terça-feira, maio 22, 2012

A farmville dos Obstetras.

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(Clicar para ampliar e ler)
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O interesse económico por trás das constantes investidas médica contra a vigilância da gravidez de baixo risco por Enfermeiros, tolda-lhes o raciocínio.

Não se trata apenas de uma resistência à mudança, mas - à revelia da intenção em construir um sistema mais eficiente e dinâmico - trata-se de um suposta perspectiva de perda de poder, status e bolo financeiro. Reagem mal e de forma ignorante. Desconhecem as evidências, estatística e, mais grave, o quadro legal vigente.

A lei que concede ao Enfermeiro especialista em Saúde Materna e Obstétrica as várias competências em questão neste diferendo... já existe (os Médicos desconhecem...?!)! O que se pretende é que o Estado comparticipe a actividade e de uma forma mais ambiciosa altere o actual paradigma de follow-up de gravidezes de baixo risco (feita, em Portugal, pelos Médicos de Família!)!

Nesta peça jornalística, por exemplo, fazem menção a um estudo que coloca a Holanda nos piores lugares da mortalidade perinatal. O estudo é tão pobre quanto o argumento em si. O próprio Institute for Risk Assessment Sciences pronunciou-se acerca do mesmo, alertando para a sua invalidade (metodológica e conclusiva) e limitações. Tratou-se de um estudo encomendado, realizado por um grupo de Obstetras, corporativistas, inconformados com as evidências quase absolutas do sucesso dos Enfermeiros!
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Mas se a Holanda lhes está atravessada na garganta, resta-nos aludir aos melhores país do mundo no que diz respeito à taxa de mortalidade infantil: a Suécia e a incomparável Islândia!
Escusado será dizer que, nesta área (e não só!), estes sistemas assentam os seus pilares nos Enfermeiros. Perguntem ao conhecido Obstetra Nuno Montenegro que rumou à Suécia durante a sua formação e estagiou... com os tais Enfermeiros (que lhe ensinaram muito neste domínio, nas mais variadas vertentes!). Perguntem-lhe como é que lá se faz! 
A Islândia enquadra-se num modelo semelhante à Suécia, centrado nas grávidas, na naturalidade do parto e nos Enfermeiros!


Mais uma vez evidências irrefutáveis (Suécia, por exemplo):

Birth rate: 10.18 births / 1,000 population (2011 est.). 
Neonatal mortality – 1.6 / 1000 (2009) 
Infant mortality – 2.75 / 1000 (est 2011) 
Caesarian section – 17.3% (2008) 
Maternal Mortality – 5 / 100000 (2008)

... as melhores estatísticas do mundo!
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No outro extremo do países industrializados, comummente denominados de primeiro mundo,  temos os Estados Unidos da América, onde o modelo ainda está algo edificado sob a estrutura médica e as estaticistas não enganam: detém das piores estáticas dos países desenvolvidos. Conclusão: o ónus do sucesso está apenas nos Médicos...?!?





Uma nota final para uma afirmação dos Médicos que, certamente, os Enfermeiros não esquecerão (extraído desta entrevista):


Em primeiro lugar os Enfermeiros... estão habilitados. Mas vou ter em mente esta afirmação que, numa linha de coerência, deve ser igualmente verdadeira para os os tais técnicos que o INEM quer formar, a quem os cinéfilos classificam de... Paramédicos! Neles é que o "acto médico" será verdadeiramente "posto em causa".

Isto para nem falar nos partos na ambulâncias. Realizados por gente com boa vontade, mas com o quarto ano de escolaridade... mas não faz mal. Esses não interferem com a farmville médica, logo...

Comments:
Muito bem DE! Tocou nas feridas... Parece que a OM parou no tempo e ainda vive na época dos senhores feudais onde o poder determina a miserável existência de outros! Os estudos consultados são como os pareceres jurídicos encomendados... Mas o cidadão é cada vez mais informado, o acesso ao enquadramento legal e aos resultados dos ganhos e, saúde do mundo estão á distancia de um clic... O tempo em que o povo receava as ameaças já vai longe... E senhores tão ilustres devem estar desesperados para reagirem com tão pouco nível ! O problema maior para eles não é os médicos de família perderem a exclusividade na vigilância da gravidez nos CSP, o problema é que eles sabem que a população procura os obstetras na privada porque não reconhece competência aos primeiros a não ser para passar as receitas e ps exames para o estado pagar. Os obstetras ganham a consulta, os médicos de família não fazem consulta mas passam os exames e as receitas . Para alguns deles o verdadeiro trabalho em equipa é o enfermeiro executar e o médico supervisar e na hora de reportar assumir na integra os resultados darodutividade realizada á custa dos outros. Haja paciência! Coloquem a mão na consciência e contribuam para esta discussão de forma honesta!
 
Excelente DE, excelente mesmo!!!!!!
 
Ah GRaNdE DE! Da-lhes! Abraco
 
Ora aqui está demonstrado por a + b a qualidade dos enfermeiros. os médicos são retrógradas e só querem defender o seu tacho custo o que custar, custa a quem custar. Mas isso chegou ao fim...
 
ORA AQUI ESTÁ MAIS UMA EVIDÊNCIA DE COMO SE QUER FUGIR AO PRINCIPAL: ACABAR COM AS ESCOLAS DE ENFERNAGEN QUE ESTÃO A MAIS ....,
 
Sim porque aqui nem está em causa interesses económico dos enfermeiros e completa usurpação de funções de Médicos especialistas... O estudo que apresenta tem tanto valor, quanto os que são feitos por enfermeiros, e para enfermeiros...

A enfermagem sempre foi uma classe que para além da inveja crónica, sempre primou pela pura hipócrisia, acusando Médicos de interesses económicos e corporativistas, como se não fossem esses mesmos interesses a nortear a enfermagem nestas e noutras matérias...

Mas depois vem com enorme descaramento falar no acto médico colocado em causa quando se fala nos "paramédicos"... Pois para mim e para qualquer pessoa, o acto médico esta sempre em causa quando realizado por Não-Médicos, e dentro desta categoria estão todos os cidadãos sem cartão amarelo da OM. Simples. De resto já ha muito tempo que acho que a OM devia ter assumido uma posição seria e sem complacência com todos os que tentam usurpar funções médicas e colocar o interesse dos doentes em risco. E isto já lá vem dos tempo das SIVs, TAEs, enfermeiros obstetras e cia.
A ver vamos se desta vez, com este bastonário, a OM faz valer a sua força, contra uma OE e classe de enfermagem, mal formada, populista, interesseira e hipócrita!
 
Nós não somos habilitados para atos médicos, mas para intervenções de enfermagem (a prescrição de medicamentos, por exemplo, em situações clínicas de emergência já é legal há muito tempo pata TODOS os enfermeiros, assim como, a gestão do regime medicamentoso com recurso a protocolos de administração medicamentosa (e.g. insulina,...).
Esses senhores têm medo de quê? Eles são detentores de todo o saber especializado... tenham lá calma.
Abraço,
JB
 
Então e os enfermeiros? Não querem ganhar um tachinho também? Pois...
E a OM só é retrógrada quando se trata dos enfermeiros, porque quando estas situações acontecem com outros profissionais de saúde, vocês riem-se a alto e bom som.
 
Impecavel! uma abordagem baseada em FACTOS!!! EVIDENTE que o trabalho dos enfermeiros, em conjunto com outros profissionais, só dá frutos!

Venham daí os tais dos restelo, dizer que os enfermeiros nao tem competência (mas TÊM), e autonomia (ainda mais vão TER)!
 
Mortalidade perinatal Suécia: 5,2; Portugal 4,6.
Dados de 2009 Comissão Europeia (últimos disponíveis) em https://webgate.ec.europa.eu/sanco/heidi/extensions/sdmxviewer/standaloneviewer.php?indicator=HSIND011010
 
Mortalidade infantil Suécia 2,5; Portugal 2,4 em 2010
https://webgate.ec.europa.eu/sanco/heidi/extensions/sdmxviewer/standaloneviewer.php?indicator=HSIND010011
Sejamos honestos nos indicadores que utilizamos.
 
É contra farmacêuticos administrarem injectáveis.

É a favor de enfermeiros com formação em vãos de escada, ignorantes completos do modelo biomédico, que não sabem discernir uma acidose metabólica hiperclorémica de um comedão, de prescreverem medicamentos e seguirem grávidas. Ah, mas são "especialistas"! Pois, "especialistas" oriundos de formações igualmente dúbias de dois aninhos em part-time numa qualquer escolinha de enfermagem.

Incoerência? Nenhuma, claro.
 
Já viram o conteúdo da conferência do dia do enfermeiro na Madeira? O que tem a ver com o lema "da evidência à ação"? Santa ignorância. Tá no yuotube.
 
Caros amigos, não há dúvida: com a evidência estatística, os médicos nada têm a seu favor.... e de facto os dados estatísticos bem o mostram; 1º queria esclarecer que mortalidade infantil tema ver com a mortalidade no 1º ano de vida... isso é obstetrícia ou pediatria??? para mim é pediatria, logo temos um comentador (12PM) que poe os pes pelas maos.... depois de forem aos dados estatisticos do bureau europeu da OMS, os dados são diferentes poe em causa os dados apresentados pelo comentador das 3.07PM: aí dizem que a Suecia em 2008 tinha a taxa de mortalidade perinatal de 3.43 por 1000 um ano mais tarde passa a 5.2???? de qualquer forma veja-se entao a noruega e a islandia em 2009: 3.19 e 3.02 respectivamente contra 4.6 português.... tirem as suas conclusões..... ja nem se fala nas taxas de cesarianas.... ate a croacia tem uma taxa bem inferior a nossa!!!! os medicos nao falam disso porque? têm o rabo preso? porque nao dizem que em Portugal, mais de 50% das mulheres parem com ventosa/forceps ou cesariana? as portuguesas têm um bacia genetica anormal? ou o modelo biemedico de parto dve ser seriamente repensado?as nordicas sao melhores? duvido!!! e acto medico.... quem diz, onde está escrito que vigilância da gravidez é acto médico???? agora a legislação e a formação de nivel europeu esta aí... é so ler (cansado de repetir os links, deixo aos interessados a liberdade de procurar, pensam que serão capaz... - de facto tambem nao entendo tanta raiva desesperada contra os EESMO mas nem uma palavra contra os partos bombeirais..... e os medicos dizem que deixam de colaborar (esta implicito) com o governo na elaboração de normas... AHAHAHAHAH queria ver os medicos a faze-lo e regerem por normas elaboradas so por EESMO... era lindo nao era? isso ja aceitariam???? lolol e alem do mais, porque nao dizem que na elaboração das normas TAMBEM PARTICIPAM EESMO???? tem vergonha e medo de dizer a verdade dos factos? incomoda certamente.... o pedestal esta a ruir.... tambem nao entendo como os EESMO nunca poem de lado os medicos (veja-se a posição relativamente ao parto em casa em que se assume o EESMO e os Obstetras medicos como competentes) e no sentido contrario, é so o deita abaixo.... AMIGOS... O DESEPERO É MUITO PORQUE A VERDADE E OS PODRES VÊM AO DE CIMA... a OE calada e submissa morreu - habituem-se!- o DE mostra evidência - Habituem-se! senao... temos pena!!!
 
Anonimo das 3.41pm

Mas são essas formações "especializadas LOL" em parte time de 2 anitos, em vão de escada, que querem comparar a Médicos especialistas quem em MGF e sobretudo Obstetricia... A isto se chama o país a bater no fundo...Vale tudo, mesmo a vida de mães e crinças para poupar uns euroszitos ao final do mes nas contas do MS...

Mas o engraçado disto é que ainda vou ver enfermeiras grávidas bem arrependidas do seguimento que tiveram dos colegas enfermeiros... Ou então não, porque essas virão ao Médico a sério.
 
a verdade é q a verdade mete medo ao colegio medico de ginecologia e obstetricia.... os podres lentamente vêm ao de cima, porque a OE ja nao dorme e a população merece ser informada... e depois a medicação... qual a medicação que se da a mulheres gravidas de baixo risco???? acido folico? ferro? magnesio? e é preciso receita medica para isso? compro isso em qualquer wells.... so nao se chamará actol nem folifer... mas tambem nao precisa de receita medica.... Ah esqueci-me do Noosef, claro! e obviamente, que concordo com os medicos... uma puerpera com mamas ingurgitadissima, vai ao centro de saude, nao tem vaga para a consulta medica e so consegue falar com um EESMO.... mais vale ela ir à urgencia, porque o EESMO nao lhe pode prescrever o Synthocinon em spray nasal, que necessita de receita medica.... POUPEM-NOS DE HICPOCRISIA SRS DRS.... os medicos prescrevem a IG anti-D... claro... seguem protocolos da DGS!!!! onde EESMO participam na sua elaboração!!!! POUPEM A HIPOCRISIA NOVAMENTE... eu pessoalmente ja recusei dar IG anti-D prescrita por medicos... sabem porquê? porque nem ler os protocolos sabem!!! entoa nao sabem que para se administrar a IG é preciso anteriormente Às 24semanas fazer uma prova de Coombs? é preciso um EESMO, com formação dubia de part-time (so faltou dizer na mesma espelunca que o comentador das 3.41 PM) reenviar a gravida para o seu consultorio privado, onde ganha balurdios trabalhando mal, com o recado claro que o SR EESMO lhe recomenda a prescrição da tal prova se quer que a IG seja administrada... a gravida paga para ser assima tendida? é um EESMO sem competências, um real 0 a esquerda, que ensina o sr dr? bom o curso de part-time até tem valor... a faculdade de medicina é que era a espelunca afinal... VAMOS SER HONESTOS!!! EESMO tem competencias REAIS para vigiar total e autonomamente a gravidez de baixo risco. Obstetras sao totalmente autonomos na vigilancia de qualqeur gravidez... as estatisticas demonstra a mais-valia da vigilancia dos EESMO... ninguem quer usurpar nada a ninguém.. É DE LEI!!! valerá a pena essa guerra estúpida desencadeada por quem tem medo de perder o pedetal? é ético chamar os EESMO de habilidosos (de forma subentendida) só pela raiva deles terem razao.... francamente!!!!
 
A OM é retrógada? Qual era a Ordem que aqui há uns tempo queria punir os seus membro que ensinassem coisas como SBV a bombeiros e outros? Administração de injectáveis?

Alguém me recorda qual a Ordem tremendamente progressista e nada corporativista que decidiu punir os seus membros por darem estas formações?

A sério, alguém me sabe dizer?
 
"Mas são essas formações "especializadas LOL" em parte time de 2 anitos, em vão de escada, que querem comparar a Médicos especialistas quem em MGF e sobretudo Obstetricia... A isto se chama o país a bater no fundo..."

Esta é uma falácia de argumentação denominada "ad Ignorantiam", com umas fibras de "ad Populum". São comuns quando falta lógica de raciocínio ou força de razão.
Prefiro as evidências. Fundamentam com consistência e permitem que não façamos má figura em público! Traga evidências...
 
Eu tb sei MT bem como são as vossas especialidades...médicas...relaxadissimas
A verdade verdadeira é que prefiro ml vezes ser seguida por um Enf. Especialista que de uma iignorante de clínica geral com 300h de obstetrícia...foi aí que voces relaxaram.. Competências?digo_vos logo uma que não a tendes HUMANIZAÇÃO!!!!
 
Fala de falácias argumentativas, mas quer "evidências" (estrangeirismo peculiar, quando "evidence" na realidade se traduz em "prova"). Ora, não há nenhuma "evidência" das que apresentou que esteja livre de conflicto de interesses, esse tão poderoso viés. Como disse aqui alguém, estudos de enfermeiros, para enfermeiros.

Realmente, é preciso muita lata para fazer este tipo de argumentação, Sr. Enfermeiro. Especialmente depois de ter tomado a posição da sua ordem (com letra minúscula) em querer punir os seus sócios, por ministrarem a outros profissionais de saúde formações de actos que nem são exclusivos do enfermeiro.

Se não teve média para medicina, tenha pelo menos vergonha na cara.
 
Outra coisa, quem fez o argumento de "escolas de vãos de escada" sabe do que fala, pois esta personagem antes de estudar medicina, passou 3 aninhos numa dessas "escolas". Logo, não considero validade nenhuma nessa denominação "ad Ignorantiam". Se há alguém que sabe a diferença entre enfermagem e medicina, sou eu.
 
Evidentemente está entornado o caldo entre a OE e a OM!!!
Lembram-se de o Germano ter dito que não ia entrar em confronto com os médicos?

A reivindicação de maior autonomia faz todo o sentido por parte dos enfermeiros. Mas cuidado: isso é válido para todos os enfermeiros. Não apenas para os de Saúde Materna. Já ouvi uns “sábios” (enfermeiros) dizer que a especialidade de Saúde Materna é a que mais autonomia confere aos enfermeiros?!?!?!?!?!

Quanto à história das “gravidezes normais”, concordo com o que já foi dito: prefiro ter uma equipa multidisciplinar ao serviço de 900 grávidas, do que ter 300 grávidas a ser vigiadas por obstetras, 300 a ser vigiadas por médicos de família e 300 a ser vigiadas por enfermeiros de saúde materna.

Comparar a formação de médicos de clínica geral com enfermeiros de saúde materna, é ridículo. Onde ficam então os enfermeiros de saúde comunitária?

Tem-se dito neste blogue que o Germano encara esta luta como sendo “a menina dos seus olhos”. Alguém me diz quantos anos é que o nosso bastonário exerceu como especialista em Saúde Materna?
 
"Mortalidade infantil Suécia 2,5; Portugal 2,4 em 2010
https://webgate.ec.europa.eu/sanco/heidi/extensions/sdmxviewer/standaloneviewer.php?indicator=HSIND010011
Sejamos honestos nos indicadores que utilizamos."


Percentagem de nascimentos por cesariana Suécia 17%, Portugal 30%.
Porquê se somos seguidos por profissionais tão bons??? Sejamos honesto, acabem com a desonestidade intelectual. Acho que o melhor que há a fazer por parte dos médicos é admitir que vão ter de ceder este pedacinho, senão arriscam-se a mostrar o que os move e as consequências serão ainda piores para os próprios.

"Mas são essas formações "especializadas LOL" em parte time de 2 anitos, em vão de escada, que querem comparar a Médicos especialistas quem em MGF e sobretudo Obstetricia... A isto se chama o país a bater no fundo...Vale tudo, mesmo a vida de mães e crinças para poupar uns euroszitos ao final do mes nas contas do MS...

Mas o engraçado disto é que ainda vou ver enfermeiras grávidas bem arrependidas do seguimento que tiveram dos colegas enfermeiros... Ou então não, porque essas virão ao Médico a sério."

Exato fez uma afirmação muito pertinente, isto é um país a bater no fundo, arriscam-se vidas de criancinhas e mães em cesarianas desnecessárias, por diversos motivos, marcam-se datas de nascimento no calendário para ser num turno em que lá está o médico que acompanhou a gravidez, para controlar tudo, mas andar aqui a dizer completas idiotices, bem como no jornal é que sim senhor... muito bem senhores drs.

E Médicos a sério procurados por enfermeiras grávidas com complexos de inferioridade são dificeis de achar...

BVou só lembrar uma frase do bastonário da OM quando se começou a falar nos cortes na saúde "Só se poupa na saúde melhorando a sua qualidade" e é isso que se trata aqui, vai haver poupança porque se vão melhorar os cuidados, dito isto é uma questão de ler os estudos, avaliar a sua validade e concluir se é melhor ou não, se é não há nada a fazer... enfermeiros a seguir gravidezes sem intercorrências.
 
"Ad ignorantiam" reporta-se à validade da argumentação. Ser "vão de escada" não se consubstancia como uma premissa de um raciocínio válido.
O problema é que o meu amigo quer imputar a conclusão de um raciocínio a uma premissa da qual o mesmo não decorre. É uma falácia lógica, compreende? É um fundamento meramente ilusório, não tem aplicabilidade, de acordo ciência que estuda a linguagem do raciocínio. Leia lá um pouco sobre argumentação.
 
Esta discussão põe a nu uma ideia faraónica da actual direcção da OE.
Quem conhece a realidade dos serviços, sabe perfeitamente que há uma submissão da Enfermagem à classe Médica. Quantos enfermeiros se deparam no dia-a-dia com situações contrárias às boas práticas, e tudo continua na mesma, simplesmente porque da parte das chefias e das direcções de Enfermagem há total conivência com esse tipo de práticas?

Portanto, estamos perante uma teorização de “como devem ser as coisas”. O problema é que a realidade é outra. E bem diferente por sinal!

O mais certo é que tudo fique como está. Acham que alguém vai levantar a voz contra os médicos, nos serviços de obstetrícia, correndo o risco de ficarem “marcados” e serem alvos de discriminação, até pelas suas próprias chefias? Tenham dó!

Aliás, o Sr. Bastonário, se fosse um verdadeiro conhecedor da realidade das instituições de saúde em Portugal, saberia por exemplo, que no Hospital da Luz, já houve colegas especialistas em Saúde Materna que deixaram de lá trabalhar, porque a sua função enquanto especialista, era muito menos respeitada do que, por exemplo na MAC ou no Santa Maria.
 
Oh sr. enfermeiro, deixe-se de tretas. Dê aí as voltas que der, não toca no argumento feito pelo meu suposto colega: os estudos são enviesados, a formação dos enfermeiros não vale um chavo, e cai no paradoxo de apoiar esta usurpação de funções quando não admite o análogo (que não o é) feito pelos farmacêuticos.
 
Conversa de "xáxa" à parte, o Sr. Enfermeiro ainda não percebeu uma coisa.
É que se por um lado existem muitos enfermeiros fieis seguidores das suas balelas, demagogia barata e popular que visa sobretudo o ataque permanente à classe à qual o sr. gostaria de pertencer, há por outro lado quem conheça verdadeiramente a diferença entre as duas classes. Nenhum, repito, nenhum enfermeiro dos que aqui comenta e defende com "unhas e dentes" esta sua pseudo-visão, esteve alguma vez numa faculdade de Medicina. Não tem a menor noção do que estão a falar, não tem nenhum tipo de ponto de comparação formativo ou qualquer outro. De resto, o Sr. também não. Agora o contrário, sim, quem ja esteve numa escola de enfermagem vários anos, e é hoje Médico sabe perfeitamente no que se baseiam os 2 cursos e na diferença abismal de competências e formação que existe. De resto as diferenças são de tal ordem que qualquer comparação seria seguramente impossível, porque não é possivel comparar algo tão diferente. De resto, o que mais me assusta, nem é ver enfermeiros armados em campeões na net, que tem formação de tudo e mais alguma coisa, são competentes em tudo e mais alguma coisa, fazem e acontecem porque no dia a dia dos serviços nada disso se vê (pudera...). A mim o que assusta verdadeiramente é que há realmente quem não tenha a minima noção do pouquíssimo que sabe, e do tanto que teria de saber para poder ter reais competências em determinadas áreas, na Medicina em particular.
 
"Conversa de "xáxa" à parte, o Sr. Enfermeiro ainda não percebeu uma coisa. "


Percebi, pois. Percebi que depois de um comentário tão extenso - como o seu - não teve a capacidade de me apresentar um ÚNICA evidência válida do que afirma. Eu, no post, apresento várias.

Em analogia - futebolítica, até - o que o meu amigo postula é que a Académica, nunca poderá vencer o Sporting, por exemplo! (e virtude de uma suposta superiorida teórica - mais uma falácia de argumentação).

Por último, no curso de Enfermagem também se ensina anatomia, fisiologia, patologia, farmacologia, e os objectivos do cursos são diferentes da Medicina.

Agradeço que no próximo comentário traga evidências, pf.
 
Meu querido amigo, a "anatomia", "fisiologia", "patologia" e "farmacologia" de enfermagem são uma tanga completa! Não há farmacologia de enfermagem, nem farmacologia de farmácia, nem farmacologia de medicina. Há sim, boa e má farmacologia. Se o que eu considero como mau, deve-se ao facto dela ser simples, então pode ser que essa simplicidade seja justificada pela adequação à natureza do curso de enfermagem, em que tudo é simples. É uma posição legitima, mas então que os enfermeiros se limitem ao exercício da enfermagem e não da medicina. No fundo, você mesmo o diz, que os objectivos são distintos. Eu fiz essas mesmas UC em enfermagem e medicina, e estou habilitado (por muito que lhe custe) para fazer a comparação. Já para não falar das ciências clínicas, porque nem só de básicas se faz a medicina.
 
Evidências, por favor.
 
DE, olhe que o Anónimo das 07:11:00 até lhe apresentou a melhor das evidências - o conhecimento que advêm de quem passa pelos 2 cursos e que por isso mesmo, melhor do que ninguém sabe as diferenças entre um e outro. Claro que se quiser continuar com "filosofia" barata daquela que se lê nos livros à venda num qualquer hipermercado, por quem é por favor continue-se a prestar ao ridículo.
E quanto às suas evidências veja aquelas da Comunidade Europeia que já aqui lhe foram apresentadas. Ou será que só as que o sr apresenta é que são válidas?
 
Isso é um evidência? :) De quê?
 
Ao anónimo que anda ai dizer mal da enfermagem e a dizer que a nossa anatomia, farmacologia, patologia, epidemiologia, Deontologia e Ética ( que nos srs doutores medicos falta as paletes), a nossa Microbiologia e Parasitologia, Bioquímica e Biofísica, tenho a dizer que anda desactualizado no seu tempo podia ser como diz mas actualmente só quem é estudante ou se formou à meia dúzia de anos e que sabe como é e pode ter a certeza que não fica nada a trás dos senhores doutores médicos. Não consigo entender como ainda ha gente que ve os medicos como deuses ja que a unica coisa que fazem é observar uma parte lesada e MANDAR repara-la quem é que na verdade faz as coisas o enfermeiro. o medico receita o farmaco o enfermeiro administra mas administra por administrar ???? NÃO o enfermeiro sabe o que é o farmaco em que actua como actua o que acontece durante a sua actuação etc etc se POR AMOR DE DEUS deixem de se equiparar a deus e no muito tentem ser anjos como os enfermeiros são...
Mensagem de um futuro sr.doutor enfermeiro
 
Eu sou um dos que estudou enfermagem e agora está em medicina. Deixei enfermagem há 5 anos e partilho da mesma opinião do futuro colega que aí "postou". As coisas mudaram tanto em 5 anos? Tanto quanto sei, com a proliferação de escolas e derrocada das médias para valores ridículos, as coisas só tenderam a pirar.
Nem precisamos de comparar a dificuldade das unidades curriculares, basta olhar para as horas de contacto, os créditos, a produção "cientifica" dos enfermeiros.
Se são tão exímios nas ciências básicas, porque é que não vejo teses "a sério" em enfermagem? Porque é que são todas deste género:

http://sigarra.up.pt/icbas/TESES_POSGRAD.LISTA_TESES?P_TIPO_LISTA=T&P_ORD_CAMPO=D_INICIO&P_ORDEM=DESC&p_sigla=DCE

Por favor caro autor deste blog, tenha juízo e deixe de criar expectativas irrealistas na cabeça dos seus colegas menos dotados à inteligência. A demagogia é feia.

Cumprimentos,

MedStudent
 
Caro Anónimo, o Eng. também manda, e o trolha mete a argamassa no sítio. Não tirando o valor ao pedreiro, mas ao Eng. é que coube o planeamento.
 
O MedStudent tem tudo para ser um profissional sofrível. Fosse para enfermeiro (ainda bem que não foi, que é menos um trolha na profissão), seja para médico (Deus queira que não chegue lá, ou se chegar que tenha por perto bons médicos que o ensinem a ser alguém), não revela qualidades humanas para o trabalho que se propõe realizar.

Muito fraco.
 
Estas "guerrinhas" entre os enfermeiros e os médicos são iguais às dos oficiais de justiça e juízes. Típicas de classes que se sentem inferiorizadas! É pena...
 
O medstudent anda mais preocupado com a enfermagem do que com a medicina.
Anda a ver o que é que os enfermeiros estudam, publicam, fazem...
... Diz que anda, mas é só a fingir.

O medstudent nunca foi enfermeiro, pelo que entendi; terá frequentado um curso de enfermagem, não foi? Será, eventualmente, licenciado em enfermagem, não? Pois, ser licenciado em enfermagem não é ser enfermeiro nem nessa condição de apenas licenciado alguma vez poderia aceder ao que se passa na enfermagem.
Para além disso, se é licenciado em enfermagem, estaria no patamar mais elementar do conhecimento necessário para que pudesse vir a ser enfermeiro: tinha, quanto muito, uma licença dada por uma escola, para começar a aprender. A licenciatura é isso apenas. A aprendizagem é feita ao longo da vida e se achou que a formação que lhe era dada era tão sofrível, porque é que não estudou para aprender por si aquilo que é necessário para prestar cuidados de enfermagem? Está tudo na net. Estão lá os filmes das algaliações no Youtube, está a "prova" científica do tratamento de feridas nas revisões sistemáticas da literatura, estão as teorias de enfermagem, estão as doenças todas, os medicamentos todos, os tratamentos, os exames complementares de diagnóstico, todas as guidelines aprovadas pelos organismos mais credíveis, tudo o que precisava saber para não vir aqui dizer que a professora não deu a matéria!...
Talvez não lhe tenham ensinado a aprender a aprender, mas com o tempo verá que também os médicos fazem o seu "trabalho de casa" e não é nas grandes aulas, grandes palestras que antigamente levavam os estudantes a aproveitar a presença do Prof Doutor não sei quantos, que ia falar de colpoproctologia, que se fazem agora as aprendizagens necessárias para o trabalho diário. É na aprendizagem ao longo da vida que os profissionais apuram os seus conhecimentos e validam na prática se realmente são competentes para o trabalho que lhes é pedido.

A enfermagem foi das profissões que mais evoluiu em Portugal nas últimas décadas, quer na atividade prática no terreno, quer a nivel teórico e académico onde é a própria Academia que reconhece o valor da enfermagem.
O medstudent não é literalmente ninguém para colocar em questão aquilo que é reconhecido por pessoas de grande mérito profissional e académico, por instituições de crédito nacional e internacional. Há mais cursos de pós-graduação, pós-licenciatura, acesso a outros cursos partilhados com outros profissionais - incluindo médicos, que frequentam cursos junto com enfermeiros e são os próprios médicos que elogiam a capacidade e a vontade que os enfermeiros, muitos deles em inicio de carreira, têm para aprender e fazer coisas.

O medstudent não sabe o que diz.

VV
 
Adoro comparações de enfermeiros entre cadeiras de enfermagem com cadeiras de Medicina... LOL o ridiculo no seu expoente máximo!!! Pergunta-se, há aqui algum enfermeiro que tenha estado nos 2 cursos para poder comparar?? Por favor, 1 só!! Não pois não??

Então resumam-se ao pouco que sabem, cumpram aquilo que o Médico determina e pensem que formações em vãos de escada, não chegam para tratar pessoas!!
 
A pessoa que comentou às 6:59 tem um raciocínio estranho. Deve ser porque está zangada, não? É que refere que não estivémos no curso de medicina para saber o que lá se passa, mas ela esteve no curso de enfermagem e até sabe que ali se aprende tão pouco...

São estes raciocínios que, quando aplicados à prática clínica, dão os resultados que conhecemos...

Francamente!

Isto pelo menos ilustra que temos de fato vários problemas na saúde e arriscaria dizer que o menor de todos pode mesmo ser o dos conhecimentos técnicos e científicos.
Talvez haja necessidade de trabalhar a atitude das pessoas, alguns traços de personalidade que ficam aqui tão patentes na ira com que querem impôr a sua vontade de mandar em alguém, o laxismo e a irresponsabilidade com que exercem a sua profissão, a falta de ética e a negligência que devia de chegar à população sem passar pelos filtros das instituições, etc.

Estamos mais perante um problema de cultura do que de conhecimentos e os médicos terão que se dobrar perante a necessidade de avançarmos e construirmos uma saúde mais horizontal que responda melhor aos problemas reais das pessoas. Outros países já estão a caminhar e nós, sempre na retaguarda, ainda estamos a discutir as birras e os tiques de uma classe que insiste em afastar o cidadão do centro das atenções. Não são os médicos o objeto de trabalho dos enfermeiros nem o fim do serviço de saúde: os médicos são, tal como os enfermeiros, um MEIO para se alcançar a finalidade de proteger a saúde das pessoas. Isto custa aceitar, eu imagino que sim, mas com o tempo e à medida que vão percebendo as coisas, a seu tempo, compreenderão.

VV
 
Quando se diz que a Enfermagem foi das profissões que mais evoluíram têm razão numa coisa: Há uns anos não se entrava em Enfermagem com médias de 10 e 11, e agora entra-se!
 
Anónimo disse...
Meu querido amigo, a "anatomia", "fisiologia", "patologia" e "farmacologia" de enfermagem são uma tanga completa! “

Olha que giro, quando até são por vezes médicos que formam enfermeiros nessas disciplinas..
Esqueçam, não tentem, como fez uma estranha anónima aí atrás (“quisessem fazer coisas de médicos, fossem para medicina; não tiveram nota? temos pena!”), querer minar as competências e autonomia dos enfermeiros!
Essa das notas (expoente máximo de muitos estudantes de medicina, achando-se o máximo por terem 18´s , verdadeiros matemáticos que quando chega a hora da verdade, .....!), é só areia para os olhos; entrei em Enfermagem com 15; não deixo de ser tão ou mais inteligente que um médico; não deixo de ter tanta ou mais competência que um médico; não deixo de ser tão ou mais importante que um médico.
E não odeio médicos =) não tenho inveja =) não lhes quero passar a perna por supostos recalcamentos =) apenas combato a ignorancia e ignomínia que brota das tolas “sapientes” de alguns (sim alguns, que a muitos médicos já lhes passa ao lado a suposta elevação das notas e dos estetoscopios) médicos que gostam de se sentir superiores, cascando em cima dos enfermeiros;
 
"Mais uma vez evidências irrefutáveis (Suécia, por exemplo):


Birth rate: 10.18 births / 1,000 population (2011 est.).
Neonatal mortality – 1.6 / 1000 (2009)
Infant mortality – 2.75 / 1000 (est 2011)
Caesarian section – 17.3% (2008)
Maternal Mortality – 5 / 100000 (2008)

... as melhores estatísticas do mundo!"

Quando utilizamos números para basear supostas evidências há que utilizar os números correctamente. Já acima foram postados os números oficiais da UE relativamente a mortalidade perinatal e infantil e na Suécia não estão melhor que em Portugal.
Depois parte-se de uma outra falácia que é de admitir que enfermeiro é capaz de substituir o médico de família (ou especialista em Medicina Geral e Familiar como eles gostam de ser chamados ;))neste assunto em particular. O facto é que não serão EESMO a seguir as grávidas mas enfermeiros sem formação específica ou enfermeiros com formação em Enfermagem da Comunidade - o Enfermmeiro de Família. Isto porque o objectivo seria poupar...
Devemos ser realistas e dar os parabéns a todos os que, fruto de uma estratégia de um reforço na formação pré e pós graduada dos profissionais intervenientes no seguimento das grávidas em Portugal, tem vindo a contribuir para uma evolução notável dos indicadores que nos coloca em muitos aspectos entre os melhores da Europa.
Duvido muito que aquilo que a OE propõe, de um seguimento exclusivo das grávidas por enfermeiros traga algo de bom, antes pelo contrário, é de esperar que a exemplo de outros países em que iso aconteceu a qualidade dos cuidados diminua e com isso os "indicadores".
A minha opinião que provavelmente não interessará aos frequentadores habituais deste blogue nem ao Drenfo ou OE, é que o caminho que tem sido seguido com um trabalho em equipa dos profissionais dos CS/USF, deveria manter-se, com uma aposta ainda maior na formação de todos os intervenientes para podermos ainda ser melhores, pelos nossos doentes e por todos nós, que um dia havemos de estar do outro lado, do lado dos utilizadores do SNS.
Cumprimentos
 
Enf. Norte

Você até pode realmente ser muito inteligente, mas não parece...

Deixo-lhe apenas este exemplo. Tenho um familiar muito próximo, Médico, e prof. na fac. Medicina mas tambem (como disse e bem) numa escola de enfermagem (publica note-se!)

Só para ter uma ideia, dá a mesma cadeira (sobre patologia cirurgica) nos 2 locais. Na fac. de Medicina são perto de 500 slides os vários capitulos. Na esc. enfermagem, 150...

A partir daqui tire as conclusões que quiser, invente o que quiser e de a volta ao texto da forma que bem entender. O facto das cadeiras terem o mesmo nome, nada quer dizer no que toca à profundidade dos temas... E aí reside a grande diferença entre Médicos e enfs, profundidade de conhecimentos...

ps: acredito que com média de 15 seja um bom enfermeiro, assim como acredito que poderia ser um bom Médico. agora a selecção tem de se fazer, é por notas, entram os melhores...
 
“ Enf. Norte

Você até pode realmente ser muito inteligente, mas não parece...

Deixo-lhe apenas este exemplo. Tenho um familiar muito próximo, Médico, e prof. na fac. Medicina mas tambem (como disse e bem) numa escola de enfermagem (publica note-se!)

Só para ter uma ideia, dá a mesma cadeira (sobre patologia cirurgica) nos 2 locais. Na fac. de Medicina são perto de 500 slides os vários capitulos. Na esc. enfermagem, 150...

A partir daqui tire as conclusões que quiser, invente o que quiser e de a volta ao texto da forma que bem entender. O facto das cadeiras terem o mesmo nome, nada quer dizer no que toca à profundidade dos temas... E aí reside a grande diferença entre Médicos e enfs, profundidade de conhecimentos...


Respondendo, 1º, sabemos que na Medicina, há uma maior preparação em certas disciplinas, que são inerentes à propria profissão (relembro que Enfermagem não persegue exactamente os mesmos objectivos que a Medicina; são Disciplinas algo parecidas nalgumas coisas, identicas noutras, dºispares em tantas outras (com um objectivo em comum, Cuidar - o enfº p.ex. cuida do utente nos autocuidados, dá medicação, avalia as reacções esperadas ou secundarismos iatrogénicos etc; o Médico, prescreve medicação, determina um diagnóstico clínico etc).

Assim, com estas semelhanças e diferenças, não significa isto que um médico saiba AUTOMATICAMENTE mais de anatomia ou fisiologia que um Enfº (diferentes experiências, complementos, especialidades, etc).

Não é verdade que aquilo que aprendeu nos 6 anos de curso base de Medicina (que difere do curso base de Enfermagem em 900Horas...), não ser agora, com a especialidade, ser mais refinado? Ou vai dizer que se lembra de TUDO? eu sendo especialista em Reabilitação, apesar de compreender por alto a anatomofisiologia do sistema reprodutor e etc, não me posso comparar a um Enfº especialista em SMO ou um Médico especialista em SMO?

Sei que nem tudo sei; mas sei do que sei, e sei bem =)
 
"ps: acredito que com média de 15 seja um bom enfermeiro, assim como acredito que poderia ser um bom Médico. agora a selecção tem de se fazer, é por notas, entram os melhores...”

em resposta a este p.s, bem vai de encontro a uma velha questão: ter notas mais elevadas, não significa ser “melhores” como afirma; nunca reparou em médicos que mais parecem nerds matemáticos, ensimesmados, que nunca falam com os doentes, que quando vêm sangue quase que desmaiam, que só foram para esse curso por procura de status ou dinheiro? (nada contra, cada um faz o que entende!)

quantas pessoas vê, desesperadas em querer singrar como médicos, que por diferença de DÉCIMAS, não entram no curso que sempre sonharam (por vontade e vocação, não por status e euros)?

Que depois se vêm obrigados a emigrar para sei lá onde, com tanto sacrificio e despesa, para conseguirem o curso que aqui, em Portugal, se limita a escrutinar a Vocação, pela simples Matemática dos valores e notas??...

percebe onde quero chegar? não é pelo meu colega ao lado ter tido 18´s ou 19´s, que vai ser mais talentoso ou melhor profissional, ou até ter mais conhecimentos - e saber adequar os mesmos ao contexto prático - do que eu..!

Mas também percebo que a classe médica se quer proteger do potencial ou inventado excesso de formação... para bem evitar o que agora se passa na Enfermagem, nalguns casos... que se descredibiliza com notas de acesso de quase 10 ou 11 nessas escolas-f´ºabricas privadas.. eu percebo e apoio; aliás, é das coisas mais urgentes que se tem que fazer, é FECHAR O EXCESSO DE ESCOLAS DE ENFERMAGEM.

Sei que pode contrapor o que afirmo, com o seguinte “ai entao se há fraca formação em enfermagem, como pode o enfº do norte dizer que os enfºs são bem preparados?”
Eu respondo que felizmente, não são todos (e é um mal recente, coisa de 5-6 anos); como não são todos os médicos uns snobs e elitistas de nariz empinado, em busca do status e do euro.. certo?
Em tudo há excepções. Há os bons, há os maus; há os dedicados, há os turistas; há os profissionais, há os desleixados.

abraço e obg pela discussão construtiva =)
 
Aproveito só este comentário de um anónimo para reforçar o que afirmei há pouco:


“ (...)O problema é quando alguém começa a dizer que é melhor que o outro procurando comparar o que não é comparável, médicos e enfermeiros são profissões distintas que fruto do seu exercício se cruzam, e claro o resultado está à vista: ninguém quer ficar calado, cada um tenta berrar mais alto que o outro e dá neste circo.”
 
"Deixo-lhe apenas este exemplo. Tenho um familiar muito próximo, Médico, e prof. na fac. Medicina mas tambem (como disse e bem) numa escola de enfermagem (publica note-se!)

Só para ter uma ideia, dá a mesma cadeira (sobre patologia cirurgica) nos 2 locais. Na fac. de Medicina são perto de 500 slides os vários capitulos. Na esc. enfermagem, 150...
"

Se tem razão não será por este argumento. A organização dos cursos e cadeiras é completamente diferente, isso do nome não quer dizer nada...

E garanto que há algumas áreas que na enfermagem se dá com mais profundidade que em medicina, como por exemplo os cuidados paliativos. Conheço bem as duas realidades também e sei que naturalmente a tudo o que é patologia é dado com muito mais profundidade em medicina.

Muitas áreas da fisiopatologia médica e cirúrgica são complementados pelos professores enfermeiros nas cadeiras de enfermagem (a verdade é que há bons e também maus professores de eenfermagem, boas e más escolas, etc...)
 
"O meu amigo rebate isto utilizando um argumento sem valor lógico. Tal é denominado sofisma. Parte de premissas aparentemente verossímeis (neste caso nem o são) e estabelece-se um conclusão de raciocínio absurda (é um termo que define tudo o que é contrário à lógica e à razão), inválida."
 
"Eu tentei explicar que erros de argumentação foram cometidos no texto. Ainda nenhum dos que tentaram rebater as asserções que aqui fiz conseguiu operacionalizar um raciocínio dedutivo válido. Não seguem as regras formais a lógica.
Podem parecer que fazem sentido para mentes menos aguçadas, mas não passam de um conjunto de premissas avulsas, que não provam rigorosamente nada."
 
"O problema é que o meu amigo quer imputar a conclusão de um raciocínio a uma premissa da qual o mesmo não decorre. É uma falácia lógica, compreende? É um fundamento meramente ilusório, não tem aplicabilidade, de acordo ciência que estuda a linguagem do raciocínio. Leia lá um pouco sobre argumentação."
 
Sobre a formação: Tirei a licenciatura de enfermagem (Escola Superior enfermagem do Porto) e trabalhei durante 6 anos como enfermeiro no HSJ, serviço de Medicina Interna. Tirei o curso de medicina e encontro-me agora a terminar a especialidade de Medicina Interna. Penso que por isso, estou bem colocado para me pronunciar sobre esta matéria ao contrário da maioria dos intervenientes. Peço desculpa aos meus colegas enfermeiros, mas a extensão e profundidade das cadeiras leccionadas no curso de Medicina, dificilmente são comparáveis com as de Enfermagem. No curso de medicina, são imensamente mais exigentes, nomeadamente a nível de anatomia, fisiologia, farmacologia, biopatologia. Isto referindo-me ao curso, pois se tiver em conta a especialidade então dificilmente encontro sequer um paralelo. As especialidades na Medicina são verdadeiramente formativas e obrigam a um aprofundar dos conhecimento.
Gostei muito de ser enfermeiro, mas efectivamente o nosso curso e trabalho são orientados para outros objectivos que os da Medicina...e devemos respeitar isso. Se ambicionamos mudar isso, temos que mudar a nossa formação, desde da licenciatura à especialidade.

M. Pinto
 
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