sábado, outubro 09, 2010

Prof. Abel Paiva e o "âmago da Enfermagem".

Enfermagem no fim do Séc. XIX...


Enfermagem para o Séc. XXI??



"O Prof. Abel Paiva, o primeiro doutorado em Ciências da Enfermagem em Portugal, insistiu junto dos mais jovens que a «Enfermagem tem um âmago próprio e não precisa de se insinuar para se desenvolver ou tentar substituir-se aos médicos nas suas funções», tal como sucede neste momento nos EUA, no Canadá, no Reino Unido, por razões financeiras" link

Ponto 1 - Os Enfermeiros não querem substituir os Médicos, querem mais autonomia e poder de decisão, o que é substancialmente diferente. A "autonomização" não visa abandonar as actuais funções, mas antes munir os Enfermeiros, cumulativamente, de um conteúdo funcional ainda mais amplo; 
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Ponto 2 - "A definição de Enfermagem não é para toda a vida. Creio que a Enfermagem é modificada pela época em que é praticada e depende, em grande parte, do que fazem os outros profissionais de saúde." - Virgínia Henderson;
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Ponto 3 - A afirmação do Prof. Abel Paiva não terá muito sentido de realizarmos uma análise longitudinal da profissão como estratégia de antevisão/projecção evolutiva. Logicamente, podemos inferir/depreender que o raciocínio argumentativo do Prof. Abel Paiva assenta na "venda" do seu "produto académico teorizado" (ou não fosse ele um Professor com o respectivo posto de trabalho a defender!). É compreensível o "facto intencional", mas é desajustado da realidade;
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Ponto 4 - O argumento de que a autonomização da Enfermagem (em vários cenários europeus e norte-americanos) se deve a "razões financeiras"  prende-se com premissas obsoletas e falaciosas, assentes numa linha filosófica neo-extremista;
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Ponto 5 - A questão da "substituição" é dúbia e errónea. Os Enfermeiros apenas estão, gradualmente, a assumir funções que, por coerência científica e sócio-profissional, já deveriam estar integradas da sua esfera de acção;
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Ponto 6 - A autonomização dos Enfermeiros torna o respectivo Sistema de Saúde mais dinâmico, fluído, acessível, rápido, rentável e descentralizado, com ganhos substanciais sobretudo para os utentes. Citando o ex-Presidente da ERS, Álvaro Santos Almeida: "Vivi em Londres três anos, fui várias vezes ao Centro de Saúde e nunca vi um Médico";
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Ponto 7 - Vários estudos e descrições empíricas demonstram/relatam que os Enfermeiros com mais autonomia técnica, funcional e decisional, sentem-se mais auto-realizados, motivados, e são retribuídos com melhores salários, respeito e valorização/status sócio-profissional.
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Ponto 8 - Num mundo tão concorrencial e particularmente num sector tão complexo e competitivo - onde a um ritmo alucinante nasce um manancial de novas profissões paralelas - é, no mínimo, um comportamento incauto, não dirigir as nossas metas profissionais e funcionais, em função das necessidades da sociedade/utentes e das exigências técnico-científicas que resultam da evolução do mercado de trabalho e da investigação. 
A demissão e abandono de determinados e potenciais vectores da Enfermagem, fomenta a invasão do nosso conteúdo profissional e o assalto premeditado a espaços de responsabilidade e teor clínico. 
Tudo isto equivale a dizer que vários grupos profissionais investem os seus esforços no alargamento dos seus domínios práticos, atropelando uma Enfermagem desinteressada e incapaz de corresponder às imposições evolutivas, presa a um colete de forças de índole filosófico.
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Ponto 9 - "O importante não é o que nos faz o destino, mas o que nós fazemos dele" - Florence Nightingale.

Comments:
Permita-me a (i)modéstia para dizer o seguinte: a minha tese "de-não-sei-o-quê" versou sobre a "condição do enfermeiro"...mais ou menos isto. Para tal, consultei como "fonte", entre várias, escritos de Miller Guerra. Passo a citar, entre muitos: "Em conclusão: o problema da enfermagem prevalecerá enquanto se mantiverem as condições estabelecidas para a carreira" -Miller Guerra, A Política da Saúde, Tese apresentada ao IV Congresso das Miserircórdias. Lisboa, 1958.
Quem diria!?
 
"a enfermagem moderna surgiu então quando Nightingale acrescentou algo ao cuidar (no sentido restrito), quando melhorou o tratamento dos feridos, quando inseriu a estatística "nos tratamentos" e deu inicio à formação, quando trouxe ciência para a enfermagem. Sinto que actualmente existem muitos "defensores do cuidar" que querem fazer esquecer Nightingale e querem voltar para uma enfermagem de caridade e compaixão (científica?) para com o próximo, de apoio moral e não de tratamento" in: http://esseenfermeiroe.blogspot.com/2010/01/aprender-com-historia.html
 
A Enfermagem ainda tem muito a mostar. A maioria das pessoas não sabe o que é a profissão, quais as competências, responsabilidades e conhecimento que lhe são inerentes. Acrescente-se a isto o facto de ser particularmente grave o facto de outros profissionais de saúde se incluirem nesse grupo de pessoas e, quiçá, alguns enfermeiros.
Neste momento há áreas da enfermagem bastante perdidas com as mudanças que têm havido nos cuidados de saúde.
Para juntar à festa, temos ainda falta de formação específica (e quando há é bastante cara e em horários incompatíveis com a maioria dos enfermeiros). A isto somamos a insatisfação com a desvalorização a que somos sujeitos - note-se p.ex., os argumentos, inverdades e falta de 2 dedos de testa dos nossos governantes.
Se não formos nós profissionais, se não mostrarmos aos nossos clientes o que realmente valemos, se não o fizermos com outros porfissionias não sairemos nunca da cêpa torta.
Tenho dito.
 
Continuo a achar que nesta matéria os enfermeiros perdem pela forma como argumentam. Mantenho a posição de que a nossa classe está invariavelmente comprometida por basear a sua prestação na premissa do cuidar, em teorias de transições, em modelos de empatia. Falta acutilância na reflexão, em conhecer a ciência por detrás de tudo o que é nossa prática, falta benchmarking, falta de pulso em decisões por desconhecimento de causa. Basicamente falta ao ser Enfermeiro ciência e saber científico, critério singular no salto para aquisição de mais competências na área técnica (diferente de "extraviar" competências médicas, um erro imensurável da nossa parte em argumentar o processo de alargamento da nossa área de actuação). Não estamos cá para roubar nada de ninguém, apenas para mostrarmos que somos quem melhor faz certas coisas.

A enfermagem à moda da ESEP é um modelo académico, falacioso e não congruente com a prática. É um status da arte que a única coisa que ajuda é mergulhar ainda mais a classe na lama onde se encontra.
 
Uma pergunta a Ana Cavaco e aos seus apoiantes.

http://carta1aberta.blogspot.com/
 
Já vos aviso, que o Prof. Dr. Abel Paiva é um enfermeiro de excepção. Não conheço ninguém que saiba mais de Enfermagem conceptual, do que este meu caro.

Enf. Aleixo.
 
Permita-me que lhe pergunte o que é "Enfermagem conceptual"?
 
Como ex-aluno da ESENF S. João tenho a dizer que Abel Paiva é um activo importante da enfermagem portuguesa. Dito isto, concordo plenamente com. o DE. Incoerência? Não, a minha prioridade é a profissão e a disciplina cientifica só tem razão de ser se estiver a alimentar as praticas. Nunca o contrario. Sou enfermeiro, presto cuidados diariamente, nao faz sentido andar à procura de essencias da profissao sob o risco de me afastar do meu alvo de cuidados porque sigo teorias pensadas mas nao vivenciadas no confronto com a realidade.
 
A enfermagem é a profissionalização do cuidar, ou seja, tem de cuidar com base formal, com conhecimentos próprios, etc... Quantos mais mestrados, doutoramentos, artigos cientificos se publicarem mais visão terá a enfermagem. Se prestar cuidados personalizados a 20 diabéticos que querem estar preparados para integrar a sua doença no seu dia-a-dia e fizer um bo trabalho, a seguir são 200 e depois 2000, etc... agora é preciso ter conhecimentos para desenvolver esse trabalho e depois é preciso divulgar esse trabalho.
Temos de saber que cumprimos prescrições de outros tecnicos e está bem, nada de mais mesmo entre médicos, não nos podemos esquecer que temos é que ter um olhar nosso sobre as situações...
 
Concordo em absoluto com o anónimo das 4:32 PM.

"Se não formos nós profissionais, se não mostrarmos aos nossos clientes o que realmente valemos, se não o fizermos com outros porfissionias não sairemos nunca da cêpa torta.
Tenho dito."

De facto é mesmo isto....

Att

N Inácio
 
Leio regulamente o DE e por norma não deixo comentários, mas desta vez não posso deixar de o fazer.

Esta frase do Enf. Abel é aqui referida REFERIDA SEM CONTEXTO.

Não creio que ninguém queira voltar ao modelo do Séc. XIX e ao paradigma puro do CUIDAR. Contudo, a enfermagem precisa de se definir como Ciência e sair da Sombra da Medicina e creio que é a isto que o Enf. Abel se refere.

Se queremos deixar de ser conotados como "pseudo-médicos" ou "médicos de segunda", primeiro tem que se definir a ENFERMAGEM COMO CIÊNCIA, e depois sim, vêm as competências técnicas e cientificas. Devemos ser reconhecidos pelo que somos, pela nossa importância, e não pelo facto de poder prescrever meia dúzia de comprimidos ou um MCD.

Cumprimentos a todos.
 
É minha convicção que existem muitos "intelectuais do cuidar", que se servem de "atavismos científicos", para justificar uma "praxis" que per si está justificada e é mais que justificável!
No mesmo registo corroboro a "questão" e "admiração": Enfermagem conceptual!!
Esta ultrapassa os "atavismos"!
A ciência existe para "produzir saberes", porque senão deixa de o ser!
 
Se a Florence voltasse cairia para o lado!! Só teóricos... Drs e Profs a dissertarem e a prática como é?::

R: A passar de fugida pelos utentes e familiares; a dar a medicação àos assistentes operacionais para "levarem aos doentes" isto é administrar medicação, um dos cuidados é verificar se a medicação foi tomada!!; mandar as Assistentes operacionais mudar fraldas, e a higiene?? é só mudar fraldas???

E cortar unhas?? Quem corta?? E efectuar a higiene da cabeça em doentes acamados???

Que responda o sr Prof Dr Abel Paiva mais a Prof Lucília... vivem num mundo de ilusões

Eis alguns aspectos práticos dos teóricos...vamos passando para outros a essência do cuidar!! Isto porque temos gente na enfermagem que veio por engano!!!

Fico satisfeito porque à muitos jovens promissores, que são bons enfermeiros e sabem que estes aspectos são cruciais do cuidar.

Também sabem que durante a higiene tem uma boa oportunidade de observar o doente... quem manda higienizar, e fica em frente do computador não conhece os seus doentes!!

E para isto são necessários bons "Jardineiros" para que estes " Jardins floresçam" Mas perdemos os Jardineiros, porque a Ordem e o SEP deu de barato os "jardineiros" ou seja para estes "jardins" qualquer "jardineiro" serve!!

Por isso senhores teóricos e sindicalistas a responsabilidade do nível de cuidados de enfermagem é vossa e não dos pobres "jardineiros" que passaram a ser desautorizados pelos "donos dos jardins"

Deixem-se de ser teóricos e ponham os pés na terra!!
 
Independentemente da definição de enfermagem que interiorizemos, usemos ou pensemos...
Independentemente de tentarmos definir qual a evolução que a enfermagem deve seguir: aproximação à medicina ou caminho independente...

Independentemente do(a) autora que mais simpatizemos: Se Meleis e as transições, se Virginia Henderson e as necessidade humanas básicas, se outra(o) qualquer...

Temos de concentrar-nos é no que resulta a aplicação de qualquer modelo/teoria e qual tem servido melhor os interesses dos enfermeiros e por conseguinte o da população em geral... Temos de perder menos tempo em definir Enfermagem e mais e aplicá-la...

Enquanto debatemos o que é e não é enfermagem não deveríamos antes aplicar o conhecimento dos enfermeiros?

Qual a ideologia que resiste sem os seus ideólogos/produtos da sua ideologia (os enfermeiros)?

Não deveria ser enfermagem tudo aquilo que o enfermeiro faz?

Manter esta luta autofágica que é restringir a actuação dos enfermeiros à definição de cada escola de pensamento é perpetuar a incerteza e insegurança, a indefinição identitária dos próprios e promover a sua extinção ao permitir a assumpção de outros profissionais mais pragmáticos e menos sujeitos a tais amarras do pensamento.

Sejamos mais práticos e menos filósofos senão corremos o risco de enfermagem ser futuramente um termo apenas estudado na história das profissões e uma simples corrente do pensamento.

in: http://saudeeportugal.blogspot.com
 
Se foi possível que, cúmulo do ridículo e da falta de visão, os próprios enfermeiros, ou os seus dirigentes, deliberassem a “atribuição de apenas um
título de enfermeiro especialista" (Assembleia Geral da Ordem dos Enfermeiros de Maio de 2002), então não devemos admirar-nos de todos os desastres que têm vindo a afectar a nossa classe e a prejudicar o sistema de saúde português.
 
Mudamos.
Mas não Inovamos!
 
O prof. Abel é provavelmente uma das melhores cabeças em Portugal a pensar a enfermagem como ela deve realmente ser - uma CIÊncia.

Porque o conheço pessoalmente e com ele estudei numa fase do seu percurso académico /profissional, duas coisas tenho por certas :

1 - não seria nunca um bom político.
2- Seria de certeza um excelente Bastonário da OE.
 
Parabens DE pela analise.
Se se preocupassem mais com os aspectosque estão a contecer no terreno....
ver que somos atropelados pelo INEM, pelas Farmacias, pelos Ratios de enfermeiros não cumpridos, pelos especialistas que não estão a exercer a sua especilidade!!!!!!!!!!!!!11
e muito mais diria.
 
Enfermagem não é nem nunca será uma ciência.
 
Não consegui comentar com o blogger ou a conta do google, mas amei muito este lugar aqui na net e quero deixar minha impressão acerca especialmente deste titulo DR, concordo que ele deva ser usado somente de fato e direito, o Doutorado se faz necessário e não uma resoluçãozinha que mais parece uma massagem no ego de quem não queria Enfermagem e sim Medicina. Parabéns pelo espaço e vou ver se consigo acessar pela conta do google meu email é janeeyreafonso@hotmail.com
 
Numa recente sessão clínica do serviço - e falo de uma reunião conjunta de toda a equipa multiprofissional (médicos, enfermeiros e secretários clínicos da unidade...) foi dado um algoritmo terapêutico de um dos ICPC2 mais letal e com maior morbilidade no curto e médio prazo dos países desenvolvidos.

A base de todo o algoritmo de prescrição foi a T.A.E.V., ou seja TERAPÊUTICA de ALTERAÇÃO do ESTILO de VIDA, e foi continuamente sublinhada a sua INSUBSTITUIBILIDADE para os resultados alcançados no grupo de controlo.

Ora sabe-se que a T.A.E.V., cujo repertório de INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS NÃO MEDICAMENTOSAS, são foco da prescrição e prática de cuidados de Enfermagem por todo o mundo, e cada vez mais da teoria, prática, investigação e ensino de muitos Enfermeiros em PT e por todo o mundo.



Como? Quando? Onde? Porquê? Será que podemos deixar para segundo plano a prescrição de todos estes âmagos/focos, que terapêuticos, não são medicamentosos. De salientar que a T.A.E.V serve de variável dependente a todos os resultados atribuíveis a longo prazo - deste e de qualquer ensaio clínico, e que sendo tão custo eficaz (a T.A.E.V), é justamente a intervenção TERAPEUTICA que cria mais activos/ VALOR HUMANO através da redução de incapacidade e de dependência.

Deveremos substituir estas intervenções por outras? Com que custos? Com que concorrência? Com que responsabilidades? Com que qualidade? Com que segurança?

Relembrando que no ano corrente se assinala o centenário da morte de F.N., é unâmine afirmar que o percurso da Enfermagem enquanto CIÊNCIA (pois faz parte das academias das maiores e melhores universidades do mundo) profissionalizou-se há muito pouco tempo comparativamente a outras ciências. E por este motivo, como ciência aplicada (ao serviço da sociedade civil e militar) tem todo o caminho para percorrer até à sua maturidade, em pé de igualdade transdisciplinar com todas as restantes áreas do conhecimento humano.

Penso que a Enfermagem Avançada para o século XXI que o Prof. A Paiva, entre outros livros e artigos, me deu a conhecer é muito mais, sei bem. Faltará a todos nós descobri-la. Eu tento redescobri-la todos os dias... Isto enquanto não venderem V.H. -os conhecimentos, a capacidade e a vontade) em comprimidos ou qualquer outro preparado medicamentoso, é claro!

Mais que uma opinião, este é a meu ACTUAL pensamento sobre este assunto. De qq modo os m/ cumprimentos e parabéns pela incursão neste assunto, que sendo controverso é actualmente incontornável na discussão de cenários para o Desenvolvimento Profissional e Científico da Enfermagem Portuguesa.

PF: ver tambem http://www.dotmed.com/news/story/14433?p_begin=0

Att

N.Inacio
 
Numa recente sessão clínica do serviço - e falo de uma reunião conjunta de toda a equipa multiprofissional (médicos, enfermeiros e secretários clínicos da unidade...) foi dado um algoritmo terapêutico de um dos ICPC mais mortal e prevalente no futuro dos países desenvolvidos.
A base de todo o algoritmo de prescrição foi a T.A.E.V., ou seja TERAPÊUTICA de ALTERAÇÃO do ESTILO de VIDA, e foi continuamente sublinhada a sua INSUBSTITUIBILIDADE para os resultados alcançados no grupo de controlo.
Ora sabe-se que a T.A.E.V., cujo repertório de INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS NÃO MEDICAMENTOSAS, são foco da prescrição e prática de cuidados de Enfermagem por todo o mundo, e cada vez mais da teoria, prática, investigação e ensino de muitos Enfermeiros em PT e por todo o mundo.
Como? Quando? Onde? Porquê? Será que podemos deixar a prescrição de todos estes âmagos/focos, que terapêuticos não são medicamentosos, e são a base dos resultados atribuíveis a longo prazo deste e de qualquer ensaio clínico. Todas estas intervenções terapêuticas sendo tão custo eficazes, justamente criam mais activos/ VALOR HUMANO através da redução de incapacidade e de dependência, tal como F.N. e outros que se lhe seguiram o demonstraram, e a sociedade civil nos mandata. Deveremos substituí-los por outros? Com que custos? Com que qualidade? Com que concorrência? Com que responsabilidades? Com que segurança?
Relembrando que no ano corrente assinalamos o centenário da morte de FN) a Enfermagem que enquanto CIÊNCIA (Sim! É uma área do conhecimento humano que faz parte da academia das maiores e melhores universidades do mundo) iniciou o seu percurso de Profissionalização há muito pouco tempo, comparativamente a outras ciências. Assim como ciência aplicada, a Enfermagem tem todo o caminho para percorrer até à sua maturidade, em pé de igualdade transdisciplinar com outras áreas do conhecimento humano.
Penso que a Enfermagem Avançada para o século XXI que o Prof. A Paiva, entre outros livros e artigos, me deu a conhecer é muito mais, sei bem… Faltará a todos nós descobri-la. Eu tento redescobri-la todos os dias… Isto enquanto não venderem V.H. -os conhecimentos, a capacidade e a vontade) em comprimidos ou qualquer outro preparado medicamentoso, é claro!
Mais que uma opinião, este é a meu ACTUAL pensamento sobre este assunto. De qq modo os m/ cumprimentos e parabéns pela incursão neste assunto, que sendo controverso é actualmente incontornável na discussão de cenários para o Desenvolvimento Profissional e Científico da Enfermagem Portuguesa.
PF: ver tambem http://www.dotmed.com/news/story/14433?p_begin=0
Att
N.Inacio
 
Numa recente sessão clínica do serviço - e falo de uma reunião conjunta de toda a equipa multiprofissional (médicos, enfermeiros e secretários clínicos da unidade...) foi dado um algoritmo terapêutico de um dos ICPC mais mortal e prevalente no futuro dos países desenvolvidos.
A base de todo o algoritmo de prescrição foi a T.A.E.V., ou seja TERAPÊUTICA de ALTERAÇÃO do ESTILO de VIDA, e foi continuamente sublinhada a sua INSUBSTITUIBILIDADE para os resultados alcançados no grupo de controlo.
Ora sabe-se que a T.A.E.V., cujo repertório de INTERVENÇÕES TERAPÊUTICAS NÃO MEDICAMENTOSAS, são foco da prescrição e prática de cuidados de Enfermagem por todo o mundo, e cada vez mais da teoria, prática, investigação e ensino de muitos Enfermeiros em PT e por todo o mundo.
Como? Quando? Onde? Porquê? Será que podemos deixar a prescrição de todos estes âmagos/focos, que terapêuticos não são medicamentosos, e são a base dos resultados atribuíveis a longo prazo deste e de qualquer ensaio clínico. Todas estas intervenções terapêuticas sendo tão custo eficazes, justamente criam mais activos/ VALOR HUMANO através da redução de incapacidade e de dependência, tal como F.N. e outros que se lhe seguiram o demonstraram, e a sociedade civil nos mandata. Deveremos substituí-los por outros? Com que custos? Com que qualidade? Com que concorrência? Com que responsabilidades? Com que segurança?

Att
N.INACIO
 
Continuação...

Relembrando que no ano corrente assinalamos o centenário da morte de F.N.) a Enfermagem que enquanto CIÊNCIA (Sim! É uma área do conhecimento humano que faz parte da academia das maiores e melhores universidades do mundo) iniciou o seu percurso de Profissionalização há muito pouco tempo, comparativamente a outras ciências. Assim como ciência aplicada, a Enfermagem tem todo o caminho para percorrer até à sua maturidade, em pé de igualdade transdisciplinar com outras áreas do conhecimento humano.
Penso que a Enfermagem Avançada para o século XXI que o Prof. A Paiva, entre outros livros e artigos, me deu a conhecer é muito mais, sei bem… Faltará a todos nós descobri-la. Eu tento redescobri-la todos os dias… Isto enquanto não venderem V.H. -os conhecimentos, a capacidade e a vontade) em comprimidos ou qualquer outro preparado medicamentoso, é claro!
Mais que uma opinião, este é a meu ACTUAL pensamento sobre este assunto. De qq modo os m/ cumprimentos e parabéns pela incursão neste assunto, que sendo controverso é actualmente incontornável na discussão de cenários para o Desenvolvimento Profissional e Científico da Enfermagem Portuguesa.

Att
N.Inacio
 
enfermeiros que nao querem fazer trabalho de enfermagem pq e "trabalho duro e sujo" e querem prescrever pedir ECDs mandar nos auxiliares...porque nao fazem um favor a populacao e mudem de profissao? continuam a ser os eternos frustrados que nao puderam ser medicos e agora querem mudar a profissao para fazerem o q nao podem e q nao e da vossa competencia..
orgulhem-se..sejam enfermeiros..
 
Respeito muito todos os que se dedicam a esta profissão e para ela produzem algo que se possa traduzir em qualidade nos cuidados diários. No entanto não posso deixar de sentir que:

1- A base dos cuidados está cada vez mais distante no cerebro dos enfermeiros

2- os cuidados de higiene, alimentação e eliminação são cada vez mais delegados nos assistentes operacionais;

3- Gestos nossos por direito e definição como o pentear o doente ou o simples gesto de colocar melhor a almofada já não constam nos dossiers dos alunos...

4- Evoluir não é deixar cair o que é nosso como profissionais e usurpar o que é dos outros...

5- Ser enfermeiro no séc XXI tem de juntar o que é cuidado com a capacidade de reflectir e decidir(coisas não existentes no passado)

Por último penso que a produção de conhecimento só fará sentido se este for para a melhoria diária dos cuidados de enfermagem. Não me consigo rever nos professores das escolas de enfermagem de tão longe que estão de nós profissionais no terreno! Tenho pena que seja assim...
 
Respeito muito todos os que se dedicam a esta profissão e para ela produzem algo que se possa traduzir em qualidade nos cuidados diários. No entanto não posso deixar de sentir que:

1- A base dos cuidados está cada vez mais distante no cerebro dos enfermeiros

2- os cuidados de higiene, alimentação e eliminação são cada vez mais delegados nos assistentes operacionais;

3- Gestos nossos por direito e definição como o pentear o doente ou o simples gesto de colocar melhor a almofada já não constam nos dossiers dos alunos...

4- Evoluir não é deixar cair o que é nosso como profissionais e usurpar o que é dos outros...

5- Ser enfermeiro no séc XXI tem de juntar o que é cuidado com a capacidade de reflectir e decidir(coisas não existentes no passado)

Por último penso que a produção de conhecimento só fará sentido se este for para a melhoria diária dos cuidados de enfermagem. Não me consigo rever nos professores das escolas de enfermagem de tão longe que estão de nós profissionais no terreno! Tenho pena que seja assim...
 
andámos 4 anos a estudar pa pentear cabelos e por almofadas! Fixe
 
Solidários com os casais que viram a sua esperança de paternidade interrompida.
Pagamos o fim da vida quantas vezes as mulheres quiserem, e quebram a esperança na vida desta forma.
http://www.publico.pt/Sociedade/infertilidade-tratamentos-na-maternidade-alfredo-da-costa-brutalmente-interrompidos-apos-circular-da-tutela_1460416
 
5:26PM

o seu dossier de aluno devia ser miserável! Estudou 4 anos!?! Quem diria;
Tem noçao da importãncia da colocação de uma almofada em doentes paraplégicos ou tetraplégicos??!! E num doente com risco de ulcera ou com ulcera de pressão??? Não? Bem me parecia!
Já nem vamos falar dos doentes dependentes em grau muito elevado nos autocuidados!

E o que ensinar a uma jovem de 20 anos, doente oncologica que vai ser submetida a quimioterapia agressiva???!!! Nada não é? Pois, ensinar é para os professores; enfermeiro dá innjecções, faz pensos e manda os Ass. Op. trbalhar, não é?? Alterações de autoimagem que se lixem; o cabelo cai e pronto!Era o que faltava ser licenciado, estudar 4 anos e perder tempo a falar de pentear!!!


Cresça e...se valer a pena..Apareça!
ENFERMEIROS PRECISAM-SE;

LICENCIADOS??...Mas em Enfermagem!!
 
Há comentários que me deixam mesmo chocado... Respondendo por exemplo à/ao nocas:
1- se calhar está na hora de deixar a base e avançar para algo mais/melhor.
2- e é necessário ser um enfermeiro a realizá-los? e quando o doente for para casa, também lá vai o enfermeiro?
3- porque será? (ver resposta ao ponto 2)
4- evoluir é melhorar, largando o que (já) não presta e agarrar no que for bom e é isto que muito enfermeiros não querem perceber - medo da evolução?
5- e sabe o que é o "cuidado"? refletir e decidir o quê? o corte das unhas, o penteado do doente e a almofada?

Até quando vai durar esta fuga dos enfermeiros à ciência? Será que estes colegas lutaram para que auferíssemos como licenciados? quem no seu perfeito juízo pagaria €1500 ou €1200 a um profissional que corta unhas, leva comida à boca, arranja almofadas, troca fraldas e penteia cabelos? para isso, atrevo-me a dizer que até os €1020 são demais (daí muitos colegas já receberem menos). Devemos criar uma enfermagem científica, mas isso não significa que temos de fazer acreditar os outros que cortar unhas ou pentear um cabelo seja (ou requeira) "uma ciência".
 
Andámos 4 anos a estudar para não tocar nos doentes!! É isso que vejo nalguns enfermeiros: jovens e menos jovens!! desde sempre caíram na enfermagem pessoas que deveriam estar noutro lado! Talvez a mudar pneus ou numa loja de telemóveis, sim porque agora usa-se telemóvel em qualquer lado, a preparar a medicação, a fazer registos etc... porque somos modelos; à dias vi uma Assistente Operacional a dar comida com a mão esquerda e com a direita a ver mensagens do Tel...viu parecido a algum enfermeiro!! Eis a enfermagem cientifica dos Profs que desconhecem a realidade de prestar cuidados!! São Profs, mas há muitos anos que saíram dos locais onde existem seres humanos a necessitar da intervenção dos enfermeiros...que profs são estes??

Que seguidores tem??

Cuidar também é colocar a almofada, posicionar bem o utente, pentear, cortar unhas!!! Não querem ser enfermeiros, mudem de profissão, porque a enfermagem e os doentes sobretudo ( porque são mal cuidados ) vos agradecem!! E deixam de se enganar a vós próprios. Não deve haver pior do que fazer um frete a vida toda!!

A Enfermagem do Cuidar é grandiosa!! Quem não percebe a importância da almofada, do posicionar, do pentear, mesmo com 4 anos eu direi que perdeu 4 anos, e simplesmente é um encartado em enfermagem!! Talvez nunca chegue a ser enfermeiro... pobres dos doentes que tem que levar com estes ignorantes, que acham que ser enfermeiro é mandar a Assistente Operacional dar comprimidos, avaliar temperaturas, cortar unhas, pentear ( sim porque isso são coisas menores e mal cheirosas)Enfermeiros são esses Assistentes Operacionais, quer queiram quer não, eles é que cuidam!! E entendo que os Assistentes Operacionais se devem recusar a estas práticas, porque estão a ser explorados por pessoas sem escrúpulos, que são irresponsáveis e banidos da profissão! Os que tanto idolatram os Profs, estão no direito de o fazer, mas parece-me que o seu raciocínio se centra exclusivamente no domínio do especulativo, do cognitivo!! E o agir, fica por conta de outros ( Assistentes Operacionais) chegámos ao ponto de alguns enfermeiros serem os ajudantes dos Assistentes operacionais e de serem estes a ensinarem-lhe por exemplo como se higieniza a cabeça de um doente acamado!! Sabiam srs Profs da enfermagem???!!Isto não acontecia quando éramos ensinado pelas monitoras das escolas, porque eram elas que nos ensinavam...Faço um apelo: quem está mal nesta digna profissão, procure outra, porque haverá sempre muitos de nós a zelar para que os 4 anos a estudar tenham feito de nós mais aptos na inter-acção com os nossos parceiros da saúde, mais aptos para perceber que unhas grandes são um bom meio para a transmissão da infecção etc...faço outro apelo aos que dizem que andaram 4 anos a estudar...vejam o filme: Um príncipe em Nova Yorque e tirem conclusões...

A essência da enfermagem não é teclar ou deslizar o rato!!
 
Para todos os que são adeptos do "cuidar" mas na sua acepção mais básica... que é só cortar unhas, pentear cabelos e afins, que mercado de trabalho têm? Numa Urgência não é com certeza, nos Cuidados Intensivos também não, idem aspas para qualquer Bloco Operatório, o mesmo dizendo de qualquer serviço de Internamento passando por qualquer USF e CS... Penso que já só sobram os Lares...

A enfermagem evoluiu e o facto de posicionar bem o doente tem uma explicação científica assim como todos os cuidados previamente enunciados mas também o ter o chão limpo, a confecção da comida, os carros de material apetrechados, assim como a condução das macas e camas passando pela distribuição de bacias para a higiene...

A questão é... queremos estar no topo da cadeia ou na base?

Então e o controlo da dor do doente não é importante? Se não há quem o faça o vosso código deontológico não vos ordena que o façam?
Se o utente não sabe o que e a que horas tomar como saberão como dizer-lhe como o fazer?
Ajudar na adesão terapêutica é mais do que ensinar a melhor forma de memorizar a toma da medicação é saber quais as horas mais indicadas para o fazer... É que saber que um beta bloqueante deve ser feito de manhã também é ajudar na adesão terapêutica...

Querem abandonar a prática de administração de terapêutica, a realização de qualquer técnica, qualquer vertente do cuidado que associem a acto medicalizado?

Desculpem mas para isso não são precisos enfermeiros...

Para isso não precisam de saber o que sabem...

Desculpem mas são estes os colegas que nos mantêm no fundo... aqueles que não percebem que ter autonomia é ter conhecimento em todas as áreas que actuem...

Se um cuidado de higiene nuns Cuidados Intensivos deve ser prestado com um Enfermeiro o mesmo não será verdade para uma pessoa independente...

Querem atribuir ciência a isto? Façamos como no transporte de doentes críticos,pontua-se e verifica-se se precisa de um enfermeiro ou um assistente operacional...

Convido os colegas apologistas desta mentalidade a virem à Urgência e descobrir se são lá necessários enfermeiros desses... Notícia: Morreram todos os utentes assistidos no Hospital X com enfermeiros adeptos do "falso cuidar"

Cuidar é sempre nas perspectiva BIOpsicocossial...
 
Afinal ainda ha enfermeiros que querem verdadeiramente ser enfermeiros!!! parabens! sao esses enfermeiros q os doentes precisam..os doentes nao precisam de um enfermeiro para decidir a medicacao, para pedir ECDs, para operar.. para isso existem outros profissionais..
parabens aos verdadeiros enfermeiros..profissao nobre e digna..
 
Desafio qualquer defensor de Enfermagem Avançada, definindo-a como apenas abordando o aspecto do cuidar de Watson e afins a dizer-me quais das actuais actividades de enfermagem restariam ou se afinal a sua concepção de Enfermagem Avançada é aprofundar as nossas competências em todos os campos onde já estamos envolvidos e atribuir carácter científico às mesmas...

Sobre Enfermagem avançada...
http://saudeeportugal.blogspot.com
 
E se enfermagem é só isso... quem deve fazer o que actualmente já fazemos?

http://saudeeportugal.blogspot.com
 
Caro colega das 3:03AM

Um doente independente internado num serviço, com uma pancitopenia, necessita de certeza que um enfermeiro lhe explique que o risco de hemorragia implica não tomar banho sem supervisão!! Delegue esta supervisão num Assistente Operacional mas certifique-se que ele tem competência e percebe que não deve deixar o doente sózinho!!
Estas decisões são dos enfermeiros e são MUITO IMPORTANTES!!!!!!
 
LProlog

Espero que nunca precise de estar numa cama de hospital e tenha de ser CUIDADO por um Assistente Operacional e TRATADO por enfermeiros! Se assim for...depois conversamos e me dirá se muda ou não de opinião. Sim porque o enfermeiro não deve mudar uma fralda...nem precisa nesse momento de avaliar a maceração da pele...nem as caracteristicas da eliminação...nem se há feridas em inicio,etc.etc. Não; isso o Ass. Op. logo nos dirá!!! Em casa quem cuida dos doentes??? Pois é! È a familia, que cuidará melhor quanto melhor tiver sido ensinada pelos enfermeiros para os aspectos a vigiar e o que fazer! Mas estes ensinos são os "velhos" que os fazem não É? Porque os novos são licenciados e estudaram 4 anoss!!!!
 
Bom dia
Fiz-me enfermeiro ao lado do Abel...por isso o conheço bem e por isso posso afirmar que o que ele quer para a Enfermagem não é o que o tópico pretende insinuar...

O Abel quer uma Enfermagem mais próxima das pessoas ...sem ter necessáriamente que se colar aos médicos.
 
Anónimo 10:06... Concordando consigo mas também acho que o conceito de Enfermagem Avançada também tem sido mal assimilado pelos alunos de Enfermagem e aí pode dizer-se que a intenção sendo boa (assim o acho) tem sido mal transmitida criando dessa forma anticorpos quer nos restantes contra esta "teoria" quer nos que a professam...

Penso que o problema é explicitar consequências reais na prática de forma a que todos entendamos o conceito.
 
Sou da opinião que interessa que se ache um ponto de equilíbrio entre estas duas tendências no desenvolvimento da enfermagem – enfermagem avançada versus prática avançada de enfermagem – visto que nem uma nem outra são, por si só, suficientes para resolver todos os problemas relacionados com a saúde e a doença do cidadão e das populações, nem para assegurar a perenidade da profissão.

A discussão é pertinente mas não me parece razoável dicotomizar ou radicalizar os pontos de vista. Inserida numa lógica de multidisciplinaridade, é a enfermagem avançada que dá mais visibilidade ao nosso trabalho e nos permite conviver de forma mais pacífica com as restantes profissões de saúde; é também este conceito que encerra o maior potencial de desenvolvimento autónomo da enfermagem no seio das outras profissões, porque, recolhendo aportes de outras áreas do conhecimento, tem vindo a fazer uso do modelo relacional e permitido que a enfermagem se destaque de um dos seus maiores ascendentes que é o modelo biomédico e faça um caminho próprio. Não desvalorizo o contributo do modelo biomédico na abordagem à doença, mas a enfermagem visa justamente o indivíduo e portanto pode, se nesse sentido se desenvolver, intervir com abordagens à saúde e à doença que não se identificam na prática avançada de enfermagem, e que tornam realmente único o nosso contributo para os cuidados de saúde.

Porém, o desenvolvimento de uma perspectiva de enfermagem (enfermagem avançada)não obsta a que a outra (prática avançada de enfermagem) também se desenvolva, portanto, o ideal é que alcancemos um mix em que o enfermeiro é autónomo naquilo para o qual desenvolveu competências e adquira competências para aspectos dos cuidados em que não existe justificação lógica para os impedimentos burocráticos decorrentes da prescrição de outros profissionais.

É lógico que não podemos equacionar as coisas de uma forma linear e tudo deve ser contextualizado. Também não me parece bem reduzir o enfermeiro ao papel do médico o que seria realmente (perdoem a redundância) redutor, nem permitir que outras profissões alarguem os seus campos de intervenção à custa da nossa falta de zelo em relação à prática dos cuidados de enfermagem.

É necessário também que haja alguma uniformização nas ideia sem cairmos no pensamento único, porque se hesita muito na enfermagem e não há um consenso sobre o que são os cuidados de enfermagem, e como devem ser aprendidos e praticados; também não sabemos bem se há algo exclusivo na nossa intervenção, quem pode fazer o quê, étc.

Para finalizar sugiro a leitura da bula do influvac 2010/2011, que é capaz de, em tão pouco espaço de papel, resumir o estado actual da enfermagem portuguesa.

VV
 
Sou da opinião que interessa que se ache um ponto de equilíbrio entre estas duas tendências no desenvolvimento da enfermagem – enfermagem avançada versus prática avançada de enfermagem – visto que nem uma nem outra são, por si só, suficientes para resolver todos os problemas relacionados com a saúde e a doença do cidadão e das populações, nem para assegurar a perenidade da profissão.

A discussão é pertinente mas não me parece razoável dicotomizar ou radicalizar os pontos de vista. Inserida numa lógica de multidisciplinaridade, é a enfermagem avançada que dá mais visibilidade ao nosso trabalho e nos permite conviver de forma mais pacífica com as restantes profissões de saúde; é também este conceito que encerra o maior potencial de desenvolvimento autónomo da enfermagem no seio das outras profissões, porque, recolhendo aportes de outras áreas do conhecimento, tem vindo a fazer uso do modelo relacional e permitido que a enfermagem se destaque de um dos seus maiores ascendentes que é o modelo biomédico e faça um caminho próprio. Não desvalorizo o contributo do modelo biomédico na abordagem à doença, mas a enfermagem visa justamente o indivíduo e portanto pode, se nesse sentido se desenvolver, intervir com abordagens à saúde e à doença que não se identificam na prática avançada de enfermagem, e que tornam realmente único o nosso contributo para os cuidados de saúde.

Porém, o desenvolvimento de uma perspectiva de enfermagem (enfermagem avançada)não obsta a que a outra (prática avançada de enfermagem) também se desenvolva, portanto, o ideal é que alcancemos um mix em que o enfermeiro é autónomo naquilo para o qual desenvolveu competências e adquira competências para aspectos dos cuidados em que não existe justificação lógica para os impedimentos burocráticos decorrentes da prescrição de outros profissionais.

É lógico que não podemos equacionar as coisas de uma forma linear e tudo deve ser contextualizado. Também não me parece bem reduzir o enfermeiro ao papel do médico o que seria realmente (perdoem a redundância) redutor, nem permitir que outras profissões alarguem os seus campos de intervenção à custa da nossa falta de zelo em relação à prática dos cuidados de enfermagem.

É necessário também que haja alguma uniformização nas ideia sem cairmos no pensamento único, porque se hesita muito na enfermagem e não há um consenso sobre o que são os cuidados de enfermagem, e como devem ser aprendidos e praticados; também não sabemos bem se há algo exclusivo na nossa intervenção, quem pode fazer o quê, étc.

Para finalizar sugiro a leitura da bula do influvac 2010/2011, que é capaz de, em tão pouco espaço de papel, resumir o estado actual da enfermagem portuguesa.

VV
 
@ nocas:

Portanto podemos concluir que os cuidados de higiene são a única oportunidade que o enfermeiro tem para avaliar os seus doentes, certo? Quão restritos somos!
Depois começa o contra-senso típico dos fervorosos adeptos do "cuidar à séc. XVIII "... No hospital o AO não pode prestar os cuidados de higiene pois não sabe "os aspectos a vigiar e o que fazer", mas a família, depois de ensinada já é capaz de o fazer; porque é que os enfermeiros não podem ensinar da mesma maneira os AO que até já terão mais prática que as famílias? Tem resposta para isto? Alguma vez disse que os ensinos não deviam ser feitos pelos enfermeiros (todos)?

Tenho constatado que aqueles que mais se afastam dos médicos são aqueles que mais se aproximam das AO ou da empregadas de limpeza, será que se apercebem disso? Será que depois o vencimento, a imagem social, a dignidade não se afastará também dos primeiros e se aproximará dos segundos?

Vejo aqui muitos colegas a mandar os outros saírem da profissão, porquê? Porque a sua presença os incomoda, porque se sentem incapazes de trabalhar a seu lado, porque se sentem inferiorizados nos parcos conhecimentos científicos que possuem porque para cortar unhas e fazer penteados não precisam deles, porque sentem que se a enfermagem avançar eles não "terão pernas" para a acompanhar, pelo que será melhor que esta estagne no lamaçal onde se encontra, sendo este o terreno onde eles se sentem mais à vontade.

É perante isto que eu defendo a criação dos "auxiliares de enfermagem". Porque os cuidados de higiene e muitos outros que foram citados aqui não deixam de ser importantes e as AO não talvez não tenham conhecimentos suficientes para os executar, mas também não podemos ter um profissional com as competências, os conhecimentos de um enfermeiro a executá-los pois isso é um desperdício de recursos humanos, faz sentido a criação dos "auxiliares de enfermagem". Colegas, saiam dessa bolha da "caridade", do "amor com o próximo" e encarem a realidade, vivemos numa sociedade de economia e política e ou entramos no barco ou vamos ao fundo. Não pode continuar a existir um profissional com funções que vão desde cortar as unhas ao doente ou pentear-lhe o cabelo até à reabilitação de doentes ou interpretação de sinais e sintomas de alerta para determinadas situações urgentes. Cada um depois fará só o que achar conveniente de acordo com o caminho que seguir.

Quero ver onde vai parar este barco sem rumo nem capitão e em que remamos em sentido opostos. Se vencerem os que querem manter o barco no mesmo sítio ou até fazê-lo andar para trás, então podem ter a certeza que sairei antes que o barco se afunde, mas saio com a certeza que quem está errado não sou eu, mas a enfermagem e o tempo me dará razão.
 
@ nocas:

Portanto podemos concluir que os cuidados de higiene são a única oportunidade que o enfermeiro tem para avaliar os seus doentes, certo? Quão restritos somos!
Depois começa o contra-senso típico dos fervorosos adeptos do "cuidar à séc. XVIII "... No hospital o AO não pode prestar os cuidados de higiene pois não sabe "os aspectos a vigiar e o que fazer", mas a família, depois de ensinada já é capaz de o fazer; porque é que os enfermeiros não podem ensinar da mesma maneira os AO que até já terão mais prática que as famílias? Tem resposta para isto? Alguma vez disse que os ensinos não deviam ser feitos pelos enfermeiros (todos)?

Tenho constatado que aqueles que mais se afastam dos médicos são aqueles que mais se aproximam das AO ou da empregadas de limpeza, será que se apercebem disso? Será que depois o vencimento, a imagem social, a dignidade não se afastará também dos primeiros e se aproximará dos segundos?

Vejo aqui muitos colegas a mandar os outros saírem da profissão, porquê? Porque a sua presença os incomoda, porque se sentem incapazes de trabalhar a seu lado, porque se sentem inferiorizados nos parcos conhecimentos científicos que possuem porque para cortar unhas e fazer penteados não precisam deles, porque sentem que se a enfermagem avançar eles não "terão pernas" para a acompanhar, pelo que será melhor que esta estagne no lamaçal onde se encontra, sendo este o terreno onde eles se sentem mais à vontade.

É perante isto que eu defendo a criação dos "auxiliares de enfermagem". Porque os cuidados de higiene e muitos outros que foram citados aqui não deixam de ser importantes e as AO não talvez não tenham conhecimentos suficientes para os executar, mas também não podemos ter um profissional com as competências, os conhecimentos de um enfermeiro a executá-los pois isso é um desperdício de recursos humanos, faz sentido a criação dos "auxiliares de enfermagem". Colegas, saiam dessa bolha da "caridade", do "amor com o próximo" e encarem a realidade, vivemos numa sociedade de economia e política e ou entramos no barco ou vamos ao fundo. Não pode continuar a existir um profissional com funções que vão desde cortar as unhas ao doente ou pentear-lhe o cabelo até à reabilitação de doentes ou interpretação de sinais e sintomas de alerta para determinadas situações urgentes. Cada um depois fará só o que achar conveniente de acordo com o caminho que seguir.
 
@ nocas:

Portanto podemos concluir que os cuidados de higiene são a única oportunidade que o enfermeiro tem para avaliar os seus doentes, certo? Quão restritos somos!
Depois começa o contra-senso típico dos fervorosos adeptos do "cuidar à séc. XVIII "... No hospital o AO não pode prestar os cuidados de higiene pois não sabe "os aspectos a vigiar e o que fazer", mas a família, depois de ensinada já é capaz de o fazer; porque é que os enfermeiros não podem ensinar da mesma maneira os AO que até já terão mais prática que as famílias? Tem resposta para isto? Alguma vez disse que os ensinos não deviam ser feitos pelos enfermeiros (todos)?

Tenho constatado que aqueles que mais se afastam dos médicos são aqueles que mais se aproximam das AO ou da empregadas de limpeza, será que se apercebem disso? Será que depois o vencimento, a imagem social, a dignidade não se afastará também dos primeiros e se aproximará dos segundos?

Vejo aqui muitos colegas a mandar os outros saírem da profissão, porquê? Porque a sua presença os incomoda, porque se sentem incapazes de trabalhar a seu lado, porque se sentem inferiorizados nos parcos conhecimentos científicos que possuem porque para cortar unhas e fazer penteados não precisam deles, porque sentem que se a enfermagem avançar eles não "terão pernas" para a acompanhar, pelo que será melhor que esta estagne no lamaçal onde se encontra, sendo este o terreno onde eles se sentem mais à vontade.
 
(cont.)

É perante isto que eu defendo a criação dos "auxiliares de enfermagem". Porque os cuidados de higiene e muitos outros que foram citados aqui não deixam de ser importantes e as AO não talvez não tenham conhecimentos suficientes para os executar, mas também não podemos ter um profissional com as competências, os conhecimentos de um enfermeiro a executá-los pois isso é um desperdício de recursos humanos, faz sentido a criação dos "auxiliares de enfermagem". Colegas, saiam dessa bolha da "caridade", do "amor com o próximo" e encarem a realidade, vivemos numa sociedade de economia e política e ou entramos no barco ou vamos ao fundo. Não pode continuar a existir um profissional com funções que vão desde cortar as unhas ao doente ou pentear-lhe o cabelo até à reabilitação de doentes ou interpretação de sinais e sintomas de alerta para determinadas situações urgentes. Cada um depois fará só o que achar conveniente de acordo com o caminho que seguir.

Quero ver onde vai parar este barco sem rumo nem capitão e em que remamos em sentido opostos. Se vencerem os que querem manter o barco no mesmo sítio ou até fazê-lo andar para trás, então podem ter a certeza que sairei antes que o barco se afunde, mas saio com a certeza que quem está errado não sou eu, mas a enfermagem e o tempo me dará razão.
 
Relembro que qualquer licenciado ou equiparado a técnico superior apenas pode delegar a tarefa, por vezes entre pares, também a competência, se aplicável, mas nunca a responsabilidade.

Isto é a responsabilidade ética, civil e profissional nunca será capaz de ser delegada.

Mesmo durante a aplicação de um qualquer acto terapêutico de diagnóstico clínico, intervenção medicamentosa, treino e formação do mesmo, em ultima análise ou instância, a responsabilidade última é sempre da direcção ou corpo do conselho clínico pluridisciplinar, ou seja quem assina ou revê sistematicamente o mesmo.

Para isso p.ex: veja-se os manuais e bibliografias de elaboração de Guidelines, Protocolos Terapêuticos ou NOC´s Normas de Orientação Clínica disponiveis nas V/instituições.

A título de curisiosidade já repararam que as intervenções que MAIS VIDAS SALVAM encontra-se devidamente PROTOCOLADAS e sistematizadas em algoritmos de decisão para o treino e aplicação, não dependendo de prescrição clinica em tempo real (P. Ex: S.A.V., S.B.V., P.N.V.). Ou até o protocolo de DAE utilizado por pessoal não clinico - mais que uma questão profissional ou gestionária, é um direito e dever de cidadania...

Att

N Inacio
 
Os meus cumprimentos pela pertinencia dos seus comentarios em relacao ao futuro da Enfermagem enquanto profissao e ciencia...Concordo plenamente consigo. Tive a oportunidade de ser aluno do Prof Abel e reconheco-lhe muitos meritos mas a verdade e que a tentativa de "impor" uma linguagem propria de Enfermagem por meio da CIPE so serviu um proposito...encher os cofres da Escola de S. Joao pela venda dos direitos do SAPE. Ha que reconhecer merito por isso mesmo.

Vivo e trabalho no Reino Unido faz 4 anos e deparado com uma realidade bem diferente onde me e permitido constatar que os enfermeiros sao reconhecidos e valorizados pelas suas funcoes de modo completamente diferente do que sucede em Portugal. E porque?
Porque se assumiram enquanto promotores da Saude e "tratadores" da doenca. Aqui, temos consultas autonomas, podemos prescrever, determinamos tratamentos, etc fruto duma crescente especializacao dentro do modelo biomedico. Nao significa subsituir o medico mas apresentar algo que nos e unico em busca do bem do doente.
E tudo isto traz reconhecimento e valorizacao social pois lidamos directamente com o que e mais precioso ao individuo - a sua saude - sem sermos submetidos as grilhetas e obscuridade pela classe medica.
Enquanto em Portugal nao se perceber isto, a guerra estara perdida logo a partida. E preciso combater o poder estabelecido - o status quo - e faze-lo pela racionalizacao.
As pessoas rapidamente perceberao que e melhor ter um enfermeiro altamente especializado em dor cronica ou em diabetes que ter um medico "generalista" que nao pode saber muito de tudo (embora a maioria assim o pense!) ou nenhum medico de todo! E certamente que Governantes sensatos tambem perceberiam que ter enfermeiros melhores sai mais barato e e mais racional em termos monetarios. Pelo menos e essa a minha esperanca!

Mais uma vez cumprimentos e os meus parabens!

Nuno Pinto
 
Toda a gente sabe o que faz um médico, um polícia, um juíz e um professor e nãos os vemos a divergir na essência do que fazem e a discutir entre eles o que cada um deve fazer...nós temos de aprender a fazer o mesmo...A Enfermagem é o que está definido no REPE e no Código Deontológico. Não inventem, nem reduzam horizontes!

http://renascenfermagem.blogspot.com
 
Ora ai está, quem não considera importante cuidar, cortando unhas, higienizar cabeças etc...vai para a Urgência, para os Cuidados Intensivos ; hemodiálises etc??? Pois funciona como uma compensação perante o facto de não se poder ter ido para outra coisa qualquer!!!

É evidente que não se devem fazer generalizações, há bons e maus enfermeiros em todos os serviços!!

Aos que não deveriam ter obtido o Diploma, porque não sabem o que é Cuidar, espero que como seres humanos, tenham a oportunidade de estar internados e saber o que é bom, por exemplo:em 24 horas, urinam, eliminam na arrastadeira, comem e...pasme-se ninguém lhes oferece uma bacia para lavar as mãos e higiene oral, também já é desconhecida!! Lavar a boca e lavar as mãos para quê??? isto É RESPONSABILIDADE dos enfermeiros, quer queiram quer não!!
Sou enfermeiro e isto passou-se comigo, não pedi nada, para ver como e até onde iam as coisas!!

Estamos mesmo à deriva!!

Cuidar é saber ligar e desligar Máquinas!!! e estar ao computador...

No que me toca enquanto responsável lutarei contra este estado de coisas e de ignorantes encartados de enfermeiros...

Também sinto alguma tristeza pelo estado que as coisas chegaram.

A Ordem e o SEP quiseram vender as cúpulas a este governo, a troco da ilusão que todos os especialistas seriam principais...ilusão!!

Esta Ordem e o SEP são responsáveis pelos maus cuidados que alguns prestam...

É de reconhecer que a maioria sabe e gosta de ser enfermeiro, prestando cuidados em todas as dimensões: desde a importante almofada e correcto posicionamento até ao funcionamento exemplar com as máquinas...
 
li a bula do influvac,

APROVADO EM
10-08-2010
INFARMED

A Enfermagem aos olhos do Ministerio da Saude.A culpa não é só nossa.O governo assim o decidiu e quanto a isso?......
A dificuldade no dia a dia acentua-se.
Lembremo-nos dos acontecimentos dos ultimos anos.
 
Nocas, pelo que li...ainda andas de ovo estrelado!! Muito verde!! Mas maduro na arte de colocar todos no mesmo saco...que é agarrar em comentários aqui efectuados e dizer que todos são maus!!!
Portanto tudo o que seja mal cheiroso é para as assistentes operacionais?
Como alguém aqui falou; REPE e competências... e ser ensinados pelos Assistentes Operacionais e serem ajudantes, na mudança de fraldas!! Os Assistentes Operacionais não são burros de carga!!
 
Relembro que em reflexões publicadas qualquer licenciado ou equiparado a técnico superior apenas pode delegar a tarefa, por vezes entre pares, também a competência, se aplicável, mas nunca a responsabilidade.
Isto é a responsabilidade ética, civil e profissional nunca será capaz de ser delegada.
Mesmo durante a aplicação de um qualquer acto terapêutico de diagnóstico clínico, intervenção medicamentosa, treino e formação do mesmo, em ultima análise ou instância, a responsabilidade última é sempre da direcção ou corpo do conselho clínico pluridisciplinar, ou seja quem assina ou revê sistematicamente o mesmo.
Para isso p.ex: veja-se os manuais e bibliografias de elaboração de Guidelines, Protocolos Terapêuticos ou NOC´s Normas de Orientação Clínica disponiveis nas V/instituições.
A título de curisiosidade já repararam que as intervenções que MAIS VIDAS SALVAM encontra-se devidamente PROTOCOLADAS e sistematizadas em algoritmos de decisão para o treino e aplicação, não dependendo de prescrição clinica em tempo real (P. Ex: S.A.V., S.B.V., P.N.V.). Ou até o protocolo de DAE utilizado por pessoal não clinico - mais que uma questão profissional ou gestionária, é um direito e dever de cidadania...
Att
N Inacio
 
D.E:

Desculpe, mas pelo que pude ler do seu post, ainda lhe falta muito para perceber o que o professor Abel tenta transmitir...há já muitos anos!
Fui aluna dela em vários contextos e nunca nenhum professor me faz pensar tanto nem desconstruiu tantas ideias pre-concebidas.

É sem dúvida umz das melhores cabeças a pensar enfermagem e uma pessoa com imensa capacidade de argumentação e coerencia.

Também acho que daria um excelente bastonário.

De teoricos precisamos...e muito! Tal é desorientação que se vive hoje nos enfermeiros portugueses.

Dos professores que conheci...foi talvez o que mais me alertou para os aspectos da importãncia da ligação entre teoria e prática.

Quanto ao facto do DR. ENFERMEIRO querer ser médico...olhe, já dei para esse peditório.

Da mesma forma que o acusa de teorico eu o acuso de querer construir a profissão à imagem da sua frustração...

há uma questão de principios que o Dr. enfermeiro se recusa a ver na sua coerencia e continua a insistir na sua visão redutora da profissão.

Pergunto novamente: Se acha que prescrever o vai ajudar a ajudar melhor os seus doentes ...porque não tira o curso de medicina?
 
Todos temos o direito de opinar sobre os mais diversos aspetos e por isso respeito o artigo. Mas muito sinceramente não concordo com o exposto. Houvessem mais Abel Paivas neste país e sobretudo há mais tempo e estaríamos muito melhor neste momento. Houvesse Ordem dos Enfermeiros na mesma proporção e seria perfeito.

 
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