quinta-feira, novembro 08, 2012

Heresias para a Enfermagem!

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Já nem vejo televisão nem leio jornais. Das duas, uma: ou recalcam o tema e espremem-no vezes sem conta, ou se vê/lê profundos disparates. A área da saúde, então, está pródiga a bater massa desta. Haja probidade!
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Li, sem pasmo, que os Farmacêuticos (depois de administrar injectáveis), querem providenciar consultas de "cuidados farmacêuticos", avaliar sinais vitais, seguir doentes crónicos, abarcar os cuidados de saúde primários, executar pensos, etc. 
Os TAE's querem ser puncionar, administrar fármacos, realizar procedimentos invasivos, etc. 
Amanhã, quando abrir as primeiras páginas de um jornal qualquer, vou descobrir que os maqueiros querem algaliar ou que a mulher da limpeza  quer dar os primeiros passos na intubação nasogástrica.
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Só por acaso (mas um acaso diabólico!) tudo isto são competências dos Enfermeiros! Atenção colegas, esta década vai ser fértil nisto: outras profissões (umas que emergem, outros que tentar reorientar a suas funções como estratégia de sobrevivência) a erguer a cana de pesca em cima da Enfermagem!
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Fechem-se os Centros de Saúde e Hospitais, despeçam-se Médicos e Enfermeiros (que não fazem falta nenhuma) e entreguem-se as chaves, pá! Já há, por aí, malta capaz para tratar de tudo!
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Uma explicativa nota final (um dia destes volto ao tema): ouço pessoas tecer apreciações menos positivas no que diz respeito skill-mix entre Médicos e Enfermeiros, e da sua suposta incoerência no que concerne à Enfermagem/profissões paralelas!
Uma coisa é discutir a partilha funcional entre classes de igual circunstância académica e formativa, fundamentada em evidências científicas; outra coisa é discuti-las (que têm influência directa na vida/morte), com o Zé, um agricultor, com rapazolas que detêm pouco mais que a escolaridade obrigatória, licenciados em ciências piscatórias, ou com uma recepcionista de uma clínica qualquer...

Comments:
Desde há muito tempo que os enfermeiros "delegam" cuidados. Cito por exemplo a tentativa de "passar" os cuidados de higiene para as Auxiliares de acção médica assim como os posicionamentos e a alimentação, ou ainda deixar a medicação per-ós na mesa de cabeceira para a Srª AAM administrar, sim, é este o termo, a medicação.

Outra fase paralela a esta "tentativa" é o facto de se passar a dar formação em serviço, formação dada por enfermeiros, sobre diversas funções de enfermagem... Pasme-se ter havido situações, por mim presenciadas, de AAM a chamar a atenção de enfermeiros sobre os posicionamentos mal efetuados. Mas pasme-se mais ainda: não é que a SRª AAM tinha mesmo razão!

Pois é. A culpa de toda esta tentativa de usurpação dos cuidados de enfermegem só tem um culpado: a ENFERMAGEM!, que ao desviar a sua atenção das suas funções, concentrou-se em querer prescrever medicação... quiçá para ser administrada pela Srª AAM!

NOTA: Sou enfermeiro.
 
Onde é que eu já vi disto...
 
O seu erro base é considerar que Medicina e enfermagem partem de uma mesma circunstancia acadêmica e formativa... Nada mais absurdo.

Assim sendo, tudo o que escreveu no post e com o qual eu concordo , se pode perfeitamente aplicar à enfermagem e aos enfermeiros em relação à Medicina e aos Médicos.

Como diz o ditado, quem não quer ser lobo, não lhe veste a pele. E virem os enfermeiros muito escandalizados com a usurpação de algumas funções suas, quando na verdade passam a vida a tentarem fazer isso a outra classe profissional, é no minimo muita hipocrisia...
 
subscrevo na integra o anónimo das 9.17'
pois é! é a enfermagem que está a acabar com a enfermagem, em nenhuma outra profissão/classe profissional isso acontece, é ridiculo e vergonhoso....
 
Pois, mas então, impõe-se que a Ordem, faça respeitar o campo de acção e dignidade dos Enfermeiros!

Estas coisas são reflexo de 8 anos de orientação (pseudo e perniciosa) muito mal gerida (corolário de Mª Augusta, a pior bastonária que alguma vez teremos).
Fomos escamoteados, humilhados, e usurpados à má fila por farmacêuticos, médicos, tae´s, toto´s e serafins; continuamos a ser a licenciatura mais mal remunerada na FP; não podem os enfermeiros militares aspirar a oficiais; etc...

Desde que Germano e equipa não sejam flores de cheiro e enfeite, desde que vão com unhas e dentes em cima destes usurpadores, talvez a Enfermagem sobreviva, e floresça.. Entretanto, gostaria de saber em que pé vão as coisas, no sentido do prometido aumento de competências falado pelo Paulo Macedo, do compromisso em avançar com a refundação =) da carreira, do compromisso em nos remunerar como licenciados.

O tempo passa, a Enfermagem luta como pode, já com os pés enfiados na lama, e já começa a acumular-se gente a mais para enxotar... Mas não, daqui não passarão!


 
" A culpa de toda esta tentativa de usurpação dos cuidados de enfermegem só tem um culpado: a ENFERMAGEM!, que ao desviar a sua atenção das suas funções, concentrou-se em querer prescrever medicação. "

Em parte posso concordar consigo, parte da culpa é dos Enfermeiros, que não sabem por vezes fincar pé e defender o que a eles pertence ( e da antiga OE, passiva, ultrapassada). Quanto ao que fala da prescrição de medicação (um complemento para a autonomia das especialidades), esse é o mínimo dos problemas quando há tanto, mais fundamental e importante, para resolver: salários, competências, carreira.

A delegação de competÊncias faz parte da enfermagem, mas cabe haver critério, do quê e a quem e como.

Um recado para a Ordem: todos os enfermeiros estão a contar convosco para nos defender destes usurpadores; a história tem ensinado que a diplomacia, por vezes, não basta, para fazer valer as nossas razões; depois de 8 terríveis anos, compreendemos que há muita porcaria para ser varrida e corrigida mas, já andamos fartos de tanto roubo e discriminação..!
juntem-se aos Sindicatos, concertem formas efectivas de luta, e vamos em frente porra!
 
Alguem a dizer alguma coisa de jeito :)

Em relação ao sr enf, suposto autor deste blog so lhe tenho uma coisa a dizer:

- Defenda a sua profissão, mas para o fazer deveria saber que não tem q denegrir qq outra.

Tb sou enfermeira e o q o sr diz (escreve) neste blog é um perfeito disparate.


 
Sim deves ser!...
Nome, registo na OE etc e já agora onde trabalhas.
É que mandar papaias qualquer cobarde manda, mas depois fundamentá-las e assumi-las tá quieto!...

 
Cuidados farmacêuticos são tarefas de enfermagem? Seguir doentes crónicos é algo que só pode ser feito por enfermeiros?

O Sr. Enfermeiro que tanto gosta do UK veja lá se no UK os farmacêuticos não fazem isto e muito mais... (USA, Canada. Austrália...)

E qual é mesmo o problema dos enfermeiros com isto?

Enfim, é triste ver sempre estas guerras parvas, sobretudo quando se apresentam argumentos sem lógica nenhuma.

Ass: Estudante de CF


 
caro futuro colega do primeiro comentario, o sr sabe que isso so acontece porque nos temos de ter prioridades e os enfermeiros cada vez sao menos nas enfermarias, se houvessem em numero adequado nada disso se passava, nao era preciso delegar coisa nenhuma, se tiver 2 doentes a cargo e for hora da alimentaçao e um deles precisar de alguma preparação para algum exame ou outro procedimento qualquer eu tenho de dar prioridade a esse em detrimento da alimentaçao, tarefa qual que embora nao seja menor pode ser efectuada por uma auxiliar.
Muitas destas situações so acontecem pela escassez de enfermeiros
 
A fuga não é só dos enfermeiros generalistas que deixam para os auxiliares aquilo que é o seu trabalho.

A fuga é também dos "2ºs elementos", autênticos lambe botas dos chefes, que dão o ** e 2 tostões para não prestarem cuidados diretos.

A fuga é extensíva aos enfermeiros especialistas (salvo raras excepções) e está imenso na moda... assim que se apanham com o título começam logo as birras de não querem ficar com doentes distribuidos. Que tipo de trabalho pensam que vão fazer, como especialistas?

A fuga também é dos chefes (salvo raras exceções) que fazem uma interpretação pessoal e errada do conteúdo funcional da sua categoria e viram indecentemente a cara aos doentes, à prestação de cuidados e aos colegas.

Nisto tudo as lideranças de enfermagem têm muitas culpas porque em vez de (salvo raras exceções) estarem nos gabinetes, a jogar buble não sei quê, em reuniões que são autênticas peças de teatro, a fazer trabalho pessoal nos computadores dos serviços e a passearem no facebook, deviam acompanhar as dinâmicas dos serviços.

Ao nivel da administração, os diretores deviam pressionar os chefes para que nos serviços predomine, em todos os enfermeiros, a prestação direta de cuidados ao doente.

É uma vergonha que numa profissão tão abrangente e necessária como é a enfermagem se esteja a discutir o que nos compete ou não. Que algumas pessoas não gostem do trabalho que se faz junto do doente, "temos pena" (também do doente...) porque tenho a certeza que não terminaram a licenciatura sem terem percebido o seu papel na sociedade. Se não perceberam, vou ali... venho já!...



 
O trabalho dos enfermeiros só é desprezado pelos próprios pois pelos vistos há muita gente que não se importa e até faz questão de o fazer. E melhor, o que é mau sinal.
Enquanto se alimentar a cultura de afastamento do corpo, outros aproveitarão o que os enfermeiros não quiserem. Não estão a roubar nada: estão apenas a ser perspicazes e a garantir assim a utilidade do seu trabalho.
Os enfermeiros que não querem e não gostam de estar perto do doente é porque não sabem estar, não têm competência para estar e não deviam sequer ser autorizados a fazê-lo. Devia de haver uma seleção rigorosa de quem realmente tem perfil para essa profissão e fazer uma purga aos montes de cáca que por lá andam. São esses que dão de mão beijada o trabalho de toda uma classe a outros que inteligentemente o aproveitam.

também sou enfermeiro
 
Devia de haver uma clara definição do que é da competência de cada profissão porque não está em lado nenhum que um padeiro não pode suturar uma ferida ou que um pasteleiro não pode retirar matéria compactada de uma certa região anatómica. Mas não é definir teoricamente as competências. É dizer, preto no branco, que isto isto e isto é da competência EXCLUSIVA de A, B ou C. Onde é que está legislado que as injecções só podem ser dadas por enfermeiros e médicos? Onde é que está escrito que um farmacêutico não pode excisar um lipoma?
Se tudo acontece a um nivel tácito... quem tem unhas toca viola.
 
A sociedade não anda a dormir.
O que o DE escreve não acontece por mero acaso. O saber do Enfermeiro é um saber periférico, por isso com algumas orientações (os chamados "ensinos programados")qualquer pessoa com a quarta classe passa a realizar glicémias capilares e a administrar insulina, a administrar alimentos e água por sonda nasogástrica, a fazer cinesiterapia aos filhos, a administrar medicação intramuscular,...
Quem é que não sabe como funcionam certos lares, certas clínicas privadas,... Quem é que administra a medicação, quem transfere a pessoa da cama para a cadeira ou o contrário, quem é que posiciona os doentes, quem é que realiza pensos (claro que sob orientação de um enfermeiro que passa por lá uma vez por semana), quem... nesses locais?
Considero, já há algum tempo, que a Enfermagem é uma profissão em extinção...
 
Pork é k o questionário da OE obriga à identificação? Isso é um viés tremendo porque, como eu, muitos colegas não vão responder só por essa razão. Isto porque as sugestões de poupança passam muito por discordar da forma como o trabalho está organizado na enfermagem. As pessoas têm MEDO de falar, têm MEDO de discordar, têm MEDO de ser penalizadas por não estarem do lado do status quo.
Um verdadeiro inquérito deveria de ser CONFIDENCIAL e estar garantido o "anonimato". Este questionário é o mesmo que me perguntarem à frente dos meus colegas e superiores o que é que eu acho e eu digo que não sei. Se fosse de outra maneira eu diria que o meu chefe devia vergar a mola, deviam acabar com as "fadas do lar", deviam pôr os "intelectuais" na prestação e acabar com a mama das comissões de tudo e mais um par de botas. Veriam como se poupavam milhares e milhares de euros. Olhem para os privados e vejam se andam lá macacos pendurados nos galhos a rir das formiguinhas trabalhadoras...


 
Licenciaturas, especialidades, mestrados, doutoramentos. Dinheiro,muito $$$$

Sim anónimo das 9:17 a.m tem razão , tudo o que diz é verdade.
Também sou enfermeiro.
 
O dr enfermeiro a queixar-se. E a Ordem ? Onde anda a sua parelha
 
É engraçado que faça uma distinção tao grande entre esses profissionais de "3ª categoria" sendo que poucas diferenças os distinguem da enfermagem.
Essas "bases científicas" que tanto apregoa são fogo-de-vista no sentido literal da palavra.
Eu estudei enfermagem na escola de enfermagem com média mais elevada do país (poderá ser considerada a melhor, ou não), e agora encontro-me numa faculdade de medicina. Posso afirmar que o plano curricular da escola era uma treta, os professores são uma treta, o sistema de ensino é uma treta, etc.
Posso tambem afirmar que sem contar com a componente prática do curso (mais exigente sem duvida, para o estômago, sono etc.), a componente teórica é EXTREMAMENTE básica, acessivel e leiga até.
Isto tudo para dizer que quando criticam os "inferiormente dotados de conhecimentos teóricos científicos específicos profissionalizantes" (adoro o floreado que fazem quando referem este conceito) por vos tentarem "roubar" competências, só se envergonham, porque vocês tentam fazer O MESMO à medicina.
Por isso, e considerando a sua perspectiva egocêntrica, posso afirmar nas suas palavras que os enfermeiros são uns maqueiros, zés da aldeia, mini-cópias, ao tentarem retirar competências a uma profissão claramente dotada de mais conhecimento.

Farmaceutico ---> Enfermeiro
Enfermeiro ---> Médico

Regra de 3 simples básica
 
E não é que as pessoas que efectuaram os comentários anteriores tem razão!!! Pois tem, isto é tudo verdade... e agora??
 
Pois é... e alguns enfermeiros recém-formados se quiserem arranjam emprego a cuidar de pessoas em casa! Em vez de contratarem AAM para realizarem trabalho de enfermagem.
Realizar uma higiene ou dar de comer, a uma pessoa no domicilio poderá ajudar jovens enfermeiros a ganharem experiência. Há muitos AAM a cuidar de pessoas em casa a receber mais que os enfermeiros nos hospitais! Basta pensarem de que existe ainda este espaço que perdemos por conquistar, e daremos mais empregos aos enfermeiros desempregados. Poderão desenvolver-se na área dos cuidados no domiciliários, projectos muito interessantes.
Pensem nisso, há muitas pessoas a querer cuidar dos seus familiares em casa.

Ana Temudo
 
Oh Anónimo, se és enfermeiro, ao invés de criticar dá o exemplo. E mostra que os enfermeiros ainda têm lugar nesta sociedade que só quer lixar a nossa profissão.
Criticas internas so dividem e enfraquecem cada vez mais a classe.
Os enfermeiros têm é de se unir.
 
Cuidado com os erros ao longo do texto, erros que nenhum enfermeiro deveria dar...
tb sou enfermeiro...
 
" Eu estudei enfermagem na escola de enfermagem com média mais elevada do país (poderá ser considerada a melhor, ou não), e agora encontro-me numa faculdade de medicina. "

A Piaget pede muito de entrada agora, é? =D
 
"" Posso tambem afirmar que sem contar com a componente prática do curso (mais exigente sem duvida, para o estômago, sono etc.), a componente teórica é EXTREMAMENTE básica, acessivel e leiga até.
Isto tudo para dizer que quando criticam os "inferiormente dotados de conhecimentos teóricos científicos específicos profissionalizantes" (adoro o floreado que fazem quando referem este conceito) por vos tentarem "roubar" competências, só se envergonham, porque vocês tentam fazer O MESMO à medicina.
Por isso, e considerando a sua perspectiva egocêntrica, posso afirmar nas suas palavras que os enfermeiros são uns maqueiros, zés da aldeia, mini-cópias, ao tentarem retirar competências a uma profissão claramente dotada de mais conhecimento. ""

Não, os enfºs não estão a "roubar" competências aos médicos; Não, a medicina não é, em relação à enfermagem, uma "profissão claramente mais dotada de conhecimento", o que difere é o conteúdo e o escopo da sua acção; esquece o Santos que a enfermagem é e tem uma ciência própria, é algo que interliga intimamente com a medicina, mas é autónoma e válida por si.

Por mais que queira dizer isso a si próprio, os médicos não mandam nos enfermeiros; os enfermeiros não são licenciados de 2ª (apesar de constantemente estarem a ser relegados para essa categoria, os enfºs andam a vcer o seu campo de acção usurpado.
E enfim, havia de ter vergonha na cara, em dizer tão mal da enfermagem, tendo sido já, também, um enfº! ainda bem que foi para medicina, se tiver a sorte de arranjar emprego, ao menos será remunerado como licenciado, ao contrário dos enfermeiros...

Que é feito do "vou para outras paragens mas hei-de sempre, sempre, defender a minha profissão" Tozé??
A tua chefe não deve achar muita piada pois não?... em saber que tem um elemento que vem dizer mal dos seus colegas..
Que compara enfermeiros a merda, e médicos a deuses.. isso fica mal rapaz... e não há usfºs nem cunhas que te safem..
mas podes identificar.te; a merda cheira sempre igual.

ps: continuo a suturar, administrar medicação sem prescrição prévia do médico e a mandar colheitas para análise (que depois reporto ao médico o que fiz e porque fiz, pois autonomia, e capacidade, não significa achar que se faz e sabe tudo sozinho e os outros que se f____; tal como fazes com a Enfermagem. Tem vergonha.
 
Como é possivel sequer pensar em dizer que medicina e enfermagem partem da mesma base formativa, isto anda tudo louco! Vira o disco e toca o mesmo, há aí recalcamento nítido por anos e anos de subserviência aos srs. doutor, admita... O ensino na enfermagem é ridículo e monetáriamente mercenário, introdução aos estudos europeus-cadeira de primeiro ano. Só para encher...
 
" Por isso, e considerando a sua perspectiva egocêntrica, posso afirmar nas suas palavras que os enfermeiros são uns maqueiros, zés da aldeia, mini-cópias, ao tentarem retirar competências a uma profissão claramente dotada de mais conhecimento.

Farmaceutico ---> Enfermeiro
Enfermeiro ---> Médico

Regra de 3 simples básica"



Depreendo por isso oh Júlio D. que foi o que aconteceu, eras um frustrado por não entrares em medicina, e usaste enfermagem como trampolim. Agora, desdenhas, metes nojo, cospoes no prato que havias de comer... Tens cá uma lata rapazola! Vai lá passear as peneiras prá torre dos clérigos. Vai trabalhar e diz isso à cara dos teus colegas que achas que são uns básicos e inqualificados.
 
Aos "não enfermeiros" que aqui comentam, sugiro que reservem a vossa opinião para quando vocês ou alguém que vos seja querido, precisarem dos cuidados de um Enfermeiro.

Tenho falado com inúmeras pessoas que, depois de entrarem num hospital, mudam completamente de opinião ou deixam mesmo de ser indiferentes à nossa profissão.

Sou enfermeira com gosto e não valorizo o desprezo com que algumas pessoas, na sua ignorância e falta de humildade, se referem à inteligência e ao trabalho dos enfermeiros.
Também não sinto que o curso de enfermagem tenha essa caracteristica de banalidade, de espécie de transfiguração da sua cientificidade, pois isso seria rejeitar o valor das disciplinas e das áreas do conhecimento onde fundamos os nossos saberes; talvez nem todos os enfermeiros tenham o mesmo espírito e o mesmo interesse, o que os leva a não perceber que a licenciatura é APENAS uma licença para começar a aprender. Também há outras profissões com o mesmo problema pois isso é cultural e tem a ver com aquilo que a sociedade exige de nós. Nem todos os médicos se actualizam, poucos sabem interpretar RSL, e a produção científica nacional é rudimentar. E por isso a classe médica não presta?

Abriram-se, recentemente, possibilidades de progressão académica para os enfermeiros. As universidades que formam outros profissionais reconhecem a formação dos enfermeiros. Os enfermeiros integram grupos de estudo com outros profissionais, sem qualquer constrangimento. Desenvolvem trabalho, apresentam ideais, discutem e dizem PRESENTE.

No que toca às competências, o povo também faz muito do trabalho médico: auto diagnostica doenças, toma a medicação do vizinho, pede ao médico os exames que quer, vai ao farmacêutico que medica, trata de problemas de saúde com recurso a terapeutas que não são reconhecidos pelos médicos, étc.
Afinal, tal como o trabalho dos enfermeiros é realizado por familiares, pelo boticário, étc., outros também o são. Afinal, isto tem a ver com a complexidade dos cuidados e o facto de outras pessoas não serem capazes de os realizar, ou com o valor que lhes é dado e com a ignorância acerca da eficácia das melhores intervenções?

Onde estão as limitações?

... Talvez nas mentalidades que tardam em evoluir.

VV
 
Abri agora mesmo a minha caixa de e-mail e eis os que os meus olhos vêem: noticias sobre a intervenção da Ordem! Dr. Enfermeiro deveria publicá-las por estas bandas para calar a boca a muitos "marcianos" que andam para aqui a arrotar postas de pescada!!
 
Enf. do Norte disse:

"Não, os enfºs não estão a "roubar" competências aos médicos; Não, a medicina não é, em relação à enfermagem, uma "profissão claramente mais dotada de conhecimento", o que difere é o conteúdo e o escopo da sua acção; "

Desculpe, mas você efectivamente delira quando afirma tal coisa. Das duas uma: ou a sua definição de conhecimento é diferente da minha ou habitamos em mundos diferentes.

"Difere o conteúdo?" Errado meu caro. O que difere é a qualidade do conteúdo, não a natureza do mesmo. Sendo as duas, ciências da saúde, claro que o tronco comum deve ser, como o próprio nome indica, comum. As Anatomias, Bioquimicas, Microbiologias, Farmacologias (etc), ensinadas nos dois cursos são ridiculamente desfazadas. (Acredite no que lhe digo sr.enfermeiro, já estive dos dois lados.) A informação leccionada em enfermagem é superficial e não vos dá as bases ciêntificas que vocês tanto reclamam ter (embora você não consiga admitir isso, pois quem pouco sabe tudo pensa saber). Considerando tal facto, como pode afirmar que o conhecimento científico não pode ser comparado? Refiro-me obviamente à abrangência comum das duas profissões, e não às especificidades. Pois admito que a enfermagem tem a sua arte e a sua técnica.

O que mais me indigna e a razão para o meu contributo neste blog é a vossa afirmação incondicional e intransigente no quão melhores (melhores não! não piores) são, sem admitirem que tal como vocês existem muitas outras profissões com grande mérito.


 
O problema está mesmo na Enfermagem e nos enfermeiros que nos dirigiram e dirigem, ou seja nos Chora deste país(supervisores, enfermeiros diretores é um problema de gestão), com o argumento da escassez de enfermeiros nos serviços delega-se nos AP, o que nos tempos atuais não se justifica pois há enfermeiros no desemprego e outros sem a devida competência a usurpar-lhes as funções.
Desenganem-se, esta responsabilidade não é do enfermeiro de cuidados gerais nem dos aqui injustamente denegridos segundos elementos pois estas chefias informais não são remuneradas para isso e trabalham com dupla responsabilidade, é de quem determina as dotações sentados nos seus gabinetes enfermeiros do topo da hierarquia, a maioria só pensa em manter o cargo e não se impõe nos conselhos de administração para não perder o tacho. É a estes que a Ordem tem de pedir responsabilidades.


 
Lembro-me de certo dia, vi na televisão certo economista estrangeiro de reputada universidade americana dizer que não compreendia a divisão funcional entre médicos e enfermeiros e não compreendia por que é que os enfermeiros não podiam prescrever medicamentos sujeitos a receita, fazer diagnósticos...

Sola apis mel conficit A cada um o que é seu, os farmacêuticos que cumpram aquilo para que foram treinados, os enfermeiros e médicos idem. Não é só espetar a agulha no doente e toca a andar!
 

"Não, os enfºs não estão a "roubar" competências aos médicos; Não, a medicina não é, em relação à enfermagem, uma "profissão claramente mais dotada de conhecimento", o que difere é o conteúdo e o escopo da sua acção; "

" Desculpe, mas você efectivamente delira quando afirma tal coisa. Das duas uma: ou a sua definição de conhecimento é diferente da minha ou habitamos em mundos diferentes. "


Sim a minha definição de conhecimento é claramente diferente pelos vistos; tal como a enfermagem da medicina - têm saberes distintos e próprios, o que não significa que um seja superior a outro; não pense que um enfº não o encosta a um canto - ou medicina é sinónimo de superioridade intelectual? ter boa memória não é sinónimo de inteligência por exemplo, mas ok.



"Difere o conteúdo?" Errado meu caro. O que difere é a qualidade do conteúdo"

Exactamente, difere a qualidade por serem profissões com ciências próprias. Um telheiro sabe de telhas, um pedreiro, de pedras - mas todos servem para montar uma casa.
 
"As Anatomias, Bioquimicas, Microbiologias, Farmacologias (etc), ensinadas nos dois cursos são ridiculamente desfazadas. (Acredite no que lhe digo sr.enfermeiro, já estive dos dois lados.) A informação leccionada em enfermagem é superficial e não vos dá as bases ciêntificas que vocês tanto reclamam ter (embora você não consiga admitir isso, pois quem pouco sabe tudo pensa saber). "


...mas o que mais me espanta , é que sendo um enfº que está a cursar medicina, é o desrespeito que tem para com a sua profissão, a dos seus colegas, a das pessoas que andaram a formar-se ( e bastante, fizeram uma Licenciiatura, 4600h, menos 900 que medicina...) para ajudar outras pessoas, com qualidade, saber, e humanidade, que as apoiam e às suas famílias em períodos terríveis de aperto e dor, é.... não sei fico sem palavras. Sinceramente ou é por ser novo e com peito inchado, ou então por ser maldoso e snob.

Mal enfiam o cu em medicina, estes que não entraram no curso "à 1ª" (os tais frustrados de que tanto adjectivam os enfermeiros de ser, que queriam medicina e afinal foram para enfermagem porque era o que sobrava, e agora julgam que todos os enfermeiros são como eles - a isso chama-se "projecção" amigo), mudam o discurso, as atitudes de peneira e elitismo invadem-lhes o sistema, acham-se "claramente superiores".... !!?

O desrespeito pelos vossos colegas (de ainda profissão, e de trabalho hospitalar) é assoberbante... vê-se que a medicina para vocês, não é um veículo de saber e prática e bom salário, mas sim, de aparências; são penas longas e coloridas para tão fraco pavão.
Se os vossos colegas e chefe enfermeiros soubessem do que dizem deles... iriam gostar certamente..

Ganhem vergonha. Ganhem maturidade.
Respeitem quem muito merece. Se se mantivessem enfermeiros, creio que pediriam exactamente o que pedimos enquanto nobre profissão, que é f____a forte e feio. Acho que gostariam de dessem crédito (não só remuneratório) ao esforço, estudos, natureza e penosidade de trabalho. Gosta de levar para casa 1000 euros depois de andar a estudar tanto, e de saber a preciosidade e valor do seu trabalho e dos seus colegas, de trabalhar há anos sem subir de escalão, de saber que só uns são afagados, e os outros sovados ?...
 
o caricato desta situação é que desde que subimos em habilitações começaram os problemas. Os enfermeiros sempre souberam cuidar de doentes e eram mesmo considerados muito importantes pelos srs doutores professores por saberem muito bem avaliar as feridas, o estado dos doentes e serem ENFERMEIROS na sua essência. O médico era o médico e o enfermeiros era o enfermeiro!!!! E muitos só tinham os cursos gerais e 4º classe!!!! Não se consideravam criados nem vassalos porque fazima o que lhes era devido por competência e experiência profisional!!! Foi com eles que muitos catedráticos aprenderam a ser médicos!!!!!!

Desde que nos começaram a chamar licenciados, mestres e doutores perdemos a cabeça com tanta vaidade e deixámos começar a nossa profissão a ser delapidada por todos!!!!!!!!!!!


Helena
 
Portugal é um estranho país. Tem a possibilidade de analisar os (maus) exemplos de outros países e tirar as devidas conclusões. Supostamente, boas conclusões, que geram boas políticas; mas não. Portugal tem o prodígio de ter médicos e enfermeiros nas ruas. Correm aos locais de sinistro/incidente e estabilizam, com todo o seu know-how as vítimas. Este cenário é uma merra miragem noutros país - um sonho. Aqui é realidade. No entanto, agora querem TAE "drones"... para quê? Porquê? Que necessidade? O que acrescentam a médicos e enfermeiros?
 
Previ aqui que seriam mil, falhei por muito... no concurso de TAE do INEM, dos 4200 candidatos 2100 eram enfermeiros, isto sim é uma heresia!

 
o curso de enfermagem possui 240 ECTS
Mas voces nem sabes o que sao ECTS..
Acima dos enfermeiros so mesmo os médicos, por baixo ficam os seguintes cursos: 180 ECTS: ENGENHARIAS...PROFESSORES...GESTORES...ARQUITECTOS ETC...
TAES: SO SE O BPN LHES DER CREDITOS...

CALEM A BOQUINHA E RESPEITINHO...


Claro que o hospital é um big brother em que quem lá ta inevitavelmente arranja problemas com o seu parceiro, por isso levo a estas birras cao-gato enfermeiro-médico, muito naturalmente.
Eu vou fazendo o meu trabalho com TOTAL INDEPENDENCIA!! Se quizer nao dou alta de enfermagem e o doente fica mais uns dias, se quizer recuso-me a administrar qualquer medicamento que ache que o doseamento seja exagerado ou diminutivo, sim porque tb sei fazer contas ao doseamento e é da minha resposabilidade a "administraçao" de farmacos, o enfermeiro administra" nao dá farmacos ao doente.

voilá....agora de facto ganham mais do que nós e isso é que ta mal, existe um desfasamento absurdo de salários do praticado por uma profissao aki e noutra em espanha por exemplo. Sim porque um trolha espanhol nao quer vir trabalhar para aki mas um médico espanhol ja quer...claro....É por isso que este pais tá assim toda gente sabe porquê.. viver acima das possibilidades sempre foi o nosso pecado e agora vamos pagar bem caro, todos!!
 
Enf. do Norte :

"Sim a minha definição de conhecimento é claramente diferente pelos vistos; tal como a enfermagem da medicina - têm saberes distintos e próprios, o que não significa que um seja superior a outro; não pense que um enfº não o encosta a um canto - ou medicina é sinónimo de superioridade intelectual? ter boa memória não é sinónimo de inteligência por exemplo, mas ok."

Desculpe, mas a partir do momento em que o conteúdo de um destes cursos ultrapassa largamente a quantidade e dificuldade do outro podemos afirmar que é dotado de mais conhecimento científico. E esta conversa começa a não fazer sentido, pois eu pensava que estaria a falar com uma pessoa minimamente preparada para compreender o conceito. Eu nunca referi que O CURSO de medicina é superior AO CURSO de enfermagem, apenas disse que A MATÉRIA lecionada é superior em medicina.

"mas o que mais me espanta , é que sendo um enfº que está a cursar medicina, é o desrespeito que tem para com a sua profissão, a dos seus colegas, a das pessoas que andaram a formar-se ( e bastante, fizeram uma Licenciiatura, 4600h, menos 900 que medicina...) "

Primeiro, caro colega, eu nunca faltei ao respeito ao dar a minha opinião em relação ao curso que tirei e que creio que você tirou. Gostei enquanto estive lá, porém, em retrospectiva posso afirmar o que afirmo. O curso não é completo, é uma farsa de certa forma (Ciências Europeias no 1o ano do CLE é ridiculo), extremamente facilitado, mas aqui volto a realçar, É EXTREMAMENTE FACILITADO.
Não acredito que esteja a faltar ao respeito a ninguem sr.enfermeito.
Essa afirmação: "e bastante, fizeram uma Licenciiatura, 4600h, menos 900 que medicina..." fez o meu dia, e aqui revela bastante ignorância. Mas acho que você nem merece que eu vá por aí. Algum colega enfermeiro que venha cá abordar essas contas que você fez.



Outra coisa, e tenho vindo a reparar nisto ao longo do meu seguimento deste blog. Porque que você, tal como muitos outros, respondem a certos comentários com pedras e paus na mão e não abordam o assunto em questão, apenas o contornam insultando a pessoa. Repare:

Eu disse :
"As Anatomias, Bioquimicas, Microbiologias, Farmacologias (etc), ensinadas nos dois cursos são ridiculamente desfazadas. (Acredite no que lhe digo sr.enfermeiro, já estive dos dois lados.) A informação leccionada em enfermagem é superficial e não vos dá as bases ciêntificas que vocês tanto reclamam ter (embora você não consiga admitir isso, pois quem pouco sabe tudo pensa saber). "

 
Ao que você respondeu:
"mas o que mais me espanta , é que sendo um enfº que está a cursar medicina, é o desrespeito que tem para com a sua profissão, a dos seus colegas, a das pessoas que andaram a formar-se ( e bastante, fizeram uma Licenciiatura, 4600h, menos 900 que medicina...) para ajudar outras pessoas, com qualidade, saber, e humanidade, que as apoiam e às suas famílias em períodos terríveis de aperto e dor, é.... não sei fico sem palavras. Sinceramente ou é por ser novo e com peito inchado, ou então por ser maldoso e snob.

Mal enfiam o cu em medicina, estes que não entraram no curso "à 1ª" (os tais frustrados de que tanto adjectivam os enfermeiros de ser, que queriam medicina e afinal foram para enfermagem porque era o que sobrava, e agora julgam que todos os enfermeiros são como eles - a isso chama-se "projecção" amigo), mudam o discurso, as atitudes de peneira e elitismo invadem-lhes o sistema, acham-se "claramente superiores".... !!?

O desrespeito pelos vossos colegas (de ainda profissão, e de trabalho hospitalar) é assoberbante... vê-se que a medicina para vocês, não é um veículo de saber e prática e bom salário, mas sim, de aparências; são penas longas e coloridas para tão fraco pavão.
Se os vossos colegas e chefe enfermeiros soubessem do que dizem deles... iriam gostar certamente..

Ganhem vergonha. Ganhem maturidade.
Respeitem quem muito merece. Se se mantivessem enfermeiros, creio que pediriam exactamente o que pedimos enquanto nobre profissão, que é f____a forte e feio. Acho que gostariam de dessem crédito (não só remuneratório) ao esforço, estudos, natureza e penosidade de trabalho. Gosta de levar para casa 1000 euros depois de andar a estudar tanto, e de saber a preciosidade e valor do seu trabalho e dos seus colegas, de trabalhar há anos sem subir de escalão, de saber que só uns são afagados, e os outros sovados ?..."


EM NENHUMA PARTE DO SEU COMENTÁRIO abordou a questão de que o tronco comum de ambos os cursos ser alvo de um retalho agressivo. Apenas disse para "eu ter vergonha bla bla porque estudar tanto bla bla claramente superiores bla bla".
Aprenda a ter um discurso coerente e a saber manter um "diálogo" (ou um equivalente, visto que falamos através de um blog) e não dispare para o ar, porque sinceramente cansa um bocado lêr tantas palavras para tão pouco conteúdo.

Agora termino com um exemplo dado por si: "Um telheiro sabe de telhas, um pedreiro, de pedras - mas todos servem para montar uma casa."
Pois, não é um bom exemplo. Que tal "Um pedreiro sabe de pedras, um engenheiro sabe de pedras e muito mais - mas todos servem para montar uma casa"

Beeem melhor

 
Eu só gostava de perceber em que medida os cuidados farmacêuticos são funções de enfermagem, isto porque estão sempre a dizer que é uma usurpação às funções dos enfermeiros.Os cuidados farmacêuticos não tem nada a ver com dar vacinas nem realizar outros procedimentos que devem ser feitos por enfermeiros, portanto não vejo em que medida se trata de uma usurpação de competências...

Ass: Estudante de CF
 
Enquanto estudante de Enfermagem, no meu terceiro ano de curso, venho mostrar o meu desagrado, embora no fundo confesso que seja mais tristeza, relativo aos comentários que aqui vejo por parte de Enfermeiros activos, que supostamente demonstram todos os dias o valor da sua profissão junto do público.

Meus amigos, sou um jovem. Não tenho visão completa da realidade, ainda desconheço bastante em relação ao mercado de trabalho, à competição, às guerras e quezílias entre classes profissionais.

Não que seja chamado para a discussão, mas entrei em Enfermagem quando possuía média para entrar em Medicina. Luto todos os dias em conversas habituais com amigos, de diferentes cursos académicos ligados à saúde, afirmar o que é a essência da Enfermagem, o que me compete, ou não.

Nenhum de vós irá afirmar a beleza e importância desta profissão ao comparar-se com outras. Um enfermeiro sabe o seu valor, mas não deverá descredibilizar ou tirar mérito a outras saídas profissionais.

Lutas por melhores salários, condições de trabalho e muito mais é louvável, mas deverá ser SEMPRE feita ao realçar o que oferecemos, em que nos distinguimos, e nas competências que lutamos diariamente por adquirir.

O João não vai chorar para ao pé da mãe e pedir mais rebuçados, porque o vizinho recebeu mais 5. O João questiona a mãe porque não os recebe, e realça que o seu comportamento e atitudes são merecedoras de outra compensação.

Amigos Enfermeiros, aprendam a lutar e respeitar. Até porque a primeira não se concretiza sem a segunda.
 
Esta conversa é nojenta. Argumentos de farmaceuticos, enfermeiros, médicos. Sinceramente!... Como podem afirmar que são medicos ou enfermeiros se aquilo que escrevem não condiz com aquilo que dizem ser. É tempo do DE só aceitar comentários de individuos registados. É que isto parece conversa de malucos!....
 
Tanta guerra entre Enfermeiros e Medicos...eu sou Enfermeiro e sou o primeiro a defender que um medico deve ter um ordenado superior, estudou mais anos,a responsabilidade nas decisoes é maior e os actos que desenvolve sao mais complexos, agora se acho justo a difereça de salarios? lamento mas nao acho...Se acho justo o estado pagar a especialidade a um medico e a um enfermeiro nao? tambem nao acho justo...se acho justo isto ser um sistema medico-centrico?? acho muito injusto!eu enquanto enfermeiro sou contra o simples facto de um enfermeiro nao poder ser autonomo e prescerver um certo nivel de medicação! chamem um nivel "basico" de medicação mas deviam poder prescrever! é ridiculo um cidadao comum poder ir a farmacia comprar um certo numero de medicamentos sem necessitar de receita medica e o enfermeiro nao poder prescrever um certo numero de medicamentos que seriam muito importantes na tarefa do CUIDAR...isto que falo é realidade nos paises mais desenvolvidos! o que descrevi foi um exemplo muitos existem! nao entendo tanta rivalidade medico e enfermeiro sao uma equipa e deviam ser os melhores amigos ambos necessitam um do outro e assim sera sempre! nao digo que os enfermeiros sao melhores no que argumentam ou os medicos mas ja chega destas guerras! um enfermeiro em alguma parte da sua vida ira necessitar de um medico e um medico tambem necessitara de um enfermeiro! relativamente aos TAE´S o governo decidiu isso do aumento das competencias? entao porque a ordem dos enfermeiros nao luta para que seja obrigatrio a presença de um enfermeiro em todas as ambulancias junto com esse futuro TEPH e acabam-se os vulgares TAE??? por exemplo holanda e suecia é assim! um paramedico e um enfermeiro sendo o enfemeiro o mais diferenciado com especialização em anestesia porque nesses paises existe tal especialidade em enfermagem ao qual se junta a especalidade do pré hospitalar sendo o enfermeiro autonomo no que faz devido ao elevado nivel de estudos!ou seja se nos "atacam" como muitos dizem dessa forma com aumento de competencias dos outros porque nao aumentamos nos as nossas em vez de reclamar? abram-se especialidades dirigidas para a emergencia intra e extra hospitalar! chega de CHORAR que os outros isto ou aquilo! aumentem o curso para 5 anos aumentem o leque de especialidades que tudo sera diferente! Deixem de ter medo e voltem a activar os auxiliares de enfermagem, deixem as tarefas mais basicas (mas nao menos importantes) para eles e dediquem-se ao que é complexo e realmente difereniado para que sejam reconhecidos como um profissional de saude diferenciado e respeitados!
 

" Essa afirmação: "e bastante, fizeram uma Licenciiatura, 4600h, menos 900 que medicina..." fez o meu dia, e aqui revela bastante ignorância. Mas acho que você nem merece que eu vá por aí. Algum colega enfermeiro que venha cá abordar essas contas que você fez."



Caro Júlio Duarte, vizinho de St.António, que agora diz mal que farta dos colegas enfermeiros e que os seus estudos e ciências s~ão extremamente fáceis e ridículos, eu respondo:
Vá lá pesquisar e surpreeda-se: Enfermagem= 4600h; Medicina, 5500h.
anatomia, bioquímica, etc, não são assim tão desfazadas como gostaria de supor - a "minha praia é melhor que a tua" - as praias têm areia e água, mas de diferentes qualidades.. Será normal esperar que em medicina, a buoquímica e farmacologia sejam reforçadas, pela natureza da profissão; Enfermagem dá mais atenção a determinadas ciências, medicina a outras.
Agora que o curso a si lhe tenha sido fácil ou facilitado, talvez reflexo da diminuição drástica das escolas-fábricas de enfermagem (um dos grandes males da classe), ou de se achar bom demais para tão simplório curso (opá se foi para enfermagem contrariado é lógico que pense bosta da coisa, mas é a sua opinião).
eu suei as estopinhas para ter o canudo; fui bem ensinado, com exigência, com critério. tive grandes professores, enfermeiros, médicos, sociólogos, farmacêuticos.

Se se acha bom demais para enfermeiro, pronto, boa sorte e tudo de bom. Agora ganhe um pouco de respeito para com os colegas que andam há 13 anos a lutar pelo reconhecimento salarial de Licenciado, que andaram a estudar 4 anos forte e feio para poderem exercer tão nobre - mas tão desgraçada - profissão.
abç
 
Não são apenas os estudos que fazem os bons profissionais! È a experiência!

Quantos alunos acabam cursos com médias elevadas sem saberem exercer??? Quantos alunos têm altas notas em teoria e na prática são uns zeros????

A experiência faz o bom médico e o bom enfermeiro e ambos têm muito a aprender um com o outro! Tudo o que foge desta lógica é pura demagogia e rivalidades futeis que não levam a lado nenhum.
A maioria das criticas prende-se com inveja de estatutos e isso é futil demais para ser discutido.

Se não querem ser enfermeiros escolham outra profissão!!!

EU SOU ENFERMEIRA! ORGULHOSAMENTE ENFERMEIRA E NÂO DOUTORA!!!
 
Tanta guerra entre Enfermeiros e Medicos...eu sou Enfermeiro e sou o primeiro a defender que um medico deve ter um ordenado superior, estudou mais anos,a responsabilidade nas decisoes é maior e os actos que desenvolve sao mais complexos, agora se acho justo a difereça de salarios? lamento mas nao acho...Se acho justo o estado pagar a especialidade a um medico e a um enfermeiro nao? tambem nao acho justo...se acho justo isto ser um sistema medico-centrico?? acho muito injusto!eu enquanto enfermeiro sou contra o simples facto de um enfermeiro nao poder ser autonomo e prescerver um certo nivel de medicação! chamem um nivel "basico" de medicação mas deviam poder prescrever! é ridiculo um cidadao comum poder ir a farmacia comprar um certo numero de medicamentos sem necessitar de receita medica e o enfermeiro nao poder prescrever um certo numero de medicamentos que seriam muito importantes na tarefa do CUIDAR...isto que falo é realidade nos paises mais desenvolvidos! o que descrevi foi um exemplo muitos existem! nao entendo tanta rivalidade medico e enfermeiro sao uma equipa e deviam ser os melhores amigos ambos necessitam um do outro e assim sera sempre! nao digo que os enfermeiros sao melhores no que argumentam ou os medicos mas ja chega destas guerras! um enfermeiro em alguma parte da sua vida ira necessitar de um medico e um medico tambem necessitara de um enfermeiro! relativamente aos TAE´S o governo decidiu isso do aumento das competencias? entao porque a ordem dos enfermeiros nao luta para que seja obrigatrio a presença de um enfermeiro em todas as ambulancias junto com esse futuro TEPH e acabam-se os vulgares TAE??? por exemplo holanda e suecia é assim! um paramedico e um enfermeiro sendo o enfemeiro o mais diferenciado com especialização em anestesia porque nesses paises existe tal especialidade em enfermagem ao qual se junta a especalidade do pré hospitalar sendo o enfermeiro autonomo no que faz devido ao elevado nivel de estudos!ou seja se nos "atacam" como muitos dizem dessa forma com aumento de competencias dos outros porque nao aumentamos nos as nossas em vez de reclamar? abram-se especialidades dirigidas para a emergencia intra e extra hospitalar! chega de CHORAR que os outros isto ou aquilo! aumentem o curso para 5 anos aumentem o leque de especialidades que tudo sera diferente! Deixem de ter medo e voltem a activar os auxiliares de enfermagem, deixem as tarefas mais basicas (mas nao menos importantes) para eles e dediquem-se ao que é complexo e realmente difereniado para que sejam reconhecidos como um profissional de saude diferenciado e respeitados!

11/11/2012 07:11:00 p.m.



Caro enfermeiro,

A OE perdeu o comboio quando recusou as propostas para aumento de competências no INEM.

"Quem está mal que se mude!", esta foi a atitude da OE agora ficam a ver passar navios porque entre Ministério da Saúde, Ordem dos Médicos, INEM e os burros dos TAE's, a formação para aumentar as competências já está a ser iniciada.

Os Enfermeiros que se contentem com as SIV's e VMER's que já não é nada mais que nós ficamos com as Ambulâncias de Emergência Médica.

Cumprimentos para os espertalhões dos Enfermeiros
 
Não posso desconcordar com mais anos de estudo, melhor salário, mas não confundir, pois enfermagem partilha da mesma responsabilidade, enformada em moldes próprios, e merece ser remunerada de acordo.
É injusto o tratamento absurdamente discriminatório entre classes. são coisas destas que, na minha opinião, fazem perdurar o desconforto entre ambas profissões. Isso e haver espertalhões que se julgam melhores que os outros, sem respeito, sem atribuir o verdadeiro mérito que a enfermagem merece.
 
"EU SOU ENFERMEIRA! ORGULHOSAMENTE ENFERMEIRA E NÂO DOUTORA!!!" Oh! Querida é uma opção sua de certeza o que quis dizer é que é ORGULHOSAMENTE ENFERMEIRA E NÃO MÉDICA, porque só não é DOUTORA porque não quer, basta tirar um DOUTORAMENTO , por favor não confunda os conceitos.
 
" Pedro disse...
Cuidados farmacêuticos são tarefas de enfermagem? Seguir doentes crónicos é algo que só pode ser feito por enfermeiros?

O Sr. Enfermeiro que tanto gosta do UK veja lá se no UK os farmacêuticos não fazem isto e muito mais... (USA, Canada. Austrália...)

E qual é mesmo o problema dos enfermeiros com isto?

Enfim, é triste ver sempre estas guerras parvas, sobretudo quando se apresentam argumentos sem lógica nenhuma.

Ass: Estudante de CF


11/08/2012 05:34:00 p.m."

SABE PEDRO OS ENFERMEIROS TEM POR OBJETIVO A ADESÃO TERAPÊUTICA DO DOENTE CRÓNICO, JÁ O FARMACÊUTICO TEM POR OBJETIVO MANTER A CONTABILIDADE DA FARMÁCIA POSITIVA.
 
É triste ver tanta ignorância...


 

" SABE PEDRO OS ENFERMEIROS TEM POR OBJETIVO A ADESÃO TERAPÊUTICA DO DOENTE CRÓNICO, JÁ O FARMACÊUTICO TEM POR OBJETIVO MANTER A CONTABILIDADE DA FARMÁCIA POSITIVA. "

Na mouche!! =D


 
Mas afinal o que é que querem os enfermeiros? Pede-se para fazerem uma colheita de um pus de ferida para exame bacteriológico... recusam-se, porque isso é com os TACSP; pede-se para fazerem uma colheita de um exsudado vaginal...não querem porque dizem não estar habilitados; pede-se para algaliar um doente para efectuar uma urocultura...não senhor, os TACSP é que têm obrigação de o fazer....!!!


 
Os enfermeiros têm como objectivo a adesão à terapêutica do doente crónico (e os agudos, não?) em que setting? Vai a casa deles dar-lhes os comprimidos com a papinha, ou está à porta do consultório médico no centro de saúde a proporcionar-lhes essa motivação? Telefona-lhes para casa a relembrar o doente ou enfia-lhe os medicamentos pela goela abaixo?

A única altura em que você pode estar remotamente ligado à adesão terapêutica é no âmbito das enfermarias, e mesmo aí, se o doente não toma toca a chamar aqui o Sr. Dr. para resolver o problema.

Se o trabalho dos farmacêuticos é manter o saldo positivo na farmácia, o seu é de manter o doente limpinho para sua excelência, o médico, poder fazer o seu trabalho sem ser incomodado por odores desagradáveis.


 
É impressionante como este país esta cheio de gente ignorante! Fico-me apenas por frase e entenda-a quem tiver capacidade para o fazer: "cada macaco no seu galho"!
 
Ó QUERIA DAS 02:58 AINDA ESTÁ POR EXPLICAR A DIFERENÇA NOS SERVIÇOS DOS ENFERMERMIROS COM MESTRADOS E DOUTORAMENTOS!!!!!!! NÃO TRAZEM VALOR ACRESCENTADO NENHUM PARA AS EQUIPAS!

MAS TEM RAZÃO; ORGULHOSAMENTE ENFERMEIRA E NÃO MÉDICA!!!! JÁ AGORA DIGO-LHE QUE SOU ORGULHOSAMENTE UMA ENFERMEIRA CHEFE QUE TRABALHA COM OS COLEGAS E NÃO DE GABINETE COMO NOS RETRATAM AQUI. ALIÁS TENHO A CERTEZE QUE NINGUÉM DA EQUIPA ME RETRATARÁ COM O ÓDIO QUE POR AQUI SE DESTILA CONTRA OS CHEFES. APESAR DE RECONHECER A RAZÃO DAS CRITICAS NÃO ME PARECE QUE UMA CLASSE USE UM ESPAÇO PUBLICO COMO ESTE PARA ENEGRIR OS PARES!
 
" A única altura em que você pode estar remotamente ligado à adesão terapêutica é no âmbito das enfermarias "

são estas ideias, vindas de mentes empedernidas pela vaidade, que mostram como acedem a estas profissões pessoas que não têm capacidade de compreender que há mundo para além do seu pequeno reino. É difícil caminhar junto quando se está perante um desnivel destes, mas temos que o fazer; temos que ser nós, os que vão estando um passo à frente, a mostrar o caminho.

Os efeitos da intervenção do enfermeiro na adesão terapêutica estão documentados e esta é uma área dos cuidados essencial; os farmacêuticos também têm o seu papel, mas não com as mesmas finalidades.


 
11/15/2012 07:13:00 a.m

"ESTÁ POR EXPLICAR A DIFERENÇA NOS SERVIÇOS DOS ENFERMERMIROS COM MESTRADOS E DOUTORAMENTOS!!!!!!! NÃO TRAZEM VALOR ACRESCENTADO NENHUM PARA AS EQUIPAS!"


"(...) APESAR DE RECONHECER A RAZÃO DAS CRITICAS NÃO ME PARECE QUE UMA CLASSE USE UM ESPAÇO PUBLICO COMO ESTE PARA ENEGRIR OS PARES!"

Então srª enfermeira chefe (com letra minúscula, porque a senhora é minúscula), o que são para si "OS PARES"? Os que refere na primeira parte do seu comentário não são "PARES"? Então porque é que está, num espaço público, a desvalorizar a formação dos seus "PARES"?

Não estudou, foi? Entrou para a especialidade nos "bons tempos"? Era amiga de alguém? Entrou para chefe naqueles concursos que abriam para "A", "B" ou "C"? Porque é que está a atacar milhares de enfermeiros que fazem mestrados e dout? Sabe, nas outras profissões é NORMAL fazer um mestrado e muitos jovens de 20 e poucos anos são doutorados. Qual é o seu problema em relação aos enfermeiros? Sente-se ultrapassada?

Então, vá estudar e encolha os dedos para não teclar mais disparates no computador.
 
Anónimo 08:06

O seu comentário prova e confirma o que eu disse. Para seu governo, tenho a especialidade, pós graduação e mestrado. Chega-lhe???? Não, não estou ultrapassada muito pelo contrário.
O que eu quis dizer é que cursos não trazem competência; trazem conhecimento que se não for aplicado, difundido e consolidado serve apenas para curricula dos próprios. Defendo a demonstração de competência e autonomia dos nossos profissionais e isso deve ser feito no dia a dia nos locais de trabalho.

Antes de falar pense! E sim, sou enfermeira chefe com letra minuscula se quizer, porque a competência mostra-se pelo trabalho e não pelos galões.
 
Caro Doutor Enfermeiro,

Conheço muito bem as duas profissões. Os cuidados farmaceuticos estão reconhecidos e implementados em diversas paises neste mundo, são diversos os estudos relativos às intervenções farmacêuticas. Não se trata de mudar pensos como refere, mas sim de efectuar por ex. seguimento farmacoterapêutico, detecção de PRM, resolução de RMN. De facto a profissão em Portugal está sub-aproveitada e desvalorizada identificada como "vendedo" e descaracterizada. A culpa começa nos próprios farmacêuticos. Porém é totalmente lógico que os farmacêuticos tenham um papel nos cuidados de saude primários e no seguimento de doentes crónicos, adesão à terapêutica, ....
O ataque entre as diferentes profissões é totalmente desnecessário e em nada benificia o sinergismo que poderia existir.
Há um longo caminho a percorrer em Portugal (se é que algum dia será percorrido) mas aconselho-o a acompanhar de perto o dia a dia dos farmacêuticos seja comunitários seja hospitalares, seja mesmo dar uma vista de olhos nos curriculos académicos antes de emitir tão pronteiramente o juizo de valor.
 
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