segunda-feira, agosto 30, 2010

Gullible.



É um termo/conceito inglês que materializa aquilo que mais me irrita no ser humano: a credulidade, que deriva, sobretudo, do decréscimo voluntário das faculdades mentais e cognitivas, principalmente... a preguiça de pensar

Os Enfermeiros, profissionais da ciência, não podem nem devem perder o seu cepticismo,  revogável apenas mediante provas irrefutáveis e objectivas.
É difícil obter consensos na Enfermagem. O problema tem início desde logo na sua origem. Se ninguém se entende muito bem quanto à sua definição, como havemos nós de exigir consenso em matérias de derivações mais complexas.
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Hoje reli um pouco de Margot Phaneuf - um discurso romantizado, difuso e abstracto. Das poucas vezes que envereda pela objectividade vandaliza a ciência. Fala na relação dos Enfermeiros com a alma, por exemplo. Sim, alma.
Poderia pedir a uma das maiores autoridades mundiais no âmbito das neurociências - o Dr. António Damásio (ex-Universidade de Iowa, EUA, actualmente na Universidade da Califórnia do Sul) - que me definisse o conceito de alma. Ele não saberia. Provavelmente o Nicholas Sparks ou a Danielle Steel sabem.
A dimensão psicossocial tem uma grande importância no seio da Enfermagem, convém reiterar, não nego, mas (um colossal "mas"), antes de se perderem embrenhados em pântanos filosóficos, sigam o caminho certo - a ciência. Muitos Professores de Enfermagem negam a ciência, porque dela pouco percebem. O súbito interesse nos dogmas do metafísico fomentará dissabores na profissão. Seccionar a ciência àquilo que se conhece como a essência da Enfermagem é um risco mortal! 
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Enquanto muitos Enfermeiros chapinham em filosofias poetizadas, outras classes vão conquistando o seu lugar na ciência. E nós perdemos. Na última década, a realidade conjuntural só me tem dado razão. E contra factos, não há argumentos. Pensem nisso, antes que seja tarde demais.

Comments:
O problema reside no ensino da Enfermagem!
Os Sr´s professores perderam o contacto com a prática e a realidade da Enfermagem em Portugal e dirigiram o ensino para a filosofia fútil e pantanosa!
 
Nada mais certo.
Cumprimentos.
 
Gastem á volta de uma hora do vosso tempo, vale a pena
28 Ago 10 em Liberdade, Política Por Sérgio Lavos no blog Arrastão http://arrastao.org/
Uma na Bravo, outra na ditadura
A minha geração, a rasca ou à rasca, a primeira a sofrer as consequências da crise perpétua de Portugal, a geração que lutou contra as propinas – em vão, a geração dos professores a prazo que mais parecem caixeiros-viajantes, a geração de que os mais velhos não gostam e que os pais toleram, a geração que ainda não saiu de casa dos progenitores por não ter dinheiro para uma vida independente ou por comodismo consumista, a geração com uma taxa de desemprego que ultrapassa os vinte por cento, a geração precária,…. a passar recibos verdes, a geração a que foi prometido o mundo se conseguisse uma licenciatura e………., a geração dos eternos estudantes, do bacharelato à licenciatura ao mestrado ao doutoramento e ao pós-doutoramento com via verde garantida para o desemprego ou um emprego …., a geração explorada por patrões de vistas curtas, geração que não sabe muito bem quais são as lutas justas, ou as válidas, ou sequer que lutas há para lutar, a geração que cresceu num Portugal optimista e chegou à idade adulta num país de rastos, sem confiança no presente nem esperança no futuro. …… respeitável. André Valentim Almeida decidiu fazer um comentário e, como membro de pleno direito desta geração, não conseguiu que fosse exibido comercialmente. Por isso disponibilizou-o on line. Sim, esta é também a geração que melhor consegue viver com todas as dificuldades, a geração “canivete suíço e uma pastilha do MacGyver”, a geração que resolve problemas, que sobrevive. O futuro. É ver o tal documentário, que vale muito a pena,
http://go.to/bravoditadura
 
Muito pouco, sr, doutotenfermeiro!
Confesso que esperava mais de si! É muito básico da sua parte! É claro que a ciência é importantem, MAS, não podemos descurar a essência da enfermagem! Praticar enfermagem, sem alma, sem empenho, sem paixão, sem transação........
É muito redutor sr doutorenfermeiro! Perderemos o que nos distingue...
 
Não me preocupa que a filosofia e a ciência de enfermagem andem de mãos dadas. Uma desenvolve a outra.
Tenho consciência que e a pessoa que tenho á minha frente é mais do que aquilo que consigo ver no momento, mesmo em dados objectivos.
Somos mediadores da pessoa com a família, o assistente operacional, o medico, o assistente social, o psicólogo, o técnico, de diagnóstico e terapêutica, o administrador, o farmacêutico, as empresas que comercializam material de uso clínico, os tribunais eeee.
A minha preocupação:
-se dê ênfase aos novos conhecimentos sem que antigos tenham sido avaliados e melhorados. - ensino e investigação de costas viradas para a prática.
-as dotações de enfermagem nem a segurança dos cuidados terem em conta.
- os enfermeiros apresentem cartazes nos congressos sobre o seu investimento nas actividades que favorecem a relação mãe filho e ver uma reportagem na sic sobre o banco de leite materno na MAC, e haja uma mãe que verbalize “ quando os alarmes dos monitores tocavam ia logo chamar os médicos !“Todos os que trabalharam ou trabalham numa UCI sabem que não é assim.
-a promoção do leite materno tenha sido feita com grande investimento da enfermagem nos últimos anos e só quando ilustres colunáveis viram interesse nesta área ela se começa a desenvolver.
- a culpa das reduzidas taxas de prevalência da amamentação seja mesmo assim da responsabilidade dos enfermeiros.
-a higiene hospitalar ser há muito tempo trabalhadas pela enfermagem. E continuarem a ser só os enfermeiros os grandes “fazedores “da infecção nosocomial porque não lavam as mãos……
-“partir pedra “a desenvolver determinadas actividades em saúde e no final esse trabalho nem ter sido seu.
Saberão esses autores que cuidam da alma cuidar da dos enfermeiros portugueses?
 
Com o PIB a cair talvez se volte ao tempo das "mulheres de virtudes "e este conhecimento faça falta...Quem sabe?
 
Depois digam que a culpa é dos TAE´s!!!
 
Doutor Enfermeiro
A petição está em marcha lenta.
Não dê "perolas a porcos "com novos temas
Explique aos nossos colegas que assinar a petição implica
o nº da Ordem e o bilhete de identidade
está concerteza muito controlada,mas os lugares de pricipais não chegam para todos os que se encontram na rampa de lançamento.Afinal somos todos licenciados
O enf Azevedo fez parte do grupo que mudou a enfermagem no pais após o 25 de Abril
Nessa altura um enf com o curso geral ganhava menos que um administrativo e tecnico de diagnostico e terapeutica
Que o medo não comprometa o futuro é o que desejo!
A petição sobre o aumento das cotas da Ordem andou mais de pressa
 
É que é sem tirar nem pôr, colega!
Isso vê-se, sobretudo, nos professores de enfermagem - esses vendilhões de pacotilha - que, à falta da verdadeira prática e duma visão realista e pragmática, tentam sustentar a enfermagfem num véu muito fátuo e descabido de se ser carinhoso e um anjo da guarda, onde mais vale ter bem vincados os métodos da "relação interpessoal", preterindo o validamento e práticas científicas.

Ora enfermagem, tal como qualquer profissão que orbite à volta do cuidar, do ser humano, tem que ter fundamentos humanísticos como é l
ogico - não estamos a cuidar de batatas!
Só que há uma diferença entre ser-se objectivo (práticas assentes na ciência e na evidência), e ser-se ultra-subjectivo, valorizando as filosofias de bolso, e preterindo aquilo que tem que alicercar qualquer profissão, a objectividade do saber.

Sem filosofia, uma profissão vê-se vazia, pois esta também é objecto que firma uma prática. Mas quando a mesma faz dela o seu todo, perde-se a tal objectividade.
Creio que é um mal comum, que corrompe o ensino da enfermagem, e depois, na sua prática diária.

Os enfermeiros têm que ser profissionais de saber, de ciência, de prática sustentada na evidência.
 
Estou de acordo com o colega que solicita a divulgação da petição
 
E a nova tabela?????????
 
Não mude de assunto. Mais importante é explicar o porquê da necessidade de assinar a petição.
 
É bastante redutor dizer que O Professor António Damásio não saberia definir "alma" se lhe pedissem...

Será que o Sr Doutorenfermeiro conhece a sua obra? Leu "Sentimento de Si"? Não me parece pelo que diz. Não divague sobre o que parece não saber. Não ponha as suas fragilidades a nú e ao desbarato...
 
Nada mais correcto. Um tema pertinente que nunca foi explorado convenientemente.
Enquanto o modelo de ensino se basear em dinossauros que permanecem desligados da realidade da enfermagem, e da ciência, vamos continuar a filosofar em vez de acompanhar e progredir com a ciência.
É necessário modificar o sistema de ensino da enfermagem. Professores de plantão têm de acabar. Como fazê-lo??
 
Mas a enfermagem não é uma religião? No meio de tanta paixão, compaixão, vocação e mais não sei o quê deve ser. O metafísico é um refúgio dos (enfermeiros) que não dominam (minimamente) a ciência. Cuidamos de pessoas, mas a alma é coisa de padres e de poetas, filosofia e psicologia são coisas diferentes.
 
O Azevedo ora é Lara, ora anónimo, ora Enfº do Norte, ora o "defensor do enfermeiros inteligentes", ora o "defensor do enfermeiros estúpidos-equiparados a Licenciados-, ora da esperança da "MAIORIA PSD", ou então, NORTE GERMANO COUTO!

Basta. Se quer a assinatura da "petição" divulgue o DIPLOMA APROVADO. Deixe-se de "tretas"!
 
"Será que o Sr Doutorenfermeiro conhece a sua obra? Leu "Sentimento de Si"? Não me parece pelo que diz."

Li toda a obra publicada da autoria do Dr. António Damásio. Acompanho, também, regularmente os artigos científicos que o mesmo publica.

Não tenha receio caro anónimo, deixe aqui a definição de alma, que eu publico com destaque.
 
DE,
Concordo plenamente consigo e acho que é prioritário, actualmente, aliarmo-nos à ciência para crescermos e nos afirmarmos.

Mas não podemos descorar a parte da "alma" pois por exemplo com pessoas em que o seu corpo perde totalmente a sua funcionalidade apenas subsiste a alma e o dever da manutenção do físico.

É ela, a "alma", que dá força para a pessoa continuar a ter desejos, a sonhar e encontrar recursos. A pessoa torna-se assim mais importante que o próprio físico... a dignidade, a qualidade de vida(que apesar de existirem formulas matemáticas e parametros de qualidade de vida, esta é individual e cada um define-a à sua maneira!)e os recursos que ainda tem emergem em relação ao físico como no filme de Alejandro Amenábar, Mar Adentro em que o "ser" tornou-se mais importante, ultrapassando os limites do seu corpo e conseguiu pintar!

Pela minha experiência na enfermagem estas duas dimensões e outras, devem estar sempre interligadas contudo pode haver certas alturas em que temos de definir o que realmente faz a pessoa FELIZ (pois é o objectivos de todos). E acho que os enfermeiros fazem essa distinção melhor que outro profissional pois estamos ao lado da pessoa em momentos de maior vulnerabilidade e conhecemo-la muito bem.

Segundo a definição de saúde, há uns bons anos da Oms, a saúde é o bem estar...e espiritual! Portanto segundo esta organização, o espírito deve também ser cuidado e, não é só religião como todos sabemos e como mais uma vez, vemos no referido filme, é simplesmente a nossa mais pura essência que muitas vezes escondemos.
 
A enfermagem é ciência e tecnologia a parte da espiritualidade e da alma são para outros técnicos esotéricos, filosóficos, empiristas actuarem...só temos de encaminhar para eles mais nada...enfermagem ciência, técnica, tecnologia ao serviço do cuidar e tratar, com um pedaço de conversa e boa comunicação...sem tretas de fantasmas e além ou "mas allá"...deixem a TVI tratar disso...estamos a perder tempo em filosofias pantanosas e a perder cada vez mais importancia e credibilidade...é ver agora outros a quererem ficar com aquilo que tecnicamente é nosso na emergência, na urgência, e esses merdas desses técnicos todos de saúde que connosco apreenderam e agora se querem ver livres dos mestres...nós os enfermeiros é que temos de os por a correr rapidamente...foram uma má aposta...a saúde deve ser só médicos e enfermeiros o resto é tudo satélites á volta destes planetas...principais
 
Concordo DE.
Os enfermeiros, mas sobretudo os cidadãos necessitam de uma enfermagem baseada na evidencia, uma enfermagem avançada que se questione constantemente a sí própria, que através da experimentação chegue a novas conclusões, que tenha tempo e espaço para investigar, para questionar, para concluir, para acrescentar, para investir...
Pergunto como poderá isso ser um dia possível????
Enquanto os enfermeiros estiverem mais ocupados em tarefas como conduzir as viaturas do serviço (motoristas) não haverá grande chance de desenvolvimento da enfermagem como disciplina do conhecimento.
Enquanto nas escolinhas houverem profs mentalmente moribundos, vamos sempre sofrer a sua triste influencia.
Enquanto as coordenações não quiserem reconhecer o mérito profissional e académico, mas sim o Chico Espertismo, vamos continuar a viver num mundo de ilusões de demagogias.
Os problemas vêm muito de trás...
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
 
O lirismo que se incute nas escolas de enfermagem, o distânciamento do modelo bio - médico são os responsáveis por estarmos a perder terreno em certas áreas que eram nossas.
Como se permite que um aluno com bons resultados passe logo para professor numa escola de enfermagem? Eu, se quiser ingressar numa especialidade exigem-me 2 anos de experiência e a um professor duma escola de enfermagem não exigem experiência? Acredito que toda agente conhece um caso de um aluno virar professor dum ano para o outro...
Obriguem mas é os Sr Doutores a irem para as enfermarias dar à soca...
 
Acho ridículo que continuem a fazer mistérios de tudo e mais alguma coisa. Na própria forma e conteúdos da comunicação entre as estruturas internas da Enfermagem se reproduz uma mentalidade redutora, que não interessa.

Há uma espécie de gente que se acha mais inteligente e acredita que está incumbida de guiar os outros, a massa bruta. A massa bruta, por outro lado, completamente alheia aos jogos de interesses, fica nauseada só de ver de relance aqueles papéis que os sindicatos enviam para os serviços. A gente que se acha mais inteligente vai expondo cada vez mais as suas insuficiências e a massa bruta anda já a ficar um bocado envergonhada com tudo. Já não aparece, já não alinha, já não assina!

Que a petição em curso tenha o mérito de servir como um barómetro interno da Enfermagem portuguesa. Que a recusa da massa bruta ao pedido da gente que se acha mais inteligente, sirva para mostrar que o grande problema está dentro da enfermagem e não nas secretárias de piso, nos ajudantes das ambulâncias, nos calistas, nos médicos, nos doentes, étc.

Essa gente que se acha mais inteligente que deixe o lugar à disposição e não use o nome dos enfermeiros para promover interesses prórpios.

o meu slogan agora é:

Não contem comigo!

NT
 
Tanto blá blá blá.
Mais uma vez fomos embrulhados...
Abram os olhos. Enquanto tivermos os profs na OE e os incompetentes que temos nos sindicatos não vamos a lado nenhum.
Lembrem-se das noites, dos natais e passagens de ano. Dos fins-de-semana passados longe dos que mais gostamos em prol da nossa profissão.
ABRAM mesmo os olhos. Sejam coerentes, recusem-se a ficar com alunos. Parem com a formação.

Resolvam o problema pela base e deixem-se de tretas de conversas.
Abraço colegas
 
Podem-se efectuar brilhantes trabalhos de investigação e usar a evidência para melhorar a prática se conhecermos bem a pessoa que está a nossa frente e que necessita de ser cuidada.

Para conhecer a pessoa e as suas reacções à doença ou à saúde, para investigar, inevitavelmente é fundamental conhecer o seu ser, um pouco da sua "alma". Até nas unidades de Cuidados intensivos isso é possível de uma forma mais indirecta, por exemplo através da família, através de sinais do físico, marcas, cicatrizes, objectos, amuletos etc. Todos os sinais em seu redor revelam um pouco de si e da sua "alma"...

Muitas vezes, para se cuidar da espiritualidade de uma pessoa não é necessário pedir para um padre para fazer uma visita. Basta ouvirmos o que a pessoa tem para dizer, por exemplo, alguém dizer que que não sabe o que vai acontecer a seguir com os seus filhos quando morrer. Basta ouvi-la pois sentirá que ao passar a mensagem certamente o enfermeiro irá contactar a assistente social. Ficará mais tranquila. Isto não será cuidar da "alma"? Deixar a alma mais em paz, tranquilizá-la?
 
Quem divulga o conteúdo do Dec-Lei que deu origem à petição...isto parece sureal!! É que é mesmo. Incentiva-se a uma petição que ninguém sabe o porquê??? Não posso crer!!
 
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=1651604

A isto chama-se acompanhar a ciência... em vez de tentarem perceber "a alma do medicamento" percebem que a ciência evolui e estando sempre a par dela ou mesmo a contribuir para a sua progressão ninguém os substitui, pelo contrário, ainda vão é substituir alguns que preferem andar à caça de "almas penadas". E ainda há quem tente comparar o poder dos farmacêuticos e médicos (e questionem de onde vem) com o dos enfermeiros. Quem está doente da alma vai a uma igreja ou outro local espiritual; quem vai ao hospital procura uma cura para um distúrbio físico (ou mental) e a quem pode recorrer? A quem dá importância? A quem lhe satisfaz a necessidade prioritária no momento ou a quem procura entender se terá mais algum problema para além desse (principal)?
 
ANÓNIMO (mais um) disse...

Bom como Lara que sou, sexo feminino e enfermeira com E, a exercer no C.Saúde, tenho por dever esclarecer o Anónimo acima referido, que não tenho ligação com o Enfº Azevedo senão a de sócia do SE. tenho no entanto muita orgulho do que faço e digo em prol da Enfermagem. Não tenho galões, não tenho padrinhos, tenho sim resaponsabilidade e empenho para que a carreira que jurei seja, uma carreira de profissionais sérios, sabedores, tolerantes e sobretudo humanos.
Logo, o tal Anónimo que se cultive, pois uma dose de cultura e educação é uma terapia eficaz para quem tem tecido adulterado.
 
Ainda sobre Damásio e em resposta ao Doutorenfermeiro:

Não quero destaque de coisa alguma, longe de mim essa pretensão. Definir alma é sempre um risco, risco que Damasásio, sendo suficientemente inteligente seguramente não quer correr. A alma é algo singular e que apesar de ter a ver com cada um de nós vai ter repercussões a nível de diferentes credos ou religiões. Neste contexto o que Damásio nos indica é um caminho para o seu entendimento, um caminho para que cada um de nós possa desenhar e definir a própria alma.

Há no entanto um princípio que temos de aceitar independentemente de credos religiões: o homem é um todo constituído por CORPO e ALMA. Sem corpo não há homem e o mersmo se passa com a alma. Quem se atreveria a enterrar os mortos se o homem fosse só e apenas corpo? Os enfermeiros podem e devem cuidar o homem... com corpo e com alma!
 
Onde está a ciência da Enfermagem?
Onde está a produção científica da Enfermagem? Se por ciência se entende a farmacologia, anatomia, fisiologia, biologia celular, patologia, imagiologia, etc, então estamos condenados pois essas áreas não são da natureza da Enfermagem. Precisamos delas, é certo, mas emanam de outras disciplinas do conhecimento; são como um regato, onde vamos beber mas que nasce longe de nós!

Se queremos enveredar por aí, deixemos de vender a ideia de que a Enfermagem é uma ciência (não o é, nunca o foi).
A Enfermagem é sim uma outra filosofia de canalizar esta ciência dos outros para o nosso objecto de trabalho, tornando-a em algo diferente.

Esta abordagem deixa-nos mais dependentes de quem produz o substrato científico que nos abastece, mas também mais aptos a concorrer com outras profissões que não apresentam tanto prurido em absorverem o nutriente científico produzido pela Medicina, biologia, etc para sobreviverem.

Talvez a investigação em Enfermagem, que nunca surtiu efeitos devesse dar lugar a uma maior atenção sobre aquilo que se vai produzindo cientificamente em áreas contíguas à Enfermagem e encontrar um modo de, com isso, evoluir as nossas práticas.
 
@"PROFS FOR DA ORDEM"
LOL, claro quando o problema é a profissão o melhor a fazer é parar de orientar alunos. Que culpa é que os alunos têm que as coisas sejam com são? Está insatisfeito faça alguma coisa para melhor aquilo que julga que está mal, tal como orientar alunos no sentido que julga ser o mais adequado, agora sabotar a formação dos outro só porque se é infeliz é uma atitude miserável.
 
A isto chama-se acompanhar a ciência... em vez de tentarem perceber "a alma do medicamento" percebem que a ciência evolui e estando sempre a par dela ou mesmo a contribuir para a sua progressão ninguém os substitui, pelo contrário, ainda vão é substituir alguns que preferem andar à caça de "almas penadas". E ainda há quem tente comparar o poder dos farmacêuticos e médicos (e questionem de onde vem) com o dos enfermeiros. Quem está doente da alma vai a uma igreja ou outro local espiritual; quem vai ao hospital procura uma cura para um distúrbio físico (ou mental) e a quem pode recorrer? A quem dá importância? A quem lhe satisfaz a necessidade prioritária no momento ou a quem procura entender se terá mais algum problema para além desse (principal)?




Não se preocupe tanto com o poder... chegamos lá pela prática diária eficaz e só assim nos afirmaremos. É importante sermos discretos nesse aspecto senão poderemos ser considerados profissionais presunçosos que só falam em poder e em comparações.

Se souber muito de ciência, fármacos, patologias mas na prática não o demonstrar nos cuidados diários e não verificar os resultados do seu trabalho nos doentes acredite, que ter muitos conhecimentos não lhe adianta, acaba por ser só teoria.

Se aplicar esses conhecimentos na prática certamente que será reconhecido por todos os profissionais com quem trabalha apenas a diferença é se se afirma com arrogância ou não.
A subtileza e inteligência é importante nestas situações senão seremos logo postos de parte...
 
Sou enfermeira, porque pratico enfermagem há mais de 40 anos. Sou um ser humano que cuida de outros seres humanos. Advoguei sempre, para a enfermagem, a prática clínica baseada em evidência. Por isso, considero, que quando falamos em enfermagem devemos ter ideias claras acerca dos conceitos essenciais do metaparadigma de enfermagem, que são: pessoa, saúde, ambiente e enfermagem. Falar de enfermagem e pensar só nas técnicas é muito redutor. É sempre fundamental pensar que as técnicas são praticadas por pessoas (enfermeiros) e se dirigem a pessoas (doentes ou sãos).As técnicas devem são sempre postas ao serviço das pessoas. Por isso, senhores enfermeiros, não tenham ilusões, se queremos delimitar o nosso espaço, temos que fazer investigação que nos permita dizer o que fazemos, e também quem somos e quem servimos. Somos pessoas e cuidamos de pessoas. As pessoas são seres de carne e osso, que pensam, sentem, sonham e sofrem.As pessoas são seres multidimensinais. A fusão entre a alma e o corpo, é uma realidade da nossa existência biológica e pessoal. Como enfermeiros e como doentes somos presenças no mundo, somos seres no mundo. Quando abordamos os doentes, devemos sempre ter presentes todas as suas dimensões e não apenas manipular um corpo doente que precisa de cuidados. A diensão espiritual (que nos é dada pela alma, palavra que etimológicamente vem do latim" animus, animae" e que significa o que anima, o que dá vida), tem que estar sempre presente nos cuidados de enfermagem, porque sem ela a vida perde o seu sentido. As intervenções de enfermagem não podem alhear-se desta realidade. Infelizmente, também sei que existem seres desalmados, que vivem na mais profunda escuridão, e desespero, e até desses, como enfermeiros, nos compete cuidar. Bem hajam.
 
Anabela Ramalho:MUITO BEM!
Parabéns!

E que agora responder a esta SENHORA ENFERMEIRA caro doutorenfermeiro?
 
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Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!