sexta-feira, julho 29, 2011

A caixa da Maria Augusta (Pandora).


A Bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Enf. Maria Augusta de Sousa (cujos mandatos serão - para sempre - recordados como... desastrosos), voltou a opinar. Desastrosamente. Conseguiu cumprir oito anos de intenções e estratégias desidentificadas com a globalidade da classe. Não mostrou obra (inúmeros projectos e reivindicações ficaram pelo caminho), e as suas intervenções vacilaram entre o desconhecimento e a desadequação, claro está, com muita incompetência pelo entremeio. Alcançou a proeza de colocar o motor da Ordem dos Enfermeiros a trabalhar no sentido retrógrado relativamente a todas as outras Ordens profissionais. Desmotivou e desiludiu.


Quase no fim destes míseros oito anos, continua a querer coroar a ignorância: resolveu a abordar a questão da (in)compatibilidade público/privado, apoiando a separação extremista e rígida dos dois sectores (timing?!).

Óbvia e sensatamente, os casos devem ser analisados com maior delicadeza e prudência, assentando o raciocínio em variáveis criteriosas. Se em alguns casos poderá, tal circunstância (acumulação), resultar em prejuízos para o sector público (porque aqui está implícito que se discute o interesse do Estado), noutros os benefícios serão evidentes e imensos. 

Provavelmente um Oftalmologista (por ex.) que seja proprietário duma Clínica Cirúrgica à porta do Hospital (cenário que traduz o efeito da competitividade de actos cirúrgicos), pode ser um caso passível de análise de supostos danos. 
No extremo oposto temos uma Assistente Operacional (novamente por ex.) da vertente hospitalar (podemos continuar, se desejarem, no Serviço de Oftalmologia), que, cumulativamente, vai prestar serviço a uma qualquer instituição de cuidados geriátricos. Tal dificilmente implicará qualquer tipo de pernície para o SNS. Aliás, o sistema poderá até beneficiar com o acréscimo de experiência, dinamismo e satisfação da profissional, podendo até ser perceptível diversos (e prováveis) sub-efeitos como sejam a redução de custos e ganhos em saúde.

O problema da separação entre os dois sectores pode e deve ser analisado de várias perspectivas. As conclusões variarão do mesmo modo (um vaticínio que me parece coerente), "tal como tudo na vida" - assim afirma o povo.

Comments:
Bla, bla, bla... finalmente a sra disse foi algo de acertado... fim das acumulações! Cada pessoa um emprego. Menos desemprego, menos exploração dos trabalhadores, menos cansaço e indisponibilidade para o público. Sim, é verdade, os enfermeiros já não vão poder dizer que ganham tanto como um médico (trabalhando para isso 4 vezes mais).
 
MAS ELA CONTINUA A FATURAR DANDO UNS MAUS BITAITES . DEIXE O TACHO A ALGUEM QUE POSSA FAZER MAIS PELA ENFERMAGEM
 
Completamente e acordo com a frase entre aspas, desde que a exclusividade seja paga como tal!

Mais...estou em crer que, tal separação/impedimento, seria benéfico para os doentes e para os trabalhadores da Saúde.
 
Grande Maria Augusta, tem todo o meu apoio.
vai-lhe tocar no bolso dr. enfermeiro.
 
Esta mulher só diz asneiras!
 
Secalhar...foi esta a primeira vez que a senhora disse algo acertado. Não me parece descabido que haja separação entre público e privado.Acabam-se com os duplos empregos na enfermagem, dando lugar aos colegas que estão no desemprego. Por outro lado, os colegas que estão em duplo ou triplo emprego, estão mais disponíveis para os doentes, menos cansados, e vão deixar de sair mais cedo ou chegar mais tarde ao serviço. Vão deixar de fazer maratonas de 24h seguidas a trabalhar e chegar ao serviço pra fazer noite e estarem mortinhos pra se esticarem num cadeirão. Se ser enfermeiro é cansativo e uma profissão de risco, então não justifica que se trabalhe a dobrar ou triplicar, dobrando ou triplicando esses riscos. Caso contrário, estaremos a dar razão ao povo quando diz que "se os enfermeiros trabalhassem assim tanto,não teriam forças pra ir ainda trabalhar pra outros locais". Ahhh...ainda existem colegas que depois de reformaddos, com reformas acima de 2000 euros, ainda vão para o privado trabalhar em horário completo, impossibilitando assim tb os mais novos de ingressarem no mercado de trabalho.Estão velhos e cansados pra trabalhar no público mas já estão frescos para o privado.
E assim vai a enfermagem.....
 
eu por acaso concordo com as acumulações!
vejamos: tenho o meu emprego no público mas tenho a minha empresa (privada).
agora é óbvio que se me for exigido a exclusividade espero que seja paga como tal!
mas não é isso que se passará com os enfermeiros.
por outro lado: discordo totalmente com a acumulação no público; aí sim é ridículo, incompreensível e chico-espertice.
 
Pois é Enf. Maria Augusta de Sousa. Eu largo o duplo e a OE garante-me que ganho o equivalente ao seu salário, pode ser?
 
Respeito é bonito e fica-nos bem
 
Mais uma posição que só contribui para descriminar ainda mais a classe de Enfermagem relativamente a outras profissões...
Se os Enfermeiros auferissem aquilo que é justo nos seus locais de trabalho, reduzia-se voluntariamente de forma dramática a quantidade de Enfermeiros a acumular funções no público/provado. Mas nunca vi esta senhora a defender o justo para os Enfermeiros, mas sim o discurso fácil e demagógico!
 
Ao anónimo das 8:14PM eu acrescento apenas: deixariam também de andar cansados e por isso empurarrem trabalho para os colegas e de pedir trocas estúpidas para assegurar turnos no 2º ou 3º emprego e ainda conseguir um fim-de-semana livre.
 
Então mas será que qualquer pessoa não é livre de ter um part-time?
Aliás, só não tem quem não quer. Quem me proibe de ser enfermeiro e trabalhar noutro ramo qualquer em part-time? Até posso ser electricista, canalizador, servente, caixa de supermercado nas horas vagas! Ou não??? Agora se tiver um part-time numa qualquer clinica privada como enfermeiro, já é crime. Mas e se for osteopata, dentista ou veterinário no privado? Ou se, como um colega já referiu, tiver uma empresa privada, tenho de deixar enfermagem ou fechar a empresa. Tudo bem, desde que paguem a exclusividade!

Se não há emprego é porque as escolas (muitas de baixa qualidade de ensino) fartam-se de forjar alunos para um mercado que já está lotado há muito. E os próprios alunos, ao saberem de antemão que está lotado continuam a candidatar-se! É o mesmo que estar à beira de um precipicio e dar o passo em frente!

Saudações!!
 
Não percebo este complô contra os enfermeiros que se esforçam para levar mais algum para casa ao fim do mês, e que pagam os seus impostos, fazem os seus seguros e cumprem as suas obrigações.
Não ouço ninguém criticar os picheleiros, electricistas, médicos ou mecânicos de automóveis por trabalharem em vários locais e muitos deles nem declaram os seus rendimentos.
Não há emprego na enfermagem porque a nossa "des"ordem não regula nada, permitiu a sobrelotação do mercado; quantas pessoas estão na ordem de barriga cheia pelo que ganham nas escolas - e isto não é acumulação? Ou é só o enfermeiro que faz mais alguns turnos no privado para pagar a casa e a educação dos filhos que tem que ser recriminado; estamos num país que penaliza quem trabalha e paga impostos em vez de valorizar essas pessoas; vale mais roubar ou viver de subsidios e rendimentos minimos; Parece que é isso que querem que aconteça.. infelizmente..
 
Não percebo uma coisa: esta senhora tem a função de defender dignamente os enfermeiros certo?
Gostaria de saber porquê que existem enfermeiros com contratos de exclusividade a ganhar 980 euros?
Se isto é justo para a sra, tudo bem (para ela), se não, que defenda primeiro salários adequados ás condições de contrato e depois venha com esta conversa.

Só espero, que também isto não seja culpa dos médicos, porque e tendo em atenção os comentários que por aqui abundam, mais parece que os enfermeiros são uns anjos, repletos de valores e profissionais eximios e que TODOS os nossos problemas, existem porque existem médicos. Neste local de exposição de ideias tem de haver mais capacidade critica quanto à nossa classe, e não a outra classe profissional. Porque isto mais parece um antro de revoltados e invejosos, que em nada dignificam os colegas (Enf.)com quem trabalho e com o qual não me identifico!


ppf, LUTEMOS dignamente, sem culpar outras classes pela nossa incompetencia ou inoperância negociativa.

Cumprimentos
 
Há vantagens e desvantagens,se este fosse o mal da saúde,estava o problema resolvido.Este debate não tem sentido,publico/privado podem coexistir para todos,sejam assistentes operacionais,médicos ou enfermeiros.
Talvez se os gestores concentrassema a sua atenção e fizessem as contas certas para verem como,onde e o que se produz,repito,talvez esse caminho nos levasse a algum lado.E aqui,publico e privado teriam ambos a ganhar e tendo ambos a ganhar,as pessoas que lá trabalhem teriam tambem a ganhar com isso.
 
"mais parece que os enfermeiros são uns anjos, repletos de valores e profissionais eximios e que TODOS os nossos problemas, existem porque existem médicos"

e é verdade!!!
a partir do momento em que mais de 50% do orçamento do Min Saúde é para ordenados médicos é claro que isto é um problema! e grave. aliás isto só se passa num país de 3º mundo como este portugal dos pequeninos.
ou por acaso faz sentido um médico auferir 500€ de ordenado numa noite extra?!
muultiplique isso pelos médicos que fazem turnos extra por esse portugal.
pois é... assim também eu.
 
Desprezo fortemente a atitude passiva, submissa, retrógrada e desadequada desta srª.

8 anos em que pouco mais vez que discursos vazios, acções vaporosas, e gastar dinheiro dos enfºs para altas viagens e brutas mansões (sim pq os enfºs são todos muito ricos e calha de mostrar ao povo que as mansões e carrõessão um optimo espelho da Enfermagem....
 
Cara colega Limonete;

Quando digo que temos de ter capacidade critica, não estou a brincar.
Só eu no meu serviço tenho enfermeiros da função publica com contratos de 35 horas, que preferem trabalhar sempre 12 horas. Sabe o que é isso? E porque são a maioria, parece-me que tem a lei do lado deles. É que realmente com este tipo de atitudes é mesmo o utente o mais beneficiado.
Depois tenho colegas que decidem, nesses mesmo turnos de 12 h dormir, porque "ando tão cançado e amanha ainda tenho clinica"! Quem é que fica com todo o trabalho?
E erros que roçam na negligencia? Nunca observou? Eu já.

E depois gostava que me informasse onde foi buscar essa percentagem dos 50%. É que para não fazermos figuras ridiculas e que são pouco dignas de profissionais académicos, é bom dizer onde foi desencantar esse numero. POrque tenho para mim, que a maior fatia do orçamente do Min. da Saude vai mesmo para a medicação.

Enfim, eu pretendo defender a minha profissão dignificando-a com atitudes dignas e não pretendo chamar a atenção para mim, insinuando que outros são pessimos, para que eu possa parecer fantástica.

Trabalhadores honestos e repletos de valores existem na enfermagem (felizmente conheço alguns) e na medicina.
Todos aqueles que são honestos trabalham em prol do seu utente, e aqui, no serviço onde trabalho chego mesmo a ter vergonha de muitos colegas. Estes enfermeiros são muita coisa, mas concerteza que "anjos", "repletos de valores" ou "profissionais eximios" NÃO são.
Às vezes, para sermos levados a sério é bom não fantasiar.
 
PAGUEM-ME O QUE ME ANDAM A ROUBAR DESDE 2004 ACRESCENTEM A EXCLUSIVIDADE QUE EU FICO A TEMPO INTEIRO NO MEU SERVIÇO A ATURAR O CHEFE ESQUIZOFRENICO E OS MEDICOS QUE DEVIAM IR PARA O MEIO DO MATO APRENDER A FAZER QQ COISA .
 
Tudo isto é muito simples....
Quantos mais lugares eu ocupar como enfermeiro, menos «sobra» para os colegas desempregados.

Relevo ainda um post acima em que se fala da «chantagem» para as trocas...

Exclusividade na Saúde sim...devidamente paga, claro.
 
Esta senhora tem razaõ, ela só tem um tacho ,já naõ precisa de outro na privada . alias tb ninguem a queria.
 
"E depois gostava que me informasse onde foi buscar essa percentagem dos 50%" - sindicato dos médicos (não está publicado, porque, convenhamos, não é para estar).

quanto às fantasias tenha cuidado, não ande perdida na internet, tenha-as em casa.
 
pois é .... não ganho como licenciada..... e ainda por cima me querem tirar a acumulação.... que mesmo assim não chega para perfazer um salário igual de 35 horas dos profissionais que são pagos como licenciados....e esteve a bastonária no sindicato!!!!!!!!! eh!!!!!!!!!!! certo???????
 
Esta mulher está reformada e a mamar na ordem pois então que vá para casa tecer casaquinhos para os seus netinhos ... não se lembra ela que é a desgraça da enfermagem e que deixou abrir inumeras escolas privadas e mais vagas na estatal para que seja impossível arranjar emprego , fechem as escolas privadas ... pois é a ordem dos enfermeiros que nada faz por eles ganha mto dinheiro por cada membro ... não lhe convém ...mas convém prejudicar quem trabalha honestamente e faz os seus descontos de facto esta senhora quando fala ou entre mosca ou sai asneira !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
 
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