos delegados de informação médica.
Quanto ao correr mal ou bem,acontece a todos.
Mas não deixa de ser engraçado, que se esconda atrás do anonimato.
Será para não ter de enfrentar os Enfermeiros do seu serviço e explicar-lhes quem leva o quê?
De uma coisa tenho eu a certeza absoluta, o Sr. anónimo não trabalha no mesmo
serviço que eu!
E mais, é por Jota Cê que muita gente me conhece no meu hospital.
Eu não me escondo.
 
Ao Anónimo das 10:08

"em relaçao a alguns comentarios que dizem que temos que ter conhecimento, acham mesmo que nao temos? entao de quem e a responsabilidade de administraçao? se administrarmos um farmaco errado (errado nao significa que nos engamos mas sim que vai provocar efeitos nefasto no utente) a culpa e de quem? nossa. logo se a culpa e nossa, temos que ter formaçao para saber tudo akilo que envolve o farmaco que alguem ai por tras disse que nos nao sabemos.. isso tudo cheira me a medo!"

Convém ser realista. No plano de estudos da ESEnfC só há uma cadeira, ao longo de todo o curso, de Farmacologia e uma de Bioquimica que nem é exclusivamente disso mesmo. Creio eu que é Bioquimica e Biofísica. Não pode portanto afirmar que o Enf.º sabe tudo o que há para saber sobre o fármaco porque é mentira e você deveria ser humilde o suficiente para reconhecer isso.
Eu defendo veemente a prescrição pelos enfermeiros e farmacêuticos, a unica coisa que me apoquenta são este tipo de complexos de Deus em que julgamos saber mais do que aquilo que realmente nos é inteligível. É preciso colocar a mão à cabeça e pensar bem nas competências e nos conhecimentos que temos na pasta.

A responsabilidade de administrar não é muito diferente de eu dispensar um ansiolítico a uma pessoa que me chega com receita para um antibiótico. Não é isto argumento válido para aquilo que você pretende defender.
 
"Completamente a favor desde que isso implique formação pós-graduada à qual só acedem candidatos com experiência profissional relevante e após triagem através de exame teórico-prático de conhecimentos adquiridos na prática profissional.

O mesmo para os farmacêuticos que, a bem do utente, podiam receitar para muitos quadros clínicos menos alarmantes para a saúde do utente impedindo que estes fossem "empatar" para os serviços de urgência.

Não vejo isto, contudo, a acontecer num futuro muito próximo. Não se esqueçam dos poderes lobbyistas que as Ordens Têm sobre o nosso Estado. E não vejo a classe médica a abrir mão de parte do poleiro divino deles assim tão facilmente.

Talvez os Enf.ºs E os Farmacêuticos devessem parar com as brigas inúteis e unir-se nesta causa.

Humilde estudante de Ciências Farmacêuticas."

Concordo, é já o que acontece em muitos países.

Mas tem de ser um número limitado de fármacos, antibióticos por exemplo, não ...já são prescritos a mais por médicos!
 
No meu hospital, os médicos fizeram tudo para prescreverem os pensos. Se os enfermeiros não continuassem a prescrever-los, embora com o dito "Pelo sr Dr.médico", os doentes tinham buracões, LOL!!!
 
Também penso que Enfº Germano deva assumir, cada vez mais, como uma das grandes vozes, associadas à Ordem dos Enfermeiros, da Enfermagem. São precisas entidades assim, que assumam a importância social da classe, que a revejam como revestida de ciência, competência e autonomia.
Pessoalmente não conheço, mas admiro as suas posições. Espero também que a Associação de Gestores e Líderes tenha também um papel mais interventivo.Ela também tem pessoas capazes para por ordem na Ordem dos Enfermeiros!
Açores
 
Acho que a enfermagem ainda não percebeu os tempos negros que se aproximam e preocupa-se com questões de circunstância. Em todos os países que os enfermeiros têm mais funções há um denominador comum: poucos médicos. São vistos como mão de obra barata e, curiosamente, ficam satisfeitos. Lanço-vos o desafio de verem os índices de satisfação de alguns profissionais passados alguns anos com funções alargadas e terão uma surpresa. Penso que a enfermagem deveria defender, e rapidamente, o acto de enfermagem. Vêm aí milhares de médicos, vão ser criadas inúmeras residências médicas para colocar toda e gente, inúmeros Internistas e Médicos de Família, e aí não tenho a menor dúvida que as preocupações de enfermagem serão outras, bem mais básicas. Pessoalmente, não tenho rigorosamente nada contra a prescrição de enfermagem, por mim até pode ser sem limitações. Mal de mim se achasse que era uma lei que me fizesse saber mais que um senhor enfermeiro.
 
Nunca hão de prescrever sequer um paracetamol neste país! Nós não vamos permitir-vos tal ousadia!
 
Ó senhores médicos e amostras de futuros médicos, vossas excelências acham que eu sou frustrado por... Não ser médico? Jamais! Jamais! (Pronunciar em francês, sim?). Acham mesmo que eu iria querer sujar as minhas mãos em doentes nauseabundos?! Observar fracturas expostas? Fazer toques rectais? Dedicar-me ou corte e costura? Acham mesmo que iria querer fazer do meu dia-a-dia um desenrolar de imundície? Deliram, senhores! Deliram! Sou farmacêutico, director técnico e proprietário de farmácia (ou comerciante de medicamentos, se vossas excelências assim preferirem tratar-me), ganho rios de dinheiro (mais do que a maioria de qualquer um de vós, que passará os seus dias sentado numa secretária a passar exames complementares de diagnóstico, a olhar para um ecrã de computador, e a referenciar doentes para especialistas e a ganhar não mais que 1500 euros por muitos anos). Não é um futuro nada animador pois não? Tratem-se... E delirem menos. As melhoras, meus senhores médicos e futuros médicos.
 
Boa noite,
impressiona ver como, em geral,os Srs Drs Enfermeiros não se conseguem interessar pelo fundamento da profissão para a qual foram treinados durante a longa e árdua licenciatura de 4 anos. Estarei eu completamente demente ou, não será a capacidade diagnóstica, decorrente da preparação científica dos médicos, que os torna competentes para a prescrição de uma qualquer terapêutica? Pretendendo os Srs Drs enfermeiros assumir esse papel, fico sem perceber qual área de intervenção dos médicos? Para quê afinal formar médicos? Francamente, não consigo perceber o que vai na cabeça dos enfermeiros? Afinal o que pretendem com tanta crispação? Pergunto antes, qual o motivo de tanto desinteresse face às funções para as quais foram treinados?
Saúde, é o q desejo a todos!
AntonioP
 
Ao senhor médico das 8:15, gostaria só de esclarecer, indepenpendente da minha opinião de ser a favor ou não da prescrição, de que o curso de enfermagem, tem umas "cadeirazitas" que talvez lhes sejam familiares, como por exemplo patologia, médico-cirúrgica (2 anos)e até farmacologia...(incrivel não é o que estes enfermeiros sabem...), mas parece que a sua cultura geral e o conhecimento sobre os seus pares é um pouco escassa... Infelizmente para si, viver na ignorância não é importante e não consegue compreender e aceitar que estes, por vezes, até têm e partilham dos mesmos conhecimentos que vocês...
Pode acreditar que se administra-semos apenas os que prescrevem e por outro lado, tudo o que prescrevem, aí sim, haveria um aumento significativo de morbilidade... Vale a pena pensar nisto
 
DE parabéns pela excelente campanha que está a desenvolver a favor deste senhor! Acordou agora para a vida????
Como é possivel????
Afinal este blogue também serve outros interesses que não somente o da classe. Isto porque já me censurou muitos comentários menos concordantes!!
 
Sou enfermeiro e julgo que nesta fase na nossa carreira esta é uma situação menos importante... porque senão qualquer dia temos enfermeiros a prescrever (+ uma competência!!!) e a receber 900 euros!!!! Ainda começam a tirar médicos do seu trabalho para irem buscar mão de obra barata... OU seja ficamos com mais competências e nem como licenciados ganhamos...
Julgo que primeiro devemos ganhar a NOSSA GUERRA e depois pensar em novas batalhas...

Queremos sempre tudo e acabamos por ficar sem nada!!!!!
 
Para o médico das 8.15!!
O sr doutor ainda não meteu a mão na consciência, e por acaso ainda não vi nimguém falar disso aqui...mas já pensou que a sua formação e a dos seus coleguinhas é paga por todos os portugueses, e pelo erário publico?...quanto custa formar um médico?...todos os pilotos aviadores da força aerea depois da sua formação, só podem sair para a aviação civil depois de 15 anos ao serviço do pais em exclusividade...e isso tb deveria acontecer com os médicos...exclusividade para pagar a sociedade a sua formação...e ao fim de 15 anitos então bora lá engordar as contitas no privado...se isto fosse assim eu queria ver se haveria tanto interesse em ter tão nobre profissão...
 
Anónimo das 12:20 AM, focou exactamente a questão essencial. Há que admitir que em termos de conhecimentos adquiridos durante os cursos de Medicina (atenção k estou a falar do curso), estes são superiores em todos os aspectos aos do nosso curso logo, perante um profissional mais competente eu tenho de ceder e terá de ser ele a prescrever. Na Alemanha são os médicos que colhem sangue e colocam punções venosas, isto porque existe excesso. Mais uma vez recordo k n sou contra a prescrição por nós. Axo no entanto k n é o caminho p a a autonomia da profissão pq estaremos sp dependentes da n presença física desses clínicos p podermos ser os mais competentes no momento e prescrever. Ronyjux, n m leves a mal mas percebe k nem todos podem partilhar o teu ponto de vista, n significando com isso k seja uma visão retrógada :)
 
ola

eu sou médica. à partida não vejo problemas em que os enfermeiros possam prescrever. confesso que não conheço na integra o conteudo do curso de enfermagem, sei que em medicina desde o 3º ano que para além da cadeira de farmacologia se avalia em várias cadeiras a terapêutica para cada patologia especifica. caso o curso de enfermagem não exija um estudo tão aprofundado também não vejo problema em que façam uma pós-graduação ou formação que complementasse o conhecimento adquirido no curso. o único poroblema a meu ver é a definição de quem prescreve para cada doente, dado que não convém um enfermeiro prescrever uma coisa e o médico a seguir prescrever outra, independentemente de quem tiver razão na dita prescrição.
já agora, deixem-me deixar também o meu apoio aos enfermeiros, são um exemplo de luta no país! Força, Não desistam!

Diana
 
Valia a pena pensar se fosse verdade. Ó homem à escolas de enfermagem que nem farmacologia têm como cadeira independente. E a maioria, não passa de cadeiras com 3 créditozitos, vão a ver, são meia dúzia de aulas que nem tempo têm para falar de todas as classes. ESEL é um exemplo disso.
 
Bom dia..

Hoje decidi colocar mais uma opinião sobre a prescrição....sou enfermeiro (para que não haja confusão).

Realmente depois de ler muitos dos comentarios apresentados anteriormente fico triste com tanta barbaridade aqui dita, por parte de enfermeiros, medicos e farmaceuticos.

1º Em relação a prescrição por parte de enfermeiros como é logico so podia concordar, claro que não falo em passar receitas, mas qualquer medico ou enfermeiro sabe o que se passa ha muitos anos no SNS em relação a este tema, e realmente é um contracenso para administrar um paracetamol ser preciso prescrição médica, e atenção continuo a dizer que NÂO ESTOU A FALAR DE RECEITAS, pois isso é um acto apenas para o médico.

2º Exames, não faz sentido eu ao realizar um penso verificar que existe uma infecção e necessitar do medico para uma zaragatoa (Eu sei que em muitos sitios não preciso, mas la está é ilegal e no fim o medico la tem que passar o papel), agora o antibiotico deve ser prescrito pelo medico, falei neste exame complementar mas havia muitas mais situações, ate analgesia para poder realizar o penso...etc...etc...e em muitas situações que não estes tratamentos.

Em relação a questão da medicação por exemplo é frequente um doente ter por exemplo nolotil, paracetamol, tramal em SOS prescrito, quando isto acontece o que significa na realidade ?

Simples, dentro de um conjunto definido o enfermeiro prescreve/administra o que mais considera adquado.

Para finalizar, queria apenas deixar uma mensagem par os enfermeiros e medicos mais radicais...

- Os enfermeiros já tem formação para prescrever medicação e exames CD(dentro de um conjunto pré definido.

- Os medicos sabem disso, e utilizam muitas vezes esse recurso.

- Os enfermeiros não querem prescrever/receitar de igual modo com os médicos.

- O que se pretende é rentabilizar recursos e desfazer uma ilegalidade.

João B.
 
"Willy das 9.39, nem é nada comigo, mas já agora, porque não se identifica o sr?? Ou o nome willy identifica alguem?!É que só me ocorre a baleia do filme lolol"

Meu caro amigo, sabia que em Portugal há pessoas com nomes estranhos?

Willy Antoni Abreu Oliveira,
Futuro Farmacêutico cordialmente ao seu dispor.
 
Um pouco tardiamente pois já vão longos os comentários, registo mais uma vez a minha opinião:
* é importante abrir a prescrição, não só de fármacos, mas de vários tratamentos e exames complementares, a enfermeiros especialistas, mediante formação; esta formação não tem que ser exaustiva visto que muitos enfermeiros estão actualizados nas suas áreas;
* é importante que essa abertura não se faça à custa do sacrífício daquilo que são as áreas de intervenção de enfermagem, deixando para outros profissionais o que é função do enfermeiro (de cuidados gerais, se quiserem entender assim).

Penso que nos últimos anos tem havido um avanço neste problema de dependência enfermeiro-médico (que só prejudica os doentes, embora a população possa ter outra maneira de ver as coisas). Os enfermeiros intervêm cada vez mais, quer pelo conhecimento que têm de materiais de penso, quer de suplementos nutricionais, quer inclusivamente na pressão que exercem nos serviços para que sejam protocoladas variadíssimas situações a precisar de intervenção medicamentosa que não pode nem deve esperar que o médico prescreva; também começa a ser exercida pressão para a realização de antibiogramas mais amiúde, cujo resultado orienta a precsrição do fármaco; várias outras medidas têm-se colocado do lado dos enfermeiros e anulam muitas vezes a iniciativa médica de prescrever empiricamente isto e aquilo, ou porque o laboratório tal andou a distribuir pens pelos senhores doutores médicos.

O que temos é que definir claramente o que pretendemos. Mesmo dentro da classe de enfermagem há muita oposição a esta nova visão dos cuidados de saúde, não só nos serviços como nas escolas. Ao nível pós-graduado há locais onde defender isto é quase uma setença de morte para o aluno.

E, contrariamente ao que se quer fazer crer, não é crime o enfermeiro administrar medicamentos sem prescrição do médico: não o é em avaliações de processos disciplinares em que colegas nossos foram ilibados de qualquer culpa em situações em que administraram medicamento sem prescrição e sem conhecimento do médico, como não é crime que o enfermeiro intervenha imediatamente em situação de urgência. O mesmo se passa em relação aos procedimentos de reanimação relacionados com desfibrilhação, que deve ser iniciada de imediato por quem estiver mais perto, mediante correcta leitura do ritmo cardíaco se for caso disso. A verdade é que a maioria de nós não o faz e espera pelo médico, vá-se lá saber porquê e para quê.

VV
 
Em primeiro lugar quero deixar um comentário aos doutores médicos... A prescrição por parte dos Enfermeiros já é uma realidade!!! só não põe vinhetas nem recebem viagens pelo que passam...
Para os colegas mais sépticos, qual é o problema de assumir o nosso saber!? Tal como em muitos países do mundo também aqui um dia vais ser legalizado...
Por ultimo mas até o mais importante, PARABÉNS ENFERMEIRO GERMANO, É bom ver alguém a "puxar" pela enfermagem, e já agora gostei do o ver na manif de bandeira com o seu staff e misturado com a sua classe, os ENFERMEIROS.
 
Ao colega das 10:51 PM:
Não tenho a menor dúvida. O Enf. Germano Couto é uma pessoa inteligente, perspicaz e com visão estratégica para a Enfermagem. Será concerteza um excelente BASTONÁRIO.
 
"o único poroblema a meu ver é a definição de quem prescreve para cada doente, dado que não convém um enfermeiro prescrever uma coisa e o médico a seguir prescrever outra, independentemente de quem tiver razão na dita prescrição. "

Em primeiro lugar queria agradecer o seu apoio. Em relação à prescrição pelos enfermeiros eu também concordo, desde que seja um número limitado de fármacos e de acordo com a especialidade de cada um (produtos para pensos, ajudas técnicas, analgésicos, ...). Deveria existir um cartão electrónico que indicasse os medicamentos de cada doente, ao qual poderia aceder o médico, o enfermeiro e o farmacêutico - já agora deveria prevalecer a prescrição médica, podendo mesmo inibir a prescrição de alguns medicamentos (que poderão estar contra indicados naquele doente e com determinada patologia - ex: AINE num doente com varizes esofágicas). Julgo que a prescrição por estes médicos e farmacêuticos deveria ocorrer mesmo fora do ambiente hospitalar, devendo-se diminui drasticamente a hipótese de adquirir medicamentos sem receita (prescrição). Em suma existiram um número muito limitado de medicamentos não sujeitos a prescrição, outros sujeitos à prescrição de farmacêuticos ou de enfermeiros e um terceiro grupo em seria necessária a tal receita médica. É a minha opinião, a pensar no utente e não em corporativismos absurdos ...

FILIPE
 
Ao farmacêutico economista que diz que ganha mundos e fundos: pode ser que tua mama acabe com as farmácias hospitalares. MAl de mim se a nobreza de um acto médico, ou de enfermagem (sou médico) se resumisse a $. Se assim fosse, para ser comerciante tinha ido para economia.
 
Penso que o radicalismo que leio aqui leva a um caminho: os médicos vão acabar. Quem ler estes comentários de seguida até pensa que estamos num país em que os médicos estão na penúria e que esse é um movimento generalizado no mundo. Qual é a realidade? Toda menos essa. Uma profissão de enfermagem (linda por sinal, e não estou a ser irónico) completamente despedaçada, sem carreira, com má remuneração. Como e porquê? Para mim é simples: a maioria dos enfermeiros não gosta do que faz e como não gosta não o sabe defender. Será que não se percebe que a prescrição ainda vem tornar os enfermeiros mais dependentes? O médico vai desautorizar o enfemeiro sempre que conseguir na sua prescrição, tudo o que correr mal vai ser culpa do enfermeiro (mesmo que assim não seja), as desigualdades são gerar enfermeiros de 1ª, de 2ª e de terceira... enfim...tudo por causa de Brufen e Paracetamol. Sou-vos sincero: não percebo. Tanta coisa em que a enfermagem poderia progredir e vão no caminho que mostra que estão insatisfeitos naquilo que fazem. Tanto se apregoa aqui outras realidades... Reino Unido.. Canadá... Vejam a taxa de abandono da profissão de enfermagem nesses países. Enfim, espero não ser mal interpretado. Desejo-vos a maior sorte na defesa da vossa profissão, mas é minha opinião que este caminho a nada de bom vos vai levar.
 
Os senhores não têm noção de que a prescrição por enfermeiros é um perigo para a saúde pública? Não têm formação nem competência para tal. Têm noção do aumento da morbilidade e da MORTALIDADE se tal medida fosse agora, de repente, aprovada e implementada? Remetam-se ao vosso papel de enfermeiros e não queiram ser mini-médicos.

J. Lobo Antunes
Prof. Fac. Medicina de Lisboa
 
Ao anónimo Sr. Dr. das 01.14 AM, não queremos prescrever paracetamol, há à venda em qualquer farmácia e parafarmácia sem necessidade de receita. Queremos isso sim e não haja confusões que o utente tenha direito a usufruir dos mesmos direitos que tem quando o sr. dr. passa a receita, como os exemplos citados das colheitas das feridas infectadas e afins. Está nas directivas da comunidade europeia, apenas quando traduzida e aplicada a Portugal, o Governo optou não "reconhecer". Ao Germano parabéns, por mais uma vez vir à praça sem medo defender os enfermeiros, aos ofendidos, lamento-vos, significa que tem medo quando deveriam ver em nós os maiores aliados ..... e mais não digo , para bom entendedor meia palavra basta
 
Ao anónimo Sr. Dr. das 01.14 AM, não queremos prescrever paracetamol, há à venda em qualquer farmácia e parafarmácia sem necessidade de receita. Queremos isso sim e não haja confusões que o utente tenha direito a usufruir dos mesmos direitos que tem quando o sr. dr. passa a receita, como os exemplos citados das colheitas das feridas infectadas e afins. Está nas directivas da comunidade europeia, apenas quando traduzida e aplicada a Portugal, o Governo optou não "reconhecer". Ao Germano parabéns, por mais uma vez vir à praça sem medo defender os enfermeiros, aos ofendidos, lamento-vos, significa que tem medo quando deveriam ver em nós os maiores aliados ..... e mais não digo , para bom entendedor meia palavra basta
 
Pois eu prescrevo paracetamol e mais alguns medicamentos de venda livre e esta.
 
Só demonstra que não entendeu nada do assunto nem da questão em debate sr. dr. anonimo das 04.18
 
Ao Anónimo das 1:14

"Nunca hão de prescrever sequer um paracetamol neste país! Nós não vamos permitir-vos tal ousadia!"

LOL LOL LOL LOL

AH! AH! AH!

"Nós não vamos permitir-vos tal ousadia!"

LOL LOL LOL LOL

AH! AH! AH!

Mas quem somos nós???!!!???

Sinto alguma tristeza quando vejo pessoas assim tão desesperadas em manter um "estatuto" cada vez mais agónico...

Remeta-se à sua insignificância... e já agora vá aprender a escrever...
 
Mini-médicos, Prof. Joao Antunes?? Que argumento é esse? Nós não queremos ser mini-médicos, deve ser um conceito que apenas existe na sua mente! Reduza-se à sua competência por favor e deixe-nos lutar por aquilo que deve ser merecido! Agora, nao me venha é falar sobre perigos ao nível da saúde pública em relação à prescrição de medicamentos por enfermeiros! E vocês, médicos,??? que têm a mania de mandar em tudo e em todos, seja nos hospitais ou noutras instituições. Vocês, médicos, é que deveriam de DEIXAR de prescrever medicamentos!
 
O que está certo é os médicos de família passarem dias a aviar ( a fotocopiar, a duplicar) receitas ...

Eu muito sinceramente não vejo qual o problema dos enfermeiros poderem prescrever alguns medicamentos, muito menos os de venda livre...não será até mais seguro para os doentes?

Eu (que não sou da saúde) tenho uma doença crónica e tomo medicação para a vida toda ...preciso de vigilância, claro. Mas a realidade é esperar horas para ser consultado para repetir receitas...ao menos o médico que passasse um documento que permitisse que alguém me passasse a receita (ou outra treta qualquer que lhe queiram chamar) e eu tinha o meu problema resolvido. Os enfermeiros não têm capacidade para vigiar os doentes crónicos, pelo menos fazerem parte da vigilância?

Eu não percebo nada disto, eu não quero transformar médicos em enfermeiros é só uma questão de agilizar certos procedimentos, contando com pessoas que andaram vários anos a estudar. Se o curso não presta, culpem os professores, tirem-nos de lá e metam outros melhores.

Como utente crónico do SNS cada vez me faz mais confusão estas trapalhadas e confusões desnecessárias. Um desabafo ... Oh srs Drs médicos, não tenham medo de perder o vosso quintal, o médico será sempre aquele que trata doenças...mas será que a saúde é só isso ...

Mas se quiserem ter o quintal todo para vocês, têm que formar mais e mais médicos, ou então serem mais eficientes, para acaberem com a vergonhosa lista de espera de consultas e cirurgias, para eu não estar 4 horas à espera de uma porcaria de uma receita de uma comprimido que sei que vou ter que tomar toda vida, a não ser que haja algum milagre cientifico em breve ...

Cumprimentos a todas as corporações, pensem é mais nos doentes e menos em quem é melhor que quem ...
 
mas oh caríssimo jáõ lobo antunes,

se é já uma realidade noutros países, ditos mais desenvolvidos que o nosso, porque não haveria de o ser aqui em portugal?

e tenho a certeza que o será. Um enfº porque pretende prescrever medicação e pedir exames, não é porque se quer fazer passar por médico (desculpa esfarrapada usada por muitos, pois afinal, quem tem cú tem medo...).

A Medicina sente-se claramente ameaçada pela Enfermagem, nesta âmbito das "receitas" - seria mais gente para se dividir as prendinhas, canetas e calendários..
Acredito que o não querer partilhar esta responsabilidade com os Enfºs, é puro elitismo e medo.

Todos os que trabalham no hospital, médicos inclusive, sabem o conhecimento dos enfºs em farmacologia, e vem agora dizer que não. Porquê? o que o assusta?

eu acho bem que se assustem, afinal, também a Enfermagem começa a fazer sentir o seu peso na sociedade, a criar lobbies.

Saúde não é só medicina oh caro amigo. Lamento que veja a Enfermagem com visão tão redutora e errada.

Mas cºá estaremos, para depois esfregar as nossos conquistas nos narizes dos incrédulos e bota-abaixo.
Acredite, é uma pena haver médicos - e enfermeiros - que pensam que prescrição é somente um acto reservado ao médico, e que é um acto de poder. Quanto aos benefícios para os utentes... isso é secundário.
 
prof.joao lobo antunes, claro que tenho a noçao do nivel de mortalidade, basta trabalhar num hospital e observar diariamente o que alguns incompetentes prescrevem... tenha dó.
informe-se antes de falar.
ah, se nao tiver nada que fazer crie um blog ou trabalhe, deveria ser para isso que o estado lhe paga
 
Ah, e parece que se esquece que a medicação a ser receitada, seria sobretudo para responder aos diagnósticos de Enfermagem. Pois não estou a ver os enfermeiros a andarem com um bloco de receitas e vinhetas na carteira, e passar receitas a toda a gente só para se armar.

Diga-me meu caro, tal como referi em cima, poruqe não posso eu, que sou especialista em Reabilitação, pedir um simples Rx? Prescrever um simples analgésico?? Porque tenho que mandar o doente ao médico de família, com todos os inconvenientes, só para isso??

É que se eu, com 11 anos de estudo e o que tenho, não soubesse identificar uma situação, e agir em conformidade com as minhas competências e autonomia, estava bem arranjado. Se precisasse do médico para tudo, seria bem tramado. Mas, afinal, sempre precisamos de médico para quase tudo - a medicalização na saúde irá acabar, disso tenho a certeza.

Obviamente, vendo o seu poleiro ameaçado, toca de arrear nos enfºs, que querem ser pseudo-médicos, que não sabem nada, etc.

Isso passa-nos ao lado, confio. Lembre-se que em saúde, mais importante que guerrinhas, está o utente. Aquilo para quem trabalhamos, lembram-se?..
 
E o meu comentário sobre o Enfermeiro Germano Dr. Enfermeiro?
Não gostou foi?
 
Francamente para este peditório ja dei... Como alguém disse em cima, se algum dia os enfermeiros pudessem prescrever, teriam a classe medica em peso a "desprescrever" o enfermeiro, a desautoriza-lo e humilha-lo frente ao doente... e não me venham com tangas porque evidentemente o médico tem todo o poder (leia-se conhecimentos) para o fazer! enquanto cidadão sempre fui educado a respeitar e a seguir as indicações médicas. Como eu, 99% das pessoas! Em relaçao ao enfermeiro, nem por isso...

Para acabar, quer queiram quer não, este é um sinal claro de que a grande maioria dos enfermeiros não gosta de o ser, são frustrados e queriam obviamente ser médicos!Nota-se também na forma como alguns enfs se referem a médicos(?) que aqui vem comentar...destilam odio, respondem de forma agressiva a comentarios que na sua maioria, dizem verdades que os srs. nao gostam de ouvir...

A enfermagem em si tem provavelmente muitos areas para explorar por enfermeiros, mas em vez d isso, andam preocupados com a prescripção, a defende-la por enfermeiros, mas ao mm tempo dizendo que teriam de ter mais formaçao para tal... Preferem andar em manifs de estetoscópio aos pescoço, ainda que o curso de enfermagem não aborde nem 1/100 da sua utilização... E assim vai a enfermagem e os enfermeiros em Portugal... Depois disto, querem claro ser reconhecidos e respeitados por outros profissionais de saude e pela populaçao... So que esse reconhecimento nao se exige nem pede, conquista-se!
 
Colegas
Já leram o livro sobre os inventores das doenças.
´
É interessante a sua leitura e dá que pensar...


ZE
 
Caros colegas:
Na minha pratica com mais de 20 anos sempre administrei farmacos sem prescrição previa medica e na maior parte dos casos o medicamento era prescrito pelo medico por sugestão minha, por isso vou continuar a faze-lo.
Mas para aqueles que se quiserem impor á nossa classe e não permitam que se administre um simples paracetamol a um doente com cefaleias a solução é simples, chamem o medico sempre que seja preciso prescrever para administrar e especialmete durante o turno da noite, mas mais não aceitem precriçoes telefonicas ou esta escrito no processo do doente ou nada feito!
 
=D =D
 
"Preferem andar em manifs de estetoscópio aos pescoço, ainda que o curso de enfermagem não aborde nem 1/100 da sua utilização"

=D coitado..! mas estou a gostar desta intervenção toda por parte dos não enfermeiros - significa que andamos a abanar muito poleiro, e a deixar muita gente preocupada. Disto, só retiro que muito vai acontecer, e só será bom para nós =)
 
Senhor doutor enfermeiro...Pelo que tenho lido, percebo que sofre pelo pouco reconhecimento que a profissao lhe traz.
Sabe, nao me espanta que seja a populacao mais jovem de enfermeiros que mais se entusiasme com a ideia da prescricao.
Eu nao aprendi a ser enfermeira na escola (infelizmente), descobri o que era ser enfermeira, com muito trabalho e muito estudo. Sabe ao que esta associado a busca de reconhecimento? A busca de poder e controlo. Lamento que, como enfermeiro, esta nao seja uma nocao interiorizada dentro de si. Como enfermeiro, deveria saber que este e um problema que surge em situacoes de crise e transicao (perda ou ganho de poder /capacidade humana). Deveria tambem saber que a pratica exemplar sem esperar reconhecimento pode ser motor de uma aproximacao etica do ser e de desenvolvimento da consciencia humana(nao do ego).
Argumentar a favor da prescricao usando o conceito de autonomia e uma falacia...e quem o faz deveria alargar o conhecimento que tem sobre este conceito-tambem tao importante para a ENFERMAGEM.
Outra coisa e o valor da justica e a descriminacao...e por isso, mesmo doente, nao faltei a manifestacao do dia 29 de janeiro!
Concordo com o anonimo das 3:23.
Lamento que em discussoes sucessivas no seu blog olhe para o caminho da prescricao como um processo evolutivo da enfermagem.
Os fundamentos da enfermagem nada tem a ver com a prescricao de medicamentos, que decorre de um diagnostico de doenca. Os enfermeiros ACTUAM SOBRE AS PESSOAS...NAO SOBRE AS DOENCAS! A administracao de terapeutica e uma actividade interdependente...nao e por aqui que vamos conseguir a "nao dependencia"...nao se iluda.
De facto, nao concordo com muitas das posturas da nossa bastonaria...mas neste assunto ela esta absolutamente certa, quando disse na TVI que a enfermagem em portugal esta mais avancada que na espanha.
Se acha que podera ajudar mais os doentes se conseguir prescrever alguma coisa, podera, tambem nesta perspectiva, ajudar muito mais se conseguir prescrever tudo e ter mais "autonomia". Portanto, se acha que e por ai que reside um aumento da sua capacidade de ajuda, porque nao tira o curso de medicina? Nao seria mais coerente?
Se o criterio e a utilidade e celeridade...entao vamos discutir que outras coisas os enfermeiros poderiam fazer para tornarem os cuidados mais celeres (por exemplo, limpar o chao em caso de derrame ao inves de esperar pela senhora da limpeza...).
Criterios de utilidade e celeridade NAO!Ou deixaremos de ansiar pelos principios para nos rendermos ao utilitario...e as pessoas deixarao de ser pessoas para serem objectos a serem usados consoante a "utilidade" que tiverem. E, neste paradigma, os enfermeiros continuarao a fazer o que e util e nao aquilo para que estao destinados.
Desejo que tenha a humildade suficiente para considerar a possibilidade de ainda nao ter olhado para este assunto sobre outros angulos ...e nao recusar de imediato esta minha perspectiva por "ser retrogada".

a ausencia de acentos e virgulas deve-se a um teclado ingles...peco desculpa por isso.

passe bem
 
Este diálogo espalhafatoso entre alguns médicos e alguns enfermeiros é ridículo.

Nem percebo o temor de um médico ver um enfermeiro prescrever um apósito hidrocolóide extrafino para uma úlcera de pressão grau I ... Nem entendo a agressividade despropositada e falta de humildade de alguns enfermeiros que já se julgam mais competentes que todos os médicos.

Há bons e maus em tudo ...

O diagnóstico, o tratamento de doenças e a prescrição de medicamentos são essencialmente um acto médico.

Eu como enfermeiro penso que se deveria apostar em protocolos elaborados em equipas multidisciplinares. A prescrição de ajudas técnicas/produtos de apoio e materiais para pensos deveria ser alargada aos enfermeiros de reabilitação. Deveria também considerar-se a hipótese da revalidação de alguns medicamentos por enfermeiros ou farmacêuticos após autorização do médico - para os doentes crónicos.

E há muito para fazer na enfermagem para além da medicação ...

Médicos e enfermeiros, pensem mais nos doentes e menos no vosso umbigo!

É todos podemos ser os próximos doentes ...

Enfermeiro orgulhoso do que faz
 
"Argumentar a favor da prescricao usando o conceito de autonomia é uma falácia.."

É?

"Os fundamentos da enfermagem nada tem a ver com a prescricao de medicamentos, que decorre de um diagnostico de doenca. Os enfermeiros ACTUAM SOBRE AS PESSOAS...NAO SOBRE AS DOENCAS!"

Virgínia Henderson diz que "A definição de Enfermagem não é para toda a vida. Creio que a Enfermagem é modificada pela época em que é praticada e depende, em grande parte, do que fazem os outros profissionais de saúde", mas note bem: o conceito não é prescrever para doenças, é prescrever para diagnósticos de Enfermagem! Prescrever para doenças fazem os médicos!

Se calhar não me estou a fazer entender....
 
esta questão tem 2 vertentes:
1ª os enfermeiros administram terapeutica ou informam os medicos para a prescrever, para bem do doente. Isto é, isto já acontece. Nós como civis pudemos perfeitamente dirigirmo-nos a uma farmacia e pedir paracetamol, mesmo sem receita. É ridiculo não poder acontecer isso num hospital

2ª Aos médicos pagam uma batelada de dinheiro para exercerem e nas suas funções está a prescrição médica. Por que é que "aqui o zé povinho" iria fazer o trabalho do médico e ganhar o mesmo que já ganha? assim os não enfermeiros cada vez mais ficam sentados sem trabalhar e a ganhar bem. Os enfermeiros que já andam de um lado para o outro a trabalhar e a salvar vidas, ainda vão começar a prescrever medicação e ganham a mesma miséria.

Bem, são dois pontos que acho pertinente considerar.
Se começarmos a ser responsaveis por prescrições, temos de ganhar o equivalente

Bem haja
 
Para acrescentar ao que já disse anteriormente...
em situações de emergência num doente que seja para investir ou para doar orgãos, como é óbvio não fico à espera que os médicos prescrevam ou façam a sua indicação oral. se ficasse à espera...já muita coisa teria corrido mal! inclusivé para desfibrilhar...
Mas depois da situação acalmar e de já estar tudo contente com mais uma vida salva, o médico vai e diz que fez tudo por ele...
Valha-me Deus, sou logo das primeiras a explicar o que aconteceu ao doente para abrir a mentalidade das pessoas para a classe!
 
Mas alguém já se lembrou do doente???...Ó dr enf. então e os doentes???...Ó prof lobo antunes então e o doente?...mas ainda não perceberam que têm k se enteder...médicos e enfermeiros?
Esta é a velha guerra entre o oficial e o sargento...e é para isto que caminha a humanidade...não entendem que seriam mais nobres se agissem multidisciplinarmente em prol do doente...não percebem que não há nada de mal em partilhar actos médicos no ambito das competencias que têem e deixar as especificidades para cada uma das profissões...que as há e muitas...eu nem acredito que o comentário do joão lobo antunes seja mesmo de um prof catedrático que transporta o nome que transporta, o que é k ainda não percebeu em relação à prescrição pelo enf???...para um prof de medicina...o sr é bem lento..."prescrição voluntária e controlada de fármacos"..."um conjunto definido de fármacos"...é pá o prof, vá dar uma volta...olhe vá para o haiti, passar receitas médicas que lá, isso é de extrema importância...e digo-lhes mais...só quem já esteve em cenários de guerra e de catástrofe, é ke pode dar a verdadeira importância a outros prof de saude não médicos, porque esses, alguns deles até vomitam...
 
Fala-se aqui da prescrição por parte dos enfermeiros de grupos farmacologicos dos quais estes lidam no dia-a-dia, levantam-se logo as mentes abençoadas dos médicos a contrapor...

Pior do que serem os Enfermeiros que tem experiência e formação científica, estão os Dentistas...Quantos de vocês Srs Farmaceuticos já aviaram anti-depressivos, broncodilatadores, etc,etc...que nada tem a ver com a sua prática profissional! Isto sim é um atentado à saúde das pessoas!!
 
Dentistas!? Os dentistas não têm a experiência cientifica em farmacologia e terapêutica de um médico ou farmacêutico, mas é têm sem dúvida bastante mais do que enfermeiros!!!
 
Permitam-me uma observação (sou médico). Nos dias de hoje penso que estão perfeitamente definidos os campos de acção: médicos diagnosticam, fazem um plano terapêutico e reavaliam. Enfermeiros actuam dentro desse plano e prestam os cuidados de enfermagem. Não me tenho queixado desta abordagem e penso que os enfermeiros com os quais trabalho também não. Quero saber, ou espero que um colega meu médico saiba, quando um doente internado por mim vomita, tem uma cefaleia ou tem diarreia pois isso pode, e acho que não se discute, ser importante no contexto clínico do doente, ou até pode não o ser, mas essa "não importância" é definida após avaliação médica. Se não o é, está errado. No meu Serviço é assim que funciona. Não se trata aqui de discutir se um Enfermeiro está habilitado para prescrever uma metoclopramida, trata-se da avaliação de uma situação clínica o que é um pouco mais abrangente. Sei que alguns dos meus colegas não são exemplo, mas não é o mau exemplo que faz a regra, pelo contrário, é o bom exemplo. Outras situações mais específicas (doente crónico, cuidados continuados, material de penso), parece-me evidente que os enfermeiros têm bastante autonomia. Provavelmente quererão mais, e esse é o assunto que está em discussão. Outra situação que me parece pertinente é o grosso da insatisfação acontecer nos enfermeiros mais jovens. A Enfermagem tem o seu campo de acção, extremamente nobre e que merece reconhecimento, e apesar de como em qualquer ciência ocorrer evolução, não me parece que o crescimento da enfermagem se faça por este caminho. Quem quer ter as competências e acção de um médico, vai para Medicina. Acho que é uma boa regra e não vejo forma fácil de ser de outra maneira. Mas isso, obviamente, é apenas a minha opinião.

Cumprimentos.
 
De um anti-depressivo precisa você. Vá à farmácia ver se lho dispensam. Acho é que vai ser reencaminhado para o psiquiatra.
 
A visão da Enfermeira das 12:10 AM é aquela que eu partilho. Nota-se que não é Enfermeira de há pouco tempo, os seus olhos já viram muito e sabem onde este peditório vai levar. No dia em que enfermagem deixar de defender os seus princípios básicos, é o seu fim. Apesar de ninguém o admitir, a realidade é esta: alguns enfermeiros não estão satisfeitos com as actuais competências da profissão de Enfermagem e como tal entendem que têm formação para fazer mais. Não discuto se a têm ou não, mas é evidente que a prescrição em enfermagem, mesmo em actos de enfermagem, acaba sempre por entrar na área mais médica. Dizem-me que já acontece isso em inúmeras unidades hospitalares... em Internamento, Intensivos... mas não admitir que isso ocorre sempre sob supervisão médica ou pelo menos com a sua benção é negar a realidade. No fundo, em tudo o que é admissão, alta e prescrição, o médico acaba por fazer sempre tudo como quer, mais coisa menos coisa. Se os Enfermeiros actuais não gostam de ser Enfermeiros, alguém fará as tarefas de Enfermeiro com o passar do tempo pois estas são essenciais, mas são tarefas de Enfermagem. O Enfermeiro que pensa que está a "evoluir" a enfermagem fazendo tarefas mais "médicas", ainda que tradicionalmente, deixará de fazer falta. Para que vai contratar um Hospital um enfermeiro com competências, ditas médicas, alargadas, quando pode contratar um médico? Os Hospitais precisam dos Enfermeiros para fazer de Enfermeiros, estão nas tintas para as competências que têm ou deixam de ter se existirem outros profissionais mais competentes para as mesmas. E aí podem existir pós-graduações, especialidades de enfermagem... o peso de uma Licenciatura em Medicina e uma especialidade Médica é gigantesco. Sei que este comentário é considerado retrógrado e inadequado. Mas espero que os jovens Enfermeiros que hoje dão o peito às balas, com a ideia de que tudo conseguem, não sejam literalmente baleados.
 
Estava no outro dia à conversa às 4H da manhã com um Enfermeiro do Serviço de Urgência onde trabalho, um tipo de extrema competência e perspicácia, em minha opinião, com o qual tenho uma relação de certa amizade. E perguntei-lhe, sem complexos, se ele queria prescrever. A sua resposta foi esclarecedora para mim: "Eu quero lá saber da prescrição, eu quero é que me paguem como deve de ser pelo trabalho que faço". Fiquei sem resposta. Para aquele enfermeiro, o trabalho que faz já vale tudo, gosta efectivamente de ser Enfermeiro e é, de facto, isso que o faz ser um fora de série e ter o respeito dos que o rodeiam. Sim, também existe respeito e reconhecimento pelos Enfermeiros, por aqueles que são bons e estão de bem consigo. O actual problema da enfermagem em Portugal tem um nome: médias demasiado altas em Medicina. Isso faz com que pessoal óptimo aluno vá para Enfermagem quando quer Medicina e não a consegue por umas décimas. E é essa mesma geração que quer agora prescrever, transformando a Enfermagem em Medicina ou coisa parecida. Se as médias fossem mais baixas, quem queria Medicina ia para Medicina, quem queria Enfermagem ia para Enfermagem. Parem por isso de instrumentalizar a Enfermagem com as vossas ambições pessoais. Ninguém quer trabalhar com um Enfermeiro que está sempre a criticar tudo e todos como se os Médicos fossem uns palermas. Assim não se consegue respeito.. assim consegue-se... o que se está a ver.. e não é só cá, é em todo o mundo: desistências inimagináveis na profissão de Enfermagem na ordem dos 20, 30 e 40%. Por isso, se não gostas de ser Enfermeiro, não vás para Enfermagem, vai para outra coisa qualquer, há tantas profissões no mundo. Não destruas pelo menos o respeito que a Enfermagem começava a conquistar... e sempre sempre prescrever. Como foi possível?
 
A prescrição por Enfermeiros a ser entendida e discutida de uma forma muito radical.
Está-se a gerar uma guerra de classes, classes essas que têm que trabalhar juntas, no dia-a-dia para o bem do utente. Este apresenta-se como o centro dos nossos cuidados, é por ele que existimos.
Pelo que conheço de realidades de outros países ela é uma prática corrente simplesmente para agilizar o sistema.
Agora não se pretende que o enfermeiro assuma o papel do médico... se é isso que alguns aspiram então há que mudar de profissão.
Sou enfermeira, tenho muito orgulho nisso, adoro o que faço e não, nunca quis entrar em Medicina para os mais pretenciosos que afirmam que os bons alunos no secundários aspiram todos ser médicos.
Como diz um colega, eu gostava era de ser remunerada por aquilo que faço, pelas minhas competências técnicas e científicas.
No entanto uma verdade é que no meu dia-a-dia sinto-me inúmeras vezes limitada no meu trabalho, principalmente no tratamento de feridas e úlceras,área esta (entre outras, é so um exemplo como tantos outros) onde os enfermeiros se destacam, identificam o tipo de lesão, o tipo de tecido, o tipo de exsudado,idenficam sinis inflamatórios, decidem pesquisar algo mais através de uma zaragatoa, realizam a mesma e... tem que ir ter com o médico para o mesmo passar a requisição.
Penso que a essência da questão está aqui, não nos enfermeiros preescrevam indiscriminadamente, mas nas suas competências não se sentirem limitados por simples
burocracias e atitudes de poder.
O reconhecimento, vamos o tendo no dia-a-dia sobre os quais recaem os nossos cuidados, porque aqueles que realmente precisaram de nós sabem o quanto somos importantes.
Só uma questão: e vocês sentem-se importantes na vossa pofissão?
Como dizia uma professora minha, vamos reflectir!
Beijos e abraços
 
anónimo das 5.27,
concordo com o que diz, e claro, como disso o colega DE, os enfºs não querem prescrever para doenças, mas sim para responder aos diagnósticos de Enfermagem.

as duas classes não chocariam, e penso que se pensa muito facilmente numa tentativa de usurpação por parte dos enfermeiros. É uma tentativa sim de ampliar a nossa autonomia. A médico-dependência já não faz sentido, nunca fez.

O que faz sentido é a interacção de ambas as classes. Muitos médicos têm medo de perder o poder da exclusividade da prescrição, pois sentem-se bem em saber da dependência que se assume nos serviços de saúde, e das jogadas financeiras que lhes estão associadas. Monopólio nunca foi competição honesta. Pois bem, é uma responsabilidade que deve ser partilhada com os Enfºs. Servirão as prescrições de fármacos e exames complementares, um complemento terapêutico e de diagnóstico, para a esfera da Enfermagem. Acho que não choca de nenhuma maneira com a prática da Medicina. Se vozes se levantam contra, são pelo medo de perder contrapartidas, que todos nós sabemos quais (canetas, post-its, viagens, bailes de piratas nas caraíbas, etc). Tou certo ou tou errado?..
 
Ronyjox, o anónimo das 5.27.

No que respeita à relação com os delegados de propaganda, é uma questão que deve tornada o mais transparente possível e que merece ser discutida. De qualquer forma, é uma falsa questão que se põe nesta temática. Não existem delegados de Brufen, Paracetamol, Tramal, Metoclopramida e afins. São fármacos cuja venda depende muito pouco da prescrição médica além de que a patente acabou há imenso tempo. Essa é, acredite, uma falsa questão nesta temática. Admito que em cuidados de comunidade a realidade seja diferente, mas num hospital não vejo o que a prescrição por enfermagem vem acrescentar. Vómitos, diarreiras, uma queixa álgica, uma cefaleia? Qualquer uma destas queixas deve ser avaliada por um médico em internamento. Pode não ser nada, mas pode ser algo muito grave. Não me leve a mal que defenda que seja um médico a fazer essa avaliação, afinal, fizemos todos muitos anos de formação para isso e é lícito que não deleguemos isso no Enfermeiro. Se alguns colegas meus não o fazem, são incompetentes e merecem a minha reprovação. Aquilo que lhe posso garantir é que no meu Serviço não se prescreve por telefone nem há medicação em SOS (existe residência médica). Quanto ao pedido de exames auxiliares de diagnóstico, há muito que se lhe diga. Para pedir um exame, há que saber interpretá-lo em toda a sua informação, integrá-lo na situação clínica e medicar em conformidade. Parecem-me, claramente, competências médicas e não será fácil convencer-me do contrário.
 
"Outras situações mais específicas (doente crónico, cuidados continuados, material de penso), parece-me evidente que os enfermeiros têm bastante autonomia."

Concordo com a generalidade do que disse. Nas situações específicas que referiu os utentes ganhavam com o agilizar de alguns procedimentos, dando mais ferramentas ao enfermeiro (ou a alguns, pelo menos). Refiro-me ao contexto de cuidados continuados, cuidados domiciliários, cuidados paliativos, doentes crónicos, etc..Nalguns casos poderá ser resolvido com a implementação de protocolos, noutras com a capacidade de poder prescrever um apósito para uma úlcera de pressão, um equipamento de apoio para um idoso,etc...são prescrições que estão muito relacionadas com os cuidados de enfermagem. Mais que isto sou contra... e colegas enfermeiros, a responsabilidade pela administração já é bem grande! E é sempre bem feita? Como estamos em termos de segurança? Como estamos na vigilância da administração dos medicamentos a nível hospitalar?

NOTA: Também não sinto prazer especial em poder ou não prescrever, só faz sentido pensar nisto pensando no utente e não em prol de grupos profissionais...

Cumprimentos
 
Caro Ronyjux:

A prescrição de medicamentos (a existir...) por enfermeiros será sempre feita sob supervisão médica, como é óbvio, servirá para agilizar...

Se me falar do tal material de apoio técnico para cuidados de higiene e conforto, mobilização, prevenção de úlceras de pressão, material de pensos, etc... realmente já vejo algum sentido e vantagem para os enfermeiros, mas principalmente para os utentes.

Para o resto, os médicos que façam protocolos, quando o entenderem e os enfermeiros sempre podem colaborar ...

Enfermeiro X
 
Cara Enfermeira, permita-me que a contraponha. O pedido de uma zaragatoa numa ferida é uma competência médica. E justifico-lhe essa situação. Apenas faz sentido pedir uma zaragatoa numa úlcera se fôr provável que essa situação tenha alguma repercussão sistémica sendo relevante no contexto clínico. De que me serve uma zaragatoa x, y ou z com um "bicharoco" se eu não vou prescrever em conformidade dado não existir qualquer repercussão sistémica? E essa avaliação sistémica é médica. A esmagadora maioria das zaragatoas em outras situações apenas leva à prescrição inadequada de antibióticos, por incompetência médica, é um facto. Mais uma vez lhe dou o exemplo do meu Serviço: quando um Enfermeiro entende que uma úlcera poderá ser um foco de infecção sistémica, alerta o médico que está presente na realização do penso e decide se valerá ou não a pena fazer uma zaragatoa e/ou pedir colaboração de Cirurgia Plástica. É uma situação que tem funcionado sem qualquer problema, pelo menos que eu me tenha apercebido, e penso que com bons resultados. Para terminar permita-me que lhe diga: uma % relevante dos meus colegas são uns incompetentes. Mas acredite que é uma situação que durará pouco tempo pois vêm aí Kg de médicos, no geral mais bem formados que os mais antigos. É minha certeza que nesse contexto a Enfermagem deverá rapidamente defender o acto de enfermagem, número mínimo de enfermeiros por camas... pois não vêm aí tempos fáceis para ninguém, mas acredite nada fáceis para a Enfermagem. Permita-me igualmente, para terminar, que é de toda a justiça a reivindicação de um justo salário por enfermagem, se bem que a carreira médica não tem aumentos aos mesmos 10 anos e a progressão é igualmente praticamente nula. Não pense que é um exclusivo da Enfermagem.
 
Enfermeiro Ronyjoux, diz-me que os enfermeiros querem prescrever não doenças mas sim diagnósticos de enfermagem. Alguns diagnósticos de enfermagem não são doenças? Se não, então para quê medicar? Quer-me parecer que isso é uma maneira simpática de dizer que se querem abarcar certas competências médicas. Não percebi e agradecia a sua explicação.
 
Essa da Zaragatoa nã faz sentido. Colonização é diferente de infecção.
E os enfermeiros têm obrigação de saber isso ...

A última coisa que um enfermeiro ou farmacêutico deveria poder prescrever seriam antibióticos. Bem bastam aqueles que os médicos prescrevem em excesso a sind. virais e a doentes colonizados.

Enfermeiro X
 
Caro anónimo das 11.39 pm saberá melhor do que eu que uma coisa é medicar doenças e outra é medicar sintomas...

Mas já todos percebemos que o cerne da questão não são as funções nem o estatuto; o que preocupa é a quantidade x de medicamentos que se prescrevem em troca da prenda y e isso com o tempo vai desaparecer...

Na minha terra diz-se

AZAR...
 
ja agora permitam-me acrescentar que a utilizacao de zaragatoas para diagnostico de infeccao em feridas e um procedimento controverso, ja abandonado em muitos paises. Informacoes mais explicitas podem ser encontradas nas orientacoes da EWMA (european wound management association).
Mais recentemente, debatem-se outros criterios para diagnostico de infeccao (principalmente em feridas cronicas) assim como a utilizacao local de PHMB para irrigacao.
Em estudo esta a investigacao sobre as estruturas de biofilmes em tecidos vivos (frequentes em feridas cronicas)e a utilizacao de fagos (virus que atacam somente as bacterias) para os desorganizar (escola superior de biotecnologis da UCP-porto).

Estas questoes sao cada vez mais pertinentes porque muitas feridas cronicas aparecem associadas a deficiente irrigacao sanguinea e, nestes casos, a accao do antibiotico sistemico tem-se revelado duvidosa.

libelinha
(enfermeira do teclado sem acentos)
 
Boa TArde

Independentemente do que penso sobre este assunto(até porque já o referi anteriormente, venho por este meio agradecer e aplaudir aos enfermeiros e médicos que tem estado a escrever estes ultimos(ultimos +/- 10/20 ou coisa parecida, com uma excepção ou outra) post´s, isto porque:

1ºConseguem defender a sua linha de pensamento sem se agredirem mutuamente;

2ºAs suas explicações (enfermeiros e médicos) contribuem para formar opinião de quem não a tem.

O meu obrigado, é de pessoas assim que este blog precisa, e é esse concerteza o objectivo do proprietario do blog
 
Caro enfermeiro das 12.20. Acho curioso usar o termo AZAR. Do pouco que li neste blogue fica-me a ideia que os enfermeiros, ou pelo menos alguns, julgam que os médicos lhes têm medo. Gostava de lhe perguntar: medo de quê? Medo da formação em enfermagem? Fala-me na progressão em enfermagem... mas o senhor já viu a progressão em Medicina? Em todos os campos e mais alguns, incluindo o salarial! Aconselho-o a ver a realidade das coisas e não a forma como você quer que as coisas sejam. Enquanto a enfermagem vir a Medicina como um inimigo, apenas tem a perder. Essa vossa noção de falsa independência apenas vos tem arruinado. Dir-me-à que não é só cá... pois eu digo-lhe, na esmagadora maioria dos outros países é bem pior: há locais em que o enfermeiro não faz nada, nem uma punção Venosa! A enfermagem vangloria-se quando devia estar a reflectir, corre para a frente quando devia parar para pensar. Falam em Licenciatura... quando se entra em enfermagem com 9.5 valores!, salários vergonhosos, sem carreira, cada vez com menos competências.. e fala-me vossa excelência em AZAR. Vocês estão a destruir a vossa própria profissão com a vossa "mania de nariz arrebitado", aquele em mim ninguém manda mas depois fazem tudo o que vos mandam, quiseram ganhar dinheiro de forma escandalosa à custa uns dos outros... e querem respeito? Os doentes há muito tempo que vêm o vosso trabalho... já se perguntou porque esse respeito não cresce? foi uma lei? foi a prepotência médica? No outro dia um enfermeiro com n anos de Serviço de urgência não sabia o que significava a sigla IECA nem faz a menor ideia de como actua, não sabia escrever feocromocitoma e muito menos o que poderá ser... e fala-me em formação. Enfim. Fico-me por aqui. Acho que enquanto a Enfermagem continuar neste ciclo auto-destrutivo, contra tudo e todos, pensando que é o centro do mundo, negando todas as evidências e lutando por coisas como prescrever metoclopramida... está tudo dito do futuro da profissão.
 
Caro anónimo das 5,59h.
Você deve ser aquele tipo de médico,que sabe tudo (o sabichão).Contudo tenho convivido com muitos médicos,e garanto-lhe,que já vi de tudo.Ví médicos que nem um simples ECG sabem fazer,uma simples gasimetria colher.Já vi excelentes ortopedistas que não sabem prescrever para uma infecçao respiratória,cirurgiões incapazes de reanimar uma paragem,e você critica enfermeiros que não sabem o que é uma ieca.
Você é um IGNORANTE e tome, não 25mg de atarax,mas sim 50mg,pq a "comichão"é muita. Em espanha hà universidades para a qual podes entrar com 14 VALORES,e aqui ha escolas de enfermagem que para lá entrar são precisos 17 valores,bem mais que em espanha.
Por isso para ser médico aqui em portugal só precisas de EUROS.
 
Uma IECA... outch.
 
Anónimo 11:15. Até parece que o suposto médico que postou em cima disse alguma mentira. Atarax porque a comichão é muita é daqueles argumentos fantásticos.
 
Em Espanha um licenciado em Medicina não é médico até porque alguns não conseguem entrar nos concursos. A selecção que não é feita na faculdade, é deita posteriormente. Há que dizer a verdade toda.
 
Tenho estado a seguir com interesse, este pequeno debate. É interessante a participação das Classes mais estruturantes na área da Saúde. Tem havido algumas picardias, mas até tem havido muita objectivdade na maior parte das intervenções e tem sido realmente um espaço de debate franco e exposição de ideias (e idiais, diria eu) e isso é positivo, muito positivo.
Polémico ou não, concordemos ou não, o nossso caro DE consegue alguns momentos brilhantes a este nivel. Para todos os Enfermeiros, Médicos, o penetra aprendiz de Farmacêutico, e por fim para aqueles que mais precisam de nós e que também aqui deixaram a sua opinião e visão, o que verdadeiramente penso que todos pretendem é melhorar e optimizar a Prestação de Cuidados, seja de que perspectiva for vista e para isso resultar é preciso consertar posições e menos degladiação entre as Classes, por isso considero este tipo de debates positivo e que até vão tendo alguns ecos por aí. Penso que a solução está num evidente equilibrio que passa pelos mais variados pontos de vista, mas devagarinho se vai ao longe, pessoalmente considero que temos bons profissionais, qualificados e dinâmicos nas principais Classes profissionais de Saúde.
Cumprimentos,
C2

P.S. Porreiro, era que Enfermeiros e Médicos (especializando-se em Gestão na área da Saúde) se juntassem e corressem com a corja dos Administrados e Gestores que não percebem nada de Saúde, parasitas daqueles que trabalham e que têm minado o SNS, com ordenados, regalias e prémios astronómicos não se sabe bem porquê nem para fazerem o quê. Porque são um Cancro, e Enfermeiros e Médicos deviam irradicá-lo.
 
Uma primeira visita a este blog e fiquei abismado. Sou médico e fico perplexo com a forma rude e mal educada com que se referem à classe médica. Fico até desgostoso. Tinha os enfermeiros por pessoas de bem mas, acima de tudo, com algum bom senso. Saio daqui também com uma certeza: confiança em enfermagem, com muita água benta. A vossa insatisfação constante e sede de competências faz-me ficar bem alerta. Tenho plena certeza que à maioria não aquece nem arrefece, recomendarei com toda a certeza este blog aos meus colegas. Afinal, todos devemos saber ao que estamose o que podemos esperar daqueles que nos rodeiam.
 
Que tristeza o ponto a que está a chegar a enfermagem em Portugal. Tenho pena é dos bons enfermeiros, mereciam uns colegas de profissão menos mesquinhos e mais bem formados.
 
Os sr(s) dr(s)sao todos bem educadinhos e respeitadores da classes"envolventes"
Da vontade de rir.
 
Caro anónimo das 12:27 AM,
Como concordo consigo!
 
amén!
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
"Em Espanha um licenciado em Medicina não é médico até porque alguns não conseguem entrar nos concursos. A selecção que não é feita na faculdade, é deita posteriormente. Há que dizer a verdade toda."

Não diga asneiras, em Espanha a entrada na faculdade (qualquer que seja) é exactamente como cá, feita por Notas!! Ao contrário de Portugal, em Espanha os licenciados em Medicina, sao já médicos, podendo prescrever (já tem receitas;cá só no 2o ano de especialidade) e fazem medicina de clinica geral de forma autónoma!!
 
Antes de mais, qualquer enfermeiro que primeiro se queixe de usurpação de competências quando estas são atribuídas a outros profissionais (como os TAE), e depois exige o direito à prescrição, não passa de um simples hipócrita e perde toda a razão. Parece que afinal a "agilização" de serviços só é útil quando convém.

No que diz respeito ao assunto em si julgo haver aqui um grande mal entendido. Quando um enfermeiro diz que quer prescrever, quem o lê/ouve julga que a intenção é ter livro de receitas, vinhetas, e andar pelas ruas a distribuir antibióticos. Errado! O que se quer, é que um enfermeiro possa administrar a um doente internado um fármaco à partida sem efeitos secundários significativos ou interacções com outros medicamentos ou doenças subjacentes, que alivie os sintomas agudos ou trate um qualquer "diagnóstico de enfermagem" sem ter de esperar pela autorização do médico assistente. Como se trata de uma equipa multidisciplinar, a terapêutica como um todo poderá ser discutida pontualmente. É claro que eu concordo com isto e certamente não serei o único. Grande parte dos medicamentos deixados pelos médicos em regime de SOS poderiam ser administrados por um enfermeiro experiente mesmo que não estivessem prescritos pelo médico. Obviamente que o enfermeiro será responsável pela medicação que administra por iniciativa própria.

E no ambulatório? Neste contexto o assunto é completamente diferente. É óbvio que não cabe ao enfermeiro acertar terapêuticas antidiabéticas, antihipertensoras, antidislipidémicas, muito menos diagnosticar e tratar uma infecção com antibiótico (nem todos os médicos sabem prescrever antibióticos correctamente, muito menos um comum enfermeiro!). Há medicamentos que, se não forem utilizados correctamente e com rigor, podem ser perigosos e mesmo mascarar doenças graves que caso contrário seriam detectadas e tratadas (corticóides por exemplo). No entanto considero lógico que tudo aquilo que é dado aos doentes numa farmácia sem receita é passível de ser prescrito por um enfermeiro.

Claro está que, embora muito benéfico para os doentes, isto com que eu concordo me parece ser muito pouco para satisfazer o desejo de querer ser médico de alguns enfermeiros. Muitos deles aspiram de facto pelo livro de receitas, e para se convencerem que sabem tanto quanto um médico enaltecem o seu currículo e baseiam-se em estudos de utilidade duvidosa e inconclusivos.

Não esquecer que um médico só tem completa autonomia para prescrever ao fim de 6 anos de curso mais 1 ano de internado mais 1 ano de especialidade, e que a grande maioria de enfermeiros no activo não tem mestrados nem doutoramentos nem pós-doutoramentos (mesmo que tenham provavelmente nem abrangem farmacologia), ou seja tem 4 anos de formação de sua maioria prática. Anos de experiência? Meus amigos, a farmacologia estuda-se... não se pode prescrever baseando-se apenas em experiências prévias, tipo erro-recompensa, como os macacos. Muitos enfermeiros julgam-se capazes de prescrever porque quando dão o medicamento X ao doente Y ele até melhora. Têm a experiência (daí provém alguma capacidade para detectar erros de prescrição) mas não têm a teoria. Alguns até a têm, porque a estudaram e merecem mérito por isso... mas eu também sei cuidados de enfermagem e não faço pensos porque há quem lá esteja para os fazer.

Por fim dou razão a este colega.

"Uma primeira visita a este blog e fiquei abismado. Sou médico e fico perplexo com a forma rude e mal educada com que se referem à classe médica. Fico até desgostoso. Tinha os enfermeiros por pessoas de bem mas, acima de tudo, com algum bom senso. Saio daqui também com uma certeza: confiança em enfermagem, com muita água benta. A vossa insatisfação constante e sede de competências faz-me ficar bem alerta. Tenho plena certeza que à maioria não aquece nem arrefece, recomendarei com toda a certeza este blog aos meus colegas. Afinal, todos devemos saber ao que estamose o que podemos esperar daqueles que nos rodeiam."
 
Com bem pouco se contenta uma pessoa pouco exigente, seja criança seja adulto.
Bastou o Germano ser ouvido no JN sobre o tema da receita para merecer uma coluna de Germano a Bastonário.
Ele, Germano não faria melhor, ,as até parece. Mistérios da blogosfera!
 
Com bem pouco se contenta uma pessoa pouco exigente, seja criança seja adulto.
Bastou o Germano ser ouvido no JN sobre o tema da receita para merecer uma coluna de Germano a Bastonário.
Ele, Germano não faria melhor, ,as até parece. Mistérios da blogosfera!
 
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