sexta-feira, agosto 13, 2010

Explica-lhes Élvio, porque "eles" não percebem nada disto...!


Pelo rumo que isto leva, não tarda muito para que um simples "corte de cabelo" seja um acto médico que exija vigilância clínica de um Dermatologista...

Comments:
Tenho constatado acesas criticas aos enfermeiros, à profissão e à licenciatura em enfermagem, feitas pelos mais variados interlocutores, desde leigos a licenciados, DEPRECIANDO E DESVALORIZANDO A ENFERMAGEM E OS ENFERMEIROS...pena pois como enfermeiro "sei o que sei", "sei as minhas limitações" ; "conheço as minhas potencialidades", "sei que tenho de me manter actual e informado"...a enfermagem é das profissões na saúde que mais pratica, peritagem desenvolve, que junto com os profissionais de medicina, se actualiza constantemente, cujas responsabilidades têm o mesmo peso, basta ver e conhecer alguns casos cujo desfecho nos tribunais não isentou, nem foi mais brando com enfermeiros ou médicos, somos apenas diferentes, naquilo que recebemos como vencimento, que não está de acordo minimamente com as responsabilidades e saberes que detemos...por muito que nos queiram desvalorizar, temos óptimos aliados, os nossos doentes, família e em especial os nossos parceiros mais directos os médicos, que muitos de forma imbecil e pueril nos querem por a guerrear e a discutir...enganam-se pois a confiança que existe nos serviços entre médicos e enfermeiros não é fácil de destruir, falo de relações pessoais e profissionais...
 
Ilustres,

Os últimos dias não têm sido animadores, nem para os médicos nem para os enfermeiros…

Além de ouvirem o responsável pela IQ-Med, os inspectores estiveram ainda no interior desta clínica que não se encontrava licenciada. Sabe-se também que o médico que se encontrava a assisitir a operação não era oftalmologista mas sim psicólogo, situação que não é permitida por lei.
http://www.jornaldoalgarve.pt/2010/08/medico-que-assistiu-operacao-na-clinica-de-lagoa-era-psicologo/



O diretor clínico do Hospital de Santarém confirmou hoje à agência Lusa a suspensão de um enfermeiro devido a queixas de abuso sexual apresentadas no ano passado por duas mulheres.

http://www.ionline.pt/conteudo/73719-santarem-enfermeiro-suspenso-alegado-abuso-sexual-utentes-do-hospital




Ninguém se pode rir!
Saudações,
Digníssimo Sr. Doutor Cirurgião da Naifa
:)
 
Não, caro cirurgiao da naifa, estas coisas não são para rir..
bons e maus profissionais, há em todo lado e em qualquer profissão.
Mas acrescenta-se uma especial agravante quando são profissões como a nossa, da prestação de cuidados de saúde, em situações onde as pessoas estão particularmente fragilizadas..

É sempre mau saber-se deste tipo de casos..
 
Pois antes uma excessiva medicalização do que o atentado à saúde publica de deixar actos de responsabilidade em pessoas, que por muita boa vontade e/ou ambiação, não tem formação para tal...

Mas uma vez, quem quer ser médico, tira Medicina.
 
O sistema está podre, cheio de vícios e favorável sempre para os mesmos. No que diz respeito ao sector da saúde, paradoxalmente, o número reduzido de profissionais altamente diferenciados constituem a força da razão e do argumento. Entre muitos estão Dr. Eduardo Barroso, Prof. Manuel Antunes, Prof. Lobo Antunes, Prof. Abel Nascimento, entre outros... É evidente que o que estes senhores fazem é unico e portanto tem que ser bem pago. Se isto não acontecer, pois pura e simplesmente não trabalham ou remetem-se apenas a cirurgias banais que qq um faz. O modelo hospitalocêntrico e a "hegemonia médica" camuflada estão a levar o SNS à bancarrota. Façam as contas às horas extraordinárias feitas por estes senhores. e tirem as devidas conclusões. Muitos deles posicionados na categoria de Chefes de Serviço. É revoltante.
 
epa nos huc os enfermeiros na urgencia com mais competencias academicas nao fazem nada estao de coordenaçao num gabinete ou entao estao na urgencia basica ainda para mais sao especialistas
 
Descobriram que o SER Humano vendido a retalho dá dinheiro.
Não querem que visto no todo se torne mais saudavel,informado e agente do seu futuro.
Mais barato á sociedade=menos lucro para alguns
 
Descobriram que o SER Humano vendido a retalho dá dinheiro.
Não querem que visto no todo se torne mais saudavel,informado e agente do seu futuro.
Mais barato á sociedade=menos lucro para alguns
 
nos huc na urgencia os enfermeiros especialistas e velhos tao de serviços melhorados que desperdiçio de dinheiro do estado............
 
Em relação aos comentários anteriores sugiro que os Enfermeiros estejam atentos ao desenrolar do processo do colega de Santarém.
Deixo hiperligações para que possam fazer a análise .
http://www.oribatejo.pt/2010/08/enfermeiro-acusado-de-colocar-orgao-sexual-nas-maos-de-duas-doentes/
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/enfermeiro-droga-e-abusa-de-doentes .
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=464356
Há um questionário a ser respondido para uma tese de doutoramento de uma colega desse Hospital sobre mobbing na enfermagem
 
Em relação aos comentários anteriores sugiro que os Enfermeiros estejam atentos ao desenrolar do processo do colega de Santarém.
Deixo hiperligações para que possam fazer a análise .
http://www.oribatejo.pt/2010/08/enfermeiro-acusado-de-colocar-orgao-sexual-nas-maos-de-duas-doentes/
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/exclusivo-cm/enfermeiro-droga-e-abusa-de-doentes .
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=62&id_news=464356
Há um questionário a ser respondido para uma tese de doutoramento de uma colega desse Hospital sobre mobbing na enfermagem
 
""Pois antes uma excessiva medicalização do que o atentado à saúde publica de deixar actos de responsabilidade em pessoas, que por muita boa vontade e/ou ambiação, não tem formação para tal...

Mas uma vez, quem quer ser médico, tira Medicina.""

Não tente atirar areia para os olhos de quem é desatento, ou tendencioso. Você, se for profissional de saúde, sabe bem que os enfermeiros estão habilitados para muita coisa, em algumas, mais que os médicos, por isso não tente enganar quem sabe.
Acréscimo de responsabilidades e dar aos Enfermeiros aquilo que lhes pertence, que tem a ver com querer ser médico??!

Por um enfº pretender poder prescrever determinados fármacos (algo que acontece noutros países ditos mais avançados, e algo que acontece todos os dias, debaixo da saia da legalidade), confunde com o querer ser médico??!

Bem, você tentou, coitadinho.. Um abraço amigo para si, que de tanta peneira ou azedume, deve ser uma pessoa vazia, vazia..
 
um dia precisei de ir ao sap do centro de saude com uma reacção anafilatica, e, se estou viva foi graças á enfermeira que lá estava que de imediato me deu umas injecções e o médico nem se levantou da secretaria, eu já quase nem conseguia respirar
bem haja a todos os enfermeiros que de facto fazem um grande trabalho em prol da população (claro que tambem há excepções) assim como há bons e maus medicos tambem há bons e maus enfermeiros
até agora só precisei de medicos para me passarem analises mas tenho muito a agrdecer aos enfermeiros do meu centro de saude
 
Bem este blá blá é mais do mesmo...inócuo para o objectivo que se pretende.

Paradoxo: ronyjux espero que o oportunismo de uma justificação seja aceite em outras circunstâncias por si também ("...algo que acontece noutros países ditos mais avançados...). Há-de listar que países considera mais avançados a ver se é uma formula universal ou caseira.

ez ez não habia nexexidade.
 
O SNS por vezes parece o plano de combate aos incêndios...

Por mais bombeiros que se ponham na frente há sempre fogo e mais fogo... será que é porque à semelhança das florestas onde não se limpa mato e não há estratégia de prevenção de incêndios ou diminuição dos riscos do mesmo no SNS também não se tenta controlar a catadupa de gastos com os processos de cura sem investir na diminuição do número de doentes?

http://saudeeportugal.blogspot.com
 
Muito bem enfº Hélvio, há que saber qual o posicionamento correcto face aos ataques que a Saúde tem enfrentado e saber dar-lhe a resposta adequada, como você fez e bem. Parabéns.

Não pensemos que o Dr Passos virá fazer melhor!! Porque isto de coelhos já os conhecemos... este pais já foi vitima de coelhos, etc.
 
QUEM FISCALIZA AS CLINICAS MEDICAS PRIVADAS, ONDE AS SECRETARIAS, RECEPCIONISTAS, TELEFONISTAS, FAZEM DE TUDO, INCLUSIVE INTERVENÇÕES QUE DEVERIAM SER REALIZADAS PELOS ENFERMEIROS???

FOI O CASO DO SR DR PSICOLOGO QUE ERA AJUDANTE DO OFTALM DO ALGARVE, AQUEM AS QUESTÕES DE ESTERILIZAÇÕES DE MATERIAIS E AJUDA NAS CIRUGIAS DEU NO QUE DEU...
 
Para "meditar terapêuticamente""

Ponto 1:

-Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Psicólogos, etc têm a sua importancia na Saúde, diferenciada nos seus papeis e com respeito pela área de exercício das outras profissões.

Ponto 2:

-Enfermeiros que reclamam competências nas áreas da Medicina apenas atestam a sua miopia para o conteúdo da sua própria profissão ao procurarem "fora" o que não encontram dentro da sua "casa.

Ponto 3:

-Ao nível dos países desenvolvidos, Portugal é aquele que apresenta um ratio remuneratório mais favorável quando se comparem os ordenados base médios dos Enfermeiros/Médicos. Basta fazer as contas ou consultar os estudos.

Ponto 4:

-Os Enfermeiros responsabilizam obstinadamente os médicos pelos seus malogros carreirístico-expansionistas; são os únicos, mais nenhuma profissão perfilha desta teoria da conspiração para justificar os seus falhanços.

Ponto 5:

-O reconhecimento público e político da Enfermagem não depende da classe médica nem da diminuição do seu protagonismo, mas sim da gestão e estratégia que os Enfermeiros adoptarem na promoção daquilo que fazem. Os médicos partilham espaços com outros profissionais de saúde, sendo que mais nenhuma outra profissão aponta os médicos como obstáculos á sua própria valorização profissional como fazem os Enfermeiros.

Ponto 6

- É lícito que se atribuam prémios de produtividade, e esta política existe por exemplo em empresas de grande competitividade pois está provado que aumentando o desempenho dos funcionários existem rentabilidades mensuravelmente maiores para a empresa. Quando uma empresa ultrapassa os seus objectivos operacionais, normalmente é quando o desempenho da estrutura superou o exigido. O diferencial entre o exigido e o atingido consubastancia-se para o trabalhador que tenha uma elevada autonomia nas suas funções num ganho também ele reflexo desse mesmo diferencial. A gestão por objectivos é cada vez mais uma prática adoptada universalmente. Qualquer gestor básico percebe isto.

Finalmente, e para aqueles Enfermeiros que dizem que vivem num Neo-Salazarismo e outras balelas, lembro-lhes que se assim fosse vocês estavam todos solteiros, seriam todos do sexo feminino ,ganhariam pouco mais do que o salário mínimo e estavam-me a abotoar a bata e a trazer-me o café. Felizmente para todos que as coisas estão bem diferentes! Tenham mais rigor nas comparações.

Espero que este comentário passe pelo Lápis Azul e um Abraço ao Hipócrates...
 
Para "meditar terapêuticamente""

Ponto 1:

-Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Psicólogos, etc têm a sua importancia na Saúde, diferenciada nos seus papeis e com respeito pela área de exercício das outras profissões.

Ponto 2:

-Enfermeiros que reclamam competências nas áreas da Medicina apenas atestam a sua miopia para o conteúdo da sua própria profissão ao procurarem "fora" o que não encontram dentro da sua "casa.

Ponto 3:

-Ao nível dos países desenvolvidos, Portugal é aquele que apresenta um ratio remuneratório mais favorável quando se comparem os ordenados base médios dos Enfermeiros/Médicos. Basta fazer as contas ou consultar os estudos.

Ponto 4:

-Os Enfermeiros responsabilizam obstinadamente os médicos pelos seus malogros carreirístico-expansionistas; são os únicos, mais nenhuma profissão perfilha desta teoria da conspiração para justificar os seus falhanços.

Ponto 5:

-O reconhecimento público e político da Enfermagem não depende da classe médica nem da diminuição do seu protagonismo, mas sim da gestão e estratégia que os Enfermeiros adoptarem na promoção daquilo que fazem. Os médicos partilham espaços com outros profissionais de saúde, sendo que mais nenhuma outra profissão aponta os médicos como obstáculos á sua própria valorização profissional como fazem os Enfermeiros.

Ponto 6

- É lícito que se atribuam prémios de produtividade, e esta política existe por exemplo em empresas de grande competitividade pois está provado que aumentando o desempenho dos funcionários existem rentabilidades mensuravelmente maiores para a empresa. Quando uma empresa ultrapassa os seus objectivos operacionais, normalmente é quando o desempenho da estrutura superou o exigido. O diferencial entre o exigido e o atingido consubastancia-se para o trabalhador que tenha uma elevada autonomia nas suas funções num ganho também ele reflexo desse mesmo diferencial. A gestão por objectivos é cada vez mais uma prática adoptada universalmente. Qualquer gestor básico percebe isto.

Finalmente, e para aqueles Enfermeiros que dizem que vivem num Neo-Salazarismo e outras balelas, lembro-lhes que se assim fosse vocês estavam todos solteiros, seriam todos do sexo feminino ,ganhariam pouco mais do que o salário mínimo e estavam-me a abotoar a bata e a trazer-me o café. Felizmente para todos que as coisas estão bem diferentes! Tenham mais rigor nas comparações.

Espero que este comentário passe pelo Lápis Azul e um Abraço ao Hipócrates...
 
Para "meditar terapêuticamente""

Ponto 1:

-Médicos, Enfermeiros, Farmacêuticos, Psicólogos, etc têm a sua importancia na Saúde, diferenciada nos seus papeis e com respeito pela área de exercício das outras profissões.

Ponto 2:

-Enfermeiros que reclamam competências nas áreas da Medicina apenas atestam a sua miopia para o conteúdo da sua própria profissão ao procurarem "fora" o que não encontram dentro da sua "casa.

Ponto 3:

-Ao nível dos países desenvolvidos, Portugal é aquele que apresenta um ratio remuneratório mais favorável quando se comparem os ordenados base médios dos Enfermeiros/Médicos. Basta fazer as contas ou consultar os estudos.

Ponto 4:

-Os Enfermeiros responsabilizam obstinadamente os médicos pelos seus malogros carreirístico-expansionistas; são os únicos, mais nenhuma profissão perfilha desta teoria da conspiração para justificar os seus falhanços.

Ponto 5:

-O reconhecimento público e político da Enfermagem não depende da classe médica nem da diminuição do seu protagonismo, mas sim da gestão e estratégia que os Enfermeiros adoptarem na promoção daquilo que fazem. Os médicos partilham espaços com outros profissionais de saúde, sendo que mais nenhuma outra profissão aponta os médicos como obstáculos á sua própria valorização profissional como fazem os Enfermeiros.

Ponto 6

- É lícito que se atribuam prémios de produtividade, e esta política existe por exemplo em empresas de grande competitividade pois está provado que aumentando o desempenho dos funcionários existem rentabilidades mensuravelmente maiores para a empresa. Quando uma empresa ultrapassa os seus objectivos operacionais, normalmente é quando o desempenho da estrutura superou o exigido. O diferencial entre o exigido e o atingido consubastancia-se para o trabalhador que tenha uma elevada autonomia nas suas funções num ganho também ele reflexo desse mesmo diferencial. A gestão por objectivos é cada vez mais uma prática adoptada universalmente. Qualquer gestor básico percebe isto.

Finalmente, e para aqueles Enfermeiros que dizem que vivem num Neo-Salazarismo e outras balelas, lembro-lhes que se assim fosse vocês estavam todos solteiros, seriam todos do sexo feminino ,ganhariam pouco mais do que o salário mínimo e estavam-me a abotoar a bata e a trazer-me o café. Felizmente para todos que as coisas estão bem diferentes! Tenham mais rigor nas comparações.

Espero que este comentário passe pelo Lápis Azul e um Abraço ao Hipócrates...
 
Para o Dr.Consulta Aberta

Eu sou enfermeira e penso que tem razão nalguns pontos do seu comentário. Contudo noutros aspectos não concordo consigo.

Ponto 1
Todos os profissionais de saúde são importantes e têm o seu papel, complementar uns aos outros, sendo o objectivo principal o doente/família. O modelo ideal seria o da equipa interdisciplinar na abordagem ao doente/família, o que na prática ainda não acontece em Portugal, existindo ainda um domínio expressivo da classe médica.

Ponto 2
Concordo em parte que não haverá necessidade de procurar fora o que se pode ter dentro da profissão. Contudo, em relação á prescrição por parte dos enfermeiros, apenas concordo que estivessem apenas incluidos farmacos que não necessitem de prescrição médica. Aqueles que são vendidos livremente nas parafarmacias e pelos farmacêuticos sem sequer conhecerem o doente!Acho que é um bocado chato ter que chamar o médico a meio da noite pra vir prescrever um paracetamol,na pratica ninguem o faz, mas legalmente não o pode administrar...não faz sentido!

Ponto 3
concordo que os ordenados dos enfermeiros não devem ser comparados com os salarios dos médicos, pois também não se podem comparar os anos de formação. Mas também não devem ser calculados em função do salario da classe médica, devem ser igualados aos das restantes classes licenciadas da saúde(psicólogos, assistentes sociais,e afins)!Espero que com a sua opinião não defenda a diminuição do salário dos enfermeiros!

Ponto 4 e 5
Os enfermeiros constituem o maior grupo profissional da saúde, como tal temos muito potencial para desenvolver, que em parte depende de factores internos da classe, mas também de factores externos. Os factores externos são muito poderosos e e fazem muita pressão. Pois é a classe médica que controla tudo, desde a ministra e do secretário de estado que são médicos, aos directores de serviço que cada vez têm mais poder sobre todos os profissionais...Ou seja...o poder médico parece que está para ficar.Todos os outros profissionais estão em minoria, menos os Auxiliares.
Parece que cada vez estamos mais longe do modelo da equipa interdisciplinar/ transdisciplinar!

Ponto 6
Concordo com os incentivos á produtividade desde que distribuídos por toda a equipa de saúde, desde o médico ao auxiliar, pois todos contribuem para que se concretizem os objectivos. Mas incentivos que não sejam desproporcionados. Atingindo os objectivos minimos não haveria lugar a incentivos, apenas seriam premiados as equipas que excedessem os objectivos.
Em relação ao Neo-salazarismo, felizmente nasci depois disso, mas alguns dos seus colegas e até internos, têm o hábito de irem ver os exames dos doentes e deixarem as peliculas espalhadas pelas bancadas e misturadas com as de outros doentes, depois vão embora,sem que ninguem veja, ficam os "criados" para arrumar. Poderiamos esperar até ao dia seguinte quando voltam, para arrumar tudo, mas não é mto sensato, podem desaparecer peliculas e também porque pensamos no doente. Quanto ao resto também acho que são comparações absurdas.

Cumprimentos!!!
 
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""-Enfermeiros que reclamam competências nas áreas da Medicina apenas atestam a sua miopia para o conteúdo da sua própria profissão ao procurarem "fora" o que não encontram dentro da sua "casa.""

Mas porque teima o prezado colega nestes pontos?? Se um enfº puder prescrever determinados fármacos, tal como acontece em espanha, inglaterra, américa, etc (os ditos países "civilizados", onde a enfermagem assume a sua evolução, natural), onde é que isto esbarra nas competências médicas? Veja-se espanha p.ex., onde os Enfºs têm ao seu dispor, para aliar às intervenções de Enfermagem, a possibilidade de prescrever ALGUNS fármacos, para situações concretas, para ajudar a dinamizar os cuidados. Assim como exames complementares de DX. OInde é que aqui se roubam competências aos médicos? Aqui o que se passa é que se diminui a dependencia do médico! E creio que é isto que mais o assusta. É ou não é?? =)

A medicina, em portugal sobretudo, sempre se viu como detentora máxima da ciência, e da Saúde, em suma; pretende manter a dependência, mesquinha que é, de médicos, para tudo e mais alguma coisa. É ou não é?

Ora se aghora os Enfºs pretendem, para tal como disse, agilizar os cuidados e ampliar o poder de resposta terapêutica, no seu próprio âmbito, e no âmbito da interdisciplinaridade, tal coisa faz imenso prurido à classe médica (a alguns, que mts médicos sabem reconhecer a realidade tal como é, e não os assusta terer menos prendinhas dos delegados, e canetas e bloquinhos de papel colorido).

O que lhe faz prurido, oh consulta aberta? É saber que pode perder a dependência que têm do seu "trabalho"? é saber que assim, ia perder a mama instalada, que favorece quase sempre, a classe médica? Desde salários, horas extraordinárias, etc? Não adianta mandar areia para os olhos, pois todos sabem que é assim! E são seus colegas de profissão os 1ºs a admití-lo (aqueles que são médicos por outras razões que não a peneira e a vaidade cega e solipcista).

Porque vir para um blog de enfermeiros, e espicaçá-los com a vulgar estória de "ai vocês queriam era ser médicos e vivem na frustração", ou "queriam ser médicos estudassem", essas já não pegam. Se a si, na sua existência muito miserável e mesquinha, vê necessidade de se ver, tal como disse antes, validado pela profissão que tem, ancorando-se a um qualquer estatuto ou peneiras de dizer "ena eu sou médico, devo ser o maior e mais esperto que a turba simplória", eu digo-lhe que tenho pena de si. É que, a maioria dos seus colegas, e dos meus, vieram meter-se num curso de Saúde, por quererem praticar o bem ao seu semelhante. Só alguns enfºs e médicos, sobretudo, vieram para isto para se exibirem, para se sentirem alguém na vida, já que devem ser muito muito pequeninos. Eu sou enfº porque sempre achei ter vocação para estas lides, gosto de ajudar pessoas. Não me meteria num curso só para me exibir. Olhe, mais uma vez, um abracinho para si, que deve ser uma pessoa tão diminuida, tão vazia e tão revoltada.. Boa sorte!
 
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Simplesmente continuamos a constatar nos hospitais os tais Sr.s Dr.s saudosos dos tempos em que alguém lhes abotoava a bata e trazia o café,e que além disso muitas vezes servia de bode expiatório para os seus maiores desaires profissionais, "sabe morreu, mas foi por culpa do enfermeiro", "não me chamou a tempo", continuam a delapidar o Orçamento da saúde só em pagamentos de horas extraordinárias e prevenções...passeiam como as "meninas velhas" o seu canniche lambedor, o estetoscópio pelas urgências e bares do hospital...e são peritos em se pirar do trabalho e responsabilidades, além de que no faz de conta dão cartas aos melhores sabedores da profissão...a sorte dos doentes é que ainda os enfermeiros não ganharam estes maus hábitos...e já agora sou enfermeiro, e nunca quis ser médico... agora é que inclusive áreas que são genuinamente da gestão da enfermagem, que nunca ninguém queria estão a ser invejadas por médicos, é o caso das especialidades de geriartria, cuidados paliativos, quando mete "merda e morte" nunca levantam o cu da secretária...quem será!!!doente aflito, pede socorro, enfermeiro acode...médico só se o enfermeiro o chamar ou o encontrar:::
 
Mais um espaço de discussão.

http://enfermeirozzz.blogspot.com/
 
Mais um espaço de discussão.

http://enfermeirozzz.blogspot.com/
 
ou não dá jeito perceber

http://www.publico.pt/Sociedade/administradores-hospitalares-admitem-crescimento-descontrolado-da-divida-as-farmaceuticas_1451569
 
e se os medicos trabalhassem por turnos tal como o fazem outras classes profissionais
quanto dinheiro se pouparia aos cofres do estado?
será que a ministra e mais o seu fantastico secretario de estado (que pena ninguem se lembrar de lhe dar uma coça bem dada)já fizeram as continhas?
 
no meu serviço os médicos, (especialistas e internos) se desarrumarem os processops e etc, levantam o cuzinho da secretária e vão arrumar, se quizerem, senão fica tudo assim até ao dia seguinte e por aí fora, aqui não há criados, as funções estão bem delimitadas, a diferença está nos vencimentos, é que os especialistas ganham demais para o que produzem, e os muitos internos ganham muito (muito mais que um enfermeiro), sem produzirem nada , sem assumirem responsabilidades e por vezes ainda atrapalham quem produz (os seus orientadores), vêm com curso feito da faculdade e quando chegam a prática parece que nada sabem...
 
A Ordem dos Enfermerios, o SEP, ... já foram para banhos???

o INEM continua no seu relatorio com coneudo funcioanl dos TEPH a excederse???
As farmacias continuam a picar?? a vacinas da grupe estão ai!
As clinicas continuam com as secretarias a fazer os pensos???

oNDE ISTO VAI PARAR???
 
Exmo. Anonimo da 1.24 AM;

1º Ponto:
O seu comentário é hilariante, porque pela sua ordem de ideias um enfermeiro recém-licenciado já é um expert em enfermagem?! Olhe que eu sei que não é bem assim. E aqui neste blog, também já o detectaram como um problema.
Pela sua ordem de ideias o Sr. Enfermeiro entende que tem competências para avaliar o trabalho de um médico interno, mas já li e ouvi enfermeiros, que com razão, não reconhecem essas competências de avaliação aos médicos, quando estes ousam avaliar o trabalho do enfermeiro. Penso que aqui se aplica bem; “cada macaco no seu galho”.

2º Ponto:
Nestes comentários deveria haver decência intelectual e profissional, como por exemplo: não falar daquilo que desconhecem e quando conhecem não deveriam referir as excepções (porque lhes convêm), mas sim as regras.
Também seria de “bom tom” que referissem o facto de que em nenhuma parte do mundo um médico ganha o mesmo que um enfermeiro. Porque será? Será capricho mundial? Alias, existem países onde essa diferença é mais acentuado do que aquela que se evidencia em Portugal. Com a qual, desde já digo que não concordo. Os nossos enfermeiros não tem a formação académica que tem muitos enfermeiros europeus. O que reconheço sem qualquer pudor. Quem estuda, adquire conhecimentos e assume responsabilidades, deve ser remunerado em conformidade.

3º Ponto:
Quanto a aqueles que “vêm com curso feito da faculdade e quando chegam a prática parece que nada sabem...”, está a falar de indivíduos que em 6 anos estiveram sujeitos a uma formação, conteúdos fundamentados e baseados na evidencia … são alunos que entraram nas universidades com medias de 18, 19 e 20 valores. Portanto, algum valor devem tem. Algumas competências devem ter. (ATENÇÂO: Não refiro que tem mais competência que … mas refiro que, pelo menos, menos competências médicas que outros profissionais, isso NÂO tem!). Num curso de medicina privilegia-se a aquisição de conhecimento, um conhecimento que é vastíssimo e que demora anos a adquirir. É natural que quando iniciam a sua profissão tenham ainda muito para aprender (área pratica).

E digo-lhe mais, continuarão a aprender, a desenvolver competências e continuarão a ter uma área vastíssima de conhecimento para explorar. E querem saber? Nunca poderão dizer, ao contrario do enfermeiro, que “já sabem tudo”. E digo isto, porque por estes lados habitam muitos sábios, o que é uma pena. É o primeiro sinal do pouco que sabem. (Não generalizando, claro).

Cumprimentos.
 
Exmo. Sr. Anonimo da 1.24 AM

1º Ponto:
O seu comentário é hilariante, porque pela sua ordem de ideias um enfermeiro recém-licenciado já é um expert em enfermagem?! Olhe que eu sei que não é bem assim. E aqui neste blog, também já o detectaram como um problema.
Pela sua ordem de ideias o Sr. Enfermeiro entende que tem competências para avaliar o trabalho de um médico interno, mas já li e ouvi enfermeiros, que com razão, não reconhecem essas competências de avaliação aos médicos, quando estes ousam avaliar o trabalho do enfermeiro. Penso que aqui se aplica bem; “cada macaco no seu galho”.

2º Ponto:
Nestes comentários deveria haver decência intelectual e profissional, como por exemplo: não falar daquilo que desconhecem e quando conhecem não deveriam referir as excepções (porque lhes convêm), mas sim as regras.
Também seria de “bom tom” que referissem o facto de que em nenhuma parte do mundo um médico ganha o mesmo que um enfermeiro. Porque será? Será capricho mundial? Alias, existem países onde essa diferença é mais acentuado do que aquela que se evidencia em Portugal. Com a qual, desde já digo que não concordo. Os nossos enfermeiros não tem a formação académica que tem muitos enfermeiros europeus. O que reconheço sem qualquer pudor. Quem estuda, adquire conhecimentos e assume responsabilidades, deve ser remunerado em conformidade.

3º Ponto:
Quanto a aqueles que “vêm com curso feito da faculdade e quando chegam a prática parece que nada sabem...”, está a falar de indivíduos que em 6 anos estiveram sujeitos a uma formação, conteúdos fundamentados e baseados na evidencia … são alunos que entraram nas universidades com medias de 18, 19 e 20 valores. Portanto, algum valor devem tem. Algumas competências devem ter. (ATENÇÂO: Não refiro que tem mais competência que … mas refiro que, pelo menos, menos competências médicas que outros profissionais, isso NÂO tem!). Num curso de medicina privilegia-se a aquisição de conhecimento, um conhecimento que é vastíssimo e que demora anos a adquirir. É natural que quando iniciam a sua profissão tenham ainda muito para aprender (área pratica).

E digo-lhe mais, continuarão a aprender, a desenvolver competências e continuarão a ter uma área vastíssima de conhecimento para explorar. E querem saber? Nunca poderão dizer, ao contrario do enfermeiro, que “já sabem tudo”. E digo isto, porque por estes lados habitam muitos sábios, o que é uma pena. É o primeiro sinal do pouco que sabem. (Não generalizando, claro).

Cumprimentos.
 
Caro Jonyruz:

Tanto azedume em relação aos médicos! Á míngua de ideias válidas, vejo que você opta pelo ataque pessoal, pejado de preconceitos. Por vezes, noto aí alguma frustração por cobiçar nos outros algo que você não alcança. Alías, essa racionalização do falhanço leva-o a depreciar nos outros aquilo que realmente deseja para si; paciência.
Se souber ler o que escrevi sem maniqueísmos, poderá perceber que não diminuo a importância dos Enfermeiros, que não insulto ninguém, mas apenas exponho as minhas ideias, de uma forma clara e lógica.


A sociedade precisa dos verdadeiros Enfermeiros e não daqueles que, munidos da lógica mercenária tentam isso sim usurpar funções e camuflar-se de semi-médicos.

Anónimo das 1:51
Apesar de não concordar na íntegra com alguns pontos, gostei de ler a sua análise, estruturada e ponderada.
E para que se conste, tenho também uma postura crítica para com a minha classe, e esses meus colegas que usam o seu estatuto para tentar impor um regime "esclavagista" aos outros profissionais, nomeadamente os Enfermeiros, através de exemplos que referiu como a desarrumação dos processos, não percebem o real significado de ser Médico, que passa pelo respeito pelo próximo e pela cortesia no trato e no verbo com todos.

Não fecho também a porta à atribuição de algumas competências suplementares aos Enfermeiros e que podem ser partilhadas com os médicos, desde que devidamente regulamentadas, nomeadamente na forma de protocolos , contextualizadas e articuladas com a conceptualização funcional das equipas de saúde.


Por último, defendo a criação de condições para que todos possam exercer condignamente e autonomamente a sua profissão, pois a Saúde se controi em conjunto. Mas essa autonomia não significa poder fazer-se o que arbitrariamente queremos.
 
Colegas enfermeiros, é com muita dificuldade que entendo o vosso objectivo.

A principal questão, para mim, não está respondida: o que procuram? Qual o vosso objectivo? O que vos torna satisfeitos?

Se entendem que é a prescrição de alguns fármacos que irá tornar a vossa profissão mais rica, não vejo qualquer entrave nisso, até porque ela já acontece com frequência quando existe confiança entre as pessoas. Porém, pessoalmente, não vejo em que é que isso engrandece a vossa profissão, parece-me mais uma questão de ego. Mas o ego é importante, por isso nem isso a mim me faz confusão. O que me faz confusão é o seguinte: e o depois? Muito bem, pode-se prescrever um leque de medicamentos, e depois? Em que é que isso muda o vosso dia a dia? Muda assim tanto a vossa profissão? É assim tão diferente dar ao doente um medicamento prescrito e um outro por vossa iniciativa? Com toda a sinceridade, não consigo entender. E, questiono-me, se, por mero azar, acontecerem efeitos laterais importantes que exijam tratamento farmacológico para além da vossa competência, quem se responsabiliza e que atitude se toma? E se algo acontecer de pior com o doente com duas classes a prescrever em separado, quem se responsabiliza? Quem deve orientar o plano terapêutico de um doente, o médico ou o enfermeiro? Esta última é a questão essencial e, por aqui, nunca vejo ninguém a abordar esta questão com seriedade. A minha opinião, é que isto apenas vai piorar a vossa prática, com diversas complicações que não me parecem pensadas com antecipação.

Eu sou médico interno, tenho autonomia de prescrição, e sinceramente, vejo-me tão limitado em tanta coisa que não vejo em que é que isso melhora enormemente a minha prática. O meu chefe pouco faz mas controla totalmente a minha actividade: é ele que decide quem interna, é ele que decide o antibiótico, é ele que decide os exames relevantes, é ele que decide a alta. Eu. literalmente, decido tudo aquilo que a ele não lhe interessa. Quer parecer que vocês enfermeiros querem enveredar por esse caminho, o de serem os eternos internos dos médicos.

As perguntas erradas, respostas convenientes, um rumo que não percebo onde leva. Mais que questões de pormenor, são estas as questões mais básicas que precisam de ser respondidas.

Um abraço, que façamos todos o melhor pelos doentes.
 
O Elvio e não só
extratos da fundamentação teorica de um advogado no Brasil .
http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=15057

Consulta de enfermagem, prescrição de medicamentos e solicitação de exames no âmbito da estratégia Saúde da Família.
Análise da defesa das prerrogativas dos enfermeiros
Ivo Aguiar Lopes Borges
advogado em Cuiabá (MT), professor de Faculdade de Direito da Universidade de Cuiabá, pós-graduando em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET), membro da Comissão de Estudos Tributários e de Defesa do Contribuinte da OAB/MT
…….Tais atos inserem-se num modelo inovador de atenção à saúde que representa verdadeira mutação dos conceitos vigentes há centenas, senão milhares de anos. Tal paradigma, …, possui profundas raízes nos postulados da ciência pós-moderna, sobretudo a física em suas disciplinas da relatividade einsteniana e da mecânica quântica, representada fundamentalmente pelo deslocamento da perspectiva determinista mecanicista da ciência moderna para a perspectiva holística e sistêmica, representada pelas mais novas teorias científicas……………….
Porém, como em toda ruptura, o novo desorienta e confunde, atemorizando parcelas da sociedade que se mantém firmes em arraigados dogmas filosóficos e científicos sobretudo com a finalidade de preservação de interesses num contexto corporativo. ....
A assistência primária aos pacientes acima descrita está sendo hoje vigorosamente advogada por enfermeiras …………………………………
Inúmeros procedimentos não precisam demandar a atuação dos escassos profissionais médicos, estando os profissionais de enfermagem perfeitamente aptos para verificarem intercorrências no estado de saúde do paciente, através da coleta de dados, e inferir pela necessidade de repetição dos medicamentos ou solicitação de exames complementares.
Somente nas intercorrências é que se verifica a necessidade de emissão de diagnóstico nosológico. Fora destas situações, o diagnóstico já existe e se faz desnecessário.
As competências reservadas à enfermagem, portanto, são condições essenciais à universalização do acesso à saúde. Advogar o contrário é circunscrever o cuidado em saúde a pequena parcela da população, agravando-lhe os males……..
Advoga-se hodiernamente, por todo um conjunto de profissionais esclarecidos, a necessidade de adoção de um novo modelo de atenção e cuidado à saúde. Este modelo tem na abordagem holística sua pilastra central.
Como tal, a multidisciplinaridade, característica do saber da enfermagem, atribui aos enfermeiros papel central nas ações preventivas de saúde, notadamente em razão de seu método centrado no Processo de Enfermagem, a dar as respostas que a abordagem preventiva reclama.
E é por tal razão, e não pela manutenção pura e simples de um privilégio de classe, que os enfermeiros tiveram sua atuação ampliada no sistema de saúde, cabendo-lhes realizar consulta de enfermagem, prescrição de medicamentos e solicitação de exames no âmbito da Estratégia Saúde da Família. Tal medida destina-se, portanto, ao interesse público da promoção da saúde da população.
 
Caro Ronyjux;

Desde já gostaria de dizer-lhe que o seguinte; a formação académica que um enfermeiros tem em farmacologia (1 semestre vs 2 semestres em medicina), fisiologia (2 semestres vs 4 semestres em medicina), microbiologia (1 semestre vs 2 semestres em medicina) … durante o curso, não o prepara para a prescrição de fármacos. Existem enfermeiro que acabam de sair das universidades e muito do que aprendem é por observação/imitação, faltam-lhes conhecimentos científicos na área da farmacocinética, farmacodinâmica … a propedêutica recebida nos politécnicos, escolas superioras, universidades publicas e privadas, deixa a desejar. Mas a verdade é que um curso de enfermagem, prepara o futuro profissional para ser enfermeiro e não médico.

Os enfermeiros tem travado lutas e estabelecido, até mesmo, certas quezílias com outros profissionais de saúde como os fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, farmacêuticos … precisamente porque entendem que estes profissionais tem vindo ou querem actuar em áreas que até então estavam sob a alçada do enfermeiro. Não quererão estes também, tornarem-se mais independentes na sua profissão? Não entenderão estes que tem formação suficiente para exercerem novas funções? Não terão estes também direito a uma “evolução natural” das suas carreiras?
A vossa ordem refere mesmo que não se trata de corporativismos, apenas preocupação com os utentes do SNS. Porem, a nossa ordem (OM), é acusada pelos próprios enfermeiros de corporativismo quando estes referem as mesmas preocupações quanto à prescrição, e relutâncias quanto ao diagnostico e prescrição de exame de diagnostico. Consegue perceber as incoerências dos vossos discursos?

No entanto, gostaria de dizer que; existem enfermeiros com pós graduações, mestrados e doutoramentos que possuem um conhecimento bem diferente daquele que possuíam no inicio da sua carreira ou se continuassem apenas com a sua formação de base. Penso que estes enfermeiros deviam poder evoluir ainda mais dentro da sua profissão para outros campos. E a prescrição pode ser um desses campos. Mas mais uma vez refiro que para que tal aconteça é muito importante uma instrução adequada e a formação de uma consciência de que prescrição não tem como principal objectivo receber “prendinhas dos delegados, e canetas e bloquinhos de papel colorido”.
Concordo que a um enfermeiro lhe seja reconhecida a capacidade de prescrição, sempre que esta seja no âmbito da enfermagem (exemplo; domicílios a doentes acamados). No exemplo que frisei existe um conjunto de cuidados, diagnósticos (úlceras de 1º,2º,3º e 4º grau, por ex.) e posteriores aplicações de fármacos, que chegam até ao doente através do enfermeiro (e não do médico). Na minha opinião, um médico não pode reclamar para si actos terapêuticos nos quais não é, de todo, o agente de actuação primaria.

Como conclusão, deixarei apenas esta reflexão; tal como acontece noutros países, onde existe o “enfermeiro prescritor”, mas para adquirir esta função tem que se sujeitar a uma formação adicional. Penso que se tal acontecer em Portugal, o mesmo princípio deveria ser utilizado. O acto de prescrever exige um conhecimento, que vai muito alem do que se pode ler no “folheto informativo de um fármaco”.
Compreendo que queiram mais autonomia, mas não posso deixar de perguntar o seguinte; será que os campos de actuação da enfermagem são tão limitados que a única forma de “evoluírem naturalmente” seja adquirindo competências que, até hoje, são da competência dos médicos?

Cumprimentos a todos.
Alexandra M.
 
Cara Alexandra M.

Não deixando de concordar consigo em muito do que disse não posso deixar de referir se é melhor para as pessoas/utentes que os enfermeiros possam prescrever ( de acordo com a o diagnóstico de enfermagem)medicamentos ou qualquer outro tipo de terapêutica devidamente enquadrado na área de actividade a que se destina principalmente medicação sintomática como por ex antieméticos, analgésicos, material de penso, imobilizações, etc etc?

http://saudeeportugal.blogspot.com
 
Aí está a falácia do "isto serve é para beneficiar sempre os mesmos".

Os médicos não são "sempre os mesmos".

Os médicos mudam todos os anos, e são, isso sim, "sempre" diferentes, são "sempre" os que tiveram maior mérito no liceu, "sempre" os que tiveram melhores notas, "sempre" os que, em determinada altura e segundo critérios iguais para todos, estiveram melhor habilitados do que quase todos os que, por exemplo, não conseguiram entrar em Medicina e seguiram para... enfermagem.

Esses sim, enfermeiros e outros que tal, gostariam e fazem questão de convencer alguém que menos significa mais:
-Menos qualificado = mais competente.
-Menos tempo de curso = maior habilidade "natural" em tratar pessoas.
-Curso menos específico e exigente = curso melhor.
-Menor salário = maior desapego ao dinheiro.
-Menos caro = melhor.

Isso, claro, relativamente ao curso que requer maior mérito que o deles para se atingirem determinadas competências.

Porque quando se trata de outros cursos, em que o menor mérito até é muito mais discutível (relativamente ao de enfermagem), como farmácia, técnicos superiores entre outros, aí o disco muda, e às vezes só por terem um nome diferente, então temos a "enfermagem" a ser usurpada das suas competências únicas bafejadas num Olimpo qualquer aos abençoados da classe.

A minha dúvida é: este povo será, de facto, tão idiota, tão idiota, que nem vê o ridículo que traduz este reinvidicarzinho patético permanente com que nos brindam?

Eu acho que, apesar de mesmo muito idiota, não o é assim tanto.
Por mais que esperneiem. E têm-no demonstrado, vá lá.

Agora, se a reinvidicação fosse séria, e se se assumisse que num país onde é legal os homeopatas e naturopatas e quiropatas, entre outros endireitas que tal das "Medicinas alternativas", pratiquem livremente, porque não permitir também a existência de "consultórios de Medicina Enfermeira"? Ou de "Enfermedicina"?

Que, no fundo, é o que todos vocês gostavam de fazer, até ao dia em que os gajos ficassem mesmo doentes. Nessa altura, vocês como aqueles, lá os mandavam ao médico.

Patéticos....
 
#Consulta Aberta da 1:51
PONTO 1: De facto o respeito pelas áreas de actuação é algo cinzento na área da saúde visto muitas das tarefas serem partilhadas ( e assim o desejo que continue)a bem dos utentes/pessoas mas o que não pode existir é um denegrir contínuo do que outra classe faz em relação às demais e isto aplica-se a todos os lados.

Ponto 2: Defina-me a área da Medicina... Eu não consigo definir a da Enfermagem... posso é dizer-lhe que temos visões diferentes de olhar os problemas... nós mais centrados na resposta das pessoas às situações de doença ou na promoção da saúde e outros mais na questão mais biológica da coisa.E nisso somos ímpares.

Ponto 3: Tive essa discussão há tempos no blogue saudesa e se você me mostrar um estudo que me mostre essa tal diferença mas usando no estudo apenas os enfermeiros com formação superior agradecia... é que esses estudos estão enviesados pela inclusão de auxiliares de enfermagem e outros níveis "inferiores" de profissionais de enfermagem.

Ponto 4 e 5: Somos as classes profissionais que mais cruzam os seus caminhos na área da saúde e como em nenhuma outra relação se vêm tanto superior hierárquico de outra classe (vide poder do director de serviço versus o enfermeiro-chefe) mas não é essa a única razão... Muitas das nossas aspirações colidem com as vossas: nomeadamente a intervenção a nível de cuidados primários e o facto de muita da produção de enfermeiros ser atribuída a médicos obtendo estes louros exagerados leva a esse sentimento de injustiça.

No entanto tal não é necessariamente sempre assim. Penso que o inverso, ainda que camuflado, é o mais predominante... É normal não compreenderem a nossa actividade, afinal de contas temos uma visão da saúde muito distinta das demais classes profissionais e o nosso erro está em não saber passá-la.

Outros profissionais e nisto parece-me que a Enfermagem de facto tem vários preconceitos contra si (não é mania da perseguição) está amputada de vários factores lhe permitiriam ter uma evolução mais liberal e independente fora de instituições e que de facto outras classes não o têm... vide comparticipações a cuidados prestados por enfermeiros sem prescrição médica...

Ponto 6: O sistema de atribuição de incentivos por objectivos tem de pressupor que ou os objectivos são para todos; que os objectivos não sejam apenas a produção normal mas a de excelência ou adicional; que os objectivos sejam realmente premiados quando atingidos; que os incentivos não sejam obscenos tendo em conta a realidade do país... e este é o principal ponto... Imagine que existiriam médicos em excesso em vários campos... Realmente julga que a excelência seria premiada desta forma? Não concorda que é obscena esta remuneração?
 
Cara Alexandra,

Concordo consigo.

O problema dos enfermeiros é que querem ser todos iguais, quando são todos muito diferentes...

Comparem a nova carreira dos enfermeiros com a dos médicos e as respectivas categorias profissionais ...

Há países em que ALGUNS enfermeiros adquirem mais habilitações, mais competências, funções, etc... Mas nesses países também há Auxiliares de Enfermagem ...

É preciso ter uma noção prática das coisas
 
Constatamos que a Universidade Atlântica esta atenta aos comentários feitos pelos médicos, em relação aos conhecimentos dos enfermeiros em farmacologia Assim já foi criado
O Curso de Pós-Graduação em Farmacologia e Terapêutica destina-se a enfermeiros e outros profissionais de saúde
Candidatura - 100 € (não reembolsáveis no caso de desistência ou de não ser seleccionado)
Propina total - 2250 € (poderá ser paga na totalidade ou parcelado em 7 mensalidades iguais, de Novembro de 2010 a Maio de 2011)
Matrícula - 500 € (pertencentes à propina total) + 15 € de seguro escolar (pago no acto da Matrícula)
O mercado da formação não espera!
http://www.uatlantica.pt/cursos/pos-graduacoes/farmacologia-e-terapeutica.html#tab-2
 
Parte 1: Em primeiro lugar, sendo Enfermeiro, saúdo os médicos que defendem a necessidade de trabalharmos em equipa em prol dos utentes e comunidade. Infelizmente, ainda são poucos. Para eles o meu respeito, que o continuem a fazer e que transmitam esses valores aos colegas de profissão. Depois dizer que, no vosso caso, o olhar de trabalho de equipa que possuem derivará mais da instituição onde trabalham e da formação pessoal que da formação universitária pois ainda em grande parte dos sítios se cultiva a ideia do médico como supra-sumo da saúde.

Falemos pois do corporativismo. Todos somos corporativistas, mesmo no nosso dia-a-dia. Ninguém gosta de perder reputação, reconhecimento e consequentemente dinheiro. A questão é, qual o papel das Ordens profissionais. A OM é, de facto, muito corporativista (defendem tudo mas tudo mas tudo, mesmo o que não é da competência dela! Relembre-se o caso do administrador do S.João que foi ameaçado ser processado pela OM por chamar um médico à atenção por não cumprir os horários. Dizia a OM que ao fazer isso, de alguma forma o administrador estava a insinuar que o médico não fazia o seu trabalho bem feito! Curiosamente a assiduidade faz parte dos parametros pelos quais sou avaliado).

Mas enfim, o OE também é corporativista, só não é mais porque não pode. O MDP, para além das vantagens, não é mais que tentar dilatar por um ano a entrada no mercado de trabalho e o exame anteriormente proposto de acesso à profissão era a tentativa de limitar o ingresso no mercado de trabalho já que pelos numerus clausus não iamos lá (ideia essa que foi abandonada).


Reconhecimento, queremos reconhecimento pois claro! Mas apesar da culpa ser muito nossa, também não é só nossa. Ora nesta altura de crise o que devíamos fazer não era esperar que nos aumentassem os ordenados, era mesmo construir uma imagem social de competência, saber e serviço ao cidadão. Essa imagem não está construída (pois ainda vigora o olhar "tradicional" do enfermeiro servir para injecções, pensos e ordens do médico) e as pessoas não sabem que podem contar com os enfermeiros. No entanto, a verdade, quer queiramos quer não, é que quem gere (informalmente) as unidades de saúde são os enfermeiros e um doente pode (ou pelo menos devia ser assim) ter alta médica, mas se precisar de cuidados de enfermagem e não os tiver, tem de ficar internado (a bela da lógica economicista tem levado a umas quantas atrocidades de mandar os doentes para casa às 3 pancadas mas enfim)!

E fora essa gestão que não é reconhecida, os cuidados que prestamos não são igualmente reconhecidos! E porque? Por duas razões:
1 - O SNS foi construído por médicos e para médicos, daí que a importância dada aos cuidados de enfermagem tem vindo a decrescer (pois é mais difícil quantificá-los) e os médicos a aumentar (uma vez que os indicadores dos serviços de saúde são nr de consultas, de operações e actos médicos afins). Os indicadores que demonstram os cuidados de enfermagem estão velhos e desadequados e não demonstram de facto o que nós fazemos na realidade; mostram-nos como uma classe de individuos "infelizmente" indispensáveis, mas que seja possível colocar o mínimo de enfermeiros para o trabalho aparecer feito. O resultado disto é tremendo: olhando para nós como um gasto em vez de uma mais valia reflecte a situação actual em muitas instituições de saúde: não se investe nos enfermeiros, não se reconhece a necessidade de investir em especialistas para depois ter ganhos em saúde e em redução de custo, não se fomenta a formação destes e não se retribuí os serviços prestados nos ditos bónus e incentivos que deviam receber).
 
parte 2

2- Nós NÃO ANDAMOS A LUTAR POR ESSE RECONHECIMENTO. PELO MENOS A MAIORIA. Quantas são as histórias dos especialistas que iniciaram um trabalho fundamental, mas que depois foram para dentro do gabinete dos chefes, na ânsia de subir a seguir e não mais quiseram saber do trabalho de especialista. Em quantos (tão poucos) serviços existem indicadores ADICIONAIS, sensíveis aos cuidados de enfermagem, que demonstram a necessidade de contratar mais profissionais de saúde para o trabalho sair bem feito, que mostram que os enfermeiros todos os dias poupam milhares e milhares de € ao estado. Quantos de nós estão preocupados em sair fora do hospital e mostrar à sociedade civil que os enfermeiros participam nas mais diversas organizações e dão o seu contributo para uma sociedade melhor? A culpa é nossa, PORQUE ENQUANTO NÃO TRABALHARMOS EM PROL DESSE RECONHECIMENTO E CONTINUARMOS A BAIXAR A CABEÇA E LAMBER BOTAS (como muitos fazem)E CONTINUARMOS A QUEIXAR-NOS, MAS NÃO FIZERMOS NADA PARA MUDAR, tudo vai ficar na mesma!

UM ÚLTIMO PONTO, A PRESCRIÇÃO E OS EXAMES AUXILIARES DE DIAGNÓSTICO. Se fossem atribuídos aos enfermeiros, teriam de o ser após formação, inquestionavelmente. Mas não vejo qualquer problema nisso, uma vez que quem quisesse estaria disponivel para a fazer (não, não saímos da faculdade a saber tudo, também temos formação contínua, cada vez menos reconhecida). O que é certo é que, à semelhança dos outros países, contribuiria para agilizar o serviço de saúde,o encaminhamento eficaz de utentes e poupanças enormes aos portugueses. Em Inglaterra, nas urgências 90% dos utentes são apenas vistos por enfermeiros, uma vez que só as situações devidas são vistas por médicos. Isto representa uma poupança GIGANTESCA e foi amplamente aceite na sociedade. Claro que, à custa de se poupar o dinheiro, já houve QUEM NÃO O RECEBESSE. E CLARO QUE SABEMOS QUEM FOI QUE DEIXOU DE RECEBER. E é por causa disso que cá em Portugal NÃO SE OPTA POR ESSE MODELO, SEJA EM HOSPITALAR OU COMUNIDADE. E é justo que não queiram deixar de o receber, eu também não queria.

A outra questão é mesmo esta: o investimento deveria ser em prevenção e promoção da saúde, e não em tratamento. Mas também já se sabe quem são os actores principais num e noutro. E também sabemos que mudar o fluxo de dinheiro do hospital para a comunidade ia BAIXAR O RENDIMENTO a muita gente.... E também se sabe que uma prevenção comunitária eficaz ia poupar muito dinheiro ao SNS, mas também sabemos quem manda no SNS...

Não obstante, a minha opinião é tão simplesmente esta: temos de começar por fazer valer quem somos e o que fazemos. Só depois disso é que aquilo que já fazemos hoje será reconhecido (pois eu compreendo que os srs drs não deêm a importância devida ao que fazemos pois não passam por elas) e passaremos a auferir um rendimento adequado à nossa penosidade, responsabilidade e riscos profissionais. Se nessa altura verificarem que de facto somos necessário no desempenho de outros papéis venham eles, estaremos preparados para nos formar e os exercer em conformidade.
 
parte 3

Não nos esqueçamos, apesar de tudo, que essas mudanças não interessam a quem manda no SNS, em quem faz as reformas, em quem decide o destino da saúde no País. E mesmo quem queira mudar este paradigma tem de enfrentar este lobbie (sim srs drs que aqui escreveram, a maioria de vós representa um lobbie neste país)poderosíssimo, ainda que (felizmente) quem está no governo tem tido mão firme na abertura de vagas do ensino superior (não só para acabar com o lobbie, mas sobretudo para responder aos cuidados de saúde que os portugueses verdadeiramente necessitam, em detrimento das vantagens económicas que decorrem do mercado de trabalho médico actual). Esses senhores que fazem política estão de parabéns por isso, também não pode ser tudo ao lado.

Por isso, aos colegas e aos drs que lêm esta mensagem, respeito-vos a todos se forem competentes no vosso trabalho diário, se trabalharem em equipa em prol dos doentes. No entanto, se mudanças políticas e sociais ocorrerem em prol destes doentes, fico satisfeito. Se isso representar mudança na relevância do papel de cada um dos actores da saúde e representar a mudança do fluxo de dinheiro, não fico contente por receber mais e vocês não tanto como queriam. Espero que olhem para essas mudanças com alegria também, uma vez que o interesse máximo DEVE SER (e nem sempre é) o utente, as famílias e comunidades e NUNCA o interesse pessoal de uma classe profissional.
 
ao anónimo das 5h15 am

voçê realmente pensa que pode tratar e curar toda a gente não pensa? pois é... é por isso que nas alturas em que as pessoas estão a morrer as evita, assim como às suas famílias! sim, porque "eu fiz o que podia fazer, e agora não há mais nada a fazer... ".
Acorde para a vida e descubra que na saúde há mais vida para além de medicina, que nem tudo se resume a tratar, que existem medicinas complementares que em países como frança, inglaterra e afins já estão legalizadas, POIS É-LHE RECONHECIDA EFICÁCIA ENQUANTO COMPLEMENTAR DA MEDICINA OCIDENTAL. Porque a "sua" medicina não é perfeita, existem outros tratamentos disponíveis. Pena que na sua pequenina cabeça não more mais ninguém. Acredito que mude de opinião quando consultar alguns desses profissionais.

Saiba também que, em variadíssimas situações, um desses tratamentos é bastante mais eficaz que um comprimido receitado (que não só é mais um tóxico para o organismo, como NÃO vem acompanhado de compreensão do outro e resolução de problemas subjacentes).

Mas como lhe hei-de explicar, se os comprimidos resolvem todos os males???
 
O problema é tão só e apenas este: todos os anos os mais capazes, os mais trabalhadores, os mais inteligentes vão para Medicina. E como estes não ficam burros com o passar do tempo, conseguem ganhar mais dinheiro, conseguem mostrar melhor o seu trabalho, conseguem diferenciar-se mais, conseguem moldar o sistema da forma que mais lhe convém. Porquê? Porque são os melhores.

Quem não consegue ver isto, passa o tempo em blogs a discutir o sexo dos anjos quando deveria estar a fazer exactamente o os outros fazem: a ser os melhores, a mostrar que são os melhores, a ganhar mais dinheiro.

E a julgar pelo andar da carruagem, com o caminho que a enfermagem leva, cada vez mais será a maior esta diferença. Dir-me-ão que estou enganado... mas os factos comprovam tudo aquilo que acabei de dizer.

Um abraço a todos!

Que passe a censura que vigora por aqui, afinal, não ofendo ninguém.
 
para o anónimo das 6:35 pm

eheheh

O problema é mais este: na altura do estado novo, assim há 50 anos atrás ou mais, os mais inteligentes, os mais aplicados, os mais ricos iam para medicina. E medicina, assim como ser professor, era uma daquelas profissões supra-sumo que "ai meu Deus que vem aí o sr dr"! A questão, conforme deve saber, é que foram essas pessoas com conhecimento e dinheiro (no meio do analfabetismo que reinava neste país) que construíram o sistema como ele é hoje. O que é que isso tem de mal? Nada, exceptuando o facto de ainda hoje essas mesmas pessoas com o dinheiro e eventualmente o poder quererem continuar a usar o sistema em proveito próprio (vamos falar da relação promíscua entre publico e privado?) nem que para isso tenham de sacrificar a saúde de todos os portugueses (limitando a formação de profissionais que podiam dar resposta aos cuidados de saúde do país). Pois é, apesar das médias de acesso serem conhecidas deixem-me dizer duas coisas: a primeira é que só quem tem dinheiro para os paizinhos lhe pagarem as explicações têm mais hipoteses de entrar pra medicina. depois: não é o facto de ter sido o marrao da sua turma que o faz ser melhor ou pior médico. aliás, todos aqueles marroes com a cabeça enfiada nos livros são o pior exemplo de medicos que conheço: enfiam a cabeça na secretária e vamos tentar nem falar com os doentes (digamos que o convivio social fez falta a muito sr dr).

Finalmente, deixar a pergunta: então quer dizer que os médicos portugueses são os mais inteligentes e os ingleses os mais burros, certo? eu explico: como é possível que na Inglaterra a política de saúde está a mudar por forma a dar aos enfermeiros maior relevo nos cuidados de saúde, após constatar em diversos estudos (alguns deles já publicados neste blogue) que o trabalho dos enfermeiros representa maior eficácia e segurança e conduz a poupança gigantesca dos serviços de saúde?

opá, não faço ideia como, porque lá os enfermeiros são inteligentes e aqui são burros...
 
gostaria de lembrar a alguns médicos que vêm para aqui, tentar deitar abaixo a profissão de enfermagem, "dizendo que noutros paises os enfermeiros têm mais formação que os portugueses", pois isto não revela senão ignorância de alguns destes profissionais, pois gostava de lembrar-lhes, que portugal em termos académicos é dos paises que está melhor organizado no que respeita a estudos de ciências de enfermagem. Há paises como a França, a Alemanha e outros, que á muito pouco tempo enquadraram os cursos de enfermagem no sitema de ensino superior. Os enfermeiros portugueses têm óptima reputação, nestes paises mais desemvolvidos para onde vão exercer. Gostaria de lembrar aos mais espertos da nação que já há muitos enfermeiros com pós graduações de especialidades diversas, muitos com grau de mestre e muitos com doutoramento e não foi preciso agarrarem-se a muleta do estado para realizarem estes estudos, pois tiveram que os pagar do próprio bolso.
Entrar em medicina pode até ser fácil, desde que haja dinheiro para comprar certas coisas e escolas secundárias privadas para as vender... È por isso que por vezes no meio de competentes que também os há, aparecem algumas aberrações!!! È como em tudo na vida, só é pena que as aberrações continuiem a andar por aí a encher os bolsos...
 
algumas sugestões para se poupar dinheiro na saúde.
1 horários dos médicos que trabalham em hospitais passar a ser de roulment de segunda adomingo.
2 acabar com as horas extras tambem para a classe médica ( como é possivel que segundo a OM façam em média 2600 h/médico/ ano?, mais que trabalho normal!!!)
3 já que ainda andam a estudar durante mais cinco anos os internos, então porque o estado já lhes paga tão elevado salário? e só assumem alguma rsponsabilidade lá para o fim dos onze anos de estudos!!! aí +/- mil euritos brutos mensais e já não ficavam nada mal.
4 no final dos cinco anos deveriam ser obrigados a ficar no estado durante muitos anos anos, pois quem investe nestes profissionais, deveria tirar proveito do investimento e não o sector privado.
5 acabar com a proliferação de gestores, aparecem como cogumelos, até já há gestores de imagem nos hospitais.
6 acabar com os chico espertos que existem na enfermagem, pois veêm-se alguns que estão em todas, só para ganhar dinheiro, produzir pouca qualidade e dar má imagem da profissão
7 acabar com a excessivo pedido de exames, muitas vezes ao sector privado e a doentes por vezes em fase terminal, em que possivelmente as medidas de conforto seriam as mais adequadas.
8 entregar algumas áreas como a saúde materna, saúde infantil saúde comunitária nos cuidados de saúde primários aos profissionais de enfermagem
e etc, etc,
 
Como é fácil de perceber pelos últimos comentários... a Enfermagem está condenada.
 
Paga 1000 euros a um interno... e verás quanto vais receber tu!

E depois querem vocês o apoio dos médicos? Vocês são os maiores sacanas da saúde.

E já que não vai ser publicado, tu que diriges este blog ficas desde já a saber que ele tem o mérito de virar toda e qualquer um da saúde contra a enfermagem, basta ler os posts anti-tudo que por aqui se escrevem.

Por isso vocês estão isolados. Por isso ninguém vos apoia. Por isso todas as vossas iniciativas morrem antes de nascer.

Por isso parabéns. Consegues cultivar como ninguém o ódio ao enfermeiro.
 
Alexandra M.,

tenho que concordar consigo. Mas é isso mesmo que defendo para os enfermeiros.
 
Parlapier/Luffy/ Enfermeiro Essencial ,dou-lhe os parabéns pela excelente opiniao,embora discorde de algumas coisas.
 
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Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!