segunda-feira, maio 28, 2012

Andorinhas.

"Os médicos vão-vos dar de mão beijada todas as funções que vocês querem? 

Para que vocês façam o que os médicos fazem, é preciso que nós médicos deixemos de as fazer. E isso não vai acontecer. Não se fiem neste MS que vos anda a dar cobertura. Em breve ele sai de lá para fora e logo veremos a força do vosso bastonário." link (Comentador anónimo)

Comments:
É por isto que o mundo não vai prá frente... Enquanto não nos deixarmos destas guerrilhas entre classes e começarmos a colaborar entre todos, a saúde em Portugal só tem um futuro: a miséria...
Nós Enfermeiros queremos só o reconhecimento das nossas competências, embora tb descorde de alguns pontos...
 
Lá está, o pensamento vigente de que é a Ordem do Médicos que controla o Ministério da Saúde - infelizmente , uma verdade; talvez agora, com um ministro não-médico, as coisas mudem... e parece que estão a mudar =)

Legalmente,. a Enfermagem precisa de estar protegida: quantas vezes um Enfº não administra um fármaco p.ex., sem que esteja à espera do rabisco do médico? Porque raio existe, em algumas instituições, a necessidade de prescrição de pensos - uma acção tão típica de Enfermagem como posicionar um utente.

confunde-se Medicina com Enfermagem, facilmente; é esta a falácia do comoentário citado.

O facto de eu suturar uma ferida traumática, não faz de mim médico "wannabe"; o facto de administrar um fármaco em SOS não antes prescrito, não faz de mim um rebelde; o facto de querer a opinião de um médico para a evolução de uma ferida ou sua execução, não faz de mim um covarde;

o facto de pretendermos mais autonomia para a nossa profissão, autónoma e única que é - e que para ser profissão, tem que ter autonomia ou nem profissão é (não me lembro quem estou citando agora..), não faz dos Enfºs uns anti-médicos, ou seus ladrões.
Relembro que existem actos em comum am ambas as profissões; recordo que muitas há que as tornam únicas; sei, decerto e já é tarde para isso, que para definir, limitar, contornar a linha fina cada uma desses actos, é tarefa para outras diletâncias...
boa noite!
 
A questão é se o anonimo tem razão ou não.
 
Já que estamos numa de usurpação de funções, acho que os médicos deviam passar a ter um ano de enfermagem. Em seguida aumentava-se a formação e competências dos auxiliares e os enfermeiros provavam do seu próprio veneno.
 
Há UMA LINHA QUE SEPARA AQUILO QUE FAZEMOS DAQUILO QUE QUEREM QUE NÓS FAÇAMOS....De um lado estão os profissionais de enfermagem formados para cuidar e do outro estão os médicos, formados para tratar!
Essa é a linha que nos separa! Não vivemos sem médicos mas também não vivemos sem os enfermeiros!

Acabem com essas guerras porque quem perde somos todos nós! Os enfermeros não querem ser médicos; querem apenas prestar cuidados cada vez melhores dentro do seu conhecimento e esfera de acção.

O poder est´nas mãos dos competentes sejam eles quem forem;
Sejamos competentes no que fazemos e seremos poderosos aos olhos dos utentes e... como a esperança morre em último....aos olhos de quem governa este país triste e miserável pelo menos de espirito!!!
 
Que post absolutamente mais lamentavel!! Devia ter vergonha de continuar a alimentar e fomentar uma "guerra" entre classes, que não só não faz sentido existir como nem sequer tras nada de bom à maioria dos profissionais!!

Em relação a esse comentário, nem sequer sabe com certezas se quem o fez foi um Médico, enfermeiro, taxista ou trolha!!

Não há nada de bom neste tipo de posições e para mim escondem interesses menos claros da sua parte em que haja este permanente clima!!
 
Enf. do Norte

Esse seu comentário, pode perfeitamente ser aplicavel a qualquer profissião, lembro-me por exemplo aos TAEs em relação à enfermagem...

O problema é que os enfermeiros insistem na hipocrisia de que quando são outras classes, é usurpação de funções. Mas para a enfermagem, é evolução, autonomia etc...

Haja bom senso, as competencias de cada profissão deveriam estar há muito legisladas, alias a Lei do Acto Médico há muito que deveria ter sido aprovada mas foi infelizmente vetada, vá-se la saber devido a que pressões....
 
Os enfermeiros venderam-se completamente aos interesses puramente economicistas de Paulo Macedo. Venderam a alma ao diabo e isso pode sair caro.
 
“ “ Anónimo disse...

Enf. do Norte
Esse seu comentário, pode perfeitamente ser aplicavel a qualquer profissião, lembro-me por exemplo aos TAEs em relação à enfermagem...

O problema é que os enfermeiros insistem na hipocrisia de que quando são outras classes, é usurpação de funções. Mas para a enfermagem, é evolução, autonomia etc...
Haja bom senso, as competencias de cada profissão deveriam estar há muito legisladas, alias a Lei do Acto Médico há muito que deveria ter sido aprovada mas foi infelizmente vetada, vá-se la saber devido a que pressões.... “"


Compreendo em parte a sua linha de pensamento, que à primeira vista, parece um contra-senso dos enfºs.
O meu ponto de vista, em relação ao que exemplifica, os TAE´s, é que existe aqui uma clara tentativa de usurpação de competências dos Enfermeiros (e uma clara tentativa de suprimir os Enfºs no préhospitalar, e de fazer uns cobres à conta da formação deste TAE´s);

Ora se existe bastante Enfº por aí, bem melhor formados que qualquer TAE de novas oportunidades, então para quê querer atribuir competências de Enfermagem, a estes não enfermeiros? Não há necessidade! Concordo em reforçar a formação dos TAE´s - gente que têm todo o meu respeito - mas não em prejuízo da Enfermagem. Pesquisando um pouco, verá que as razões por detrás disto dos TAE´s, há interesses pessoais de protagonismo (lembrar o maior das écharpes tigresse) e dinheiro para o bolso de formadores e accionistas de escolas de Saúde (Pizarro, lembra-se?).

Atribuindo este exemplo à Enfermagem, pode refutar a minha ideia dizendo que já há médicos que cheguem (no entanto estão sempre a hastear a bandeira de que são poucos, hjá falta etc) para fazer o trabalho de médicos e etc;

Mas, o que os enfºs pretendem entre outras coisas, é tudo menos ser ou fazerem-se passar por médicos;
Usando este exemplo da prescrição que tanto dá que falar, não creio que haja tentativa de usurpação de competências mºedicas, pois para a prática autónoma, mais célere e optimizada do trabalho específico de um Enfº, a prescrição de determinados fármacos e ECD, agilizariam essa prática; claro que vejo este assunto, confesso, pelo ponto de vista um tanto enviesado, por ser enfº; no entanto, nos outros países em que a Enfermagem tem maior autonomia reconhecida, os resultados (os estudos não me deixam falar em vão!) estão à vista; e sem prejuízo dos Médicos.

Acha que há necessidade de ter que haver prescrição médica para a execução de um penso? Há necessidade de se afirmar que suturar feridas, é um acto exclusivamente médico?? Há necessidade de, na minha prática autónoma numa clínica p.ex., se eu quiser observar uma articulação, uma coluna etc, enquanto Enfº de Reabilitação, tenho que esperar e enviar o utente ao médico assistente, gastando ele mais tempo e dinheiro, quando podia eu fazê-lo??
Assim como um enfº-parteiro em administrar fármacos para facilitar o parto?

São exemplos que me estou a lembrar; decerto existem mais outros para reforçar o que afirmo; decerto que existem outros para contrapºor o que digo, também;

por isso, creio que para suportar as nossas “exigências” em querer "fazer actos médicos" (??!), deve haver sustentação no bom-senso, na conjuntura actual do nosso país, no bem maior para os utentes, no reconhecimento da enfermagem como profissão autónoma.
 
“” (...) Os enfermeiros não querem ser médicos; querem apenas prestar cuidados cada vez melhores dentro do seu conhecimento e esfera de acção. “”

subscrevo!

E reconheçamos, que na tentativa vã de suprimir a evolução da Enfermagem, sempre cascaram nos enfermeiros, quanto a salários condignos, quanto à sua autonomia, quanto a cargos de relevo na gestão de serviços de Saúde, relegando sempre a melhor fatia do bolo (de todos os “bolos”) aos médicos; falo alguma mentira?

Por isso, é errado da parte dos enfermeiros em reivindicar o que há tanto lhes é negado?...
 
O Ato médico não existe porque... os médicos não o querem e ponto final!
Traz mais dores de cabeça do que benefícios. 1+1=2
 
Deixem-se de tretas!
Cada macaco no seu galho, tal como reza o provérbio. Um cuida, o outro trata, blá, blá, blá...

Mas, uma coisa é certa: Já alguém se questionou sobre o motivo porque os doentes ficam internados?

É mais que evidente que só o são porque necessitam de CUIDADOS de enfermagem, caso contrário TRATAM-SE em casa!

PS: Já muitos médicos, por incapacidade assumida, me solicitaram ajuda para efectuar colheitas de sangue para gasimetrias arteriais. Isto não é usurpação nem aproveitamento. É COLABORAÇÃO! E é disto que os doentes precisam e exigem de nós: COLABORAÇÃO EM PROL DA SUA SAÚDE!
 
ja repararam no livro: Consenso para o Parto normal???? é acessivel pela pagina da OE... e se verificarem diz la preto no branco que uma gravida de baixo risco deverá ser vigiada preferencialmente pelo EESMO (ponto 7, pagina 20).. e pasmem-se com quem assinou: o Senhor Doutor Professor (...) Luis Mendes Graça... Ex presidente do Colégio da Especialidade de Ginecoilogia e Obstetrícia da OM... a OM vai... processá-lo? a Ele e aos outros professores doutores como DIogo Ayres de Campo ( que sempre defendeu maior autonomia dos EESMO)??? Como vêem, até médicos de renome assinam por baixo... não entendo a luta armada da actual OM...
 
este tipo de comentarios feitos pelo senhor medico nao faz sentido nenhum e revela um profundo desconhecimento (ou cegueira voluntaria) sobre a evolucao que se pretende para a enfermagem portuguesas. Os ganhos para todos sao mais que evidentes.

Convido o autor do comentario a vir trabalhar para inglaterra para ver como uma enfermagem com mais competencias funciona. Os medicos, cirurgioes e afins sem o precioso auxilio dos enfermeiros especialistas (nas mais diversas areas) estariam entupidos com trabalho. OS enfermeiros especialistas conseguem libertar os medicos para que eles se concentrem nos casos mais complexos, urgentes. A qualidade de cuidados aumenta, velocidade de resposta aumenta e ficam todos contentes. Para nao falar que assim deixam de haver lobbies oportunistas que so tem um interesse......... para bom entendedor....
 
...uma guerra surda a se transformar numa guerra santa...as cruzadas na saúde não dão conquistas...os enfermeiros junto com os médicos desenvolvem um clima de confiança profissional dentro da equipa que fazem todos parte, pelo superior interesse do cliente, os riscos do tratar e do cuidar são prevenidos...a administração de uma terapêutica previa, validada depois pelo medico depende apenas dessa confiança profissional onde o brio profissional e a humildade das duas partes reconhecem como situações preventivas de riscos e não usurpação de funções, e é para isso que existem protocolos específicos de serviço...o resto são cantigas de escárnio e maldizer...sendo que o respeito pela independência de competências e saberes deve ser reciproco e fundamentado pela argumentação da experiência e do conhecimento cientifico de cada par...
 
Concordo com o sr. Edgar Silva! Realmente e felizmente, é o que vejo também no meu serviço, um clima bom e de confiança!
 
Porque é que um médico, para poder prescrever um mero Paracetamol,uma Domperidona, um Diclofenac necessita de 8 anos de formação? Porque a prescrição envolve muito mais do que designar um fármaco a ser ingerido por um paciente...envolve a semiologia, o diagnóstico, o conhecimento profundo dos fenómenos fisiológicos do sinal e do sintoma e a antecipação dos efeitos da terapia. Que eu saiba nas Especialidades em Enfermagem não se abordam estes temas.
Não é portanto lógico defender-se que um Enfermeiro, com 5 anos de formação(4+1) queira prescrever aquilo que um médico com o mesmo tempo não pode.
Transferir competências para o enfermeiro para libertar o médico para tarefas mais complexas? Obrigado mas não, porque o Médico trata de Pessoas, tal como o Enfermeiro, não trata de problemas complexos deixando os simples para trás; Também nós temos a visão holística (sim, isto não é exclusivo do Enfermeiro, a não ser que aristóteles tenha sido Enfermeiro).
Além do mais, os Enfermeiros é que precisam ser libertados de carga de trabalho (porque se queixam permanentemente que estão em défice nos serviços). E não é por isso que os médicos ou outros profissionais os vêm substituir.
Se os enfermeiros fizerem bem aquilo que é suposta fazerem estarão sem dúvida a contribuir fortemente para a qualidade e defesa da Saúde dos Portugueses, sem prescrições.
 
Há por aí alguem que diz que os doentes estão internados porque precisam de cuidados de Enfermagem, senão seriam tratados em casa...Quem profere este dislate por certo ainda não percebeu como funciona a Saúde: o doente é internado porque necessita de um pacote de Cuidados de Saúde não exequíveis em ambiente domiciliário. Vendo bem, a maioria dos Cuidados de Enfermagem são possíveis de efectuar em ambiente domiciliário ou em instituições não hospitalares.Nos EUA quando o doente não necessita de cuidados médicos hospitalares é transferido para uma unidade de recuperação onde são prestados Cuidados de Enfermagem em tudo semelhantes ao que teria no Hospital mas sem uma intervenção médica intensiva, coisa que em portugal, estupidamente ainda não se faz. Os Cuidados Médicos é que , em parte, sá são possíves de serem prestados no Hospital, pois que eu saiba ainda não existem Cirurgias ao domicílio ou aparelhos de RMN ou TAC portáteis.
 
Hipocrisia é o que existe mais em portugal... Mas os senhores doutores deviam ter mais respeito pela nossa classe e saber trabalhar numa equipa multidisciplinar e respeitar todo e qualquer elemento... desde do homem da limpeza até ao enfermeiro... Quanto aos conhecimentos desenvolvidos relativamente a prescrições... Verdade seja dita sim no curso base não desenvolvemos essa competencia... Mas será que com o desenvolvimento de um profissional não possa desenvolver? será que não posso me concentrar no porque do farmaco x actuar em sintoma y melhor que farmaco z? é verdade que para se ser medico estudam se 8 anos mas o mais importante não é decorar como 90 por cento dos que saem agora fazem é compreender o porque das coisas todos os fenomenos... vamos mas é trabalhar todos para o mesmo e deixem se de guerras sem sentido
 
Os enfermeiros são lobos em pele de cordeiro... vivem em constante insatisfação e depois querem ser aquilo que não são.

O maior erro na enfermagem aconteceu aos 18 anos, altura em que a maioria escolheu uma profissão que não queria.
 
"Não é portanto lógico defender-se que um Enfermeiro, com 5 anos de formação(4+1) queira prescrever aquilo que um médico com o mesmo tempo não pode.”

não é 4+1, é 4 + 2....
 
Anónimo disse...
Os enfermeiros são lobos em pele de cordeiro... vivem em constante insatisfação e depois querem ser aquilo que não são.

O maior erro na enfermagem aconteceu aos 18 anos, altura em que a maioria escolheu uma profissão que não queria.”

Isto significa que TODOS os Enfºs, queriam era ser médicos é?
Continuamos a por-nos num pedestal é meu caro??
 
Ao anónimo das 08:25
TAC~s ou RMN portáteis, ..... ainda não... mas atrevo-me a adivinhar que pouco faltará!

Só mais uma coisa: com o desenvolvimento informático à medicina pouco restará no futuro.... mas.... a enfermagem não poderá nunca ser substituída pela informática!
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

AmazingCounters.comVisitas ao blog Doutor Enfermeiro


tracker visitantes online


.

Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!