domingo, janeiro 01, 2012

Ano Novo, Paradigma Novo!

(Clicar para ampliar e ler)

Novo paradigma.... nova voz.... Arrojo e defesa dos interesses dos Enfermeiros e cidadãos. Discurso claro e objectivo. Postura pró-activa e vincada. Mudança estratégica e modernização da posição da Ordem dos Enfermeiros!
Pela primeira vez, na história da Ordem dos Enfermeiros, um Bastonário (Enf. Germano Couto) falou sem encriptação ou receios! Afinal a esperança saiu da caixa de Pandora
Realço o facto da jornalista ter publicado apenas uma fracção muito reduzida da entrevista, cortando muitas vezes a argumentação e a linha do raciocínio, diluíndo e subvertendo o discurso, todavia, o balanço final é muitíssimo positivo e excepcional! Uma viragem total relativamente ao paradigma anterior!

Comments:
Realmente, se a entrevista foi "filtrada" (outra coisa não seria de esperar) seria bombástica, mesmo assim foi bastante pertinente e assertiva, podemos ter a esperança de uma verdadeira mudança (pelo menos da vontade), caso não existam demasiadas forças de bloqueio.
 
Fico contente que o meu voto tenha sido neste senhor. Aguardaremos para confirmar que as ideologias passam do apregoamento para a prática, com a esperança de que certamente, o paradigma mudou. Esperemos que a arrojamento não dê azo ao esmagamento dos lobbys. A enfermagem insiste em defender os seus interesses com base em comparações com os médicos, mas será que não haveria outras vias?
Enfim, aguardaremos com expectativa.
Agora toca a trabalhar para levar isto para a frente!
 
O dr enfº está mesmo apaixonado pelo recem eleito bastonário! Vê viragem onde não vemos...O que é que aqui é dito de novo? Quanto ao nº de enfermeiros versus formação ficamos sem saber qual a real situação e real posição do futuro bastonário. Sabe de como se faz a gestão nos privados? E então já actuou, mais concretamente na zona norte? Não entre no confronto, mas afirme sim a profissão, será mais produtivo.

Já agora DE, não faça censura e publique este comentário.
OBG e bom ano
 
diz o que vai na mente e coração de muitos colegas,....estou aqui para ver e cobrar...porque de boas intençoes está o inferno cheio! Basta de conversa!
Mais atos e menos lingua!
 
mudança
 
Já sei que as más línguas e os ases do mal dizer ao desbarato vão comentar que somos tendenciosos... Talvez até o esteja a ser mas a verdade é baseada nesta evidência factual que não pode ser negada: a entrevista é excelente e nota-se a clivagem absoluta no discurso do representante máximo dos Enfermeiros.... mudança de paradigma? Sem dúvida... Desta feita em direcção à esperança! Força Germano.... Estou contigo!
 
Gostei da entrevista.

As omissões não prejudicam em nada a clareza, verdade e intenção do discurso, à exepção de um tópico que deixo para o fim.

Sobre o loby médico, nada a dizer. Está tudo dito e bem dito.

Sobre a falta de enfermeiros nos serviços de saúde, talvez o problema seja uma deficiente gestão nas organizações (públicas) e falta de clarificação das funções do enfermeiro.

Sobre o excesso de escolas, ainda alguma timidez em assumir a necessidade de fechar cursos. Está em questão não só a fraca qualidade do ensino, mas a desvalorização que o excesso de oferta no mercado de trabalho induz no valor do trabalho dos enfermeiros e consequente desmotivação no exercício da profissão. Os licenciados em enfermagem deveriam prestar provas na Ordem, à entrada na profissão e periodicamente para manterem o título de enfermeiro. Não é admissível que um profissional não tenha os conhecimentos necessários para o desempenho do seu papel e, quer queiramos quer não, as lacunas são imensas e há gente nos serviços que não sabe pura e simplesmente fazer coisas básicas. O sistema não pode continuar a tolerar gente que não tem competências atualizadas e que vivem tranquilamente à sombra da bananeira.

Sobre as chefias/liderança por mais novos, compreendo a ideia mas não vejo que a alternativa aos mais jovens seja melhor porque os enfermeiros chefes, na generalidade, não lideram as equipas na prestação de cuidados; fazem-no melhor alguns "chefes de equipa" do que os ditos enfermeiros gestores. Todo o enfermeiro que num contexto clínico vira as costas ao doente, não interessa e esta vai ser a tendência de futuro. 80% do trabalho realizado pelos enfermeiros chefes são tarefas logísticas e administrativas que podem ser realizadas por outros. Se por vezes a juventude pode significar inexperiência, o inverso pode ser bastante mais preverso porque todos conhecemos enfermeiros mais "experientes" mas que têm tanto de experiente como de incompetente ou pior ainda.

Nem uma palavra sobre os enfermeiros especialistas? Ficou omisso?
A real valorização dos especialistas não será o verdadeiro pilar dos cuidados de enfermagem que se pretendem para o futuro?

VV
 
Excelente artigo !

Aonde andava este Homem ?????

Agora sim, começo a ter orgulho em ser Enfermeiro.
Vamos mudar o rumo da Enfermagem portuguesa de uma vez por todas !

Vamos deixar de ter medo dos lobbies definitivamente !!!!

Força Germano, estamos contigo !
 
Estava ansiosa por ver a primeira intervenção do nosso bastonário e na verdade não me desiludiu nada. Finalmente alguém sem papas na língua!!
 
Dr. Enfermeiro
Tenha paciência mas não insulte a inteligência dos enfermeiros, adjectivando as posições do Enfº Germano de forma inadequada.
Esta entrevista tem apenas um adjectivo! Lastimável, estamos perdidos.
Apenas 2 notas que o justificam:
1 - Diz Germano Couto "…Faltam entre 10 e 15 mil enfermeiros em Portugal", lembra-se o que dizia V. Excia quando actual direcção da Ordem dizia que faltavam 8 mil? vá lá aos arquivos. Até prometeu um prémio a quem demonstrasse que faltavam enfermeiros em Portugal, está recordado.
2 - Diz Germano Couto que tem conhecimento que, no privado, os cuidados não são seguros por ter colegas muito jovens na chefia e no exercício.
Bem, Germano Couto foi presidente do CDRN durante 4 anos e não fez nada? era da sua responsabilidade certo?
Espero que o conselho jurisdicional esteja atento e que leia a entrevista.
E o que vai fazer para resolver isto? deve ter ficado na parte que o jornalista cortou.
 
Quem fala assim não é gago
 
Li na entrevista ....um coordenador de enfermagem num centro de saúde...
Existe esta categoria na carreira de enfermagem ....
 
"lembra-se o que dizia V. Excia quando actual direcção da Ordem dizia que faltavam 8 mil? vá lá aos arquivos."

Coloque aqui o link pf..
 
Caro DE:

Não ligue a certos comentários...

São as azias!!!!
 
Consulta pública do relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, ate 31dez!

eu enviei as minhas sugestões, e tu?
 
Consulta pública do relatório do Grupo Técnico para a Reforma Hospitalar, ate 31dez!

eu enviei as minhas sugestões, e tu?
 
Na minha opinião a Intervenção do Enf. Germano pautou-se por uma serena assertividade,

sem qualquer tipo de "ódio", mas brilhantemente contundente!

Agora é preciso, que as palavras sejam passadas à pratica!

Por isso aguardo com muita expectativa a sua tomada de posse!

Cumprimentos!

NEL.
 
Caro Dr. Enfermeiro (AKA assessor de impressa do ex. candidato e futuro bastonário):

Esta entrevista foi combinada com o intuito de marcar o terreno, mostrar trabalho e prespectivar alguma mudança. O problema surge após a sua leitura. E o facto de sofrer cortes, apenas indica a sua pouca habilidade como assessor.
Será que o problema dos enfermeiros em portugal é da responsabilidade dos médicos???
Então porque é que estamos sempre a falar de outra classe para justificar os erros dos nossos responsáveis???
Basta. Mais acção e menos palavras...
 
Mudança e para melhor, sem dúvida. A esperança renasce. Mas achei interessante a referência à falta de enfermeiros e a referência aos rácios, aquela que o DE tanto abomina(va).
 
É isto que se espera de um Bastonário. É um pequeno gesto. As grandes ações virão dentro em breve.
Feliz 2012
 
Globalmente fiquei satisfeito com esta entrevista do nosso Bastonário ao Expresso. Fico contente por ver alguém com vontade de dignificar a Enfermagem mas lamento esta postura face aos médicos. Passo a explicar: com que autoridade poderemos nós,Enfermeiros, lutar contra a usurpação de funções de que temos sido vítimas por parte de tantas classes profissionais e depois nós próprios nos propormo-nos a actos médicos?
Lamento, e muito, que se esteja a procurar uma guerra com os médicos em vez de se procurar restituir à Enfermagem aquilo que lhe pertence pela própria definição da Profissão.
Quer dizer, em vez de defendermos o que é nosso território vamo-nos por a conquistar outros territórios? Parece-me uma péssima estratégia.
 
Gostei da entrevista. Clara, em defesa da enfermagem, da saúde e dos cidadãos. E este é o papel de cada enfermeiro.
Continuo a achar, que antes da prescrição de medicamentos por parte do enfermeiro, há muitas áreas a mudar, melhorar e criar na enfermagem. Deixem isso para um futuro mais longíquo. E em relação a isso, a minha opinião é que a prescrição de medicamentos deveria ser feita pelo farmacêutico, antes do enfermeiro.
 
Caro Doutor Enfermeiro: essa sua visão cega e extremamente parcial em relação a uma entrevista, em que não se diz nada de novo e que tem informações que qualquer enfermeiro minimamente informado sabe, deixa muito a desejar. Já todos entenderam que tem uma adoração cega pelo novo Bastonário mas expressões do género “Afinal a esperança saiu da caixa de Pandora!” são tão populistas e exageradas que roçam o brejeiro. Ninguém pode criticar o trabalho da renovada ordem porque ainda não foram empossados mas também esta defesa intransigente, sem “obra feita”, ainda lhe pode trazer alguns amargos de boca. Li a entrevista com interesse, considero-a bastante pertinente mas considera-la “positiva e excepcional” é demasiada soberba!
 
Dos lóbies dos médicos sabe muito... dos lóbies da enfermagem é que já não sabe tanto.

Varemos que o gestor do blog mantem a mesma crítica feroz.
 
gostei da entrevista.
Finalmente, alguém a falar sobre os problemas reais da enfermagem!!!
Já não suportava tanto discurso sobre "éticas" da anterior bastonária! Falava, falava, falava,e não dizia nada...

Finalmente veio uma lufada de ar fresco! VIVA!!
 
Acabo de ler a entrevista e fico abismado!!!
A falta de ideias é descomunal e o discurso completamente obsuleto e levado ao colo pela jornalista e fazia as perguntas e dava a deixa para as respostas.
O bastonário ao entrar numa gerra com os médicos revela falta de inteligencia e falta de ideias, pois está a comprar uma gerra que vai perder, a começar pelos argumentos que apresenta, que revelam desconhecimento relativo aos cursos, especialidades e conteúdos funcionais. É lamentável que o meu voto tenha ido para um indivíduo que quer ver os enf a dar consultas médicas, mas admite continuar a ver fisioterapeutas a fazer profilaxias para o parto nos contros de saúde... revela falta de estratégia e bom senso.
Como é possível argumentar com horas de obstetricia??? o que é isto??? No curso de medicina não se aborda "só obstetricia" em "obstetricia", mas sim em farmacologia, fisiologia, anatomia, cirurgia, pediatria... e sabe porque Sr Bastonário, porque está a baralhar um curso tecnico com outro que integra módulos de conhecimento clinico, o que não menospreza um em função do outro.
Deveria ter explorado melhor a questão do desemprego e qualidade do ensino. Não se percebe porque não falou do modelo de desenvolvimento profissional.
Espero que os en fermeiros não se revejam nesta pobreza. Mediocre!!!
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
 
Definitivamente um novo paradigma...
Penso que estamos a começar bem...
Convidado para realizar a revista de imprensa na Sic Noticias... escolhido entre 20 "grandes" personalidades Portuguesas para comentar o novo ano no Diário Económico e agora o artigo no Expresso ( penso só que o titulo, apesar de ser verdade, poderia ser outro, menos polémico)
Que seja o inicio da viragem para um aumento da visibilidade e reconhecimento da Profissão...
Obrigado Sr Bastonário...um grande motivo de orgulho...
 
O TALIBÃ DAS BEIRAS FALA ASSIM PORQUE JÁ ESTÁ A VER O SEU TACHO MÉDICO A IR PARA O CARAÇAS! O DESEMPREGO MÉDICO ESTÁ AÍ E ELE VAI BATER COM OS QUEIXOS NELE!
 
O taliba das beiras que agora ja é doutor ja acha que "estamos a comprar umq guerra com os medicos"... Agora nos que somos escumalha ja nao percebemos nada de obstetricia, mas ele sabe tudo, porque teve um modulo "clinico".... Haja paciencia!!!
 
Ok, tudo bem, mas... não gostei do Bastonário, quando um dia destes, num canal aberto, surgiu para comentar as notícias. De facto aí ele próprio "fugia" dos comentários à Enfermagem, sendo necessário que a "pivot" o recolocasse na linha de pensamento da Enfermagem.

Pode ser inexperiência, mas ... não gostei!
 
“menos formações, mas com mais qualidade”
Ó Sr. Bastonário, diga-nos lá quais são as escolas que considera que têm pouca qualidade. Estou curiosíssimo.

“enfermeiros obstetras que é o meu caso”
Desculpe? O Bastonário é chefe de carreira (centro de saúde), tem mestrado e doutorado. Qual a sua experiência num bloco de partos?
A prova de que é errado dizer que os “enfermeiros são bons a vigiar gravidezes”, é o facto das enfermeiras, quando estão grávidas recorrerem ao obstetra e não aos seus colegas especialistas. Mais: comparar enfermeiros especialistas em saúde materna com médicos de família é uma falácia.

“os médicos só estão se forem chamados para situações patológicas”
É uma afirmação perigosa, pois coloca os enfermeiros num campo de actuação muito redutor.

“força de bloqueio”
Não é o Germano que tem não tem papas na língua. O entrevistador é que colocou a questão. Assim se apanha um “sound bite”!
Depois de uma afirmação destas, diz que não vê os médicos como adversários!?

“mudança de paradigma para libertar o medico para situações patológicas” Cuidado com a ideia que se passa ao cidadão comum…

Prescrição; "só uma certa área de medicamentos"
Sobre esta matéria, estou totalmente de acordo com o Abel Paiva.

“enfermeiro responsável com 2 anos de experiência”
Como Bastonário, espero que torne pública essa situação e que tome medidas correctivas. É o mínimo que pode fazer.

Vamos aguardar a reacção da Ordem dos Médicos, e em particular do Mendes Graça.
 
Gostei de ler todas as opiniões, contudo ainda fico perplexo nas pessoas que se escondem atras do anonimato. Engraçado que todos aqueles que preferem as criticas mais negativas sao sempre anonimos, nunca se identificam.
Gostei da entrevista, nem que seja pelo facto de ser clara e objectiva, sem circulos como a anterior bastonária. E contudo aqueles que dizes que ele diz que há enfremeiros a mais teêm razão mas devem ler bem a entrevista e não na diagonal. Bom ano 2012,

João Duarte
enf. 5-E-45932
 
Cuidado com a fasquia alta das vossas expectativas, pois a queda avizinha-se em grande.

Esperemos pelo acabar com o desemprego, com o baixar de quotas, com mil promessas para cumprir.

DE não critica na entrevista a referência à falta de enfermeiros e os famosos ratios que tanto criticou quando proferidos por outros?

E a prescrição de "pastilhas" pelos enfermeiros? Na sua opinião é este o caminho da Enfermagem?

Antecipo a queda deste blog e da sua credibilidade pelo fim da sua missão: promoção do GC
 
A Enfermagem Portuguesa não se governa com intervenções avulsas e de pouca qualidade de conteúdo na comunicação social.

Ou será?
 
É mesmo à portuguesita, preso por ter cão e por não ter... se falam, porque falam... se não falam porque não falam... vejam lá se se entendem!
Pela primeira vez temos um Bastonário que aparece nos jornais e televisão - que tem tempo de antena para falar da enfermagem e ainda assim reclamam. Afinal o que é que vocês querem?
Eu gostaria de ver discurso e crítica construtiva.
Cansei do bota abaixo!!!!
 
Bravo.... Viva o Germano.... É desta que vamos ter o reconhecimento devido, é desta que vamos ser pagos condignamente, é desta que a nossa autonomia vai ser exercida de forma plena e em função da nossa decisão, é desta que vamos ocupar lugares nos CAs das Instituições de Saúde, é desta vezes que tudo muda.... Viva o Germano... Quero-o já pra 1º ministro!
 
Os meus parabéns ao Bastonário. Começa muito bem.
Bom Ano 2012.
Com os meus melhores cumprimentos,
JB
 
Acho que acabamos de comprar uma guerra com os médicos.

Estou admirado: até o talibã das beiras, que em tempos parecia um fã incondicional do novo bastonário, parece desconfiado…

Dr. Enfermeiro, comente os pos´ts que publicou em Julho e Agosto:
http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2011/07/enfermagem-continua-facturar.html
http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2011/07/ai-docencia-quanto-os-obrigas.html
http://doutorenfermeiro.blogspot.com/2011/08/ofereco-mil-euros.html

E já reparou que lhe faltam argumentos na discussão que está a decorrer no cogitare:
http://cogitare.forumenfermagem.org/2011/12/enf-o-germano-couto-na-revista-de-imprensa-da-sic-noticias-27-de-dezembro/#comments

Colega João Duarte, concentre-se no conteúdo das críticas. Vai ver que de onda elas partem é o menos importante (desde que obviamente não sejam grosserias!). Ou já está esquecido, que durante anos, só poucos sabiam quem era o Doutor Enfermeiro?! Já agora: não nos quer deixar a matrícula do seu carro e o número de conta bancária :)

Eu não votei na lista A
 
Resposta ao ao Gostei da entrevista 6.44 PM

O que deveria dizer é que Chefia é diferente de Liderança...deveria dizer que Chefia de Enfermagem é diferente de Chefia em Geral. Está interessado em ter um Chefe não Enfermeiro?!! Diga-o e muito mais...
Deveria dizer que num Serviço, do prego ao cuidado de enfermagem TUDO é da responsabilidade do Enfº Chefe, não acha demais?? Sabe-me dizer que apoio Administrativo tem os enfermeiros cefes que critica?? A maior parte não o tem!! Até os planos de férias são os chefes que os tem que passar a limpo!!! Sabia? Deveria dizer que os enfermeiros chefes para estarem próximos dos colegas e Assistentes operacionais e mais próximos dos doentes deveriam ter apoio Administrativo que não tem!!! Mas aparecem senhores que em vez de reconhecerem estas evidências, atacam com comentários como o que fez" Sobre as chefias/liderança por mais novos, compreendo a ideia mas não vejo que a alternativa aos mais jovens seja melhor porque os enfermeiros chefes, na generalidade, não lideram as equipas na prestação de cuidados; fazem-no melhor alguns "chefes de equipa" do que os ditos enfermeiros gestores. Todo o enfermeiro que num contexto clínico vira as costas ao doente, não interessa e esta vai ser a tendência de futuro. 80% do trabalho realizado pelos enfermeiros chefes são tarefas logísticas e administrativas que podem ser realizadas por outros. Se por vezes a juventude pode significar inexperiência, o inverso pode ser bastante mais preverso porque todos conhecemos enfermeiros mais "experientes" mas que têm tanto de experiente como de incompetente ou pior ainda"

A enfermagem necessita de pessoas que sejam críticas ( do ponto de vista construtivo)

Por isso é necessário reconhecer que os enfermeiros chefes foram deixados a SÓS, por sindicatos e ordem e pelos que os atacam!! Deveria ter sido apoiados...mas eu sei porque foram alvo de ataques: Os mesmos que foram subindo na vida sem qualquer concurso, curso, os mesmos que foram subindo administrativamente estavam à espera que o seu chefe lhe deixásse o lugar...

Não vejo ninguém dizer que os enfermeiros chefes efectuam muito trabalho administrativo que os retira do front-office e que Um adminitrativo deveria efectuar esse trabalho, para assim acompanhar a prestação de cuidados. Não, o que alguns gostam é de atacar, sem todavia relfectir...

Haja paciência e bom-senso!!

E de aqui pergunto: Quantos são os enfermeiros chefes deste pais que tem apoio Administrativo??

Eu tenho que efectuar ( registar) 2 vezes as alterações ao Horário de enfermeiros a Assistentes Operacionais...

Uma para enviar à Assiduidade e outra ao encerrar o Ciclo no SCD/E...então?? Quem fala destas coisas???

Passem bem, informação e reflexão são necessárias.

Quanto ao Bastonário, necessita igualmente do nosso apoio.

Também sei que nem todos os comentadores são enfermeiros, há que distinguir...

Bom 2012
 
"O bastonário ao entrar numa gerra com os médicos revela falta de inteligencia e falta de ideias, pois está a comprar uma gerra que vai perder” (talibã das eiras dixit)

Desculpe caro colega, mas não vejo como pode isto ser uma guerra contra “os médicos”; vejo sim mais uma declaração de guerra ao corporativismo e lobbies estanques e extremamente redutores, da progressão da Enfermagem;
generalizando com o termo “médicos”, de certo que o DE, tal como eu, você, e o resto dos enfºs, referem-se ao tal lobby. eu não tenho quaisquer guerras com nenhum médico, só os que tem influência política e querem sempre asfixiar os enfºs.
 
então a antiga bastonaria dizia que referia que eram necessarios mais enfermeiros, este individuo vem referir a mesma coisa.
 
Eu acho que o enf. germano couto esteve muito bem. A falta de enfermeiros até foi frisado por ele na sic, dizendo que "faltam nos serviços". fLOR
 
Ao anónimo "Bom 2012":

Não me enquadro em nenhum dos tipos de enfermeiros que refere e reitero a minha opinião: as chefias de enfermagem não estão à altura, de um modo geral, de gerir os cuidados de enfermagem; são logísticos, administrativos, e pouco mais. Nem sequer gerem os recursos devidamente, provocando a insatisfação geral nas equipas de enfermagem.

Este é um problema sério na enfermagem, que mais tarde ou mais cedo vai vir à baila. Não é admissível que um hospital pague fortunas e enfermeiros chefes pelo trabalho que fazem. É imoral.

Quanto ao encerramento do ciclo de CDGDCE, isso faz-se em 10 minutos. Não sou chefe e sou eu que o faço nos meus turnos.
O que é que faz, como chefe, no resto das 7h e 50 minutos que recebe???

Conte aqui um dia de trabalho seu, como enfermeira chefe. Diga, desde que marca a entrada no serviço, o que é que faz. Descreva aqui as suas tarefas para que isso lhe sirva, a si, de reflexão sobre a perenidade do cargo de enfermeiro chefe nos moldes em que existe.

Quanto ao abandono a que estão, no seu entender, votados, os chefes têm mais do que merecem porque quando há uma greve, ou fingem que prestam cuidados, ou gozam folgas, ou metem férias, ou fingem que estão doentes e metem atestádos médicos. Têm mais do que merecem porque têm sido os enfermeiros a dar a cara e o salário nas greves, para que outros beneficiem das lutas.
 
Caro talibã das beiras, se soubesse o curriculo escolr da especialidade de medicina geral e familiar e o curriculo da especialidade em enfermagem de Saúde Maternae Obstétrica, se calhar nãoi teria comentado da forma que o fez... perdeu uma oportunidade de não se enterrar... a comapração dos currículos é um facto incontornável, mas se ainda tem dúvida, basta comparar uma vigilância feita por médico de família e a mesma feita por 1 EEESMO... se ainda assim tiver dúvida, pergunte a uma qualquer grávida seguida por ambos, e provavelmente a grande maioria dirá sem gaguejar: só vou ao médico porque preciso da credencial para não pagar os exames.
 
Fiquei muito satisfeito com a entrevista...
 
Os médicos são uma força de bloqueio? São!
E os camionistas que em 2008 entupiram as estradas de Portugal também!
E os enfermeiros que dormem no turno da noite também!
E os enfermeiros “segundos elementos” que não fazem a ponta de um corno, também!

Eu não quero um bastonário que seja uma imitação foleira do Marinho Pinto!

“Exportação”?
Ó Germano, eu peso 90 Kg. Quanto acha que valho no mercado das transacções?

Dr. Enfermeiro, se a jornalista “cortou a argumentação e a linha de raciocínio”, das duas uma: ou esteve nessa entrevista, ou o Germano “encomendou-lhe a publicação” deste pos´t. Que vergonha!
 
5.44. Não gostou da resposta?

Então com a 2ª ainda ficou melhor!!

Compreende-se que transborda de inveja, coisa que os médicos que alguns criticam. não tem...

Quanto ao resto, você não merece mais desperdício de tempo.

Depois do que que escreveu, fiquei a conhecê-lo melhor...

Infelizmente, temos algumas pessoas frustradas na enfermagem.

Dedique-se a outra actividade laboral, porque a enfermagem não o merece.

Não consegue analisar e discutir um assunto, mas sim atacar!!

Porque não vai para as forças armadas, ai sim tudo é feito na base do ataque...

E talvez também uma terapia, não sei se não é vitima de Burn out. fiquei preocupado consigo.

Não irei perder mais tempo consigo...


Passe bem e cuide da sua saúde.
 
E esta ???!!!

Então o "homem " ainda nem tomou posse e barraca já começa a abanar!!!???
 
Ao anonimo das 5:44 - esta a comentar o que se passa no seu serviço- não deve generalizar ... Pois sou enf chefe num centro de saude e o meu vencimento e bem suado,
Mas também posso dizer que há enf graduados que não merecem metade do salário

Como vê não podemos afirmar que todos os enf de determinada categoria não trabalham

Há já me esquecia assino o ponto todos os dias as 8h e saiu por volta das 18 ou 19h e para sua informação no dia 31 de Dezembro sai as 20:30


......afinal os enf chefes trabalham......

.....queria ver um exame sem abelha mestra........sabe o que acontece? Morre o exames
 
Há aqui algumas questões a clarificar:

1 - "“Exportação”?
Ó Germano, eu peso 90 Kg. Quanto acha que valho no mercado das transacções?"

Isto denota falta de conhecimento da língua materna. Em primeiro, "exportar" também concerne a serviços, neste caso de Enfermagem. Em segundo, "exportar" é o termo utilizado nos estudos internacionais de migração de massas profissionais.

2 - "Dr. Enfermeiro, se a jornalista “cortou a argumentação e a linha de raciocínio”, das duas uma: ou esteve nessa entrevista, ou o Germano “encomendou-lhe a publicação” deste pos´t. Que vergonha!"

Já não se pode estar minimamente informado no que à nossa profissão diz respeito? A OE é de todos nós...
 
Clap clap clap.

Excelente entrevista.

Gosto particularmente de algumas partes:
- Os enfermeiros devem fazer triagem médica. Se a coisa for complicada, mandam para o médico. (qual médico?). eu não sou criado de ninguém!
- Os enfermeiros devem prescrever alguns medicamentos, mas só so mais ligeirinhos. (porquê? porque não todos?).
- Existe falta de enfermeiros. (boa... siga).
- Médicos.. médicos.. e mais médicos. Sem a mesma conversa. Se um dia eles prolongarem o curso com um módulo de enfermagem para assim pretenderem os dois trabalhos, aí quero ver... ai isso não vai acontecer... claro que não... eles vão todos para o desemprego...

E os técnicos de análises clínicas? e os fisioterapeutas? enfim. Já vi que não vem aí nada de bom. Afinal, já nem sei bem o que somos como profissão.
 
Gosto especialmente das fotos virado para a parede. Muito bonito.
 
Sou médico, espero não ser mal tratado pois a linguagem aqui é pesada por vezes.

Devia ter dito apenas uma coisa: é preciso fechar escolas de enfermagem. Pois esse é o verdadeiro problema da enfermagem: o excesso. Não o disse e acho que nunca o vai dizer. Como não o vai fazer, corre para a frente: é preciso arranjar funções para esta gente toda que vai continuar a sair. Na verdade o que diz não é muito diferente do que dizia a anterior Bastonária em minha opinião. Como a medicina também vai atravessar tempos complicados, antevejo uma guerra fraticida que não vai favorecer ninguém e toda a gente vai perder. Pelo menos, é o que me parece.

Não sei se concordam comigo ou não, mas excesso de oferta nunca conduz a nada de bom no público. Se não resolverem isso, não resolvem nenhum problema. Na medicina, o excesso de oferta será cortado no acesso à especialidade, pois as vagas dos serviços são finitas. Ou seja, sem especialidade, o curso de medicina não serve para nada pois não se pode exercer. Na enfermagem podiam enveredar por um modelo semelhante, pois isso é da competência da Ordem.

Um abraço,

Tiago Pires.
 
Sr enf chefe do CS - já não existem enf graduados.

Depois há uma diferença enorme entre chefe e líder


Depois espera-se que o líder dê o exemplo e trabalhe ...

Finalmente em Portugal dá-se uma importância enorme ao chegar a horas e ao número de horas que se trabalha. O que interessa é a capacidade de trabalho, a diferenciação, a qualidade do trabalho, o que se faz no trabalho...

Derradeiramente, é preciso líderes - não só o "oficial chefe" dos papéis (e por vezes aos papéis...) mas também de vários elementos que lideram equipas. Esses às vezes são bem mais importantes e nada ganham com isso (e deviam ganhar... e não era preciso ordenado de oficial chefe).

Nota: No meu CS o oficial chefe não se enquadra muito na sua descrição .... mas há bons e maus profissionais em todas as áreas
 
A minha opinião:

"as chefias de enfermagem não estão à altura, de um modo geral, de gerir os cuidados de enfermagem; são logísticos, administrativos, e pouco mais"


O que me responderam (resposta de
chefe, que não leu que eu tinha dito "de um modo geral" e defende-se a dizer que sua muito sem explicar em que tarefas):

"esta a comentar o que se passa no seu serviço- não deve generalizar ... Pois sou enf chefe num centro de saude e o meu vencimento e bem suado"


O meu desafio:

"Conte aqui um dia de trabalho seu, como enfermeira chefe. Diga, desde que marca a entrada no serviço, o que é que faz. Descreva aqui as suas tarefas para que isso lhe sirva, a si, de reflexão sobre a perenidade do cargo de enfermeiro chefe nos moldes em que existe"

A resposta (esperada e atabalhoada):
"Compreende-se que transborda de inveja, coisa que os médicos que alguns criticam. não tem...
Quanto ao resto, você não merece mais desperdício de tempo.
Depois do que que escreveu, fiquei a conhecê-lo melhor...
Infelizmente, temos algumas pessoas frustradas na enfermagem.
Dedique-se a outra actividade laboral, porque a enfermagem não o merece.
Não consegue analisar e discutir um assunto, mas sim atacar!!
Porque não vai para as forças armadas, ai sim tudo é feito na base do ataque...
E talvez também uma terapia, não sei se não é vitima de Burn out. fiquei preocupado consigo.
Não irei perder mais tempo consigo...
Passe bem e cuide da sua saúde."

É caso para se dizer, Enfermagem, ao mais alto nível!
 
Concordo genericamente com a opinião de Tiago Pires, mas as profissões estão em constante mudança e por vezes é necessário algumas adaptações.

A partilha de algumas competências existe em diversas áreas e tem importantes vantagens.

Porque não ficam os enfermeiros com mais responsabilidade na área da promoção e vigilância da saúde.

Com recurso aos enfermeiros era possível estabelecer um plano de promoção e vigilância da saúde com recurso à prescrição e execução de alguns exames e verdadeiramente extensível a toda a população. isto é feito em vários países do mundo, bem mais desenvolvidos que nós.

Qual o problema de um indivíduo fazer por rotina exames pré definidos anualmente e avaliado por um enfermeiro que o poderá encaminhar para um médico (eventualmente especialista, sempre que necessário).

A tecnologia e a formação dos profissionais tem evoluído sem o devido acompanhamento na organização dos serviços e das competências dos profissionais.

Porque não se fazem regularmente hemogramas, gasiometrias, análises sumárias de urina, Rx tórax nos CS? Qual a dificuldade técnica de um enfermeiro fazer, sem apoio de mais ninguém este tipo de exames nos dias que correm, com os equipamentos e a tecnologia existente?

Estamos num país em que uma grande parte da população não faz qualquer avaliação periódica da sua saúde, em função da idade e de fatores de risco...depois aparecem os AVC e EAM, etc...vindos do "nada" e com custos enormes: sociais, económicos, familiares ....

Em relação à formação tem toda a razão. Acrescento também que não faz sentido nenhum formar profissionais de saúde para o desemprego... na saúde a prática é fundamental. Formar para o desemprego na saúde é um desperdício de tempo e dinheiro....
 
Trabalho num grande hospital de Lisboa e o que vejo no meu e em muitos serviços é os chefes terem sempre ajuda de segundos elementos para esses trabalhos administrativos ... aliás para tudo.
No meu serviço até fica uma graduada como segundo elemento a repor stocks, fazer horários e uma de reabilitação em vez de fazer reabilitação está nos cuidados gerais. Quanto à chefe, vejo-a no inicio e no final das manhãs.

IJ
 
Boa tarde. Fico espantado com algumas afirmações que leio. Ou não se trata de enfermeiros, ou então, sendo enfermeiros não deevm ser deste pais.
Então não é verdade que há escolas que não interessam a ninguem? Por acaso não recebem alunos nos vossos serviços? Qual a vossa opinião acerca deles, ou melhor, qual a vossa opinião quanto ao que são? Sim, muitos destes comentários vêeem de quem é maldoso e mal formado, de quem que já não se consegue endireitar.
Mas passando à entrevista: foi boa, excelente, não abre guerra contra ninguem, toda a sociedcade sabe disso, na verdade não temos que ter medo de ser bons enfermeiros... os bons enfermeiros são respeitados pelos médicos.
Nesta situação que atravessamos é mais que necessário haver mudança, uma nova linguagem e postura. è pena que ainda hajam comentários anónimos, mas eu entendo quem não tem coragem de exercer os seus direitos e fica à espera que outros lhe tragam de bandeja aquilo que acham que querem.
É por estas e por outras que os vemos à volta do SEP
 
FORÇA ENF GERMANO!
 
"Concordo genericamente com a opinião de Tiago Pires, mas as profissões estão em constante mudança e por vezes é necessário algumas adaptações.

A partilha de algumas competências existe em diversas áreas e tem importantes vantagens.

Porque não ficam os enfermeiros com mais responsabilidade na área da promoção e vigilância da saúde.

Com recurso aos enfermeiros era possível estabelecer um plano de promoção e vigilância da saúde com recurso à prescrição e execução de alguns exames e verdadeiramente extensível a toda a população. isto é feito em vários países do mundo, bem mais desenvolvidos que nós.

Qual o problema de um indivíduo fazer por rotina exames pré definidos anualmente e avaliado por um enfermeiro que o poderá encaminhar para um médico (eventualmente especialista, sempre que necessário).

A tecnologia e a formação dos profissionais tem evoluído sem o devido acompanhamento na organização dos serviços e das competências dos profissionais.

Porque não se fazem regularmente hemogramas, gasiometrias, análises sumárias de urina, Rx tórax nos CS? Qual a dificuldade técnica de um enfermeiro fazer, sem apoio de mais ninguém este tipo de exames nos dias que correm, com os equipamentos e a tecnologia existente?

Estamos num país em que uma grande parte da população não faz qualquer avaliação periódica da sua saúde, em função da idade e de fatores de risco...depois aparecem os AVC e EAM, etc...vindos do "nada" e com custos enormes: sociais, económicos, familiares ....

Em relação à formação tem toda a razão. Acrescento também que não faz sentido nenhum formar profissionais de saúde para o desemprego... na saúde a prática é fundamental. Formar para o desemprego na saúde é um desperdício de tempo e dinheiro...."

Concordo.
Abraço colega.
 
Estas questão de os enfermeiros terem mais responsabilidades não significa necessariamente importância ao médico, pelo contrário numa lógica de racionalização de meios (inclusive custos de formação) os médicos deviam se concentrar fundamentalmente no tratamento (o que não quer dizer que não tenham um papel fundamental a outros níveis...
Mas para que é necessário um médico para prescrever um andarilho, para prescrever um penso de uma escara, para a vigilância de pessoas saudáveis, para a saúde escolar, para a promoção da saúde em geral, etc... se acham que a formação dos outros técnicos é insuficiente, que tenham formação complementar.
Eu até acho que a profissão médica sairia mais valorizada.
Para começar deviam-se parar com os cursos de medicina em excesso ... que já existem...
 
Concordo genericamente com o que dizem relativamente ao que escrevi.

Não tenho a menor dúvida que alguns enfermeiros são mais do que capazes de exercer algumas funções médicas.

A questão para mim é outra: não há lugar para os dois com remuneração pública considerando os cuidados primários. Com a quantidade de médicos de família que vão existir, não antevejo tarefa fácil para os enfermeiros pois a questão vai ser escolher um ou outro,e não um complementar o outro. Mas isso ultrapassa-me e não posso concretizar mais.

Quanto a funções exclusivas... acho que enfermagem tem um dilema e aqui proteje-se muito mal: estão mal definidas as funções exclusivas do enfermeiro. E isto para mim é crucial numa altura em que se pretende adquirir novas competências. E digo-o porque não acredito que médicos (e mais uma vez lembro que sou médico) também não tentem fazer algumas coisas que fazem normalmente os enfermeiros em tempo de privações. A questão pode resumir-se assim: é mais fácil transformar um enfermeiro num médico ou um médico num enfermeiro? Isto pode parecer algo demasiado básico, mas em minha opinião será a resposta a esta equação.

Pela minha parte, sou demasiado jovem para ter uma voz demasiado activa ou que seja ouvida nestas questões. Procuro fazer o melhor que sei pelos meus doentes e tenho tido a sorte de ter excelentes enfermeiros ao meu lado.

Um abraço,
Tiago Pires.
 
Já agora, porque me esqueci ainda agora, volto a bater na mesma tecla: sem fechar escolas de enfermagem não há qualquer viabilidade para o crescimento da enfermagem enquanto profissão, em minha opinião.

Se o Bastonário conseguir mover influências para isso, acho que cumpre com excelência o seu mandato. Tudo o resto deriva desta primeira premissa.

Tiago Pires.
 
Não acham estranho o Dr. Enf. não ter dedicado um pos´t à brilhante (!) intervenção do Germano na Sic Notícias? Aliás, a discussão está ao rubro no blogue Cogitare
http://cogitare.forumenfermagem.org/2011/12/enf-o-germano-couto-na-revista-de-imprensa-da-sic-noticias-27-de-dezembro/#comments

E não é estranho que no pos´t relativo à entrevista do Expresso, ele não tenha deixado a discussão chegar ao fim. Atingidos os 50 comentários, o balanço não é nada animador, eis que surge um novo pos´t. Palavras para quê, Enf. Belmiro!!!
 
Colegas:

Sou enf chefe e prometo-vos escrever aqui, ou noutro post, um dia do meu trabalho. Depois disso podeis criticar-me à vossa vontade. Uma certeza porém vos garanto desde já: trabalho muito (no serviço) e leio muito (em casa), sempre em prol do doente e do colega que lhe presta cuidados. E chego ao fim do dia com a consciência. E chego ao fim do mês e apesar de 29 anos de serviço, duma especialidade e de um mestrado em gestão de unidades de saúde, chego ao fim do mês como dizia com um ordenado inferior ao de muitos colegas que acumulam horas suplementares e extraordinárias.
 
Srº Enfº Chefe escreve-se enxame e não exame ai esse pretuguês!!!!!
 
Sou enfermeira e concordo com o Dr. Tiago Pires.
Há uma coisa que me entristece deveras, que é observar a massificação de profissionais de enfermagem saídos das escolas e, para compensar, a invenção de competências para as novas eras dos enfermeiros. Como refere o Dr.º Enf.º, "as profissões estão em constante mudança e por vezes é necessário algumas adaptações", no entanto, é urgente compreendermos que, enquanto não formos capazes de reter e consolidar as nossas competências, que teimam em ser usurpadas por outros profissionais (Técnicos de Saúde, AAM, TAE's e até familiares de doentes - não confundir com autonomia do doente e gestão da terapêutica), não deveríamos enveredar por caminhos estranhos.

Esta mudança está a implicar perdas, e, para as compensar, queremos conquistar outros horizontes. Eu, como Enfermeira "generalista" (sei que já não existe), recuso-me a prescrever medicação e a intervir em diagnósticos clínicos, é para isso que tenho muito gosto em trabalhar com médicos, altamente competentes na sua área, assim como nós, na nossa. É para isso que servem.

Peço desculpa a quem discordar, mas sinto-me na liberdade de expor a minha visão:

A enfermagem (geral) é a ciência que estuda as necessidades humanas básicas de um indivíduo/família, na sua comunidade/cultura e as suas alterações, com tudo o que isso implica. A nossa função é "educar" a pessoa a ter um projecto de vida saudável, ou adaptar-se à sua doença e a preservar a sua saúde restante, preparar a sua morte, apoiar a família, incentivar autonomia e o autocuidado. A nossa função é substituir o doente e/ou a família, quando eles não são capazes de assegurar estas conquistas nas suas vidas.

A enfermagem não é a ciência do diagnóstico e tratamento de doenças. Existem imensidades de intervenções de enfermagem a realizar para cada contexto e para cada família - precisamos de nos focar mais nas nossas funções. Quando elas estiverem salvaguardadas, avancem para onde o vento vos levar.

(Saúde Escolar/Ed. Sexual nas escolas? Cuidados Domiciliários? Preparações de alta vergonhosas? Consultas de Cuidados de Saúde Primário vergonhosas? Sessões de Educação para a saúde ausentes? Ensinos e preparação da família vergonhosas?)

Às vezes quando se quer fazer tudo, não se faz nada de forma excelente.

E peço desculpa, mas eu, que ainda sou fedelha, daqui a uns anos é o que quero ser, é uma excelente enfermeira. A prescrição da medicação, deixam-na lá com os médicos e, SIM, para os enfermeiros especialistas (alguns fármacos, nalgumas situações). E para autonomia? É para isso que existem os protocolos.

Só vim para enfermagem porque achei que esta era uma profissão cientificamente autónoma, dignificante e enorme (responsabilidade, gratificação, conhecimentos, o que quiserem).
Já tenho que trabalhar um mundo, para assegurar que os meus doentes recebem cuidados de qualidade - não quero prejudicar essa qualidade sobrecarregando-me ainda de mais trabalho, exercendo funções que não são minhas. Primeiro é urgente arrumarmos a nossa casa.

E já agora, fechem lá o raio das escolas ou bloqueiem o acesso ao título de enfermeiro com uma triagem de qualidade - porque os mercados têm a voz mais alta da sociedade.

(PS: e sim, sou anónima, isto é uma discussão intelectual, a única coisa que interessa para aqui é a minha opinião e a sua discussão construtiva ;D)
 
(PS 2 - aos enfermeiros que criticam a qualidade das escolas de enfermagem mas depois não são capazes sequer de ser exigentes e congruentes ao ponto de chumbar alunos em estágio, sorrindo aos professores e aos seus certificados para posteriores investimentos - dois dedos de reflexão, hum?)
 
Agora sim, habemos Bastonário a SÉRIO!!!!
 
Anónimo das 9'22h:
Fico a aguardar a descrição do seu dia de trabalho. Nao estou a brincar nem a ser ofensiva, mas a discutir aquilo que tem sido protegido na enfermagem como um tabu e que respeita a todos os que estão envolvidos nos cuidados de enfermagem. Compreendo que alguns chefes nao gostem que se exponham publicamente as insuficiências do sistema, especialmente quando estiveram do lado do problema e nao das soluções. Porém, nao estou longe da verdade quando concluo que a carreira que vamos ter reflete justamente esse laxismo das chefias, a falsa autoridade de que se muniram, o intelectualismo e a fuga da pratica dos cuidados, a aura dos "gestores", a hierarquização informal e manipulações que colocou ao serviço dos chefes uma corja de enfermeiros preocupados em os servir numa atitude corrupta, corrompida pelos interesses pessoais alcançados com privilégios vergonhosos. A imoralidade foi excessiva e por isso nao sinto que os enfermeiros chefes, a continuarem a exercer nos moldes atuais, seja, de um modo geral, uma mais valia para os cuidados de saúde.
Como em tudo na vida, pelo pecador paga o justo. Desses justos também conheço alguns, mas são muito poucos e os restantes são a maioria que infesta a enfermagem com manias e tiques intoleráveis.
 
Ui...que medo!

Germano...essa atitude é típica de velhos do restelo! Não caminhes por aí...sabes ser mais e ser melhor!
 
Ora que bom ver Enfermeiros e Médicos (Tiago Pires) a tocar numa TECLA ESSENCIAL: é urgente fechar Escolas de Enfermagem (e há para aí algumas que é de bradar aos Céus) e estas novas Faculdades de Medicina. Estas instituições visam apenas uma coisa: dar trabalho a uns quantos incapazes (enfermeiros e médicos que não querem exercer a sua profissão) que tiraram um doutoramento sabe-se lá em quê e onde; e ainda enganar os jovens dizendo-lhes vais ser Enfermeiro, vais ser Médico e DEPOIS ACABA TUDO NO DESEMPREGO. É QUE HAVENDO GENTE A MAIS AOS JOVENS SERÁ DADO A ESCOLHER ENTRE O DESEMPREGO E TRABALHAREM POR UMAS MIGALHAS E SEGUNDO OS DITAMES DE UM "EMPREITEIRO DA SAÚDE" QUE VISA TÃO SOMENTE O LUCRO E QUE NÃO QUER SABER DE BOAS PRÁTICAS. E se dúvidas há que se olhe para o estado da Enfermagem em Portugal e do que será a Medicina em muito poucos anos. NÃO PODEMOS ENGANAR OS JOVENS E NÃO PODEMOS ANDAR A DEITAR DINHEIRO AO LIXO DANDO FORMAÇÃO SUPERIOR PARA DEPOIS ESSAS COMPETÊNCIAS ADQUIRIDAS NÃO SEJAM EXERCIDAS. O problema é que há verdadeiras máfias da educação a que se lhes juntam Presidentes de Câmara que gostam de dizer que na sua terra têm uma Escola de Enfermagem ou uma Faculdade de Medicina e ainda Governos que em vez de resolver os problemas sobejamente conhecidos da Saúde preferem atirar dinheiro e jovens para cima do problema sem verem que estão A DEITAR GASOLINA PARA CIMA DO FOGO. A formação de profissionais extremamente diferenciados tem que ser muito bem planeada para evitar-se desperdícios porque ao serem muito diferenciados não só a sua formação é cara como são naturalmente menos adaptáveis que os não diferenciados (um individuo com o 9º ano tanto trabalha no café, nas obras, nas limpezas ou noutra coisa qualquer - que são e serão sempre trabalhos úteis, necessários e respeitaveis).
 
"Sou médico, espero não ser mal tratado pois a linguagem aqui é pesada por vezes.

Devia ter dito apenas uma coisa: é preciso fechar escolas de enfermagem. Pois esse é o verdadeiro problema da enfermagem: o excesso.”

Completamente de acordo meu caro!
As escolas-cogumelos vieram banalizar a Enfermagem, com notas de acesso ridiculamente baixas; com conteúdo de formação às 3 pancadas e ao estilo vão de escada;
 
Germano, Faro está consigo!!!
 
Boa tarde ao Sr Tiago Pires - um grande pensador. E tb à Sra Enfermeira das 11.01; pois, concordo de todo com ambos.
Nao sou profissional de saúde -e, tal como qq outra pessoa, tenho alguns amigos que o são,e por outro lado, já necessitei de recorrer a hospitais - por enquanto, ainda com os meus pais e por este andar, kk dia tb lá chego.
Tenho sido sempre muito bem recebido, quer por médicos, enfermeiros e auxiliares - reconheço muito valor aos respectivos estratos. No meu Mestrado (Bioética), tive vários colegas enfermeiros - tiro-lhes o chapeu! pois, são detentores de grande saber cientifico o sentido de responsabilidade. - PARABÉNS à ENFERMAGEM.
Relativamente à questão das competencias, nao vou opinar, pois não sei! Porém, gostava de ver, os varios profissionais, manterem boas relaçoes de trabalho. Relações baseadas na confiança,cordialidade, igualdade e reciprocidade. Que se acabem defenitivamente as pseudo-categorias ridiculas do Sr Dr e Sr Enf. Pois, entendo que no essencial, todos os profissionais de saúde são colegas de trabalho. Desculpem-me; mas, isto é o que
menos se vê!!!! falta de camaradagem. - afinal nao trabalham os Srs, todos para o mesmo fim???
Obrigado pela oportunidade de expressao escrita.

António Pedro (Prof de Filosofia)
 
Ao anonimo das 11.01, se diz que ainda é "fedelha" dou-lhe os meus parabéns. Expõe muito bem as suas ideias, é clara e objectiva. Diz muitas verdades que muitos com varios anos de serviço não conseguem perceber.
Concordo consigo! Primeiro valorizar a nossa profissão, novas competencias sim, mas com acordos e protocolos bem definidos e conhecidos por todos. Prescrição de medicação, concordo, em situações definidas, determinados medicamentos e como é logico quem o poderá fazer terão de ser enfermeiros diferenciados, com acrecimo de outras responsabilidades e que tenham tido acesso a formação mais aprofundada de conhecimentos, portanto concordo plenamente que seja uma competencia dos especialistas.
 
Pensei em três singelas palavras que conseguissem definir a enfermagem actual.

Massificação

Comodismo

Estatutismo

E destas uma já se disseminou tanto que se transformou numa infecção, agora mortal.
 
Vi a reportagem da sic e achei muito sensato e ponderado nas suas declarações...
 
para o finger(tip) deixa de ser invejoso, os médicos fazem o mesmo, médico cirurgioes a escaparem para darem aulas aos alunos de enfermagem, todos tem direito de ganhar por onde podem...porque haviam de os enfermeiros serem diferentes, sabe como sao os estágios de medicina nos hospitais???? akilo é tomar cafézinhos falar de carros e alguma patologia e prontos tens nota positiva boa sorte e felicidades até porque sendo o aluno nodoa ou nao ele trabalhando acaba por apreender,,,,repetir repetir repetir,,, portanto cale-se se faz favor.
 
Aguardo então a "nova" Ordem
 
"os médicos fazem o mesmo, (...) porque haviam de os enfermeiros serem diferentes".
É que nem vou comentar esta emblemática frase. Eu não quero saber o que fazem os médicos. Cada casa a cada um. Os enfermeiros deveriam ter a obrigação de ser diferentes, se querem conquistar (METADE!) das condições de trabalho de alguns médicos.
E talvez por uma questão de responsabilidade e dignificação e exigência e porque têm um papel fundamental na qualidade da formação dos estudantes, perdão, alunos? Ahhh, não, mas espere lá, nós aqui olhamos é para a nossa microesfera umbilical, de ordenados de trocos no fim do mês e que se dane a profissão. É de colegas assim que precisamos realmente. Está a fazer um óptimo trabalho o senhor das 12:14 - um óptimo trabalho a ocupar espaço...
 
A censura é muito feia. Ainda para mais quando é censura por censura dr. enfermeiro.

Um abraço, fim de participação neste blog.

Tiago Pires.
 
“"A censura é muito feia. Ainda para mais quando é censura por censura dr. enfermeiro.

Um abraço, fim de participação neste blog.

Tiago Pires.””

Esta resposta foi fabricada, não fui eu!
 
11:57

desculpa esfarrapada
 
Depois de ler alguns textos deste blog, percebo perfeitamente o porquê de alguma censura: o Dr. Enfermeiro é profundamente anti-médico.

Pela minha parte, é-me indiferente e até me revejo em alguns dos seus textos anti-médico. Pessoalmente recuso-me a ser anti-enfermeiro pois isso, em si, não faz nenhum sentido. Parece-me que acredita que grande parte do mal da enfermagem deriva da medicina. Devo lembrar-lhe que são profissões que coabitam há séculos e só nos últimos anos existiu uma degradação cabal da profissão de enfermagem.

Diga-me, com sinceridade, acredita que isso foi por culpa da profissão médica? Os problemas da enfermagem não são as competências x, y ou z, o estado, os TAE, os... sei lá... isso são tudo grãos de areia em minha opinião, que merecem com toda a certeza ser discutidos, mas são problemas menores. O problema da enfermagem é o excesso! Há um excesso completamente desumano de enfermeiros.

Resolvido isso, arrisco mesmo dizer, tudo resolvido.

Tiago Pires.
 
A enfermagem em portugal já precisava de um Bastonário sem medos e sem papas na lingua á uns 10 anos atrás para que a situação não se tivesse arrastado de mal para pior... agora já vamos tarde, perde-se poder com a crise.
 
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