sexta-feira, fevereiro 17, 2012

EESMO's: o Estado autista!



Há situações incompreensíveis e uma delas é, certamente, o actual impasse competencial dos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO).

Foi recentemente publicada a Norma 037/2011 de 30 de Setembro de 2011 ("Exames laboratoriais na Gravidez de Baixo Risco"), emanada pela Direcção Geral de Saúde (DGS), dirigida a Médicos!
A DGS, em consonância com as exigências europeias deu "prioridade à emissão de normas clínicas em matéria de prescrição de medicamentos e de meios complementares de diagnóstico e de terapêutica", produzindo e organizando várias normas (em breve serão produzidas, à semelhança, orientações técnicas para os Enfermeiros). São, supostamente, dirigidas a Médicos e Dentistas, por motivos conhecidos e relacionados com o quadro legal português que só prevê a prescrição farmacológica e de ECD's por estes profissionais. Certo? Errado (!), não só a estes, mas esta competências expande-se aos EESMO's também!

O Estado é que não sabe (ou sabe?)! Está descolado da sua própria realidade, tal como um autista! Deve ser essa a razão, porque os interesses corporativos de outros (esta coisa da "gravidez" é uma fonte de rendimento!) é que não deve ser, de certeza (na sua forma superlativa absoluta sintética)!!

De acordo com a Directiva Comunitária 80/155, no seu artigo 4, prevê que os EESMO's estão habilitados a aconselhar em matéria de planeamento familiar, vigiar a gravidez normal,  prescrever exames complementares de diagnóstico, a elaboração de programas de preparação para o parto, assistir o parto normal, executar o exame ao recém-nascido, etc, etc.
  
Esta Directiva Comunitária foi transposta para o quadro jurídico português pelo Decreto-Lei n.º 322/87, de 28 de Agosto, e pelo Decreto-Lei n.º 333/87, de 1 de Outubro, que regulamenta o acesso e a actividade profissional do EESMO. Recentemente foi publicado também o Decreto-Lei 9/2009 de 4 de Março, que consolida no seu artigo 39º as respectivas competências no nosso direito interno!

Apesar de tudo, o Estado não reconhece oficialmente estas competências. As normas da DGS comprovam (com atenção podem constatar que várias Normas têm aplicação directa para os Enfermeiros) isto mesmo!

Um ESSMO tem uma formação muito superior ao Médicos de Medicina Geral e Familiar nesta matéria, no entanto estes continuam a executar a vigilância da gravidez de baixo risco!

Existem consultas de vigilância da gravidez em várias instituições do SNS lideradas por Enfermeiros, com muito sucesso e uma taxa de  satisfação quase absoluta! Todavia, notoriamente, os EESMO estão mal rentabilizados e sub-aproveitados. Existiu, em tempos, um projecto hospitalar que previa a possibilidade dos Enfermeiros poderem internar/admitir grávidas, assim como a efectivação da sua "alta". A diferença era que os Enfermeiros poderiam assinar (e não ter de aguardar pela assinatura de um Médico), mas... foi vetado, guardado numa gaveta, selada com chumbo e afundada num rio escuro em parte incerta. Os Enfermeiros já o faziam, a diferença seria mesmo o tal malfadado rabisco!

Segundo consta, os tempos mudaram. Agora os Médicos lutam para que não existam Enfermeiros junto das grávidas. O medo... o negócio... o preconceito doutoral...

Convém dizer que alguns Médicos Obstetras de renome na praça, estagiaram em países nórdicos, sob a batuta de Enfermeiras Obstetras, que os orientaram na ciência, na técnica e na imagiologia. Muito do que aprenderam e por aqui ensinam, trouxeram de lá.

Aqui, como sempre, estamos atrasados umas boas décadas, e a teimar num paradigma de cuidados e assistência... falido e pouco eficaz. Parece que poderemos ter "sorte" (aliás, os cidadãos): este Ministério da Saúde já reconheceu que os Enfermeiros, na generalidade da classe, estão sub-aproveitadíssimos. Eu diria mesmo que estão super-sub-aproveitadissímos!

Andam os Enfermeiros com petições a exigir o cumprimento da Lei. Não deveria ser o Estado, inteligente, precavido e ponderado, a tomar a dianteira nestes domínios!? Assim se esbanja recursos e desbarata-se dinheiro! O Estado autista não pensa, os interesses pe(n)sam mais. O povo paga, mal servido.

Comments:
Este blogue é muito engraçado: num post insurge-se contra a usurpação de funções que legitimamente pertencem aos enfermeiros por parte dos técnicos de análises para no post a seguir querer a usurpação de funções dos médicos pelos enfermeiros.

Será autismo?
 
Mais uma guerra perdida, mais uma confusão nas forças de bloqueio, mais mentira, mais utopia... estará a inteligência dos enfermeiros sub-desenvolvida??? acho que não, é mesmo ódio super-hiper-desenvolvido.
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
 
E os sindicatos, continuam a não desempenhar o seu papel, ou será que esta ordem tal como a a sessante é tudo do mesmo.
 
O anónimo das 9:12 tem toda a razão. O Belmiro ainda não percebeu que da mesma forma que este blogue lhe deu uma grande visibilidade no passado, agora permite que os críticos lhe apontem o dedo com facilidade. É só comparar os post´s recentes com o que ele defendeu há uns meses e verificar as incongruências. E elas são mais que muitas…

Por isso não votei no Germano. E não estou arrependido.

Depois também é interessante a postura destes senhores: durante a campanha diziam que a Maria Augusta não tinha voz junto do poder político. Eles, ao invés, é que seriam os verdadeiros defensores da Enfermagem. Iam interceder junto do PSD.
Pois, está à vista!
Nunca tive dúvidas: ou o PSD não liga puto ao Germano, ou o Germano está apenas a olhar para o seu umbigo, colocando a Enfermagem em segundo lugar…
 
"Será autismo?"
Questiona o anónimo 9:12 AM, acerca de "...querer a usurpação de funções dos médicos pelos enfermeiros."

Não, caro anónimo. Não é autismo, é mesmo... complexo de inferioridade.
Com efeito, a maioria dos enfermeiros são "médicos frustrados" (queriam, de inicio, serem Médicos).
 
Nunca vi um blog de uma profissão agregar tanta gente de outras profissões, o que só demonstra duas coisas:
1 - a Enfermagem está num caminho de organização interna, tem ideias e é ouvida.
2 - as outras profissões que andam por aqui a destilar ódio e a remeter sistematicamente a enfermagem para estereótipos do passado, não têm consistência interna nem organização que lhes dê espaço para olharem para si mesmos.

Fico com uma expectativa muito positiva em relação ao percurso que nós, Enfermeiros, temos vindo a traçar. Este blog ilustra uma parte desse caminho.

Quanto às competências dos EE, o loby médico tem dominado, mas a pressão da quantidade e qualidade dos EE vai surtir os seus efeitos.

Sr Ministro: uma amiga minha quis aconselhamento sobre a gravidez e procurou uma consulta de enfermagem num centro de saúde. Ela queria saber informações sobre a saúde, não sobre a doença. Ela não queria uma consulta médica. Foi-lhe dito que podia ter a consulta de enfermagem, mas só se estivesse inscrita na médica e em complemento daquela.
Veja Sr Ministro, que graças a Deus não é médico, como o nosso sistema de cuidados de saúde está subjugado ao poder médico e como o cidadão é desrespeitado nos seus direitos, impondo-se não a sua vontade mas a do médico.

Sobre o privado e a mama das gravidezes seguidas nos consultários do Dr não sei quê, muito teriamos que falar. Fico por aqui para não ter que explicar os encontrões "acidentais" que se dão nos aparelhos de CTG para justificar cesarianas e respetivo aumento de honorários para os srs drs.

Haja Saúde!
 
Qualquer Enfermeiro que quisesse ser médico, PODIA sê-lo, se assim o DESEJASSE: que se saiba, até há cursos de medicina dirigidos a licenciados, no qual ingressam maioritariamente Enfermeiros. Só não concorre quem efectivamente NÃO quer ser médico - sim, porque há Enfermeiros que nunca quiseram nem querem ser médicos!! Essa história de "ai e tal os Enfermeiros querem é ser médicos" já mete NOJO. Caros srs drs queria ver-vos a trabalhar sozinhos nos serviços, nem que fosse por um dia só. PAGAVA PARA VER. O que me parece, no final das contas, é que a frustração de alguns médicos (mesmo aqueles que até já foram Enfermeiros, em tempos), é a percepção final de que, por adquirirem o Dr atrás do nome, não passaram do mesmo: pessoas de baixa moral e alta falta de escrúpulos, para já não tocar na essência do seu desempenho profissional. Durante anos a fio os médicos obstetras aprenderam a partejar com as parteiras e nem por isso foram diminuídos. De quem é afinal o complexo de inferioridade?? Ninguém quer usurpar nada a ninguém, apenas desempenhar as suas funções em pleno. Olhem senhores, para a organização dos cuidados obstétricos nos países nórdicos, reflictam e depois então pronunciem-se, em CONSCIÊNCIA.
Sim, sou Enfermeira Obstetra, com gosto em ser Enfermeira.
 
Tiro-lhe o chapéu Sr. administrador do blog doutorenfermeiro por um motivo, a sua opinião tem repercussões bastante fortes, incluise no ministério da saúde!!!!! Mexem muita gente!!
 
Sou enfermeiro e não votei no Germano.

Ainda não consegui que me explicassem esta ideia de “gravidezes normais”.
Na TV Enfermagem falava-se na prescrição por enfermeiros especialistas (SMO) de… ácido fólico!
Continuo a achar que é perigoso este caminho de confronto com as competências médicas. Comparar enfermeiros de SMO com médicos de Clínica Geral, parece-me desonesto. Tenho colegas enfermeiras, que quando estiveram grávidas não optaram por se aconselhar com os colegas. Preferiram o obstetra da clínica privada…
Quanto à questão das admissões/altas da responsabilidade dos enfermeiros especialistas em SMO, não exagere: esses são os princípios inerentes a todos os doentes. Um doente fica internado no hospital (também por via dos diagnósticos de Enfermagem) e tem alta (também de acordo com o paracer dos enfermeiros).

Dr. Enfermeiro, não lhe fica bem o uso do comparativo com os autistas. Não se esqueça que somos profissionais de saúde!

E permitam-me uma pergunta: não foi este bastonário que em campanha assumiu que ia lutar junto do Governo para defender a classe?
Está à espera do quê?!
 
Pedem trabalho à Ordem, e muito bem.
E ENTÃO, ONDE ANDAM OS SINDICATOS? PARA QUE SERVEM????????????

é tempo de grande união e não de fugir com o rabo à seringa!!!!!
 
Pedem trabalho à Ordem, e muito bem.
E ENTÃO, ONDE ANDAM OS SINDICATOS? PARA QUE SERVEM????????????

é tempo de grande união e não de fugir com o rabo à seringa!!!!!
 
Tanta hipocrisia.... Quantas Enfermeiras gravidas sao seguidas por colegas e quantas preferem o medico obstetra para o seguimento da gravidez?! Tretas....
 
Caros amigos, não me irei alongar muito neste meu comentário que, mais do que dirigido ao post do DE, serve de comentário... aos comentários.... Para que se conste, os órgãos recém-eleitos não estão a dormir relativamente a esta matéria. Mas se alguém aqui consegue provar que consegue mudar as coisas a nível político e cultural em 3 semanas ( o tempo que decorreu desde a nossa tomada de posse) então que nos ensine a andar mais depressa! O 2º ponto que quero focar é explicar aos srs. comentadores deste post que, se se dignarem estudar as leis rapidamente entenderão que a pretensão dos EESMO em nada se assemelha com usurpação de funções! a Lei 9/2009 de 4 de Março, artigo 39º é bem claro relativamente a essas competências, o Regulamento 127/2011 de 18 de Fevereiro reforça essas competências. Também a formação dos EESMO, em Portugal realizada pela via II da formação profissional de parteira reconhecida em toda a UE exige uma formação de pelo menos 18 meses ou 3000 horas em tempo inteiro, após a obtenção prévia do título de enfermeiro... se comparar essa formação por ex. com a portaria que rege a formação profissional dos medicos especialistas em medicina geral e familiar, depressa entenderam que estes, em termos de Obstetrícia e Ginecologia têm um total de 4 meses de formação.... Assim, a nossa formação em nada é inferior a daqueles profissionais. Em suma, e sem me querer alongar - porque pior cego é aquele que não quer ver, além destas pretensões serem mais do que legítimas, não são de forma nenhuma uma tentativa de usurpação de funções, não demonstram nenhuma frustração nem sentimento de inferioridade - na verdade não trocaria nem um segundo a minha formação de EEESMO com a formação de um MEMGF, nesta matéria.... o contrário se calhar verificar-se-ia. e para quem quer mais eslarecimento, existe a legislação, existe uma OE... é só procurar a informação pretendida... ela é pública! Para terminar, até existe um documento assinado por diversos médicos DA ÁREA da ginecologia e Obstetrícia que reconhecem estas competências aos EESMO.... confesso a minha perplexidade com a dificuldade que demonstram em entender a normalidadee a fundamentação destas pretensões
 
Caro EnfCyber, esse tipo de argumentação não é válido e é desconexo para o contexto dos CSP, senão vejamos:
Um EESMO de facto tem inumeras competencias tecnicas que estão sub-aproveitadas, mas o local para as aproveitar nunca devem ser os CSP. E não devem ser porque???
Os EESMO estão treinados e habilitados para o desempenho de técnicas, neste caso tecnicas obstetricas, como por ex, um parto, entre outros;
Um MGF está preparado para o exercício de uma medicina essencialmente clínica e é isso que lhe permite fazer e seguimento clínico de uma grávida que não necessite de outro tipo de consulta mais diferenciada, onde não terá que ser só necessária a presença de um obstetra.
O MGF socorre-se não só dos seus conhecimentos clínicos acerca de obstetrícia para seguir uma grávida, isso seria muito redutor, é necessário ter noções de HTA, diabetes, zoonoses, bioquimica, farmacologia etc, etc...
Só imagino em EESMO a seguir uma grávida (consulta clínica), se for em contexto protocolar muito, muito, rígido, o que seria redutor para a enfermagem.
No fundo o que quero transmitir é que as competencias de um EESMO não são compatíveis de serem aproveitas em contexto clínico, mas sim em contexto técnico e, nesse sentido, em ambiente hospitalar.
Talibã das Beiras: Sempre ao mais alto nível.
 
Caro Doutor Enfermeiro no nosso blog fizeram uma vez um reparo para não usar o termo "autista" .

Mesmo na Assembleia da República houve já um debate sobre o uso deste termo no debate politico.

Após este pequeno reparo, ora sendo eu uma interessada em ver fumo branco , sobre esta matéria.Acho que a Ordem deve reunir as "tropas" e alinhar o discurso, para que depois não haja "conversas de corredores" que sejam tiros nos pés.

Esta directiva Comunitária 80/155, há muito que deveria estar a ser implementada, mas há fortes pressões para que tal não aconteça .

É necessário que directiva Comunitária 80/155, se cumpra pois ou estamos na união Europeia ou somos corporativistas nacionais.
 
Mantenho o meu ponto e vista sobre esta matéria: comparar Enfermeiros de SMO com Médicos de CGF é um disparate. Em que posição ficam os Enfermeiros de Comunitária?!

O nosso bastonário é especialista em SMO. Eu gostava que fosse alguém “verdadeiramente” especialista, isto é, conhecedor do terreno. Não basta agarrarmo-nos às directivas comunitárias. Aliás, a crise do Euro, mostra o quão graves podem ser as consequencias da aplicação de uma regra igual/semelhante em países com muitas diferenças entre si.

Por outro lado, grande parte da discussão sobre esta matéria tem sido feita numa lógica de afrontamento à classe médica. É um erro colossal. Não devemos esquecer que saimos a ganhar se os encararmos como aliados.

Quanto ao AUTISMO, nestes comentários, também já falaram sobre isso :)
 
Está a dar um programa sobre urgências e o Pre-hospitalar na RTP. Uma coisa em grande, à Americana. Aparecem alguns médicos, muitos TAEs, técnicos de cardiopneumologia, Técnicos de Tac e de Rx, A.A.M., Administrativos e até Policias. Enfermeiros??? Aonde eles estãos? Será verdade o que vendendem na televisão, que o Pré-hospitalar e as Urgências são asseguradas sem necessidade dos enfermeiros. Os TAES correram com os enfermeiros? Ninguém vê o que está a acontecer???
 
Não tem nada a ver, mas caros enfermeiros, HÁ QUEM QUEIRA PARTICIPAR NAS REUNIÕES DA UNIÃO DE SINDICATOS DO ALLGARVE e peça quase 200€
 
Olá boa noite.
Esta discussão é de veras interessante, ou não... não sei bem que diga... Sempre que vejo estas falas dá-me vontade de dar um tiro, fico é sem saber se o dou a mim ou o dirijo aos autores de alguns comentários que aqui leio!!!
Sou enfermeiro, acho que até não sou mau, não gosto de o ser por causa dos enfermeiros/as. Não gostava de ser médico nem agora nem quando comecei esta caminhada há 20 anos +-. Não tenho raiva destes, tenho de alguns que são muito maus naquilo que fazem, mas também tenho a mesma dose de raiva, se calhar até mais, de alguns dos meus colegas, porque esses deixam uma imagem muito pobre da enfermagem. É óbvio que penso que as leis são para se cumprir, mas acho que o devem ser para isto como para tudo, não deviamos pagar imposto automóvel mas pagamos, não deviamops pagar pelos cuidados de saúde, mas pagamos, não deviamos pagar para estudar mas pagamos, não deviamos etc etc etc tec mas levamos com tudo...
Desculpem-me todos os que aqui deixam a sua opinião e tenha ofendido com a minha, mas de facto temos orgãos representativos que também são cooperativos, tendenciosos, e muitas vezes cegos na argumentação... Enfim afinal somos como os outros...
Gostava de ver uma ordem a renovar o ensino da enfermagem (pelo menos a tentar) temos especialidades ministradas nas nossas escolinhas apenas para dar algum a alguém. Especialidades de trabalhinhos de investigação, que em rigor não trazem mudança nas práticas, cursos de base a serem ministrados por todo este Portugal às cegas sem critério que seja se quer perto de uniforme, tantas coisas que deviam mesmo ser debatidas~. Não sejamos mais papistas que o papa. Ao Talibã das Beiras apenas gostaria de dizer o que um amigo meu me responde cada vez que eu digo que ele não faz nenhum " Olha ainda há muitos sítios onde podes ir tirar o meu curso e fazer o que faço". Com tanta agressividade latente dá a ideia que se calhar escolheu a escola errada onde cursar, e nas beiras existe também algumas escolas.
Abraços a todos.
César Moreira (Enfermeiro)
 
Bombeiros reclamam que Hospital Santa Maria retém as macas nas urgências
20.02.2012 22:50
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/article1356140.ece
A falta de macas no Hospital de Santa Maria está reter as macas dos bombeiros durante horas. A queixa é feita pela Liga dos Bombeiros Portugueses. Que exige uma resposta por parte do Ministério da Saúde para uma questão que, segundo as corporações atingidas, pode deixar um quartel sem capacidade de resposta às emergências.



Mais uma vez, os enfermeiros estão caladinhos…
Que diz o Germano?
Que diz o SEP?
Que diz o Enf. Chefe e o Enf. Director da Instituição?

Nada!!!!!
Talvez estejam concentrados na prescrição…

(Administração não autoriza filmagens nas urgências até ao dia 27. Curisoamente, dia em que abre o hospital de Loures!)
 
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/article1355027.ece
Casal de enfermeiros vai sair de Portugal devido à falta de emprego
20.02.2012 14:34
Por falta de alternativas um casal jovem de uma aldeia de Boticas, no distrito de Vila Real, está prestes a viver a maior aventura das suas vidas. Ambos são enfermeiros e, devido à falta de emprego em Portugal, vão emigrar para a Bélgica. Os dois conseguiram ser colocados no mesmo hospital. Uma história de quem só vê futuro no estrangeiro.



Andreia Rijo e Renato Gonçalves; 24 anos
“está difícil arranjar emprego”
“temos de construir vida”
Erasmus Hospital in Anderlecht
“hospital excelente; futuro brilhante”
“vamos ganhar mais; nível de vida melhor”
“até agora, não tínhamos trabalho e não passamos dificuldades”
“vou ter muito trabalho no Fado”
“tão cedo não quero regressar”
“Governo não dá apoio aos jovens”
Renato vai andar pela primeira vez de avião
Mãe “em Portugal não têm condições; gastamos tanto dinheiro, e agora ficam em casa parados”



Uma peça jornalística sobre um tema que está na ordem do dia: desemprego entre os jovens.
É curiosos não haver uma única palavra sobre o modo como se chegou até aqui: escolas de vão de escada (ui Sr. Bastonário…).
Também ninguém esclarece como é feito o recrutamento de enfermeiros em Portugal neste momento: factor cunha?
Quanto aos jovens que emigram: dão uma clara prova de coragem. Mas não se virem contra o Governo. Fomos nós que o elegemos!
Noto também uma amargura contra o nosso país e um elogio sem reservas ao país de destino. Cuidado com as ilusões…
 
Caro Talibã das beiras,
muito me espanta o seu comentário! como consegue dizer que formação de acordo com directivas europeias, que leis e regulamentos não são fundamento às nossas pretensões? será que só as leis, directivas e afins para os MGF é que têm validade? qual o seu cirtério para afirmar que umas prestam e outras não? diz que os EESMO, em CSP, só eventualmente poderiam exercer, se seguindo protocolos rígidos- tipo atestado de incompetência na sua autonomia-.. será que se esqueceu de referir que os MGF seguem circulares normativas da DGS para a vigilância da gravidez? ou será que não as refere porque não as conhece? falo do protocolo para a prescrição da imunoglobulina anti-D, falo das ecografias e análises clínicas - normas 23 e 37/2011- entre outras coisas.... em suma os MGF TAMBÉM têm de seguir escrupulosamente normas e protocolos específicos para a vigilância da gravidez de baixo risco.... parece que estamos "empatados neste ponto :-) e depois fala que EESMO só "serve para a sala de partos" bom, nem me vou alongar nesse ponto porque a falta de conehcimento sobre as nossas competências e sobre a nossa formação em ginecologia e obstetrícia é tão gritante que até dói... sugiro mais uma vez que se informe bem antes de dizer coisas que só revelam a sua falta de conhecimento na matéria, correndo o risco de passar vergonha com tanto disparate junto. No fundo eu ja o entendo... a nossa formação para CSP só é suficiente para exercer numa Suécia, por exemplo, onde a grávida de baixo risco nem passa pelo "MGF"... as grávidas portuguesas são semrpe bem mais complicadas e de risco certo? as suecas têm taxas de morbi-mortalidade comparaveis às nossas em obstetrícia porque.... é um milagre, certo? as nossas cometências e os meus argumentos só são válidas e aceites para o estrangeiro certo? Por favor, peço-lhe que reveja bem a sua posição e que da próxima fundamente muito bem a sua opinião, caso contrário, mais vale ficar quieto e calado. enqanto não revelar dados concretos que provem por A+B que um EESMO não pode fazer a vigilância autonoma da gravidez de baixo riso, então não darei crédito e nem perderei tempo em contra argumentar o que não foi correctamente argumentado por V. Exª.
 
As contradições do Enf. Belmiro…

Durante a campanha, teci algumas críticas a algumas intervenções da Eng.ª (o Germano chamou-lhe Dr.ª!) Isabel Vaz. Curiosamente, em matéria de horas extra, a senhora tem toda a razão. Não faz sentido que numa classe onde grassa o desemprego, haja um índice tão elevado de recurso a horas extras.

Claramente, o Paulo Macedo teve receio dos protestos que estavam já a ser organizados (particularmente por parte dos médicos) e recuou.

Quanto à análise do Dr. Enfermeiro: não caríssimo, a Eng.ª Isabel não vive noutro mundo. Vive neste mundo e neste país, e por sinal, é uma das pessoas muito conhecedoras do sector da saúde em Portugal.

Sabia que ela recusou ser Ministra da Saúde? O Paulo Macedo foi 2ª escolha.

Quando diz “complexos jogos de poder, interesses corporativos”, ficamos a perceber o modo como o Enf. Belmiro encara a realidade no mundo da saúde: os lobbies existem, e em vez de os eliminarmos, devemos continuar com eles!!!!!

Quanto às entrevistas clichénozadas, é curioso o seu ponto de vista. O Germano, quando foi à Sic Notícias, até se lhe tremeu a voz quando se falou na Sr.ª Engenheira. Durante a campanha, falou-se na Cristina Mesquita (enfermeira da ESS) e na falta de transparência no recrutamento de enfermeiros no Hospital de Loures. Todos os apoiantes do Germano (incluindo este blogue), assobiaram para o lado.

A cereja em cima do bolo vem na parte final: “poder de manipulação sobre os seus profissionais”. Não sei se deu conta, mas com esta afirmação, compromete centenas de enfermeiros que trabalham para o grupo BES (PPP-Loures, Hospital da Luz, Clipóvoa, Arrábida, Cliria, Hospital de Santiago…).

O Germano vai ter de tomar um vallium. E a Cristina Mesquita deve estar quase a desmaiar. :)
 
Senhores enfermeiros,

Tenho uma dúvida: o Eusébio não tem feito outra coisa nos últimos tempos, senão ir passar uns dias ao Hospital da Luz. Em que momento intervêm os enfermeiros? É que só se fala em “médicos” e “direcção clínica”!

Quanto a esta ideia de pôr os enfermeiros especialistas em Obstetrícia a competir com médicos Obstetras, não haja dúvida: é o espírito carnavalesco no seu melhor :)

Saudações,
Digníssimo Cirurgião da Naifa
 
O que é certo é que as EESMO grávidas vão continuar a visitar o médico obstetra. Sãu usurpados aqui e tentam usurpar ali. Muitos interesses mas muito mal definidos...
 
Caro DE vai ter que considerar fechar este blog. Dei-me ao trabalho de ler os comentários e revelam uma ignorância tal que me pareceu tempo perdido. Parece-me que este espaço privilegiado de debate se transformou numa catarse para os frustrados de várias profissões.tirando um ou outro bem intencionado, na generalidade os comentários que aqui se encontram são uma perda de tempo. Tenho até dificuldade em compreender se se tratam mesmo de licenciados e profissionais responsáveis. Se são profissionais de saúde acho que como cidadã deste país corro sérios riscos de vida se me cruzo com algum deles. Caro DE temo que este ambiente esteja bastante mal frequentado. Devia procurar companhias mais sérias e cultas. Boa sorte....
 
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