terça-feira, agosto 31, 2010

Conclusões da reunião da Ordem dos Enfermeiros com a Sra. Ministra da Saúde


"Decorreu ao fim da tarde de 30 de Agosto, uma audiência com a Dra. Ana Jorge, Ministra da Saúde e com o Dr. Manuel Pizarro, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde.
No entender da OE, as principais conclusões desta audiência foram as seguintes:
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SIV (ambulâncias de Suporte Imediato de Vida)
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- A Sra. Ministra da Saúde concorda que é emergente resolver os problemas da subdotação existentes, designadamente no Alentejo;
- Irá ser submetido na próxima semana o projecto de protocolo a celebrar com as instituições para vincular enfermeiros segundo um novo modelo de vinculação;
- A situação das SIV será resolvida até ao final do mês de Setembro;A Ordem dos Enfermeiros considera que se este compromisso não for concretizado, a situação tornar-se-á insustentável.

CODU /  Transmissão de dados
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- A Dra. Ana Jorge compromete-se a intervir junto do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no sentido de clarificar o significado da Circular Normativa n.º 3, que admite a possibilidade de transmissão de dados clínicos a profissionais não clínicos e admite que a resposta pode não ser imediata quando o médico regulador se encontrar ocupado;
- Os dados clínicos devem ser exclusivamente transmitidos ao pessoal clínico (médico do CODU).
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Plano Estratégico de Recursos Humanos de Emergência Pré-hospitalar
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- A OE reafirmou o carácter redutor deste plano e relembrou que está contra a criação de uma nova profissão – a dos técnicos de emergência pré-hospitalar – com o perfil e competências dos enfermeiros;
- A Dra. Ana Jorge clarificou que o processo de negociação sobre a carreira dos futuros técnicos ainda vai ser iniciado e aceitou a proposta de discussão alargada sobre o perfil de competências dos técnicos de emergência pré-hospitalar, envolvendo a Ordem dos Enfermeiros e a Ordem dos Médicos.

Centros de Enfermagem
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A Sra. Ministra da Saúde concordou com a necessidade de proceder a alterações à portaria n.º 801/2010 de 23 de Agosto, nomeadamente o n.º 2 do artigo 11.º, prevendo-se que tal venha a acontecer ainda durante esta semana.
Além da Enf. Maria Augusta Sousa, bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE), estiveram presentes neste encontro, o Enf.º Júlio Branco, secretário do Conselho Directivo da OE e a Enf. Lucília Nunes, presidente do Conselho de Enfermagem da OE.

A OE considera que os compromissos assumidos pela Ministra da Saúde, Drª Ana Jorge, assumem particular relevância pelo efectivo reconhecimento de que a intervenção da OE, tanto na defesa da segurança dos cuidados aos cidadãos, como na salvaguarda da autonomia do exercício profissional dos Enfermeiros.
Desta forma estarão a ser corrigidas situações que ofendem e impedem a concretização destes princípios." OE

Comentário  final (autor do blog)
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Relativamente à questão do INEM esperemos que não sejam mais alguns pseudo-compromissos, daqueles a que a tutela recorre como estratégias de cortinas de fumo e dilação.
No que diz respeito aos Centros de Enfermagem, a Enf. Maria Augusta chegou mais do que tarde. As alterações à Portaria n.º 801/2010 estão feitas. Portanto, tinha sido útil uma intervenção há algum tempo atrás!

Comments:
Se a actuação da OE fosse proactiva esta hora estavamos concentrados na Carreira...
vamos sempre a reboque dos outros!
 
como é possivel não contestar o conteudo funcional dos TEPH, que preveem (?) conteudos de Enfermgem???? no Plano Estrategico aprovado (definitivo)???
 
Anónimo das 6:55 PM

Quem disse que não houve contestação do conteúdo funcional dos TEPH inscrito no Plano Estratégico ???

Informe-se : Press Realease de 21 de Maio de 2010, na página da OE.
 
Já sai do CODU LISBOA há uns meses e ainda não recebi o dinheiro que me devem. Último pagamento... Dezembro de 2009!!!
 
A frase não perguntes o que o teu país pode fazer por ti mas o que podes fazer tu pelo teu país pode facilmente ser adaptada para o contexto dos enfermeiros:

Não perguntes o que a Enfermagem pode fazer por ti mas sim o que tu (enfermeiro) podes fazer pela enfermagem.

- Respeita a deontologia ( alguns princípios básicos como providenciar ao utente os melhores cuidados no momento mais adequado e evidenciar o bom nome dos enfermeiros/Enfermagem publicamente são alguns deles)

- Revê diariamente a literatura para que estejas actualizado.

- Tem um papel proactivo no teu serviço, instituição.

- Fundamenta as tuas acções

- Não tenhas medo de enfrentar algo ou alguém quando sabes que está completamente errado e podes contradizê-lo

- E acima de tudo... Não esperes que os outros façam por ti aquilo que tu deverias fazer...

Continua( http://saudeeportugal.blogspot.com )
 
Outra coisa: Como não tenho a “audiência” que o blogue doutorenfermeiro tem gostaria que, se possível, divulgasse que o plano nacional de saúde 2011-2016 está em discussão pública.

“São objectivos do processo de construção do PNS 2011-2016:

A obtenção de um documento “Plano Nacional de Saúde 2011-16” que contribua com orientações estratégicas claras, dirigidas à maximização da obtenção de ganhos em saúde, de forma sustentável, contínua, monitorizável e avaliável;

O desenvolvimento de um elevado consenso e concertação de todos os intervenientes e actores envolvidos na criação de ganhos de saúde, ou influentes no estado de saúde dos Portugueses, incluindo sectores que não tenham como objectivo primário os ganhos em saúde;

A elaboração e discussão de estudos, pareceres e instrumentos que permitam uma compreensão integrada e abrangente do estado de saúde dos portugueses e do seu sistema de saúde, bem como a fundamentação técnico-científica das estratégias preconizadas;

O delineamento de estratégias de saúde portuguesas que incorporem as melhores opções e recomendações nacionais e internacionais em política de saúde, resultado de uma avaliação de impacto, de um maior envolvimento de peritos nas decisões estratégicas, e do reconhecimento das boas práticas em política de saúde portuguesas a nível internacional;

A criação de processos mais claros e eficientes de articulação entre as decisões estratégicas, a atribuição e gestão de recursos, a implementação de acções e a sua avaliação de impacto na saúde;

A elaboração de um instrumento de envolvimento dos profissionais de saúde na melhoria contínua da qualidade e do seu desempenho, dos cidadãos na auto-promoção da saúde e de centralização do sistema de saúde no cidadão.”

Retirado de: http://www.acs.min-saude.pt/pns2011-2016/pns-2011-2016/visao-objectivos/
 
Ora então para que não restem duvidas:

"Os dados clínicos devem ser exclusivamente transmitidos ao pessoal clínico (médico do CODU)."

Há uns tempitos atrás, até já se consideravam "clinicos"... Está aqui o esclarecimento para quem tinha dúvidas!
 
O que o Magistral Estratega se refere, e muito bem, consiste no conhecimento, à sua detenção e demonstração no actos quotidianos. Não pode estar mais certo.

Em relação aos técnicos, só com uma oposição forte da OE e porventura da OM se poderá evitar uma usurpação de funções sem justificação e a provável extinção da VMER com médico e enfermeiro.

Desassossego
 
Tanta preocupação que a augusta diz ter sobre a carreira e afinal... nem uma palavra.

Vai-te embora augusta e leva a lucilia contigo
 
Julgo que estas reuniões sem que seja tomada uma posição de força por parte da ordem e sindicatos, não passam mais do mesmo que se tem visto. Ou seja: Conversa fiada e o enfiar o barreto aos enfermeiros. Quanto aos centros de enfermagem, verifica-se a tentativa de controlo por parte dos médicos, era mais urgente reformolar ou criar legislação para os consultorios médicos. Pois há médicos a dar consultas em cafés, e qualquer possilga serve de consultório. Relativamente ao INEM os interesses são outros e nada vai mudar. Á interesse em correr com os enfermeiros do INEM. Pizarro e outros tem não estão preocupados com os TAE Uma série de médicos e elementos STAE (são mais um meio para estes senhores atingirem os seus fins, depois correm com eles) Tem ligações com entidades de ensino Ex CESPU. E com a formação dos TAE vão jorrar milhares de euros para os seus bolsos. Existe ainda por trás disto tudo uma empresa inglesa de material pré-hospitalar, que depois irá abastecer o inem e que vai participar na formação dos novos TEPH. Por tudo isto porque é que acham que dão como exemplo a Inglaterra. Vão fazer tudo para correr com os enfermeiros.
 
O que me parece é que a OE só está voltada para o INEM e centros de enfermagem, ( que tambem é preocupante )mas parce que seria em 1º regular a profissão.

- desiludida com a profissão, com a OE e com os sindicatos
 
"Tem ligações com entidades de ensino Ex CESPU"..excelentissimo anonimo das 11:42, por acso sabe me dizer onde foi buscar isto? ou melhor, tem fundamentaçao para dizer tal coisa?
 
Relativamente ao CODU continuo a achar que estamos a dar tiros nos pés. Trabalhei num CODU durante mais de um ano e vi como funcionam as coisas. Vi VMER a passar dados ao pessoal nao clinico smp que tal se justificou. Vi SIV´s a passarem dados aos mesmos "nao clinicos" smp que eu estava ocupado. Vi a comunicação fluir. Vi as coisas correrem bem smp que isso aconteceu. Nao alinho nestas birras disparatadas. O mais engraçado é que quem arranjou estas guerras já fugiu da Delegação, deixando-nos agora com a batata quente nas mãos. Trabalho todos os dias com um "não clinico" na ambulância e em vez de o estar a proibir de fazer isto ou aquilo, ensino-o, partilho conhecimentos e tenho ali um aliado no socorro que practicamos, somos uma equipa. A responsabilidade de todos os actos é sempre minha, o trabalho de equipa é de ambos, quem ganha é a vitima. No CODU, na minha humilde opinião, o principio deve ser o mesmo. Explicar os protocolos das SIV aos "nao clinicos" (os médicos nao olham para eles e maior parte nunca os abriu), passar dados de forma clara e simples. Em caso mais complexos ou que o colega Enfermeiro necessite esclarecimento então o médico entra e actua.

Trabalho de equipa é isto, cada elemento desempenha a sua função em prol de um melhor socorro. Prefiro ter aliados no CODU do que elementos que me desprezam pelo que os meus colegas de classe dizem deles. Algumas declarações do SEP envergonharam-me profundamente. O meu trabalho é válido e tem sido reconhecido até hoje. A maneira de trabalhar que aqui descrevi é a que tenho usado para trabalhar e considero que com excelentes resultados. Não tenho problemas em assumi-lo. Sinto-me parte de uma equipa e tenho esse feedback do CODU. Os meus colegas queixam-se de muitas coisas...

Todas estas lenga-lengas da OE e do SEP não passam de fait-divers de quem quer protagonismo. Trabalhem para obtermos o reconhecimento de que precisamos.
 
Quer dizer tivemos uma oportunidade de ouro pk tinhamos mais do que pretextos para a reuniao de "urgencia"e discutir o verdadeiro problema!!!!! e o que sucede é um encontro de chachada, apenas para apaziguar uma classe que está pronta a arrebentar em cima deste governo.Querem ganhar tempo, mostrar que estao a trabalhar sobre o assunto, com jeitinho ainda vao haver mais reunioes apartir de hoje com vista as eleiçoes na O.E. Precisamos de gente com mao firme e que nao tenha o complexo de tocar sobre os verdadeiros problemas qd em presença da tutela.Para mim e insisto a soluçao reside em uma super greve de tempo indeterminado..(sem sindicato a nao ser que nos paguem os dias de greve) somos muitos nao precisamos de sindicatos para fazer barulho...os proprios trabalhadores serao os guiaram esta luta...uma ordem interventiva atenta e sensivel nos interesses da nossa classe seria o suficiente.Deixem la os chefes com os seus tachos debaixo das saias dos administradores, nao deixem que vos desmobilizem.
 
http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=14&id=161045&sup=0&sdata=
Outro empregador quando o SNS não responde
A abertura de um centros de enfermagem está logo fora de questão.......

Algumas farmácias já estão a prestar outros serviços para além daqueles que, tradicionalmente, poderíamos encontrar neste tipo de estabelecimentos. Entre eles está, por exemplo, a prestação de cuidados de enfermagem, como é o caso da Farmácia da Madalena, na freguesia de Santo António.
De acordo com Sérgio Magro, director técnico daquele estabelecimento, este é um dos serviços que, legalmente, as farmácias podem prestar há já algum tempo…..neste momento, conta com duas profissionais que, em regime de part-time, asseguram a prestação de cuidados de enfermagem aos sábados à tarde e aos domingos de manhã, período em que os centros de saúde estão encerrados, constituindo, por isso, mais uma alternativa para os utentes, sobretudo os que residem naquela localidade.
…….é gratuito para a aplicação de injectáveis, sendo os restantes pagos, dado que poderão requerer a utilização de material, além de ser necessário também remunerar os profissionais que ali prestam serviço
 
será que essa empresa inglesa de material pré hospitalar tambem está relacionada com os aparelhos para os serviços de sangue cujo concurso está a dar polémica?
li algures nos jornais que o sr conheceu o aparelho quando fez uma formação nos USA em emergencia
 
Enfermeiros Especialistas recém-formados continuam sem serem reconhecidos pelas Instituições de Saúde do nosso País. Fizerem uma formação académica Pós-Graduada, que lhes conferiu o Titulo de Enfermeiro Especialista atribuído pela Ordem dos Enfermeiros ainda assim, as Instituições de Saúde dizem não ter suporte legal para a sua contratação, mesmo reconhecendo a sua necessidade.

Esta situação recordo, terá a ver com a aprovação da nova carreira de enfermagem, onde a categoria de Enfermeiro Especialista terá sido extinta. Integrando-se estes profissionais na categoria de enfermeiro. Ou seja, continuam a existir Enfermeiros Especialistas cujos profissionais terão competências distintas, mas incluídos na categoria de Enfermeiro.

Alguns destes profissionais sentem-se descriminados uma vez que, para frequentarem uma Pós-Graduação tiveram que recorrer à Banca para financiar o curso, vendo actualmente uma dificuldade acrescida, porque têm que suportar o empréstimo que contraíram para pagar as propinas, deslocações, alojamento, alimentação e suporte bibliográfico (livros, fotocópias, etc.), despesas que atingem os 8000 e 10000 €, e que terão que ser suportadas com a mesma remuneração, que não sofreu actualização, a somar a outras despesas de índole pessoal ou familiar.

Reconhecem que as suas actuais competências, são pilares essenciais na melhorias dos cuidados de saúde, contudo dizem não servir para pagar as despesas dos bens essenciais que contraem, quando por exemplo, vão ao supermercado ou têm que pagar o infantário dos seus filhos.
 
Como é que é possível os enfermeiros deixarem-se instrumentalizar? só vejo uma resposta: interesses particulares e pessoais. "Meia dúzia" de ganânciosos que não olham a meios para atingirem os fins. E todos nós a acreditar nas palavrinhas e boas acções desses energumenos. Assim vai a enfermagem portuguesa: uma profissão com dirigentes sem escrúpulos nem dignidade.
 
acabem de uma vez por todas de se preocuparem só com os enfermeiros da emergência pré-hospitalar, (até porque a maioria destes tem duplo emprego), é preciso pensar em formas de luta para se conseguir o reconhecimento pleno de todos os enfermeiros como licenciados. Já nem falo em retroactivos...
 
Ao ANÓNIMO DAS 3:29 PM




DOS COMENTÁRIOS MAIS LÚCIDOS QUE VI POR AQUI!!!!!!!!!!!!
 
colegas não se esqueçam de assinar e divulgar a petição
 
Quanto aos especialistas, faço um convite desloquem-se às Assembleias dos Colégios da Especialidade e digam o que vos vai na alma. OK?
 
essa historia de fazer qq coisa pela enfermagem, é muito bonita, mas todos continuam com 2 e 3 empregos com montes de colegas no desemprego... que solidariedade!!!
 
Mais uma vez vemos a principal preocupação da OE e do SEP... o Inem... cuidado sr. Enfermeiros todo o mal da enfermagem esta no inem, codu e tae... este é o verdadeiro mal... os Enfermeiros especialistas, os racios, os cuidados aos doentes, a valorização salarial,...isso não é importante... (não se pode acabar com os pelouros de alguns enfermeiros que a custa do INEM têm vidas de barões)
 
Os colegas estão muito preocupados com os enfermeiros do INEM. O facto é que temos levantado da cadeira e tentado na OE, nos Sindicatos, nos partidos..
Onde nos abrem a porta e querem discutir o problema nos temos ido.
Voces que tanto criticam do sofá, quando é que se vao levantar e fazer o mesmo. Estão sempre a espera da OE e dos sindicatos. nas greves não as fazem porque podem perder o incentivo, as AG da OE não aparecem... o que querem?
APAREÇAM NA LUTA, NÃO SEJAM COBARDES

GOMEZ
 
Não sou nem enfermeiro, nem TAE e muito menos estou ligado à área da saúde, mas nisto tudo que tenho lido em vários blogs de enfermeiros, bombeiros e TAE´s, à uma coisa que não entendo, tendo todos conhecimento da realidade exterior (USA, Inglaterra e muitos outros países..), estes países têm médicos, enfermeiros e paramédicos (profissão que se encarrega pela emergência médica pré-hospitalar), nisto tudo pergunto se o que está bem feito não deveria ser adaptado ao nosso país e sublinho adaptado, não copiado. Alguém me pode esclarecer esta questão pois eu não consigo compreender o porquê de tanta discussão e do desperdício de forças, quando elas poderiam ser aproveitadas e utilizadas com muito melhor aproveitamento.
O meu mail é miguel.ldtimor@gmail.com, gostaria mesmo de perceber qual é o real problema e o porquê desta discussão toda (se alguém estiver interessado em me responder claro)...

Miguel Leitão
 
Caro Miguel envio-te este email para responder ao teu comentário no blog Doutor Enfermeiro.
O problema é que esta nova profissão o TEPH Técnico de Emergência Pré-Hospitalar vulgo Paramédico, vem tirar muito dinheiro em tachos a muitos enfermeiros que estavam no INEM a mamar á grande a fazerem HELI, VMER, SIV, formação, CODU, eventos e mais algumas coisas e ainda tiveram tempo enquanto lá andaram, de bloquearem os próprios colegas enfermeiros de fazerem formação para também fazerem estes serviços pois assim eles faziam mais e os ordenados de 5000€ e 6000€ mensais eram uma realidade.

Muitos deles até no facebook fazem questão de demonstrar no seu mural que hoje estão no heli, amanhã estão na SIV, depois de amanhã estão na VMER, e depois existem colegas enfermeiros no desemprego, mas os TAE é que são maus porque querem evoluir uma profissão com mais de 25 anos em Portugal, porque estão fartos de esperar por uma VMER a olharem para os doentes a sofrer e as vezes a ver esses doentes morrerem, porque não tem formação para fazerem mais do que colocar oxigénio e pedir apoio ao CODU...

Agarram-se á bandeira da usurpação de funções mas os farmacêuticos a dar as vacinas da gripe A não usurpam, os TAE a quererem TER MAIS FORMAÇÃO PARA SALVAR VIDAS é que são maus...

Outros não querem porque dizem que são os bombeiros que vão agarrar nisso e são voluntários com a 4ª classe e vão meter em perigo os portugueses, e ainda não entenderam que o que se quer é criar uma rede PROFISSIONAL com um técnico PROFISSIONAL para tripular as ambulâncias e que logisticamente esta formação NÃO É VIÁVEL AO VOLUNTARIADO!

Outros não querem porque já foram bombeiros ou INEM e investiram num curso de enfermagem e agora dar o braço a torcer é chato...

Outros dizem que a malta é estúpida não estudou e não tem capacidade de chegar a enfermagem então querem chegar a pseudo enfermeiros por esta via, mas depois há pessoas a entrar para enfermagem com 9.6 de media quando quase metade dos TAE existentes do INEM são licenciados em vários cursos como a cardiopneumologia, fisioterapia, radiologia, patologia clínica, psicologia e até enfermagem que como estão no desemprego e gostam da emergência nem pensaram 2 vezes na altura do concurso para TAE do INEM, e até um medico trabalha como TAE pesquisem e vão ficar bem surpreendidos.

Continua na parte 2
 
No grupo dos licenciados depois ainda há os professores de educação física, historia, línguas, matemática, é certo que estes cursos nada tem a ver como saúde mas SÃO PROFISSIONAIS LICENCIADOS QUE CERTAMENTE ENTRARAM NOS SEUS CURSOS COM MEDIA SUPERIOR A 9.6 VALORES...

Depois há os TAE não licenciados apenas com o 12º mas que vem dos bombeiros ou cruz vermelha que podem espernear mas SÃO ESCOLAS ENORMES onde se ganha muita mas muita estaleca, muito calo.

E depois a minoria dos TAE, são os que tem o obrigatório exigido pelo INEM, tem o 12º carta de condução e como todos os outros, tiveram de fazer a formação e PASSAR para poderem trabalhar para o INEM como TAE.

A formação destas pessoas é igual para todos e todos tem de passar e se passaram é porque tem capacidade para desempenhar a função, agora o que se quer é aumentar e melhorar esta formação para puderem ajudar mais os nossos doentes, a enfermagem como classe corporativista que é, não aceita essa evolução, os médicos QUEREM E FAZEM QUESTÃO que exista um técnico qualificado na emergência em Portugal, e isto foi dito e repetido vezes sem conta em todas reuniões em que os médicos que fazem emergência (APME - Associação Portuguesa de Medicina de Emergência) estiveram presentes, e o próprio bastonário tem essa opinião e deu-a no ultimo seminário onde esteve presente, e para teres a prova do corporativismo desta classe e deste blog repara no rodapé do canto superior Dto. onde lá referem vezes sem conta que a ordem dos médicos é contra os paramédicos, onde na verdade aquela declaração e admitido pelo próprio Dr. Pedro Nunes, foi uma opinião pessoal e não da Ordem dos Médicos que como já referi é bem diferente.

Termino dizendo-te que irei enviar para o teu email esta minha resposta porque devido a haver aqui muitas verdades, estou com um feeling que este comentário não será publicado.

Espero ter revelado a pontinha deste grande iceberg que é o da Emergência no nosso país e enquanto se discute estas coisas continuam a morrer portugueses com TAE é frente á espera das VMER com entidades superiores que possuem super skils que quando chegam não fazem mais do que mandar parar manobras e passar uma verificação de óbito...
 
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Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!