segunda-feira, janeiro 14, 2013

O que falhou?


Rácios, dotações, planeamento estratégico da formação e adequação das competências dos Enfermeiros, são temas recorrentes aqui no blog.
.
Tento (inúmeras vezes) despertar consciências: "cuidado com a ráciomania"; "cuidado com o balanceamento formativo" (conseguido apenas através do correcto planeamento conforme variação das necessidades do mercado e da sociedade); "cuidado com o histerismo dos "shortages"", "atenção à reestruturação competencial", etc - são expressões comuns por aqui, reiteradas até à exaustão!
.
De acordo com a United States National Council of State Boards of Nursing, nos Estados Unidos da América vive-se, agora, um cenário de apreensão e estupefacção! 
Depois da euforia dos vídeos promocionais, campanhas, etc - cuja finalidade era atrair Enfermeiros - as consequências são expressivas: em 5 anos formaram-se mais de um milhão de Enfermeiro. Curiosamente, esse incremento quase não impactou o sistema de saúde. 
O desemprego cresce a um ritmo assustador, as condições de trabalho degradam-se, os salários caem a pique e a taxa de abandono da profissão voltou a disparar, devido à falta de incentivos, perspectivas e auto-realização profissional. 
À semelhança, por todo o mundo subsistem, actualmente, milhões de Enfermeiros desempregados. E, ao invés de evoluir a um ritmo constante e positivo, a profissão projecta-se em movimento harmónico, encontrando-se em plena recessão. Ciclicamente prejudicial.
.
O aumento de Médicos e outros técnicos também não permitiu aos Estados Unidos potenciar a qualidade do seu sistema de saúde. A esperança dos utentes deposita-se agora na política Obamacare.
Portugal ainda vai a tempo de aprender uma lição? O que falhou, caros colegas?
Esta questão merece uma séria reflexão.


Comments:
Caro Dr Enf, há anos que neste mesmo blog eu digo o que falhou, falhou a evolução da profissão, a mudança de paradigma. Era e é necessário tomar conta de uma parte do saber que mais ninguém domine (veja-se o caso da noticia do correio da manhã de hoje)mas para isso é necessário fazer investigação aplicada à prática nas nossas escolas e não o que existe hoje. enquanto assim não for não vamos longe nem nós nem no mundo a enfermagem. Se quiserem umas ideias terei muito gosto em dar algumas.
 
Quando pergunto o que falhou, refiro-me ao EUA, logicamente.
Que parte do saber é essa?
 
A parte do saber que se baseia em experimentação científica e não em conhecimento holistico mais ou menos empírico do saber humano, que nas nossas escolas se fala. A disciplina de fundamentos de enfermagem é um atentado à inteligência. Devia existir em cada escola um centro de investigação aplicado, com ligação direta a hospitais e centros de saúde, um bom local para desenvolver spin offs por exemplo, para fazer investigação prática experimentação biotecnológica de forma a aproveitar a criatividade dos jovens que vão (ainda) estudar para as nossas escolas ao inês disso fechamo-los em salas a decorar fundamentos de enfermagem. Assim não se vai lá.
 
Já não percebo nada, então não era a enfermagem uma profissão com futuro altamente promissor, que ia inclusivamente encostar os Médicos em muitas das suas tarefas e competências...???

O primeiro comentário diz tudo. A enfermagem nacional ainda não percebeu que so vai sobressair um dia, quando se dedicar aquilo que mais ninguém saiba fazer melhor que eles. Aquilo que as pessoas realmente digam, vou falar com o enfermeiro, porque é o mais capacitado para tal. Ora este blog é exemplo perfeito do contrário...

Aqui só se fala de Médicos, prescrição, diagnosticos, ECD, autonomias, e mais conversa de xaxa...

Quando para tudo isso já existem profissionais muito mais capacitados...

Fica a questão, não deviam os enfermeiros apostar em caminhos pouco ou nada explorados por outros profissionais?? Não sera esse o caminho mais inteligente, ao invés das permanentes comparações, com as quais diga-se, é sempre banhada certa??
 
Admiro-o drenfermeiro. É que enquanto muitos vêem 10 km à frente, o colega vê 1000 km!
Um bem-haja de trás-os-montes!
 
Acontece provavelmente nos states o que aconteceu em Portugal, formam-se muitos mais enfermeiros do que na realidade serão absorvidos pelo país.
Se calhar a ordem dos enfermeiros de lá também é dominada por senhores professores que querem é aumentar o seu rendimento e dos seus amigos e querem é mais escolas/alunos, inundando assim o mercado de emprego e claro está destruindo as condiçoes de trabalho pois se a oferta é maior que a procura o mercado pagará sempre menos e com pior qualidade de trabalho.
As previsoes de necessidade de enfermeiros NUNCA sao equivalentes as necessidades reais, ja deviamos saber isso ha ANOS pois ja temos varios colegas com cursos de gestao e gestão em saude...
enfim... ganham os senhores professores de enfermagem e ganha a ordem que tem mais uns quantos desempregados a pagar os agora 9 euros por mês...
 
Caro Dr Enf gostaria apenas de concluir a minha participação dizendo que a enfermagem deveria fazer algo parecido com o que as faculdades de farmácia e medicina fizeram ao criar a licenciatura de ciências básicas de saúde com o curso a decorrer entre estas duas faculdades. A enfermagem necessita de obter conhecimento de outras áreas e transformá-lod e forma a ser útil a si e não apenas de produzir conhecimento próprio. A medicina foi esperta porque é isso que ela faz congrega o último conhecimento de várias áreas (genética, biologia, sociologia, etc)e depois junta-o e dá-lhe uma utilidade prática é isso que nós temos de fazer, não é necessário inventar nada de novo, é isto que quero dizer com saberes novos.
 
Creio que alguns factores do fracasso, pautam-se pelo sistema de saúde adoptado (nos EUA tudo o que é saúde é privatizado, e à base de seguros de saúde, que é o que este PSD tenta fazer ao nosso SNS, destruí-lo e dar de mamar aos hospitais privados e seguradoras), e por isso que felizmente, o obamacare trata de socializar os cuidados de saúde.
É que o Estado tem que ter uma acção social obrigatória, tem que zelar pelos seus cidadãos - não chegando ao ponto de Cuba, em que 90% dos empregados são-no pelo estado, tendo por isso um encargo insuportavel.

A centralização dos cuidados no médico, e não no utente, dão custos desnecessários (lembrar o outro do algarve que num ano sacou perto de um milhão de euros; os incentivos milionários das USF; os SIGICs; os cirurgiões do HSJoão que operavam um doente por semana e com muita sorte; as empresas de subcontratação e a pagar mais de 100euros hora a médicos em avença, etc etc etc).

A distribuição do investimento e remuneração dos profissionais de saúde é injusta e desmotivante.

A formação exagerada de Enfermeiros, e a formação deficiente de Médicos.

and so on and so on.
 
" Enfº do Norte disse...
Creio que alguns factores do fracasso, pautam-se pelo sistema de saúde adoptado (nos EUA tudo o que é saúde é privatizado, e à base de seguros de saúde, que é o que este PSD tenta fazer ao nosso SNS, destruí-lo e dar de mamar aos hospitais privados e seguradoras), e por isso que felizmente, o obamacare trata de socializar os cuidados de saúde.
É que o Estado tem que ter uma acção social obrigatória, tem que zelar pelos seus cidadãos - não chegando ao ponto de Cuba, em que 90% dos empregados são-no pelo estado, tendo por isso um encargo insuportavel.

A centralização dos cuidados no médico, e não no utente, dão custos desnecessários (lembrar o outro do algarve que num ano sacou perto de um milhão de euros; os incentivos milionários das USF; os SIGICs; os cirurgiões do HSJoão que operavam um doente por semana e com muita sorte; as empresas de subcontratação e a pagar mais de 100euros hora a médicos em avença, etc etc etc).

A distribuição do investimento e remuneração dos profissionais de saúde é injusta e desmotivante.

A formação exagerada de Enfermeiros, e a formação deficiente de Médicos.

and so on and so on."


FORMAÇÃO EXAGERADA dos enfermeiros ahahahaha enfermeiro do norte a espalhar a comédia
 
Leia a seguinte notícia Dr. Enfermeiro

http://www.rcmpharma.com/actualidade/politica-de-saude/16-01-13/governo-quer-reforcar-cuidados-continuados-integrados-no-domi

Cordialmente,
Paulo Cota
 
" FORMAÇÃO EXAGERADA dos enfermeiros ahahahaha enfermeiro do norte a espalhar a comédia "

??! então não é verdade? sobretudo em portugal? Para quê formar 3500 enfermeiros/ ano, se a grande maioria está condenada ao desemprego, exploração, ou emigração?..
 
Em 2009, o número de pedidos situou-se nos 609, tendo subido para 1.030 em 2010 e para 1.724 em 2011, refere a Ordem, adiantando que, desde o início do ano, se regista uma média de 11 declarações por dia..." in JN 12/11/2012


Esta noticia saiu ja em Novembro, mas nao posso deixar de cair na tentacao de fazer outro tipo de contas...a 7.98€ por declaracao, a noticia pode ler-se assim:
"Nos primeiros 10 meses do ano, 2303 profissionais pagaram um total de 18 377,94€ à Ordem do Enfermeiros (OE) pela "Declaração das Diretivas Comunitárias" para trabalhar no estrangeiro. Em 2009, este valor foi de 4859,82€ tendo subido para 8219,04€ e para 13757,52€ em 2011. Em suma, desde o inicio do ano, a Ordem dos Enfermeiros ganha uma media de 87.78 com enfermeiros que pretendem sair do seu pais.

Depois diz uma madeirense:
Olá. Sinto-me na obrigação de reconhecer que não é assim em todo o lado. Na Secção Regional da Madeira, a dita declaração é gratuita para todos, Pelo menos assim era até Dezembro de 2012.

Digo eu, isto é inacreditável. Só numa OE fraca, imcompetente e patética é que uma coisa destas pode ser real.

DE não terá comentários a estes disparates?
 
Não sei o que correu mal nos EUA, mas posso adiantar a minha opinião sobre o que correu mal em Portugal.

À semelhança do que acontece noutras áreas da nossa sociedade onde o poder politico se imiscui de forma perversa no poder económico na pele do grande capital, a Enfermagem Portuguesa não conseguiu manter-se autónoma e independente em relação aquilo que são os princípios económicos da lei da oferta e da procura, deixando-se seduzir pelas influencias de alguns lobbys como é o caso da Formação. Para isto, muito contribuíram entidades com grande responsabilidade na Enfermagem, como a OE com anteriores direcçoes e também o SEP como seu servilismo e quase submissão aos sucessivos governos deste País.

Alguém falou de paradigma.Pois penso que estamos actualmente na presença de um novo paradigma para a profissão trazido pela nova direcção da OE. Resta saber se conseguiram manter-se fieis aos seus ideais e planos traçados..acredito que sim, mas o futuro o dirá!!
 
"A Ordem dos Enfermeiros (OE) entregou hoje, no Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, uma providência cautelar com efeitos suspensivos imediatos do Despacho n.º 16401/2012, de 26 de dezembro. Este documento, a par com o Despacho n.º 13794/2012 de 24 de outubro, permite que Técnicos de Ambulância e Emergência (TAE) prestem cuidados, até agora reservados a enfermeiros e a médicos, colocando em risco a saúde da população."

ASSIM SIM TEMOS ORDEM!AQUI ESTÀ UMA BOA NOTICIA
 
Querer comparar ou se quer achar que Portugal tem aprender com o sistema de saúde dos estados unidos, é pura esquizofrenia, que em nada abona a favor da sua credibilidade senhor enfermeiro!
 
"Enfº do Norte disse...
" FORMAÇÃO EXAGERADA dos enfermeiros ahahahaha enfermeiro do norte a espalhar a comédia "

??! então não é verdade? sobretudo em portugal? Para quê formar 3500 enfermeiros/ ano, se a grande maioria está condenada ao desemprego, exploração, ou emigração?.."


Enfermeiro do Norte , tem toda a razão. Compreendi mal o seu post, considerei formação exagerada QUALITATIVAMENTE e não QUANTITATIVAMENTE. Tem toda a razão.
 
A conjetura não é de todo favorável mas para quando a discussão de temas pertinentes tais como:
- Enfermeiro recem licenciado a ganhar 1201 Euros e enfermeiro com 15 nos a ganhar 1250Euros!!!

- Enfermeiros de IPO com 5 dias de férias a mais e redução de horário de trabalho!!!

Agora que esvaziaram o conteudo funcional de a carreira, agora que somos todos diferentes mas todos iguais, pretendemos fazer o quê??? Continuar a formar enfermeiros em barda e continuarmos a discutir se o enfermeiro é mais válido que o médico???


ACORDEM PARA A VIDA POR FAVOR!!!!

PARA QUE A ENFERMEAGEM NÃO MORRA E NÃO SEJA HUMILHADA COMO ESTÁ A SER...
 
Estão a ver! Nos Estados Unidos chegaram à brilhante conclusão que formaram enfermeiros a mais e ponto final!!! Excesso de oferta formativa nada mais... não falam em colocarem enfermeiros noutras aereas da saúde.

Em Portugal continua se a fazer sonhar jovens com possibilidade de emprego no sector da enfermagem... Ora vejamos... mais de 35 % dos recem licenciados emigram... 35% sugeitam se a regras laborais pouco dignas... 25% desempregados... 5% esquecem enfermagem... Mas se existe muitos enfermeiros desempregados questiono!? porque não emite a ordem dos Enfermeiros um parecer sobre as capacidades cognitivas de um profissional para efectuar mais de 50h semanais!? ou seja o mal da enfermagem é a existência de profissionais a exercerem 3/4/5 postos de trabalho... dividindo isto por todos ainda ficavam a faltar enfermeiros!? certo!? ah mas esqueço me que os enfermeiros na casa dos 35/45/55 querem ter vidas sociais e economicas muito superior ao curso que frequentaram (leiam sociologia do trabalho)....

Voces enfermeiros deveriam pensar um nos outros e procurarem arranjar soluções estruturais para o vosso problema.
Encerrem faculdades !? ai jesus la se vai o extra mensal para muitos.

Aumentem o racio enfermeiro / doente logo resolvem problemas complexos que existem nos diversos serviços.

Terminem guerras com outros profissionais de saude pois o que a OE diz não é lei nem decretos de lei... em portugal quem faz leis são os legisladores, deputados e os demais politicos e entidades governamentais...

OE não é um tribunal... é triste ver se outros profissionais de saúde serem acusados de Homicidios, Ignorantes, etc... não pode a OE acusar, julgar e condenar outros profissionais em qualquer area quando nem tem capacidade nem personalidade juridica para julgar os proprios! Emitem cedulas a quem não sabe ler nem escrever (grave); permite que não licenciados exerçam enfermagem quando tiveram 10 anos para fazerem o chamado complemento.
Ou seja a OE é o mal dos enfermeiros pois não regula, não defende, não ajuda, não cumpre, não utiliza os seus recursos para benificios dos Enfermeiros...
Quando emite a OE um parecer sobre o número maximo de horas de trabalho pode exercer um enfermeiro por semana de trabalho!? isso já não interessa... mas para quem se preocupa tanto com o ser humano questiono, terá um enfermeiro capacidade para excercer 16 horas seguidas e posteriormente ir para o seu segundo trabalho continuar a excercer técnicas e dar medicação!?

Respondo já a esta ultima questão...

Claro porque o Enfermeiro usa uma capa vermelha e veste se de azul...

Cientificamente falando... não consegue por isso é que existem maximos na prestação de trabalho...

Termino assim... lutem por vocês, diminuam as horas, aumentem os racios, limitem os 2ºs trabalhos e 3ºs trabalhos...

e termino desta maneira...

Tenho um inumero respeito pela enfermagem e por muitos profissionais...




 
Se os enfermeiros fossem devidamente remunerados, creio que a procura de 2ºs e 3ºs empregos baixaria dramaticamente.
De certeza que não é por quererem matar-se a trabalhar e a passar tantos sacrifícios, ou em roubar emprego a quem não o tem, que esta situiação acontece...
 
... E agora? o que se vai fazer com os especialistas que também estão a ser cada vez mais????


"Era interessante que o DE abrisse um post onde pudessemos discutir a atividade clínica dos enfermeiros especialistas.

Quanto aos enfermeiros de reabilitação (falo destes que são já mencionados nos comentários), estão, como muitos "generalistas", a seguir, em muitos casos, demasiados, um caminho perigoso.
Em breve serão perfeitamente dispensáveis.

A fuga ao doente tem-se manifestado de formas inaceitáveis e aqui penso que não só as Direções de Enfermagem como a própria OE, deveriam usar os mecanismos que achassem + adequados para impedir que se volte ao trabalho "à tarefa" ou que os enfermeiros especialistas estejam nos serviços para fazer horários e pouco mais.
Qualquer administrativo ou auxiliar faz esse trabalho de pedir material, de fazer horários, ver a torneira que pinga e não sei quê mais.
É uma vergonha que se continue a assumir essas preocupações mobilizando tantos recursos e dinheiro de forma continuada, sem que ninguém diga "alto e para o baile!". Mudem de música e verão como não serão precisos tantos, sobra espaço e todos ficamos mais satisfeitos.

Na prática clínica, os enfermeiros especialistas em reabilitação não realizam um trabalho único, exclusivo, contínuo e articulado; sobrepõem-se aos fisioterapeutas realizando técnicas e pouco mais; trabalham afastados dos colegas generalistas, numa atitude muitas vezes maternalista/paternalista.

Não assumem a globalidade do doente, gerem o tempo de forma muito confortável, não assinalam as situações que estão supostamente a "trabalhar" e não apresentam à equipa resultados objetivos e quantificáveis das suas intervenções.

Mesmo não sendo especialistas do quadro, acabam por usufruir de uma condição altamente favorável junto dos colegas e doentes pois não realizam tarefas "menores", não se preocupam com os registos a que os outros enfermeiros são obrigados, não administram medicação, não supervisionam dietas, não têm responsabilidade objetiva de vigiar os doentes e realizar técnicas de rotina que fazem parte do trabalho da "criadagem" que são os generalistas, andam por ali de esteto a dar bitaites e a alimentar um fosso indesejável dentro da classe de enfermagem...

Meus caros, tal como sempre defendi, em poucos anos todos os enfermeiros serão, justamente, especialistas.
As especialidades terão provavelmente que se adequar mais aos contextos de trabalho e ser mais abrangentes, mais exigentes, mais consistentes do que apenas o tronco comum que as caracteriza.
Nessa altura não haverá generalistas, ou cada vez haverá menos.

Por outro lado, e não ficando à espera que isso aconteça, hoje em dia é bom que se saiba que os enfermeiros especialistas nos serviços substituem os generalistas - não são supra-numerários; devem assumir os cuidados globais ao doente, a doentes cujas situações clínicas mais possam beneficiar da intervenção do especialista naquela área.

Os especialistas não devem assumir cuidados globais apenas quando falta pessoal.
Não devem trabalhar ao lado dos generalistas como se estes últimos fossem alunos, realizar os levantes porque os generalistas não sabem as técnicas de transferência, mobilizar o doente no leito porque os generalistas não sabem, fazer os exercícios articulares, isotónicos e isométricos, respiratórios, porque os generalistas não sabem nem fazer uma drenagem postural...
Meus caros, isto são conhecimentos básicos que se aprendem no início da formação e devem ser mobilizados para a prática, nas manhãs, nas tardes, nas noites, sempre que o enfermeiro presta cuidados e faz um julgamento clínico que aponta para a necessidade de realizar estes procedimentos.
Não são exclusivos dos enfermeiros de reabilitação, tal como o controle de infeção, os cuidados ao doente em estado crítico, a intervenção em crise, os cuidados ao doente terminal, não são exclusivos de nenhuma especialidade: são de quem presta cuidados nessas situações.

desculpem estar contra o satus quo..."
 
DE, explique-me uma coisa:

Como pode haver assim tanto desemprego em Enfermagem nos EUA, se são tantas as notícias que mostram que existem milhares de vagas em Enfermagem por preencher?

Aliás, tenho um amigo já Enfermeiro, teve 3 anos a trabalhar no SU de um Hospital Português, e emigrou o ano passado para New Jersey. É certo que entre traduções, reconhecimento do curso na BON de New Jersey, mais o NCLEX + a formação obrigatória de ACLS da american heart association (não aceitam as directivas dos cursos SAV dados na união europeia), gastou uma pipa de massa, mas não tardou muito em ter o green card na mão, e encontrar trabalho também um SU de lá. De momento encontra-se a fazer especialização em Anestesiologia.

Não será que esse gráfico não está um pouco enviesado, devido ao facto de haver duas formas de se formarem os RNs (registered nurses) nos EUA? sendo elas:

- Os associate degree. Cursos universitários com duração de 2 anos.

- Bacherlor's degree (BSN), com duração de 4 anos.

Os formandos com ambos os cursos, têm a possilibade de se tornarem RNs, basta passarem no NCLEX-RN.

No entanto, a maioria dos hospitais e clínicas, só aceita os candidatos que tenham o BSN, excluindo os associate degree. O motivo parece-me óbivio. 2 anos de curso não é nada. Aliás, a longo prazo, a tendência será para eliminar todos os cursos que não sejam BSN.

Não será, DE, esta umas das causas de desemprego nos EUA? O facto de muitos formados não serem aceites, por não terem os 4 anos?
 
ENF do Norte

Se os enfermeiros fossem bem renumerados!? a culpa é vossa que nunca lutaram pela actualização da tabela salarial quando passaram a licenciatura... alias muitos de vos nem poderiam receber o que recebem porque nem são licenciados.... e os complementos em enfermagem de enfermagem prorpiamente dita pouco aprendem!!!
As necessidades surge por questões economicas porque em vez de um apartamento tentam ostentar riqueza com veiculos de gama alta e com um estilo de vida acima do que podem ter... por isso não me venha com historias de que precisam... quem precisa são aquelas pessoas que recebem 500€ por mes... essas sim...
quem precisa são os milhares de enfermeiros que estão no desemprego... e é ai que voces não são uma classe unida... porque são egoistas e individualisas
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

AmazingCounters.comVisitas ao blog Doutor Enfermeiro


tracker visitantes online


.

Novo grupo para reflexão de Enfermagem (a promessa é: o que quer que ali se escreva, chegará a "quem de direito")! 

Para que a opinião de cada um tenha uma consequência positiva! Contribuição efectiva!