quarta-feira, abril 04, 2012

Ordem imparável! (nem me dá tempo para outros posts!!)

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OE com a Administração da ACSS
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Se outrora a Ordem dos Enfermeiros vivia nas ombreiras das portas do "seminarismo" ético, é com agrado que se percebe (e sem dúvidas marginais) um maior dinamismo e um incremento indiscutível do seu peso sócio-político (veja-se o caso da urgência do CH de Vila Nova de Gaia, com a inversão da posição ministerial após intervenção da OE).
Em prol do futuro, a Ordem tem intervido cirurgicamente junto de quem deve. Como tal, quem semeia, colhe.

Os problemas que se acumularam dos últimos dez anos (se não só!) não se solucionam em três meses, mas considera as intervenções da Ordem de elevado inteligência estratégica.
Desta feita, reuniram (Enf. Bruno Noronha e Bastonário Germano Couto) com a Administração da ACSS, onde estiveram em cima de mesa matérias de importância acrescido, tal como a incorporação do trabalho dos Enfermeiros na ponderação e orçamentação financeira das instituições de saúde, que eu, pessoalmente, considero ser a chave das chaves para a evolução da Enfermagem, rumo ao reconhecimento (social e económico), valorização e autonomia profissional.

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OE com Drª Assunção Esteves, Presidente da Assembleia da República
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Sem demoras, intervieram, também, junto da Presidente da Assembleia da República, Drª Assunção Esteves, num encontro profícuo, com um conjunto de assuntos da maior consideração em cima da mesa (que mereceram especial atenção da Srª Presidente):

Comments:
Inteiramente de acordo: esta nova Ordem dos Enfermeiros tem sabido intervir nos diversos contextos políticos em prol do reconhecimento da profissão. Oxalá comece a dar frutos: valorização das competências dos especialistas, valorização salarial, problemática da formação excessiva e da qualidade da formação, etc.
Esperemos que seja um passo em frente!
 
"Ordem imparável! (nem me dá tempo para outros posts!!)"

Que não lhe sirva de desculpa para "varrer para debaixo do tapete" um post sobre a AG de Coimbra.

Porque as pessoas têm memória e não serão fotografias de "charme" que vão apagar o resto. Para publicidade barata já tivemos o sócretino ou será que em vez de um Enfermeiro temos um "engenheiro de domingo" na OE?

Que tanta "azáfama" não o faça esquecer de falar da AG e das verdadeiras questões da Ordem, caro DE. Cá estaremos para ver...
 
só fica aborrecido com a divulgação da informação aqui no blog quem gosta do esconde esconde da nossa cultura atrasada. Estamos no tempo da transparência e as organizações somos nós. A OE só tem que divulgar, divulgar, divulgar tudo até à vírgula. Quem gostava de segredinhos e continua a achar que tem um certo poder por saber o que outros não sabem é gente do passado. Viva a transparência, de preferência em tempo útil!
 
Sinto que foi bem empregue o tempo que gastei a tentar convencer muitos colegas de que de facto o Enf. Germano era o melhor candidato.
Mas ainda nenhuma batalha está ganha!...
Ainda assim, que bom que seria que os sindicatos imprimissem uma dinâmica de trabalho, como tem a Ordem neste momento, pois concerteza que a soma dos esforços seria bem mais proveitosa.
 
Alguém me explica porque vejo neste blogue informações que não estão disponíveis no site da OE?

Quanto ao périplo pelas entidades que mandam na saúde em Portugal, eu não estaria tão optimista: do que se trata aqui, é apenas um conjunto de “visitas de apresentação”. Nada mais do que isso. Cabe na cabeça de alguém que é o Cavaco, a Assunção ou o tipo da ACSS que vai mudar o cenário da Enfermagem em Portugal?!

Quanto à urgência de Gaia, mantenho o meu ponto de vista: o Germano falou; mas qual foi a posição do enfermeiro director desse hospital? Será que o recuo do Governo se deveu ao nosso bastonário, ou tudo não passou de uma pressão do Marco António e do Luís Filipe?
E não nos esqueçamos: eu já vi este Governo a dizer uma coisa hoje, e outra diferente no dia seguinte.

Para acabar: o nosso bastonário não tem nada a dizer sobre Torres Vedras nem sobre a MAC?!

http://expresso.sapo.pt/governo-fecha-maternidade-alfredo-da-costa=f717210

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/saude-torres-vedras-enfermeiros-tvi24-sns-sindicato/1328139-4071.html
 
Isto é que é algazarra!! Cumprimentos e mais cumprimentos sempre a falar da mesma coisa independentemente de com quem e com que poderes. Estou à espera de resultados!
 
Resultados da OE ainda é cedo para ver mas acho que existe muito show off e resultados 0
 
Espero mesmo que a OE finalmente compreenda que o dinheiro é "a chave das chaves" no nosso mundo capitalista. Quando todos os enfermeiros perceberem isso e olharem para a enfermagem como uma profissão, deixando-se de tretas como a "compaixão, o amor, o carinho", aí sim, a enfermagem vai evoluir, ou seja, no meu ponto de vista não nas próximas décadas.
 
@LProlog

Com essa maneira de pensar ""deixando-se de tretas como a "compaixão, o amor, o carinho""" é deveras preocupante num jovem Enfermeiro, talvez o título de Enfermeiro seja uma bonificação e o mais concreto seja Técnico de Enfermagem, é que por essas "tretas" como lhe chama de lado é por de lado a Enfermagem. Pegue nos seus apontamentos de História e vá à Fundadora - Florence Nightgale - e verá que essas "tretas" são os PILARES da Enfermagem. Muitos críticam a Maria Augusta pelos inúmeros seminários e outros dedicados à Ética (sim talvez fossem demais) mas se calhar e a avaliar por este tipo de afirmações foram de menos.

Entretanto e já que acha que o dinheiro é que está acima de tudo e é a razão porque não ir trabalhar para o Escala Braga? Lá o dinheiro é como diz "a chave das chaves" e "deixando-se de tretas como a "compaixão, o amor, o carinho"".
 
Já só falta a Ordem dar um saltinho ao Vaticano e visitar o Papa, pois só um milagre nos salva!
 
Quanto aos temas tratados pela Ordem neste encontro, tenho a dizer que parece que a Ordem vive no planeta Marte. Dotações seguras, Enfermeiros Especialistas, Desemprego? Sabem o que diria o Vitor Gaspar, no seu discurso arrastado? Nãaooo... háaaa...Dinheeeiiirooo.!!!
Preocupem-se em defender o que ainda nos resta, pois mais do que isso é miragem. Num momento em que existem dificuldades económicas em manter as actuais (deficitárias) dotações, em que provavelmente os salários irão ser podados e em que os serviços encerram a um ritmo alucinante parece-me ser demasiado tarde falar em Dotações, valorização dos Especialistas ( e mesmo generalistas) ou desemprego.
Se a Ordem realmente quiser algum resultado palpável, reúna-se não com a ARS, DGS ou presidente da república mas com os senhores da TROIKA, pois são eles que realmente mandam neste país.
 
“Quando todos os enfermeiros perceberem isso e olharem para a enfermagem como uma profissão, deixando-se de tretas como a "compaixão, o amor, o carinho", aí sim, a enfermagem vai evoluir, ou seja, no meu ponto de vista não nas próximas décadas.”

Cuidado colega LProlog!!!

Afirmações dessas são perigosíssimas. Uma coisa é lutar pelo reconhecimento social, numa perspectiva de remuneração adequada. Outra coisa é esquecer os valores fundamentais da profissão, e até da própria sociedade.

No dia em que estiver deitada numa cama de hospital, mudará seguramente de opinião!
 
@Anónimo 4/06/2012 10:15:00 PM:

Os nossos livros de história parecem ser diferentes e os seus parecem estar cronologicamente errados. Se quiser pode dizer que antes de Florence Nightingale os pilares da enfermagem passavam pelo amor e pelo carinho, na altura em que era exercida por prostitutas (embora os termos adquiram significados menos positivos), mas foi Florence que alterou isso, daí ser considerada a mão da enfermagem moderna. A revolução não passou por tais pilares, mas antes pelo facto de Florence trazer a ciência para a enfermagem, passou pelo modelo biomédico (de que agora se querem afastar), pelos registos sistemáticos e a estatística, pela formação... já leu alguma obra de Florence Nightingale?
Aconselho-o ainda a consultar o REPE para depois me dizer onde encontra tais termos e por último digo-lhe que se anda a gastar tempo com tais coisas não está a cumprir a sua obrigação profissional de acordo com o contrato que celebrou com a sua entidade patronal (se eles soubessem que pagam meia dúzia de euros por hora para tal...). Se quiser distribuir carinho, amor e compaixão pelos doentes, aconselho o voluntariado.
Erro seu ao pensar que só no Hospital de Braga o dinheiro é o mais importante... nem a situação económica atual serve para "abrir olhos".

P.S.- Conhece o conceito de ensino poliTÉCNICO?


@ Anónimo 4/07/2012 07:34:00 PM

Não pegue no mal "pela rama", pois o problema está "na raiz". A nossa remuneração e reconhecimento social não são mais do que consequências das nossas atitudes perante a profissão e se quiser, perante a sociedade. Se para si os valores fundamentais da profissão são esses, aconselho as leituras sugeridas ao anónimo anterior.
No dia em que estiver deitadO numa cama de hospital é porque estarei muito provavelmente doente, pelo que precisarei de cuidados de saúde prestados por profissionais competentes e não de amor, carinho e compaixão; por acaso tenho mesmo receio dessa situação, de estar deitado numa cama, a precisar de cuidados de saúde mais ou menos urgentes e tudo o que aquele profissional que está presente 24h/dia tem para me oferecer seja amor, carinho e afins.
 
@LProlog

Que tristeza ver um Enfermeiro ver a sua Profissão como um exercício técnico que embora assente em bases científicas é completamente desprovido de HUMANIDADE, das virtudes "compaixão, o amor, o carinho".

Que tristeza ver que se limita a "oferecer" um serviço de prestação de cuidados e o faz sem CUIDAR holisticamente daquele SER HUMANO que está à sua frente.

É que se for essa a atitude a tomar na Enfermagem podemos ter todos os Spots publicitários que quisermos a passar 24h por dia na TV, cartazes enormes em todas as ruas que não seremos mais respeitados por isso pois não seremos Enfermeiros mas meros Técnicos de Enfermagem.

Que vazio humano aí vai.
 
Amor, carinho e compaixão não são necessáriamente atributos de um bom Enfermeiros, pois não curam, não cuidam nem são sinónimo de boa qualidade de cuidados. Este léxico traduz uma mentalidade derivada do ambiente eclesiástico que embebia a Enfermagem de outrora.
Respeito, empatia , cortesia e competência técnico-científica deverão substituir estes atributos, pois são eles que permitem obter resultados em Saúde.
Deitado numa cama, o doente necessita de contributos substantivos para a resolução de um problema de Saúde. O Amor e o carinho traduzem um paternalismo que actualmente não é concebível nem aceitável e por vezes são apresentados com o sentido de colmatarem défices de outras competêcias, nomeadamente técnicas e científicas. Nunca vi o amor e a compaixão tratarem de uma ferida, reverterem uma PCR, etc.
Desculpem, mas não consigo Amar todos os doentes de quem cuido, e a compaixão é um sentimento que remete ao lugar de vítima aquele a quem se dirige.
Se queremos uma Enfermagem moderna, teremos de mudar mentalidades, sem recusar a nossa História mas também sem ficarmos refém dela.
Basta ao doente sentir que tem em nós um parceiro e um aliado, comprometido e motivado em resolver-lhe o problema de Saúde, que lhe transmite confiança. É esse o nosso papel enquanto (bons) Enfermeiros.
 
Faço minhas as palavras do anónimo das 12:18 PM.
 
Tenho q concordar com o colega Lprolog...os doentes não precisam de amor e carinho dos enfermeiros...precisam de conhecimentos teóricos e praticos que levem ao alívio e/ou resolução dos seus problemas de saúde. Sou enfermeira há 10 anos e não amo nem dou carinho aos meus doentes...dou-lhes a minha dedicação, o meu trabalho e os meus conhecimentos...
 
Perante a leitura de todos os comentários efectuados e presumindo que o Bastonário da nossa Ordem é leitor assíduo deste Blog só me apraz sugerir-lhe uma coisa:

No próximo encontro com a tutela, EXIGA! a inclusão da disciplina de FILOSOFIA no Curso de Enfermagem. Ela é a mãe de todas as ciências e os enfermeiros necessitam dela como de pão para a boca.

Quão vazios nos demonstramos! Que crise / confusão de conceitos! Que crise de valores!
 
Pois é.
Há mais mundo para além da física e da química e isso às vezes passa despercebido até às grandes inteligências.
 
" Amor, carinho e compaixão não são necessáriamente atributos de um bom Enfermeiros, pois não curam, não cuidam nem são sinónimo de boa qualidade de cuidados. Este léxico traduz uma mentalidade derivada do ambiente eclesiástico que embebia a Enfermagem de outrora.
Respeito, empatia , cortesia e competência técnico-científica deverão substituir estes atributos, pois são eles que permitem obter resultados em Saúde."

Bem dito colega, subscrevo!
 
"...EXIGA! a inclusão da..."

Podemos começar por aulas de português e em seguida porque não Filosofia, clarificávamos muitos conceitos errados que andam nas cabeças de muitos enfermeiros.

@ anónimo 12:31:
Há muito mundo, mas nem todo cabe dentro da enfermagem.
 
Acho que vou aumentar um pouco mais a discussao, mas aqui vai...sou enfermeira há 20 anos e , isto para dizer que não são os enfermeiros mais novos que são contra os conceitos de "amor e carinho". Sempre repugnei esses ideais em Enfermagem, pois afastam a profissão das suas verdadeiras capacidades e competências...se é para dar amor e carinho aos doentes, nem vale a pena tirar o curso, vejo todos os dias voluntários q o fazem...Já alguns colegas aqui referiram q quando formos doentes vamos mudar de ideias...tive cancro da mama há cerca de 1,5 anos...agradeço do fundo do coração aos colegas que cuidaram de mim...agradeço os enormes conhecimentos dos colegas do centro de dia, que me esclareceram todas as dúvidas (area que eu dominava pouco ou nada)e agradeço o rigor e profissinalismo com que me fizeram todos os tratamentos...amor e carinho tive do meu marido, dos meus filhos e da minha mãe...essas são as pessoas a quem cabe dar carinho...dos enfermeiros esperei competencia profissional e é essa competência profissinal que sempre tentei e tentarei dar aos meus doentes...
 
A palavra Enfermeiro compõe-se de duas palavras em latim: Nutrix que significa mãe e do verbo nutrire que tem muitos significados, criar, nutrir. Essas duas palavras, adaptadas ao inglês do século XIX acabaram se transformando na palavra NURSE, que traduzido para o português, significa Enfermeira.
 
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