segunda-feira, outubro 17, 2011

Leituras indispensáveis!

Relatório Preliminar sobre a Rede Hospitalar com Financiamento Público link

Análise da Sustentabilidade Financeira do Serviço Nacional de Saúde link

Este último é um dos documentos mais interessantes emanados nos últimos anos e um dos que encerra mais referências à Enfermagem/Enfermeiros.
Apresenta propostas para resestruturação das competências profissionais (com o enfoque principal nos Enfermeiros) e reorganização da estrutura de acessos aos cuidados. É bastante explícito quanto ao sub-aproveitamento dos Enfermeiros em Portugal. Todavia, há que referir que esta análise padece de um grave problema (o que não invalida as conclusões ou medidas propostas), que é a extrapolação de dados/rácios da OCDE no que concerna à Enfermagem, que, sabemos, não têm cabimento na nossa realidade.
Deixo um excerto-exemplo:

"Poderia ser promovida a substituição gradual de Médicos de família por Enfermeiros de família (...).
Os Enfermeiros de família nas suas consultas fariam uma “triagem” dos casos que necessitam de cuidados médicos, no seu sentido estrito, e tratariam daqueles que efectivamente precisam apenas de cuidados primários não-médicos. No caso de haver necessidade de cuidado primário Médico, sempre haveria o Médico generalista (MGF) no Centro de Saúde para atender os utentes.
(...) Dir-se-á que a primeira medida poderia passar, desde logo, pela atribuição efectiva de um Enfermeiro de família aos utentes do SNS, a par do médico de família"

Comments:
Mais uma vez enviem isto ao prof Dr Manuel Lopes da Escola de Enfermagem de Évora.
 
Isto é praticado à muito por países como o Reino Unido.
Podendo de certa forma ser rentabilizado pela correta utilização das competências dos enfermeiros especialistas. Por exemplo a vigilância de uma grávida poderia ser exclusivamente efetuada por uma enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia. Arriscando dizer que poderia desenvolver um trabalho mais abrangente do que o médico de família. que em caso de alterações ao normal desenvolvimento da gravidez, encaminhava para o médico. por outro lado, poderia igualmente poder efetuar a prescrição de alguns fármacos, habitualmente utilizados numa gravidez saudável (medicamentos não sugeitos a receita médica.
Penso que não diminuiria a qualidade de cuidados prestados à população, como até poderia melhorar, como em termos económicos seria menos dispendioso
 
Mas é que o excerto é exactamente o que os CSP precisam!!
inventam-se trabalhos para os médicos, inventa-se falta de médicos de família; fazem-se rácios ridículos de médicos/enfºs/administrativos (o 8x3).

Esta medida iria suplantar a suposta falta de médicos num ápice; o problema, é que iria tirar tacho a muitos desses médicos.. adivinha-se chiqueiro no galinheiro..
mas acredito que será o caminho!
 
Esse tempo já lá vai. Agora que o médico é pago quase ao mesmo preço do enfermeiro, já não compensa essa mudança.

Eu ia pensando era noutra coisa: desemprego. Mais desemprego.
 
obrigado pela dica
 
os links não dão
 
Existe um parecer da OMS já editado no anterior governo, em que a solução para a falta de médicos de família passaria por colocar mais enfermagem nos centros de saúde que seria o normal , mais barato e eficiente, mas , face a isso optaram por "fabricar USF", com custos acrescidíssimos;será que a troika sabe que existe a OMS? ou desconhece o trabalho de enfermagem?
 
Verifiquei os links e estão a funcionar perfeitamente.
 
Resta saber como vão reagir os actores envolvidos.

Resta também saber se esse acréscimo de responsabilidades para os enfermeiros terá algum eco nos seus porta moedas.

Gostei especialmente das propostas em relação à triagem de Manchester e ao atendemiento nos Cuidados de Saúde Primários.

Realmente só se formos cegos não entendemos que fazer depender praticamente todo e qualquer cuidado da palavra do médico, é redutor e beneficia injustamente os interesses dessa classe.

Se estas propostas forem para a frente - e espero bem que sim - a saúde em Portugal vai evoluir, em qualidade e do ponto de vista dos custos (económicos e sociais).

Enquanto o loby dos médicos é cultural e o materializam perpetuando o poder de decidir a seu gosto pessoal sobre os recursos na saúde, o loby dos enfermeiros assenta nas competências com que se apresentam ao sistema para ajudar a resolver os problemas de saúde e na saúde, ao mesmo tempo que vêm justamente valorizada a sua profissão.

Por isso defendo que haja cada vez mais enfermeiros especialistas e mestres, tendencialmente todos. Daqui as uns anos (poucos), a licenciatura estará ultrapassada e será um grau académico irrelevante, equivalente ao que é hoje o bacharelato.

O primeiro relatório também nos dá uma ideia muito clara do loby médico, quer ao nivel do nº de médicos, quer da sua distribuição geográfica. A distribuição dos hospitais, as suas áreas de especialidade, a resposta que dão às comunidades, tem sido decidida pelos médicos sem que a perspectiva de outros profissionais seja considerada. O resultado está à vista e algo tem que ser reparado pois não é viável que continuemos neste registo.

VV
 
ATENÇÃO PESSOAL O SR. MINISTRO DA SAUDE QUER PÔR TECTOS SALARIAIS AOS ENFERMEIROS!!!!!!
SÓ PODE SER GOZO!!!!!!!
ISTO SEGUNDO O CORREIO DA MANHÃ DE HOJE!!!!!!
 
Há uns anos atrás (décadas),existiam centros de saúde que prestavam cuidados de saúde tais como: obstetra/ginecologista, pediatra, estomatologia e médicos de clínica geral. O nº de enfermeiros andava na ordem de 3 ou 4 enf. para um médico.Os cuidados eram efectuados , os utentes BEM ATENDIDOS pelos profissionais, que trabalhavam com brio profissional e não em busca dos incentivos monetários como agora as USF, cada macaco no seu galho, cada um faz aquilo que sabe e lhe compete, agora com a inovação dos ACES e respectivas USF anda tudo que mete nojo, desde listas de utentes aldrabadas, indicadores aldrabados, verificados por auditorias de profissionais não imparciais, mas que pertencem ao mesmo saco!
 
hehehe isto é pagar por médicos mais baratos, a preço de saldo, médicos de segunda. E os enfermeiros todos contentes não percebem a jogada.
 
Os jornalistas do correio da manhã deixam muito a desejar em especial em relação aos enfermeiros.será que também os jornalistas vão ser atingidos?
Cá por mim se colocarem tecto salarial como os gestores não me importo ih,ih.
 
Parem de sonhar....
 
"Tecto slarial aos enfermeiros??? Deve estar a gozar!! Não é aos enfermeiros que se paga 75 euros á hora para fazer 24h e 8 das quais a dormir!! Qual é o tecto salarial que vão meter a profissionais que ganham 8 euros/h."

Anónimo

18 Outubro 2011
 
eheh isto não é pagar por médicos de segunda, é pagar a enfermeiros de primeira...
 
Será possível?
Vivemos abcecados pelo dinheiro, que se distancia cada vez mais de nós...
 
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