terça-feira, fevereiro 07, 2012

O suor da gestão do BES Saúde!

"O recuo de Paulo Macedo em relação ao pagamento de horas extraordinárias a médicos e enfermeiros foi, para Isabel Vaz, uma cedência "aos interesses corporativos da classe médica".
O ministro da saúde, Paulo Macedo, "cedeu aos interesses corporativos da classe médica".

Segundo Isabel Vaz, presidente da comissão executiva da Espírito Santo Saúde (ES Saúde), o governante recuou no corte do pagamento das horas extraordinárias a médicos e enfermeiros com receio de uma greve que parasse as urgências." link
.
A Eng. Isabel Vaz vive e gere um mundo diferente. Não faz (faz, mas acha que com ela seria tudo diferente!) a mínima ideia de como é ser Ministro da Saúde ou como é gerir um Hospital Público, com todos os seus complexos jogos de poder, interesses corporativos e pressões sócio-políticas.
Se fosse Ministra cederia da mesma forma. Exactamente igual.
.
As suas entrevistas são, frequentemente, clichénozadas, sem expressão significativa no sector público. Não lhe reconheço qualquer mérito. É fácil ter sucesso gestionário num grande grupo económico da Saúde (com dinheiro e poder de manipulação sobre os seus profissionais).

Comments:
Pagar actos farmacêuticos!!!!

O que são actos farmacêuticos? "São o aconselhamento e a cedência do medicamento na farmácia! Utentes procuram cada vez mais a sua farmácia para se aconselharem e medicarem atendendo ao aumento da taxas moderadoras!!!!" - in TVI Jornal 7/2/2012
 
De fato é fácil fazer comentários quando se está longe de viver determinadas realidades e contextos.

Não sei como é que ela faz mas...Como se faz quando falta um enfermeiro??? Não se paga horas extraordinárias a quem o vier substituir??? A lei diz que o funcionário é que escolhe e que eu saiba ninguém está acima da lei.

Se se baixar o valor da hora extra os funcionários podem não estar interessados em fazer as ditas cujas. E então como é que se faz?

Vêem os gestores prestar os cuidados ou os doentes ficam sem eles???

É que tanto quanto eu sei também não se podem fazer novos contratos...

Será que essa senhora sabe disso tudo ou vive num mundo à parte??
 
Muito engraçadas estas afirmações desta gestora quando se sabe que as regras para os médicos e enfermeiros que trabalham no "seu" hospital são diferentes dos restantes funcionários públicos sendo que continuam a ser funcionários públicos e este hospital ser uma PPP e por isso mesmo não ser um hospital Privado mas PÚBLICO, que recebe dinheiros públicos e que só difere no facto de ter uma gestão PRIVADA como se pode ler em

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=533371

e noutros sítios, basta pesquisar.
 
Vergonha:
http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=49872

"Os números são avançados pelo novo bastonário da Ordem dos Enfermeiros: só nas primeiras três semanas deste ano, 200 profissionais do sector solicitaram declarações para sair do país - dá uma média de quase 10 por dia. No ano passado, mais de 1.700 enfermeiros fizeram um pedido semelhante."

Pelo menos o Germano vai tentar mudar alguma coisa...
 
Ainda sobre as horas extraordinarias. Não se esqueçam que o DL 62/79 só se aplica ao enfermeiros com CTFP. Portanto, os enf em CIT podem ficar a ver passar navios. Tambem aqui a profissão medica soube organizar-se - Negociou a contratação colectiva incluindo essa regalia.
abram os olhos!
 
Eu ainda não percebi a questão das horas extras.

Onde, em que sítio, lugar ou local, há enfermeiros a ganhar horas extras?

Em que medida é que esse número que possa eventualmente existir de enfermeiros a ganhar horas extras, justifica tanto contentamento com essa "benesse" do Ministro?

A minha realidade é outra pois trabalho num serviço onde o médico, para assegurar 16 horas de urgência interna num serviço onde será chamado quanto muito uma vezes de 3 em 3 dias, ganha a módica quantia de 480 euros. Ao fim de semana ganha 720 euros. Vai à pastelaria, vai ao cabeleireiro, vai às compras, deixa um número de télélé e leva as tais horas extras pa casa.

É com isto que devemos estar tão contentes?

Andamos todos parvos ou o Ministro não conhece a realidade?

Já me ando a fartar!

Acabem com as horas extras, obriguem-nos a trabalhar no horário de trabalho ordinário. Menos do que fazem de certeza que não conseguirão fazer e os que são gente de trabalho continuarão a trabalhar.
 
... existem enfermeiros a mais. Esse é o problema. São poucos a trabalhar e muitos no desemprego....
 
As contradições do Enf. Belmiro…

Durante a campanha, teci algumas críticas a algumas intervenções da Eng.ª (o Germano chamou-lhe Dr.ª!) Isabel Vaz. Curiosamente, em matéria de horas extra, a senhora tem toda a razão. Não faz sentido que numa classe onde grassa o desemprego, haja um índice tão elevado de recurso a horas extras.

Claramente, o Paulo Macedo teve receio dos protestos que estavam já a ser organizados (particularmente por parte dos médicos) e recuou.

Quanto à análise do Dr. Enfermeiro: não caríssimo, a Eng.ª Isabel não vive noutro mundo. Vive neste mundo e neste país, e por sinal, é uma das pessoas muito conhecedoras do sector da saúde em Portugal.

Sabia que ela recusou ser Ministra da Saúde? O Paulo Macedo foi 2ª escolha.

Quando diz “complexos jogos de poder, interesses corporativos”, ficamos a perceber o modo como o Enf. Belmiro encara a realidade no mundo da saúde: os lobbies existem, e em vez de os eliminarmos, devemos continuar com eles!!!!!

Quanto às entrevistas clichénozadas, é curioso o seu ponto de vista. O Germano, quando foi à Sic Notícias, até se lhe tremeu a voz quando se falou na Sr.ª Engenheira. Durante a campanha, falou-se na Cristina Mesquita (enfermeira da ESS) e na falta de transparência no recrutamento de enfermeiros no Hospital de Loures. Todos os apoiantes do Germano (incluindo este blogue), assobiaram para o lado.

A cereja em cima do bolo vem na parte final: “poder de manipulação sobre os seus profissionais”. Não sei se deu conta, mas com esta afirmação, compromete centenas de enfermeiros que trabalham para o grupo BES (PPP-Loures, Hospital da Luz, Clipóvoa, Arrábida, Cliria, Hospital de Santiago…).

O Germano vai ter de tomar um vallium. E a Cristina Mesquita deve estar quase a desmaiar. :)
 
Hoje ouvi a TV enfermagem e fiquei contente de saber de que os enfermeiros vão ter um espaço social de enfermeiros em Barcelos Esperemos que este projecto vá para a frente pois os enfermeiros não TÊM NADA QUANDO DA REFORMA. Secção regional do Norte está de parabens , Caro DRº Enfermeiro este projecto deve ser divulgado aqui -flor
 
Para o anónimo das 9:45:

Colega, estou de acordo que se paguem horas extraordinárias caso falte um enfermeiro. Mas não nos podemos esquecer do exagero que é nas instituições de saúde, o recurso a essa solução. Quantos atestados médicos são forjados, para desculpar o absentismo dos enfermeiros!?

Se se baixar o valor das horas extras, os funcionários fa-las-ão na mesma, simplesmente porque as instituições de saúde precisam e os profissionais de saúde precisam de ganhar uns trocos. Simples.

Quanto aos novos contratos, aí esta uma das falácias dos nossos tempos.
Enquanto nós enfermeiros (contratados ou do quadro) assobiarmos para o lado quando vemos a precariedade na Enfermagem, o país e a profissão não avançam.
Enquanto os enfermeiros directores deste país (JOBS FOR THE BOYS) não perceberem que é mais económico contratar enfermeiros, do que andar a pagar horas extras para tapar buracos, ou SIGIC´s ou incentivos para transplantes, ou 37% sobre o ordenado (horários de 42 horas), continuaremos no caminho do desperdício.
Enquanto houver enfermeiros com 2 empregos, muitos ficarão no desemprego…

Esta é a triste Enfermagem, outrora da Tia Augusta, agora do Germaninho…
 
Para colega das 8:14pm.
Parabens sera por ai que devemos pensar e refletir existir enfermeiros com varios empregos e a taparem lugares para seus colegas. ai sim vai existir muito desemprego mesmo. E sabem porque conseguem fazer varias secoes seguidas procurem nos Hospitais publicos durante a noite depois me digam............ Nao sera verdade
 
Ao anónimo das 8:14 PM, essa dos 2 empregos é uma falácia! Quer que os enfermeiros no desemprego tinham emprego porque merecem ou porque os outros não o podem ter?
Em vez de atribuir a culpa a quem é verdadeiramente responsável pelo excesso de formação de enfermeiros e pela sua baixa qualificação e capacidade profissional, o "colega" atira pedras aos próprios colegas; uma atitude típica dos enfermeiros que não conseguem ver a situação global.
Por exemplo, com o maior numero de médicos que tem estado a haver nos últimos anos alguma vez os ouviu dizer uma coisa dessas?

O trabalho consegue-se pelo mérito, pela qualidade demonstrada e pela experiência, não por imposição legal. Espero bem que essa ideia maluca nunca venha para a frente e graças a Deus vivemos num país livre onde as empresas contratam quem querem independentemente do que lhes tentem impor. Não sei quem lhe vendeu essa ideia não é totalmente falsa e uma ideia muito perigosa.
 
“poder de manipulação sobre os seus profissionais”
Esta é a questão principal nas PPP.
Isto permite ter os enfermeiros que se quer, rácios baixos, contestação zero.
É um escandalo o que se passou e passa no hospital de Braga.
Os enfermeiros deste hospital abandonados por Germano Couto enquanto presidente da SRN OE não fez nada. É só paleio e propaganda de concreto, de útil para os enfermeiros e enfermagem nada, continuamos a aguardar a intervenção da OE. É o desespero total.
 
Não é no grupo BES em que os Enfermeiros são mais explorados; Vejam o grupo Trofa Saúde, e mais concretamente o hospital da Boa Nova em Matosinhos, que descobriu nos enfermeiros uma boa oportunidade de ter mão de obra quase gratuita.
É claro que Paulo Macedo fez um recuo estratégico, face ao poder médico (e ainda bem senão os Enfermeiros ficavam a ver navios).
Fez estas concessões, e mais faria para manter o status quo do sistema. Afinal os ministros vão-se e os médicos ficam.

Quando se ataca a gestão privada, neste caso do grupo BES, está-se a ver apenas metade do filme. São inúmeros os hospitais públicos em que o desperdício é gritante, onde de quando em vez se descobrem os mais avassaladores esquemas de "burla" ao erário público, em que a cunha impera, em que a qualidade dos serviços roça a mediocridade devido à má gestão das equipas de saúde ou em que a precariedade do emprego assume proporções crescentes.

Mas a lição a tirar disto tudo é que cada vez mais a classe médica é o reboque de tudo o resto, já que o motos da Enfermegem gripou há muito tempo.
 
O Sr Enf Germano já tem a mesma cantiga da Tia Augusta: faltam Enfermeiros...
 
Vamos acabar com as SBV e transforma-las como SIV, assim acaba-e com todas as discusões.
 
Para além dos professores, há outros trabalhadores do Estado com progressões em falta. Uma falha que vai ser corrigida. «Esta situação é válida para todos os casos, independentemente de se tratar ou não de pessoal docente», disse ao «Diário Económico» o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino.


Pergunto e os enfermeiros??????
 
Recebi 2 mail´s da Ordem:

“Alegada substituição de enfermeiros por técnicos de análises clínicas.”
“Enorme vaga de emigração tem origem na falta de visão política.”

Será que alguém explica ao Germano que quando se entra em guerra com outros profissionais (por exemplo médicos; ver entrevista ao Expresso), querendo desempenhar tarefas deles, nós próprios, acabamos por ficar num aposição fragilizada?!

Quanto à emigração: o que o Sr. Bastonário não diz, é que teve um contributo decisivo nas escolas “vão de escada”. Na verdade, a enorme vaga de emigração tem origem na ganância de alguns enfermeiros, que para encherem os bolsos, dão aulas nas privadas. E depois, ainda tem a distinta lata de vir dizer que “EXPORTA” enfermeiros!!!
 
para o anonimo da 8:14

concordo consigo, mas so se for no seu hospital que paam horas extraordinárias, pq no meu temos banco de horas... e esta!!
 
Porque é que os médicos não têm horário por turnos, isso pouparia imenso dinheiro, na uls guarda nos cuidados intensivos estão cinco médicos até às 17 de segunda a sexta, a partir dessa hora fica só um a ganhar horas extras!! como se justifica que no fim de semana só fique um? O ministro não deve saber estas coisas???
 
Acho piada como é que emigram sem saber uma lingua. Pensam que vao emigrar e toca a entubar e preparar injectaveis,,, ganhem juzo nem comprem o bilhete para isso, lá fora senao dominam a lingua sois TODOS AUXILIARES!!!!
 
Reparem na nova Ordem dos Enfermeiros, no sue site. Começou a festa à nossa custa. Mais do mesmo, para pior poruqe não original. Até a "velha" lá continua. Título de um post "Órgãos estatutários reunidos no Vimeiro para definir estratégias e as Grande Opções do Mandato". Curioso, somente agora o fazem? E o que andaram na campanha apregoar? Uma farsa completa. Começam bem. esperemos pela diminuição das quotas na AG de Março. Vamos lá exigir o que prometeram.
 
O "alpinista" Belmiro impõe-se no seu Centro Hospitalar como um ditador. Que fera. Somente quer dar nas vistas. Um oportunista.
 
Para que não restem dúvidas: o duplo emprego, não sendo a única razão, é claramente uma das que contribui para o desemprego em Enfermagem.

Não se trata de atirar pedras aos próprios colegas.
A análise é simples: nenhum enfermeiro consegue “vestir a camisola” de duas instituições diferentes. Porque será que um deputado não representa dois círculos eleitorais? E porque será que o Cristiano Ronaldo só joga num clube?

Por outro lado, sejamos honestos: os colegas que trabalham em dois sítios, andam sempre com pressa. Se fizerem M e T, por volta das 14:50 já ninguém os vê. E porque é que eu só consigo sair por volta das 15:40?!

Gostaria também que me explicassem com que lata reivindicam os enfermeiros horários de 35 ou 40 horas semanais (por via da acção sindical), se na verdade, há quem esteja disposto a trabalhar 60 ou 80 horas por semana?!

Se as pessoas dedicassem mais do seu tempo a estudar fisiopatologia e farmacologia, talvez não andassem aqui a defender o duplo emprego. E certamente dariam menos calinadas. Já para não falar do uso recorrente de muletas do tipo “pergunte ao médico”.

E permitam-me: que tal dormir menos no turno da noite?
 
"A análise é simples: nenhum enfermeiro consegue “vestir a camisola” de duas instituições diferentes. Porque será que um deputado não representa dois círculos eleitorais? E porque será que o Cristiano Ronaldo só joga num clube?"


Colega, por favor,os Enfermeiros não defendem instituições, prestam cuidados.
 
Dr Enfermeiro disse:

"A análise é simples: nenhum enfermeiro consegue “vestir a camisola” de duas instituições diferentes. Porque será que um deputado não representa dois círculos eleitorais? E porque será que o Cristiano Ronaldo só joga num clube?"

Obrigado colega por defender o fim do duplo emprego na Enfermagem. São com estas pequenas,grandes coisas que se combate o desemprego que tanto nos tem afligido. Espero que o nosso novo Bastonário partilhe da sua opinião a bem de tantos colegas desempregados.
 
Embora eu não concorde que a Ordem deva proibir o duplo emprego, na verdade tenho de reconhecer que é verdade o que é dito no comentário das 12:06. A Ordem poderia, pelo menos, desaconselhá-lo.

Acabando com o duplo emprego, conseguiríamos dar trabalho a 1000 enfermeiros?
Faltam números quanto a isto (aí está uma prova de que os Sindicatos e Ordem não andam atentos)...

Conheço colegas que trabalham em 2 sítios, e nitidamente, não “dão o litro” como quem só tem um emprego.

E desculpe Enf. Belmiro, mas eu acho que se um enfermeiro percebe de fisiopatologia e afins, e se encara o turno da noite como um turno da manhã ou tarde, pois esse enfermeiro está a defender a instituição. Mais: está a ser um verdadeiro defensor da PRESTAÇÃO DE CUIDADOS, e por conseguinte, um defensor da profissão.

(que legitimidade temos nós de apontar o dedo aos médicos, dizendo que eles se fartam de dormir quando estão de banco, se na verdade, nós fazemos o mesmo no turno da noite?!)
 
Sobre o (i) "duplo emprego" e o (ii) "dormir no turno da noite":

(i)
Era melhor que não fosse necessário, pois talvez fosse sinal de melhor saúde social, económica, mental, familiar, etc., consoante o caso, pois cada pessoa trabalha em duplo pelas razões que entende.
Se prejudica os cuidados? Não é linear que assim seja. Há muitos profissionais que só trabalham 35h/s ou 40H/s e nunca chegarão aos niveis de qualidade de outros que trabalham o dobro ou mais desse tempo. Conheço vários exemplos e trabalho atualmente com uma enfermeira nessas condições. Excelente profissional. Um beijinho para ela e para os muitos que conheço e que são Bons naquilo que fazem, independentemente do cansaço das rotinas familiares, de estudarem, de trabalharem em mais do k 1 emprego.

No entanto, para os que ainda ou já não são bons, o duplo é capaz de ser mais um factor que vem agravar a má prática que já têm/tinham. O mau é mau mesmo quando tem todo o tempo e energias do mundo. É capaz de usar esse tempo a correr para se abancar no facebook ou a falar da vida dos outros, cansando-se mais do que os que andam em duplo.

(ii)
Quanto ao dormir de noite, há uma corrente atual na enfermagem que manifesta um certo asco acerca dessa questão. Fique claro que os enfermeiros não dormem no hospital. Há outros profissionais que dormem em camas reservadas para eles, sonham, ressonam, ficam chateados quando têm que se levantar para atender o doente. Não são enfermeiros.

Os enfermeiros, quanto muito, descansam umas 2 ou 3 horas de noite, ali entre as 2 e tal 3 horas e as 5 e tal, 6 horas; descansam no chão, em cima de uma mesa, num cadeirão desengonçado, numa cama vaga, num canto qualquer. Durante esse tempo, levantam-se as vezes que forem precisas para resolver problemas, que de noite são sempre muito característicos.
Quando fazem a saida de vela, o momento mais pesado, na minha opinião, do trabalho de enfermagem, já só pensam em dormir. E se de noite tiveram que se levantar 2 ou 3 vezes, têm cefaleias, lombalgias, as pernas edemaciadas, ... E sabendo-se que uma grande parte dos óbitos ocorre na madrugada, cabe ao enfermeiro a tarefa de preparar o corpo para enviar à morgue, tendo ainda que administrar toda a medicação aos vivos, assistir os doentes no posicionamento, ajudar na higiene dos dependentes, fazer as preparações para exames, vigiar de pensos e drenagens, administrar sondas, controlar as glicémias, administrar alimentação, avaliar tensões e temperaturas, recolher produtos para análise, fazer registos... Tudo isto a um número de doentes e para satisfazer necessidades em cuidados de enfermagem muito superior ao razoável e à capacidade de um enfermeiro-pessoa.

Não sei que sono é esse de que essa corrente fala, pois dormir dormimos na nossa casa, descansadinhos, sem a pressão de estarmos alerta, sem sabermos que o dia vai começar com a pressão com que começa uma saíde de vela.

Só alguém muito amargo pode dizer com o asco com que alguns aqui dizem, que o enfermeiro dorme no hospital.

Termino só com uma breve nota: sou da opinião que os alunos em ensino clínico do 4º ano sejam ensinados a descansar durante a noite, para que saiba também que todos os enfermeiros aproveitam quando podem e querem, a oportunidade de fazer uma pausa para descansar.

VV
 
Já trabalhei para o ES Saúde. Quanto aos médicos não sei, mas os enfermeiros são mal pagos e explorados até ao tutano, disso vos garanto. A Sra.Engª fala muito, mas sabe pouco e só se interessa por números. Sofri na pele por decisões tomadas por ela. Quanto ao anónimo as 12:06 digo-lhe que já trabalhei em duplo, tenho colegas no meu serviço que trabalham em duplo e nunca eu ou nenhum deles entrou mais tarde ou saiu mais cedo do seu local de trabalho. Quanto a dormir no turno da noite, só os doentes e mesmo assim é mal. Realmente gostava de saber qual é esse hospital onde se entra/sai quando se quer e se pode dormir. Que luxo!!!
Alexandra
 
Isto aplica-se aos Enfermeiros?
A notícia saiu na comunicação social e está disponível no site da FENPROF.

DR. ENFERMEIRO DIVULGUE POR FAVOR...

"Professores impedidos de progredir em 2010 verão agora a sua situação corrigida

A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) tinha informado os diversos serviços, incluindo as escolas, que não era legalmente possível realizar progressões e alterações de posicionamento remuneratório após 1 de janeiro de 2011, ainda que ocorridos em momento anterior àquela data.

Essa orientação penalizou muitos professores que, por razões alheias à sua vontade, foram impedidos de progredir em momento adequado até 31 de dezembro de 2010. Na origem da situação estiveram, por norma, informações incorretas ou contraditórias da administração educativa (DGRHE e DRE’s) e decisões erradas das escolas. A partir daquele momento, o impedimento de progredir foi justificado com as normas orçamentais aprovadas que, deliberadamente ou não, foram incorretamente interpretadas.

A FENPROF e os seus Sindicatos vinham denunciando o problema tendo, em suas mãos, diversos processos de docentes prejudicados pela situação.

Entretanto, confrontada com a situação, a Provedoria de Justiça pronunciou-se no sentido de que “nos casos em que o direito do trabalhador à progressão ou à alteração do posicionamento remuneratório se constituiu por força da lei em momento anterior a 01/01/2011 e que não foram concretizadas por qualquer razão que não lhe seja imputável, possam sê-lo ainda hoje”. Acrescenta a Provedoria de Justiça que, em causa está “a supressão de uma omissão administrativa, devendo-se reconstituir a situação jurídico-funcional, em que os trabalhadores se encontrariam se a Administração tivesse atuado como estava adstrita no tempo devido”.

Na sequência desta informação, a DGAEP emitiu nova orientação no sentido antes referido e que o Gabinete de Gestão Financeira do MEC já assumiu junto de escolas. Assim, as escolas terão de pagar aos docentes os retroativos que lhes são devidos e enquadrá-los no escalão respetivo, resolvendo um problema que se arrastou durante mais de um ano.

Confirma-se, mais uma vez, que só quem desiste não obtém resultados e os professores, com a FENPROF e os seus Sindicatos, não desistem de lutar pelos seus direitos e contra políticas que não olham a leis para atingirem os seus fins. Dia 11 de fevereiro será um novo e importante momento dessa luta!

O Secretariado Nacional da FENPROF
8/02/2012"
 
Parece que o Enf Belmiro está a fazer um bom trabalho em Gaia. Alguem pode confirmar isto? como pelos visto ele tem tantas atenções, até dá vontade de saber!!!!
 
O colega da 12:06 ou anda com azar ou deve analisar outras realidades:

1) o andar cansado não tem nada a ver com o trabalhar em vários sítios. tenho colegas que só trabalham no hospital e nada sempre cansadas e encostadas.

2) caso ainda não tenha reparado mas pode-se trabalhar nos dias de folga, pode-se fazer noite/tarde, etc... sem fazer turnos seguidos. No meu caso dou a minhas disponibilidades do hospital e o horário é feito em função disso sem sobreposição de horários.

3) o desemprego na enfermagem não é culpa do duplo emprego na enfermagem! Basta andar uns anos para trás e pensar na ausência de concursos dos hospitais. teve a ver com vários factores como aumento da idade da reforma, cortes nas admissões e inundações na formação de enfermeiros. Há 20 anos atrás havia falta de enfermeiros e os que haviam tinham duplo emprego e ninguém se queixava do duplo emprego dos enfermeiros. isso mantém-se as outras variáveis é que mudaram, não é preciso muito inteligente para se perceber isso.

4) o duplo emprego contribui para uma mais valia em ambos os serviços. Tenho dezenas de situações que aconteceram no hospital que se resolveram graças à prática que tenho do duplo emprego. Podia-lhe dar dezenas de exemplos. Não é assim tão linear, até porque não me quer convencer que quem tem tempo livre vai para casa estudar fisiopatologia, é que eu já não tenho idade para acreditar no Pai Natal....

5)Quanto ao amor à camisola, você dá os exemplos que quer mas eu também posso dar exemplos de colegas que só trabalham numa instituição mas só querem saber do blog de culinária, das caixas de chá, do facebook, e das quintas e dos tomates virtuais, acho que me percebe ou quer que seja mais explicito... isto para si é amor à camisola?

O colega está a associar pessoas e hábitos ao duplo emprego e isso é intelectualmente desonesto!
 
Dr.
Meta lá aqui a fotografia daquela cambada num hotel do vimeiro a comer e a dormir à nossa custa.
Comente a falta de ideias e propostas, que até recorreram à M. Augusta para dar uma ajudinha.
Comente o reconhecimento do excelente trabalho dos ultimos 14 anos.
Espero mobilização dos enfermeiros contra esta fraude.
 
estive em duplo emprego 6 meses!!! Desisti porque cheguei a um limite de paciência; senti que já não conseguia ver doentes!!! 70 horas por semana era demasiado! Não há necessidade que nos lebve a isto; tornamo-nos desumanos! Se querem duplo arranjem algo não diretamente ligado a enfermagem ou se não sabem fazer mais nada arranjem laboratórios! Sejam honestos!
 
Sou enfermeiro há 18 anos, há 18 anos que tenho duplo numa empresa de um familiar, onde trabalho como outro funcionário qq, todos os dias dependendo dos meus turnos. Ao fim de semana, tenho triplo, tb há cerca de 18 anos, onde ajudo o meu irmão na agricultura, fonte do seu rendimento. Ganho nos 3 lados pois trabalho nos 3 lados. Sou pai, ajudo os meus filhos nos trabalhos escolares, vou com eles ás actividades extracurriculares coordenado com a minha mulher.
Considero-me um excelente enfermeiro, contabilista e agricultor, pai e marido. Cansado, mas feliz e organizado acima de tudo. Estarei a "roubar" o trab a algum colega?
 
Este pos´t e interessante já que faz cair a máscara ao Belmiro e ao Germano: durante a campanha, varias foram as pessoas que apontaram o dedo à gestão que se faz na Espírito Santo Saúde. Da parte deste bloguer, e da parte do Germano, nem uma palavra se ouviu. Percebe-se: é que a Cristina Mesquita, apoiante do Germano, pertence a ESS…

Quanto ao duplo emprego, também se percebe que este tema, à semelhança de vários outros, não foi debatido com a profundidade necessária. A candidatura da Enfermagem Primeiro tocou neste problema, mas muito pela rama. Também se percebe porquê: não se queriam comprometer…
 
“Há muitos profissionais que só trabalham 35h/s ou 40H/s e nunca chegarão aos níveis de qualidade de outros que trabalham o dobro ou mais desse tempo.”

Colegas, isto só é possível, porque no seio da nossa classe, o grau de exigência é ainda muito baixo. Eu também tenho colegas, que mesmo trabalhando em 2 sítios (40 horas + 40 horas), fazem inveja a quem só tem um emprego.
Mas atenção, alguns desses colegas “de baixo rendimento”, são da velha guarda, ou então têm 2 ou 3 filhos. Portanto, muito cuidado nas comparações.
Para mim, o ponto é este: um enfermeiro que só trabalha num sítio, tem (ou pode ter) uma disponibilidade que alguém que trabalha em 2 sítios jamais alcançará. Mantenho como exemplo, o jogador de futebol ou o deputado.



“Fique claro que os enfermeiros não dormem no hospital.”

Peço desculpa, mas esta afirmação é falsa. Felizmente, ela não se aplica aos 60 mil enfermeiros que trabalham em Portugal. Já no meu tempo de estudante, me cruzei com enfermeiros, que faziam questão de passar o turno da noite em branco.
Portanto, todos aqueles que não dormem durante o turno da noite, ou fazem uma pausa de 1 hora, estão de parabéns, e por isso, tiro-lhes o chapéu.
Agora, não me venham dizer que não há enfermeiros, que ainda não estão fardados para iniciar o turno da noite, e já estão a dizer que estão cansados. Os tais que há mínima oportunidade, vão buscar um lençol e um cobertor e vão para um canto dormir. E não estou a falar em 2 horas nem 3. Sejamos honestos!
Insisto, que legitimidade temos nós de apontar o dedo aos médicos, se fazemos exactamente o mesmo!?



“Os enfermeiros, quanto muito, descansam umas 2 ou 3 horas de noite, ali entre as 2 e tal 3 horas e as 5 e tal, 6 horas.”

Imaginem o que é um patrão pagar a um funcionário para ele dormir 3 horas!!!



“Durante esse tempo, levantam-se as vezes que forem precisas para resolver problemas, que de noite são sempre muito característicos.”

1º Conheço muitos sítios, onde quem “vai às campainhas”, é o auxiliar;
2º Mesmo que isso seja verdade, não é essa uma das funções dos enfermeiros?!



“Quando fazem a saída de vela, o momento mais pesado, na minha opinião, do trabalho de enfermagem, já só pensam em dormir. E se de noite tiveram que se levantar 2 ou 3 vezes, têm cefaleias, lombalgias, as pernas edemaciadas, ... E sabendo-se que uma grande parte dos óbitos ocorre na madrugada, cabe ao enfermeiro a tarefa de preparar o corpo para enviar à morgue, tendo ainda que administrar toda a medicação aos vivos, assistir os doentes no posicionamento, ajudar na higiene dos dependentes…”

Caríssimos, esta situação decorre do facto de os enfermeiros não encararem o turno da noite como os demais. Quantos colegas dormem antes de ir fazer noite? Se o fizessem, teriam total frescura para desempenhar as suas funções. Esta panóplia de tarefas que são aqui enumeradas, são exactamente as mesmas que se verificam nos outros turnos. Porque é que no turno da noite, quem as executa tem de ter um tratamento especial?
Relativamente aos óbitos, muita atenção: registos da Escola Nacional de Saúde Pública dizem-nos que morre muita gente por volta das 6 da manhã. Será que essa é a verdade, ou é apenas às 6 da manhã, que os óbitos são detectados?!



“Sou da opinião que os alunos em ensino clínico do 4º ano sejam ensinados a descansar durante a noite…”

Digo-lhe mais: sou da opinião que há muito os enfermeiros deviam reclamar uma pausa de uma hora durante o turno da noite. Sabe porque não o fazem? Porque nesse dia, assumiriam que nas restantes 9 horas tinham de trabalhar. Ao não se baterem por isso, sabem perfeitamente, que pelo menos, na maioria das vezes, dormem muito mais que 3 horas por turno…
 
1) O andar cansado não tem nada a ver com o trabalhar em vários sítios. Tenho colegas que só trabalham no hospital e nada sempre cansadas e encostadas.

Não negue o óbvio. Quem trabalha em dois sítios, anda mais cansado. Se no seu serviço, tem colegas que mesmo só trabalhando num sítio, conseguem ser os que andam mais cansados de todo o grupo, então, o seu chefe, não está a fazer uma boa gestão da equipa!



2) Caso ainda não tenha reparado mas pode-se trabalhar nos dias de folga, pode-se fazer noite/tarde, etc... sem fazer turnos seguidos. No meu caso dou a minhas disponibilidades do hospital e o horário é feito em função disso sem sobreposição de horários.

Ora aí está: você diz que dá as suas disponibilidades nos dias de folga do hospital. Então quando é que tira tempo para descansar, para a sua família ou até para estudar assuntos relativos ao seu dia a dia?



3) O desemprego na enfermagem não é culpa do duplo emprego na enfermagem! Basta andar uns anos para trás e pensar na ausência de concursos dos hospitais. Teve a ver com vários factores como aumento da idade da reforma, cortes nas admissões e inundações na formação de enfermeiros. Há 20 anos atrás havia falta de enfermeiros e os que haviam tinham duplo emprego e ninguém se queixava do duplo emprego dos enfermeiros. Isso mantém-se as outras variáveis é que mudaram, não é preciso muito inteligente para se perceber isso.

Colega, não é preciso ser muito inteligente para contrariar o seu discurso. Vejamos: eu não disse que acabando com o duplo emprego, se resolve o problema do desemprego em Enfermagem. Mas não tenha dúvidas: se em cada concelho deste país, você conseguir arranjar 3 postos de trabalho para enfermeiros, pela via da redução do duplo emprego, no final conseguirá dar emprego a mais de 1000 jovens.
Concordo consigo quando fala no excesso de formação e na redução das admissões. Mas não me venha com o argumento de que “há 20 anos é que era bom”. O problema é esse: há enfermeiros que estão demasiado agarrados ao passado (direitos adquiridos) e ignoram que há jovens que podiam ter um emprego, mas isso não acontece, porque há enfermeiros que têm 2. E o que mais me choca é ouvir os enfermeiros apregoarem aos sete ventos que são uma profissão preocupada com a dignidade humana. Tretas!
 
4) O duplo emprego contribui para uma mais valia em ambos os serviços. Tenho dezenas de situações que aconteceram no hospital que se resolveram graças à prática que tenho do duplo emprego. Podia-lhe dar dezenas de exemplos. Não é assim tão linear, até porque não me quer convencer que quem tem tempo livre vai para casa estudar fisiopatologia, é que eu já não tenho idade para acreditar no Pai Natal....

Eu quase que adivinho alguns exemplos a que se refere. Há colegas que pelo facto de trabalharam numa urgência ou num unidade de cuidados intensivos, acham que são uma mais valia para um serviço, por exemplo, de cirurgia. Porquê? Para dar resposta a situações de urgência. Ora bem: será que os enfermeiros desse serviço não deviam fazer formação em SBV e SAV? E porque não realizar estágios periodicamente em serviços onde pudessem treinar determinado tipo de competências? É que não se esqueça: você fala na mais valia de ter um enfermeiro que tem experiência noutra área, mas esquece-se que vai haver dias, em que esse enfermeiro não vai estar presente. Ora, o modelo que eu proponho, permite uma resposta permanente aos problemas e não apenas quando o enfermeiro A ou B está presente.
Quanto à Fisiopatologia e demais matérias teóricas, não tenha a menor dúvida: só tendo disponibilidade, é que você se debruçará sobre eles.



5) Quanto ao amor à camisola, você dá os exemplos que quer mas eu também posso dar exemplos de colegas que só trabalham numa instituição mas só querem saber do blog de culinária, das caixas de chá, do facebook, e das quintas e dos tomates virtuais, acho que me percebe ou quer que seja mais explicito... isto para si é amor à camisola?

Caríssimo, eu também tenho colegas desses. Até tenho uma colega que é representante de Oriflame… Não espere que pactue com esse tipo de posturas. E volto a lembrar-lhe que um enfermeiro chefe atento e corajoso, saberá perfeitamente o que tem a fazer perante situações destas.
 
O anónimo das 7:01 e 7:32 não consegue ir ao encontro da realidade da enfermagem. Vive a pensar como idealmente, na sua mentalidade, as coisas deveriam ser. Sabe quando é que vão ser assim como pensa? Nunca, ou então quando forem máquinas a substituir os enfermeiros.

Os enfermeiros, na forma como os retrata, são a pior escumalha que existe na saúde: fingem que trabalham, são uns garganeiros, calões, ignorantes, dormem refacheladinhos, e sabe-se lá que mais... E a culpa é dos chefes! Gostei!

Graças a Deus que nas 2 décadas que tenho de enfermeira com uma experiência seguramente muito diferente da sua, não tenho vivido esse tormento que conta. Talvez por isso, e embora não deixe de reconhecer muitas insuficiências na prestação de cuidados de enfermagem, eu não veja os enfermeiros dessa forma tão amarga. Nem os que fazem duplo, nem os que descansam, nem os que não são os melhores, nem os menos interessados, nenhum. Vejo sempre a possibilidade de melhorarmos o que não está tão bem, nem que seja pelo exemplo que damos uns aos outros.
Ajude os colegas a melhorar e não vá de sacola às costas tirar-lhes os clogs quando estão a descansar, obrigando-os a ir buscá-los descalços à direção. Isso é coisa do passado e estamos a andar para a frente, não para os lados ou a retroceder.

VV
 
Dormir de noite!

Quem ler estes comentários o que ficará a pensar dos enfermeiros!

Gostaria de ressalvar alguns "principios" para que quem ler estes comentários fique a perceber:

1 - No turno da noite, salvo rarissimas excepções, nunca fica apenas um enfermeiro no serviço;

2 - Numa noite "normal", que são muitos poucas, há um período "mais calmo" que oscilará entre as 02 /02,30 e as 06 / 06,30 horas;

3 - É neste período que demorará entre 4 a 6 horas, e às vezes menos, que os dois enfermeiros "dividem" o turno. Este é o termo utilizado.

4 - Assim, e realmente no chão, esticado num sofá com as pernas al alto, ou da forma mais imaginativa possível, mas nunca numa cama, que os enfermeiros, à vez; descansam.

5 - Neste contexto, há sempre um enfermeiro alerta que assegura todas as ocorrências nunca prejudicando qualquer doente, pois ao mais pequeno sinal, estão os dois na lida novamente!

Isto, para que percebam, é o que se passa nas noites. Todos sabemos disso e não podemos escamotear. E esta é a única forma de a qualquer momento da noite, qualquer doente poder esperar os melhores cuidados...
 
Para o enfermeiro-agricultor-contabilista:

Colega,
caso não tenha percebido, a problemática do duplo emprego, nesta discussão, era dirigida à Enfermagem, ou seja, se vários enfermeiros com duplo emprego abdicarem dessa situação, conseguiremos dar trabalho (em horário completo) para um (ou vários) colega (s).
Isto é tão simples como 1 + 1 = 2.
O seu caso, não encaixa nesta crítica. E portanto, dou-lhe os parabéns por procurar outra actividade fora da Enfermagem.

Todavia, se me permite uma análise intelectualmente honesta, digo-lhe o seguinte: você acha-se um excelente profissional e um excelente pai? Falta saber o que pensam os outros :)

Por outro lado, diga-me uma coisa: se numa sociedade escasseia o emprego, é ou não preferível ter um contabilista a tempo inteiro a dedicar-se à contabilidade (seja de que empresa for), do que ter um enfermeiro, que se dedica a fazer umas contas nos intervalos da sua actividade principal?
Isto se a sua actividade principal é a Enfermagem!?
 
Colega VV,

Não se trata de ver as coisas no mundo do ideal. Basta olhar para a realidade com o mínimo de sentido crítico :)

Você diz que as coisas nunca vão ser como eu sugiro. Não brinque. Nalguns sítios, isso já acontece. Espere por ver o alastramento destas medidas, quando os “gestores” se aperceberem dos ganhos que com isso podem obter.

Os enfermeiros não são escumalha. Bem pelo contrário: são o pilar (um dos!) do serviço de saúde. Obviamente, há uns mais trabalhadores do que outros. É o chamado brio profissional. Que é de resto, transversal a todas as profissões (seja pela sua presença, seja pela ausência).

Se como diz, na sua experiência não se confrontou com as situações que descrevi, dou-lhe os meus parabéns (e aos seus colegas). Pois são seguramente quem honra a profissão.

Não se trata de amargura. Apenas exigência profissional. Amor à camisola!

Quanto à brincadeira com os “clogs”: alguns até mereceriam isso (e muito mais). Enfermeiros, mas não só. Todavia, tenho por hábito começar pelo diálogo. É a chamada troca de ideias. Depois disso, outras opções se equacionam.

Saudações.
 
Quanto aos princípios:

1 – Com frequência, exactamente fruto dessas divisões entre enfermeiros, fica apenas um enfermeiro de “plantão”. Que nem sempre tem disponibilidade total para todos os doentes.

2 e 3 – Segundo diz, existe um período “calmo” das 02:30 às 06:30. Pois bem, pelas minhas contas, são 4 horas que o Estado (contribuinte) paga aos funcionários, para eles não fazerem nenhum. Ou estou enganado?

4 – Conheço alguns casos que dormem em camas. Quanto aos do sofá, ou os do chão, não se preocupe: eles ficam bem confortáveis e alguns ressonam bastante. Já para não falar das olheiras e dos cabelos ao alto com que aparecem depois junto dos doentes…

5 – Dizer que um enfermeiro dá conta do recado, como se ali estivessem dois ou três, é intelectualmente desonesto. Assumir que ao mais pequeno sinal, tudo volta ao normal, também não é verdade. Há casos de pessoas que não ouvem o despertador do seu telemóvel, nem as campainhas, nem a voz dos colegas a chamar…

Com que então, eu é que estou a escamotear? :)
 
pró anónimoo que não percebe a questão das horas extra... Ou é tolo ou segue os passos de madre Teresa... Com vagar eu explico a questão das horas extra com muito gosto!!!
 
qualquer profissional, seja da área da saúde ou não, tem o direito de trabalhar em duplo, triplo ou quadruplo se quiser e puder! Cada um sabe de si, da vida que tem, dos objectivos que pretende atingir, das despesas com que conta ao final do mês. Há quem faça duplo para poder pagar um mestrado, para pagar a mensalidade de um lar de 3ª idade ao progenitor, porque o cônjuge ficou desempregado,ou simplesmente porque quer ter uma experiência num contexto profissional diferente e que lhe permita adquirir novos conhecimentos.E sim, também há aqueles que querem um ipad, um bom carro, uma casa maior, viajar todos os anos.... Mas não cabe a ninguèm julgar ou decidir nada por esses profissionais, que optam por ter mais que um emprego, seja a razão mais ou menos nobre....
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

AmazingCounters.comVisitas ao blog Doutor Enfermeiro


tracker visitantes online


.

Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!