quinta-feira, janeiro 27, 2011

Fórmulas, dotações e companhia...



Diz o povo que "em equipa que ganha, não se mexe". O contrário também será válido - "em equipa que perde, impera a concretização de alterações e respectivos afinamentos" (conjecturo que o possível ditado se consubstancie em algo parecido). 
Este último raciocínio também se presume válido para tudo o que a estratégias e intervenções diga respeito.
Isto para dizer que apesar do período negro que se atravessa, Sindicatos e Ordem dos Enfermeiros vão mantendo as mesmas filosofias interventivas. O resultado está à vista: desemprego, desmotivação, precariedade, desvalorização profissional, etc.
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No site da Ordem dos Enfermeiros é possível ler a seguinte informação (aos membros e comunicação social): "Audiência com Ministra da Saúde sobre dotações de Enfermeiros, implementação do Modelo de Desenvolvimento Profissional e reformas em curso". Começa da seguinte forma: "É já amanhã, 27 de Janeiro...".
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No que diz respeito ao Modelo de Desenvolvimento Profissional, vulgo MDP, é fácil de prever que a sua estrutura e modo de operacionalização estarão seriamente comprometidos. 
Em primeiro, a harmonia que se exigia, em consonância com uma estrutura de carreira adequada, ficou afectada, recentemente, com a negociação desta. As expectativas dos Enfermeiros saíram goradas no que concerne ao reconhecimento da sua valorização académica e profissional. O desfasamento entre os dois vértices do mesmo eixo acentuou-se notoriamente.
Em segundo, parece-me que, no actual momento, será difícil desenvolver um quadro comum que sirva de base estrutural ao MDP.
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No que diz respeito às dotações, a negociação das mesmas é bastante complexa. É necessário partir do pressuposto de que analogias e interpolações não servem à nossa realidade. 
Interessa analisar em rigor o que são aqui, em Portugal, os cuidados de Enfermagem. Importa avaliar e conceber um novo perfil de actuação/competências dos Enfermeiros, e só no fim aferir fórmulas realistas que permitam estabelecer as dotações de acordo com os vários contextos.
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Mas atenção, acordar fórmulas não basta! Interessa exigir uma plataforma legal onde constem os requisitos mínimos de dotações em Portugal, sob pena do serviço/actividade em questão não ser validado e a respectiva idoneidade certificada, o que significa que, eventualmente, sem as respectivas dotações mínimas não funcionariam. 
Só desta forma é que a dotações dos Enfermeiros deixarão de estar à mercê de Administradores com imaginação, Enfermeiros-Directores ignorantes ou de Presidentes que roubam aqui para dar ali.
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Acima de tudo não esquecer que a Enfermagem é uma profissão inserida num mercado sócio-económico, que se rege pelas mesmas regras de todas as outras.

Comments:
Como seria óbvio as dotações seguras deveriam incluir as diversas especialidades de enfermagem....

Mas ... com a actual carreira ... o MDP ...

Etc ...
 
Boa Noite
Eu sou Enfermeira e gostaria de falar com o colega de uma forma mais privada, de forma a me poder ajudar numa situação. haverá possiblidade de comunicar-mos por mail?
O meu mail é aureafer@gmail.com

Obrigado

Áurea Ferreira
 
Áurea,
poderá contactar-me por mail (doutorenfermeiro@hotmail.com) ou facebook.
 
Com o regresso ás teorias bacocas de Enfermagem (voltou a ser dado nas Escolas Enf. a Virginia e outros que tais), totalmente desfasadas das nec. actuais resta-nos (já que nunca fomos capazes de ser objectivos) olhar para as competências dos Técnicos Auxiliares de Saúde e tentar construir algo concreto e objectivo que nos diferencie e nos afaste da situação em que estamos. As leis do mercado imperam e vão imperar nos próximos 20 anos. Muitas profissões já o perceberam; os Enfermeiros acham que a saída é andar para trás. Errado.
Não estamos nesta situação por acaso.
É nec. impedir o erro de se apostar na retrograda "Enfermagem Avançada" (que ridículo).
É urgente competências objectivas.
 
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