terça-feira, fevereiro 07, 2012

Gerontólogos: mais uns para o molho!


O aumento da oferta formativa ao nível do ensino superior encontrou alguns problemas, entre eles a necessidade de incrementar a possibilidade de escolha de percursos académicos. 
Este florescimento decorreu da indispensabilidade de angariação mais estudantes e assim assegurar a sustentação financeira das instituições de ensino. Deste modo, não existe um verdadeiro planeamento estratégico das necessidades formativas em Portugal, mas sim uma amálgama selvática de vagas, desreguladas, que fluem ao sabor dos interesses das várias entidades.

A solução miraculosa foi a multiplicação dos "cursos" tradicionais numa miríade de sinónimos não equivalentes, onde a denominação da "formação" varia e a usurpação é o prato principal. 
Na Saúde, por exemplo, existem meia pouco mais de meia dúzia de profissões que constituem o seu eixo humano, sobrando depois umas largas dezenas de "ocupações paralelas", de baixo reconhecimento, valor e produtividade efectiva. Sem necessidade de existência, sublinhe-se, pois o tal núcleo das principais profissões apresenta várias especializações e sub-especializações que cobrem o universo das necessidades do sector!

Agora temos os Gerontólogos, que em parceria com os Gerontologistas, tentam furar num nicho formativo já coberto por outros. Escasseiam nos locais de prestação de cuidados? Porque não os empregam, só isso.

Estes futuros "técnicos" são um mistura de Médicos, Enfermeiros, Assistentes Sociais, Técnicos Ocupacionais, Psicólogos, Auxiliares de Acção Médica, etc. Alguns planos de estudo sobrepõem-se claramente aos dos Enfermeiros (e outros)! Inclusivamente alguns destes futuros "técnicos" vão "estagiar" junto dos profissionais de Enfermagem, no seio do meio hospitalar!

Agora apercebem-se da escassez de saídas profissionais e culpam as instituições por não o empregar. A culpa devia recair sobre as entidades de ensino superior que prometem mundos e fundos, infundadamente. 
Muito antes destes profissionais, estão os de primeira linha, também sem colocação.

O Estado é autista. Corta salários e subsídios, mas continua a formar milhares e milhares de alunos, como por exemplo Enfermeiros, que saem caro ao erário público, e que depois são encostados numa prateleira. Se os pais tiverem possibilidades o ciclo vicioso continua: seguem para pós-graduação, mestrados e doutoramentos quase oferecido*, sem qualidade, que apenas alimentam o apetite voraz ensino superior.

Isto tudo para dizer que já está aí mais um grupo que está a peticionar... para usurpar.
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* - Basta ver as incontáveis teses que se produzem anualmente; a maioria, lixo.

Comments:
Na U.Aveiro os srs profs prometeram aos futuros gerontologos, no inicio do curso, trabalho rápido e fácil, as Instituições aguardam-vos ansiosamente, há grande carencia de profissionais com as vossas competencias, está a ser preparada legislação para se criar um perfil de competencias em todos os lares de 3ª idade, blá blá blá... enrolaram-nos 4 anos com fantasias e no final? NADA!!! Sigam para mestrados cá na UA!! A vida é bela e instruída... Não há seriedade no pilar da construção social - a educação! Para quando desmascarar e punir a mesma atitude nos cursos de enfermagem??
 
Não é preciso mais ninguém. Ponham os enfermeiros desempregados a trabalhar na comunidade, nos lares, na RNCCI...

Alterem a legislação dos lares... Não se percebe muito bem porque é que isso não foi feito
 
Gerontólogos, tretas. Dão-lhes meia dúzia de conceitos e ficam a pensar seres capazes de tratar das pessoas. Só os Enfermeiros têm a visão holística para poder tratar das pessoas. Cursos de treta como este têm que desaparecer. Não podemos tolerar a usurpação da tarefas da Enfermagem.
 
Alegada substituição de enfermeiros por técnicos de análises clínicas e saúde pública - Ordem dos Enfermeiros exige reposição da legalidade em prol da saúde dos utentes

A Ordem dos Enfermeiros (OE) vem publicamente repudiar por completo a alegada substituição de enfermeiros por técnicos de análises clínicas no Instituto Português do Sangue (IPS), hoje noticiada pela comunicação social. A ser verdade, trata-se de mais uma medida puramente economicista que coloca em risco a saúde dos cidadãos – algo com que a OE e os Enfermeiros não podem pactuar.
Em causa encontra-se a saúde dos cidadãos, uma vez que a recolha de sangue requer conhecimentos técnico-científicos que não se esgotam no ato da punção (introdução da agulha). Estamos a falar em concreto na capacidade dos enfermeiros intervirem em situações de emergência, garantindo uma atuação adequada e célere, caso se verifiquem reações adversas (como hipotensão marcada, por exemplo).

Da mesma forma, o enfermeiro possui competências para, durante a recolha de sangue, identificar problemas ou necessidades de saúde do cidadão, podendo prescrever cuidados ou encaminhar o utente para outros profissionais. Esta identificação de necessidades pode ser crucial, quer para a saúde do cidadão, quer para a qualidade das dádivas posteriores.

Por tudo isto, apenas se pode concluir que a escolha entre um profissional que apenas aplica uma técnica e um enfermeiro que vê o cidadão de forma integrada abre espaço ao desperdício em Saúde.

Considerando a informação a que a Ordem dos Enfermeiros teve acesso, esta é mais uma área onde se assiste à total desregulação do mercado de trabalho, não se respeitando o facto de a legislação em vigor definir que os enfermeiros não delegam funções, mas apenas tarefas. De acordo com o Artigo 10º do Decreto-Lei n.º 161/96, de 4 de Setembro, os enfermeiros só podem delegar tarefas «em pessoal deles funcionalmente dependente quando este tenha a preparação necessária para as executar, conjugando-se sempre a natureza das tarefas com o grau de dependência do utente em cuidados de enfermagem». Ora, no entender da OE, os técnicos de análises clínicas e de saúde pública não reúnem estas condições.

Este desrespeito pela legislação deve ter consequências, pelo que a Ordem dos Enfermeiros vai exigir junto do Dr. Paulo Macedo, Ministro da Saúde, e do Dr. Hélder Trindade, Presidente do IPS, que a legalidade seja reposta de imediato nas três unidades que compõem o Instituto Português do Sangue. Será informada também a Comissão Parlamentar de Saúde.

A Ordem dos Enfermeiros recorda que esta não é a única área em que as competências de enfermeiros são usurpadas por outros profissionais. São disso exemplo a administração de vacinas e injetáveis por farmacêuticos e a eventual substituição de enfermeiros por Técnicos de Emergência Pré-hospitalar, uma carreira que surgirá da evolução dos atuais Técnicos de Ambulância e Emergência.

O Bastonário da Ordem dos Enfermeiros
Enf.º Germano Couto
 
Lá estão os enfermeiros a reclamar contra outra classe...

Enfermagem, nunca deveria ser um curso do ensino superior!!
 
Bravo Senhores enfermeiros sera que iam mesmo trabalharem para lares terceira idade fazer que eles fazem por la............
Bem acho que seria um pouco puxado para vocesou nao seria mais um emprego para completar seus dias. Deixem de tretas mas o problema de existir bastante desemprego na classe e existir enfermeiros a fazerem horarios em 3 e mais lugares comecem por ai, reparem que acontece em outros paises!!!!!
 
Uma sugestão DE...
Ainda agora li que sairam 1700 enfermeiros para o estrangeiro.
QUESTÃO: Porque não exportar professores de Enfermagem e fazer com que os restantes vistam a batinha e venham com os alunos para o contexto hospitalar como antigamente. Se somos dos melhores enfermeiros do mundo é porque temos os melhores professores do mundo.
Pensem nisto: Exportação de professores.

Cumprimentos a todos
PS- Aguardo o seu comentário DE.
 
Já desde há muitos anos que adivinhava que outros iriam "apanhar" o que sobejasse da preguiça dos enfermeiros "doutores"!
 
Caros Colegas
Isto é inadmissível!
Como é que o Bastonário da OE publica neste blog que todos os dias viola o código deontológico, que é anónimo logo sem credebilidade publica uma tomada de posição.
Haja decoro.
 
Também os Enfermeiros actualmente se perdem em teorias estéreis e vazias, transições , CIPES, etc.
Cada vez sabem menos técnicas e procedimentos, forma objectiva de colocar a Enfermagem no cidadão.

De profissional de saúde o Enfermeiro tem-se transformado numa espécie de filósofo da saúde, habitando um mundo conceptual eremítico, afastado das necessidades reais da sociedade.

Obrigado escolas de Enfermagem, especialidades em barda, mestrados e doutoramentos por terem colocado os Enfermeiros numa espécie de turpor,procurando uma Atlântida Perdida, uma Enfermagem sem sentido, injectando falsas promessas de evolução num carril que nos leva à desgraça.

Engermeiros, gerontólogos e outros demais vageiam no mundo dos seus próprios confundimentos à procura de terra segura. A diferença é que os Enfermeiros já a tiveram, os segundos não.
 
anonimo das 6:10 so mesmo em Portugal e na sua cabeca triste é que Enfermagem nao devia ser um curso superior...deve ser tecnico de analises ou TAE pra afirmar isso...se entra por ai em todos os paises do mundo ENFERMEIRO é curso superior1 ja esses tecnicos nao o são ate dou o exemplo dos tecnicos de cardiopneumologia curso superior de 4 anos cá e que nem se quer existe na maior parte dos paises (basta ir a espanha)...agora o que esta a dar é tecnico superior pra isto e para aquilo e profissoes antigas e que sao pilares da saude é que nao deviam ser superiores ou entao nem existir e entao usurpa-se tudo e se reclamarem ainda se diz essas barbaridades porque eles é que estao mal e quem usurpa é que está bem...
 
Só Espero que a OE e o SR. Bastonário estejam atentos a estas questões na medida em que deverá tomar medidas que impeçam estes estagiários de serem tutelados por Enfermeiros. É importante estar atento ao conteúdo funcional para evitar usurpações!!!
 
Penso que de há uns anos a esta parte, a Enfermagem parece que abandonou os velhos.

Mesmo nos hospitais, não creio que se tenha sabido valorizar os cuidados de enfermagem ao idoso.

Há formação, há conhecimentos, há discursos, escreve-se muito, mas...

Os serviços onde a faixa etária dos doentes é mais elevada foram (e continuam a ser) o parente pobre do hospital. As condições de trabalho são normalmente inferiores às proporcionadas noutros serviços e os enfermeiros encaram a ida para os serviços de medicina muitas vezes como um CASTIGO. Quantos enfermeiros trabalham, por opção, em serviços de medicina?

Cuidar de idosos pode parecer desprestigiante, questionando-se até a aplicação de recursos a pessoas que "vegetam" ou estão próximos do fim da vida. São sempre os mesmos cuidados, são cuidados básicos, são internamentos mais longos, são cuidados que qualquer pessoa acaba por poder fazer... Sou levada a pensar que podemos delegar demasiado nos auxiliares, porque eles podem muito bem dar o banho a um velho que ali está há um mês, já sabem dar o comer, até dão as sondas, mudam as fraldas, trocam os sacos coletores, dão os comprimidos à boca, tiram os soros para os levantes, decidem quem se levanta e quem fica na cama. São tarefas que deixam de ser valorizadas, não há investimento no autocuidado, não há relação de partilha com o doente e família, não há quase enfermagem nenhuma.
Arriscaria a levantar a hipótese de que os serviços de medicina são os contextos de trabalho onde os enfermeiros mais tarefas delegam nos auxiliares. Porque seria?

E quando não se pratica uma enfermagem consistente com a filosofia da disciplina, com a melhor evidência científica, com os valores sociais e culturais, com a ética e no respeito pela deontologia profissional,... os enfermeiros podem tender a gerir mal os seus sentimentos e a não cuidar tão bem dos idosos como cuidariam de adultos, crianças... Podem não entender bem o processo de envelhecimento e não gostarem, de uma forma geral, do trabalho que se faz num serviço de idosos.

Se há outros que o façam melhor, se aparecem outros profissionais mais vocacionados para esses cuidados, para quê continuar a insistir numa tecla que já se viu que não escreve nada?

Ou a enfermagem muda por dentro e torna visível para os de fora essa mudança, ou não temos moral sequer para impedir que a sociedade se organize de outra maneira e passe a valorizar outras profissões que fazem o trabalho que nós próprios não fazemos.

VV
 
Professores impedidos de progredir em 2010 verão agora a sua situação corrigida
A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) tinha informado os diversos serviços, incluindo as escolas, que não era legalmente possível realizar progressões e alterações de posicionamento remuneratório após 1 de janeiro de 2011, ainda que ocorridos em momento anterior àquela data.

Essa orientação penalizou muitos professores que, por razões alheias à sua vontade, foram impedidos de progredir em momento adequado até 31 de dezembro de 2010. Na origem da situação estiveram, por norma, informações incorretas ou contraditórias da administração educativa (DGRHE e DRE’s) e decisões erradas das escolas. A partir daquele momento, o impedimento de progredir foi justificado com as normas orçamentais aprovadas que, deliberadamente ou não, foram incorretamente interpretadas.

A FENPROF e os seus Sindicatos vinham denunciando o problema tendo, em suas mãos, diversos processos de docentes prejudicados pela situação.

Entretanto, confrontada com a situação, a Provedoria de Justiça pronunciou-se no sentido de que “nos casos em que o direito do trabalhador à progressão ou à alteração do posicionamento remuneratório se constituiu por força da lei em momento anterior a 01/01/2011 e que não foram concretizadas por qualquer razão que não lhe seja imputável, possam sê-lo ainda hoje”. Acrescenta a Provedoria de Justiça que, em causa está “a supressão de uma omissão administrativa, devendo-se reconstituir a situação jurídico-funcional, em que os trabalhadores se encontrariam se a Administração tivesse atuado como estava adstrita no tempo devido”.

Na sequência desta informação, a DGAEP emitiu nova orientação no sentido antes referido e que o Gabinete de Gestão Financeira do MEC já assumiu junto de escolas. Assim, as escolas terão de pagar aos docentes os retroativos que lhes são devidos e enquadrá-los no escalão respetivo, resolvendo um problema que se arrastou durante mais de um ano.

Confirma-se, mais uma vez, que só quem desiste não obtém resultados e os professores, com a FENPROF e os seus Sindicatos, não desistem de lutar pelos seus direitos e contra políticas que não olham a leis para atingirem os seus fins. Dia 11 de fevereiro será um novo e importante momento dessa luta!

O Secretariado Nacional da FENPROF
8/02/2012
 
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Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!