terça-feira, fevereiro 07, 2012

Porque é que os Enfermeiros devem ter mais autonomia?


O sistema de saúde afunila para a decisão/autorização médica; estrangula a fluidez do mesmo. Os Enfermeiros, com mais autonomia, tornarão sistema mais responsivo, produtivo, dinâmico, ágil, rentável, com maiores índices de qualidade e satisfação.


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Nota: excerto do Jornal i

Comments:
Os enfermeiros têm autonomia, só quem não conhece o quadro legal da profissão é que pode dizer outra coisa.
Mas a autonomia está relacionada com a capacidade de decidir e fundamentar devidamente as opções.
E aqui é que está a questão.
Nunca problemas de autonomia no meu exercicío, já tive algns confrontos mas falta de autonomia nunca.
 
Conte-me um pouco mais sobre o seu quotidiano profissional por favor; estou curioso.
 
P.S. - Percebo qualquer coisita sobre o quadro legal da profissão de Enfermagem.
 
Também estou curiosa para saber em que contexto exerce o colega das 6:19 e como é o seu quotidiano. Eu todos os dias esbarro com a falta de autonomia profissional.
Até para chamar a equipa intra hospitalar de cuidados paliativos, para um doente em que é o enfermeiro a maioria das vezes que faz a avaliação de sintomas, e detecta a presença de sintomas descontrolados, só com a assinatura do médico. Resultado: temos que andar a "mendigar" aos senhores Drs, para fazerem o obséquio de assinar a folhinha porque o doente em fim de vida está cheio de dores, vómitos, dispneia, secreções, etc, e os medicos do serviço não o sabem medicar. Se o medico não quiser, não há controle sintomático pra ninguem....azar o do doente.Resta insistir com vários medicos da equipa a ver se algum nos ouve. Porque legalmente, o enfermeiro não pode assinar o tal papelinho, e a equipa so se desloca ao serviço com a assinatura do medico.

Ana B.
 
Eu sou enfermeira num hospital em que se fazem cerca de 600 IVG/ano, sou eu e restante equipa de enfermagem que acolhemos, e cuidamos de todas as utentes que nos procuram.

No entanto, e apesar de ser Especialista em SMO, tem que haver um médico sempre associado a estas consultas, mesmo que na grande maior parte das vezes nem estejam no serviço...

Todo o processo de IVG é realizado pela equipa de enfermagem, incuindo a consulta de Planeamento Familiar, no entanto esta realidade não é assumida... Porquê ???
 
Excelente questão colega.
 
De fato os referenciais para a profissão dão-nos autonomia mas existe uma clara e evidente organização dos serviços de saúde no sentido desta automomia ser coartada e o enfermeiro depender do médico e repetiva assinatura para tudo.
Fato que nos leva a questionar sobre a incongruência entre os referenciais para a profissão e a realidade portuguesa.

Nesse sentido existe muito trabalho a fazer para que a organização das instituições de saúde seja feita num paradigma diferente.

É este o trabalho futuro da OE junto do ministério da saúde.
 
Em Portugal é o facilitismo.
Em Espanha a IVG é um processo onde se passa por vários profissionais de saúde.
A IVG é entendida como um processo complexo. Há a entrevista médica... enfermagem.. psicóloga... só depois realiza-se o procedimento.
Aqui em Portugal é como ir ao supermercado... é chegar...e andar.. sem pagar .. tudo à borlix.. mesmo que seja a 2º ou 3ª vez do cliente.
Concordo que a pessoa seja questionada se efectivamente é isso que quer fazer... assim como os motivos.
É dinheiro público e uma vida em jogo.
Não querendo fazer disto uma questão do prós e contras, entendo que a decisão deverá ser multidisciplinar.
A enfermeira ao ter a atitude facilitadora poderá não ter feito o melhor serviço. Estará a utente preparada para enfrentar o pós aborto? Explicaram-lhe que pode haver outras soluções?
No caso apresentado os exames de diagnóstico tinham de ser feitos... se a incomodou... é porque algo ainda não estava resolvido. Mas é mais fácil olhar para o lado...
(eu votei a favor da IVG)
 
Não querendo minimamente beliscar a questão da autonomia enm Enfermagem, este artigo do jornal "I" daria para refletir eticamente em muitas das etapas por que Alice passou...
 
venham à Madeira. A autonomia vai ser toda resolvida com a nova ordem. O enfermeiro Ricardo é muito corajoso.É responsável pela qualidade aqui nos centros de saúde e fez sair normas que nos obrigam a enviar os nossos doentes para o médico quando o que o doente precisa é de uma consulta do nosso colega do gabinete do lado. com chefes destes para que precisamos de mais autonomia?
 
Carissimo Dr Enfermeiro.
Não lhe vou contar aqui tudo o que tenho feito nos meus 20 anos de actividade profissional (foi muita coisa pode acreditar) e sempre com autonomia que os regulamentos profissionais e competências atribuidas (nas diferentes categorias profissionais que fui tendo) me coferiam.
O problemas, que me parece existir é que V. Excia e alguns dos seus seguidores não sabem (ou não querem saber) o que é Enfermagem.
Se calhar gostariam de ser outra coisa, isso é legitimo, mudem de vida.
A autonomia conquista-se não é oferecida por ninguém e como já disse a autonomia está relacionada com a capacidade de decidir fundamentadamente coisa que, hoje,é muito dificil mesmo para os que se vangloriam de Licenciados, eu até sou (académicamente) mais que licenciado, mas, o que me confere autonomia é saber de Enfermagem.
Experimentem estudar muito, conhecer bem a profissão, conhcer bem o espaço onde trabalham e o que os vossos doentes necessitam e vão concluir que têm toda a autonomia do mundo.
 
Parece que para os enfermeiros autonomia é igual a licença para fazer Medicina não sendo médico.

Para os TAE autonomia é fazer Enfermagem sem nunca ter sido Enfermeiro.

Está tudo louco!

Para quê dar autonomia acrescida se os profissionais não aproveitam ao máximo aquela que já Têm?
Para quê dar mais autonomia se não há tempo para exercer a sua autonomia em toda a plenitude?

E um aparte sobre a IVG: actualmente, muitos daqueles que defenderam a liberalização da IVG defendem actualmente que ela tem de ser repensada em termos de aplicação e processo (incluindo Miguel Oliveira, presidente da CNECV).
A IVG actualmente tornou-se numa espécie de produto de consumo livre, e autonomia neste campo não é propriamente ter a chave do armário onde está o RU 486 )
 
Quando vejo o autor deste blog dizer "percebo qualquer coisita sobre o quadro legal desta profissão" e ao mesmo tempo exige "autonomia" para os Enfermeiros, das duas uma, ou o quadro legal que conhece é de "outras eras" ou mais uma vez, não sabe o que diz. A Autonomia está presente no quadro legal em vigor relativamente à Enfermagem. O que os Enfermeiros fazem com ela, e consequentemente com a responsabilidade e tomada de decisão é, isso sim, motivo para uma reflexão mais profunda. Mas doutas mentalidades questionarem o nível de autonomia dos Enfermeiros pode explicar porque estamos como estamos.
 
Professores impedidos de progredir em 2010 verão agora a sua situação corrigida
A Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP) tinha informado os diversos serviços, incluindo as escolas, que não era legalmente possível realizar progressões e alterações de posicionamento remuneratório após 1 de janeiro de 2011, ainda que ocorridos em momento anterior àquela data.

Essa orientação penalizou muitos professores que, por razões alheias à sua vontade, foram impedidos de progredir em momento adequado até 31 de dezembro de 2010. Na origem da situação estiveram, por norma, informações incorretas ou contraditórias da administração educativa (DGRHE e DRE’s) e decisões erradas das escolas. A partir daquele momento, o impedimento de progredir foi justificado com as normas orçamentais aprovadas que, deliberadamente ou não, foram incorretamente interpretadas.

A FENPROF e os seus Sindicatos vinham denunciando o problema tendo, em suas mãos, diversos processos de docentes prejudicados pela situação.

Entretanto, confrontada com a situação, a Provedoria de Justiça pronunciou-se no sentido de que “nos casos em que o direito do trabalhador à progressão ou à alteração do posicionamento remuneratório se constituiu por força da lei em momento anterior a 01/01/2011 e que não foram concretizadas por qualquer razão que não lhe seja imputável, possam sê-lo ainda hoje”. Acrescenta a Provedoria de Justiça que, em causa está “a supressão de uma omissão administrativa, devendo-se reconstituir a situação jurídico-funcional, em que os trabalhadores se encontrariam se a Administração tivesse atuado como estava adstrita no tempo devido”.

Na sequência desta informação, a DGAEP emitiu nova orientação no sentido antes referido e que o Gabinete de Gestão Financeira do MEC já assumiu junto de escolas. Assim, as escolas terão de pagar aos docentes os retroativos que lhes são devidos e enquadrá-los no escalão respetivo, resolvendo um problema que se arrastou durante mais de um ano.

Confirma-se, mais uma vez, que só quem desiste não obtém resultados e os professores, com a FENPROF e os seus Sindicatos, não desistem de lutar pelos seus direitos e contra políticas que não olham a leis para atingirem os seus fins. Dia 11 de fevereiro será um novo e importante momento dessa luta!

O Secretariado Nacional da FENPROF
8/02/2012
 
Podia ter dado o exemplo de que os enfermeiros , são para salvar vidas.
 
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