terça-feira, fevereiro 05, 2013

Os interessados ficaram no sofá?!

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No mínimo, as minhas expectativas apontavam para uma manifestação com 566 Enfermeiros. Compareceram cerca de 100 colegas. 
É muito pouco razoável (passo o eufemismo), depois, exigir a alguns que lutem pelas reivindicações de terceiros. Pressuponho, também, que - por falta de suporte moral - muito poucos questionarão o sindicato sobre as suas intervenções.

Comments:
os enfermeiros mais novos julgam q por porem uns videos no youtube e por criarem uns blogues vao mudar alguma coisa...enfim o governo ate se ri
 
Os enfermeiros querem ser reconhecidos e valorizados. Mas isso dá trabalho... E ninguém está disposto a trabalhar para isso. O trabalho cansa. À custa disso é que estamos a perder muitas competências para outros profissionais de saúde. Eu sou enfermeiro e tenho colegas que chegam ao ponto de criticar quem se dá ao trabalho de ter trabalho. Pois é meus amigos, o problema reside precisamente aí... Enquanto assim formos, somos refugo...
 
Lei da oferta e da procura, nada mais...
 
... =(
 
Isto é como tudo.
Todos falam mal disto e daquilo, protestam com os colegas, vizinhos, grupos....
Dizem que está mal e DEVERIAMOS fazer isto e aquilo.
Depois, na hora da verdade, escondem-se e pensam "o meu vizinho ou colega vai eu não preciso de ir, senão ainda arranjo chatisses...."
O POVO ainda não entendeu que tem a "faca e o queijo" na mão. Gritsam "o povo é quem mais ordena", depois esuqecem o que gritaram.
Por exemplo:
O recente aumento do IMI, as novas portagens, o imosto do selo do carro e outros mais...
Se ninguém pagasse julgam que "eles" iriam abrir processos judiciais a todos???
Imossível, davam um passo atrás.
Pensem sómente numa coisa.
NÓS SOMOS O PATRÃO.
O ESTADO É O NOSSO EMPREGADO.
Eles vieram até nós a pedir emprego. Não fomos nós que os chamámos.
No entanto eles tomaram conta de tudo o que é do patrão e o patrão deixa.
ATÉ QUANDO?????
 
Só queria deixar uma ideia em relação a esta questão. Existe uma discrepância entre colegas contratados e os do "quadro", em termos salariais e de "estatuto" dentro da ARS Norte. Relembro que a ARS Norte é muito grande e que quem ganha 850 euros líquidos por mês, não tem capacidade para pagar cotas da ordem, cotas do sindicato, e viagens para manifestações, muito menos fazer greves a torto e a direito, como os estivadores e maquinistas da CP que ganham mais de 2000 euros líquidos.
Em relação à greve, estou descontente mais uma vez com os sindicatos e com a classe, pois deixou-se "sodomizar" mais uma vez e colocou colegas a criticar outros colegas, quando no fundo deveríamos ter todos os mesmos direitos, pois quem já está há 7 anos a contrato como eu, está com um contrato diferente de quem está há 2 ou 3 anos, mas entrou por outros "caminhos" - concursos de mobilidade.
A lei Europeia estabelece que após 3 anos de contratos os trabalhadores passem a definitivos, mas a ARS Norte, já nos habituou a ser diferentes e a querer ser mais soberana que todos os outros.

 
Ó Enf. do Norte, então os enfermeiros são responsáveis pela "gestão" da medicação do doente, e não estão representados na nova comissão nacional de farmácia e terapêutica? Se calhar só os enfermeiros, à custa de delírios, se consideram uma sumidade no que à ciência do medicamento diz respeito. Resta-nos saber se esses delírios se restringem apenas à "gestão" da medicação, ou a tudo o resto...

1.3 - A CNFT é composta por:
a) Um presidente e um vice -presidente, propostos pelo INFARMED -
Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P..
b) O diretor clínico e o diretor dos serviços farmacêuticos ou seus
representantes, de sete estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde;
c) Dois representantes, um médico e um farmacêutico, respetivamente, das Comissões de Farmácia e Terapêutica de três Administrações
Regionais de Saúde;
d) Um médico representante da Ordem dos Médicos;
e) Um farmacêutico representante da Ordem dos Farmacêuticos;

http://dre.pt/pdf2sdip/2013/02/024000001/0000200003.pdf


 
Isto!!!

"Os enfermeiros querem ser reconhecidos e valorizados. Mas isso dá trabalho... E ninguém está disposto a trabalhar para isso. O trabalho cansa. "
 
Doutor Enfermeiro, e não há uma simples palavra relativa à ideia iluminada da OE em implementar um estágio com tutor após os 4 anos de curso?


 
"Doutor Enfermeiro, e não há uma simples palavra relativa à ideia iluminada da OE em implementar um estágio com tutor após os 4 anos de curso?"

Sou totalmente a favor. Solidificará a formação académica.
 
Um curso que é predominantemente prático, precisa de um estágio com tutor no final?? lol, para quê? Mão de obra barata? Mais? Ou é para imitar outras classes?...
 
Estagios após o fim do curso...ideia ridicula ,absurda e estupida.Eu ca nao serei tutor de profissionais pq confio neles como confiaram em mim quando sai da escola

 
Portanto, o Doutor Enfermeiro acha justo que os alunos sejam sujeitos a estágio com tutor de um ano, provavelmente não remunerado, vivendo às custas de pais que já sofrem para ter os filhos em ensino superior.

Sabendo que não existem vagas para todos os recém-licenciados, aqueles que não tiverem vaga, terão de ficar tempo indeterminado à espera da mesma. Ou seja, se eu completar os 4 anos e não ingressar no estágio, tenho de ficar à espera de vaga no mínimo de 1 ano, atrasando os meus projectos de vida.

Será justo os Enfermeiros licenciados em Portugal só poderem exercer segundos estas condições, quando um colega meu vindo de Espanha, por exemplo, a nada é submetido?
 
"" Anónimo Anónimo disse...

Ó Enf. do Norte, então os enfermeiros são responsáveis pela "gestão" da medicação do doente, e não estão representados na nova comissão nacional de farmácia e terapêutica? Se calhar só os enfermeiros, à custa de delírios, se consideram uma sumidade no que à ciência do medicamento diz respeito. Resta-nos saber se esses delírios se restringem apenas à "gestão" da medicação, ou a tudo o resto... "


Tem calma; espera para ver.. =)
 
" Anónimo disse...

Um curso que é predominantemente prático, precisa de um estágio com tutor no final?? lol, para quê? Mão de obra barata? Mais? Ou é para imitar outras classes?...

2/06/2013 11:30:00 PM
Anónimo pedro disse...

Estagios após o fim do curso...ideia ridicula ,absurda e estupida.Eu ca nao serei tutor de profissionais pq confio neles como confiaram em mim quando sai da escola "


Eu creio que é óptima ideia. 1º, assegura-se a qualidade formativa e da prestação de cuidados - escrutinar é preciso, pois é sabido que infelizmente, há escolas em que a qualidade de ensino não é a melhor; depois, um ano tutelado permite conhecer e praticar aquilo que se aprendeu e permitir que o enfermeiro formado assegurará a melhor prestação de cuidados.

2º) é uma maneira de peneirar a excessiva fornada anual de tanto enfermeiro, formado para o desemprego e para a exploração, e consequentemente limitar o excesso formativo que grassa na enfermagem. assim que as escolas e alunos, aferirem que por exemplo, por ano existem só 1000 vagas para internato, para 3500 alunos... é fechar escolas e limitar o nº clausus. será injusto para muitos enfermeiros? concerteza, mas o desespero assim o impõe..
Relembro que na medicina, os alunos depois de licenciados (6 anos) têm que se sujeitar ao ano comum - prática global, e depois candidatarem-se às especialidades, mediante as notas que tenham e vagas disponíveis. e poruqe não emprestar desse modelo?

3º)o formando irá auferir um ordenado (tal como os internos médicos), leiam na proposta dos estatutos da OE, e o formador deverá igualmente ser recompensado - isto de andar a dar estágios em troca de palmadinhas nas costas e papeis, já chega?


concerteza que vai ser injusto para muitos dos finalistas. certamente que deixará tantos à porta mas... já não é o que se passa agora? tantos se formam, para depois não trabalharem?.. Tem que ser colegas.. tem mesmo que haver este escrutínio.
Lembrem-se que é pela salvaguarda da qualidade e quantidade de enfermeiros no mercado, que ajudará a sermos devidamente e justamente valorizados.
Se somos mais que as mães...
abraços
 
Enfº do Norte, a ideia é muito bonita, tem as suas vantagens pedagógicas e diminuí o número de recém-licenciados. Correcto, até aqui estou de acordo.

No entanto, o nosso país NÃO tem capacidades para estes estágios tutelados.

Encontro-me neste momento no 3º ano de licenciatura. Quem me garanto que daqui a dois anos tenho vaga para o dito estágio? E no ano que vou ficar parado, e não posso seguir com os meus planos de vida? A OE garante-me financiamento para esse ano parado? Ou os senhores iluminados não acham que os pais e mães deste país já fazem sacrifícios suficientes? Melhor, que emprego arranjo eu no estado actual que me ajude a ser minimamente independente em termos monetários ou, pelo menos, a ajudar os meus pais nas despesas básicas?

Porque é que, ao fim de 4 anos de licenciatura com um bom aproveitamento, com assiduidade em palestras, formações e projectos internacionais, terei de adiar a minha vida?

E se num ano em 3 mil alunos apenas há vaga para 1, no ano seguinte mais 3 mil completam os 4 anos. De 2 mil em espera, passamos para 4 mil, e por aí em diante.

Os senhores Enfermeiros já licenciados, e no activo, acham que o problema da afluência do mercado é solucionada desta forma? Mais uma vez, e como já é hábito da típica mente do desenrasca português, cortamos o mal à jusante e não montante. Existem demasiados alunos? Poucas vagas?

Fechem escolas privadas e públicas. Reduzam o mesmo número de vagas nacionais disponíveis por instituição. ISTO sim, é uma prática que a OE deve privilegiar.

Além disto, e do que li do referido artigo, está omisso qualquer remuneração. Está omisso se o aluno precisa de realizar o estágio e exame mesmo que queira realizar mestrados e outras formações académicas complementares (ou seja, além dos 4 anos de estudo base, somo os de estágio/espera e mais os de mestrado). E, finalmente, está omisso se um estudante residente/que estude em Coimbra se tem de sujeitar e ir realizar o referido estágio a quilómetros de casa.
 
Como qualquer português, o povo - neste caso os enfermeiros - querem que as coisas mudem, melhorem, evoluam, etc, mas sem trabalhar!
Ai povo preguiçoso...
 
o reconhecimento dá muito trabalho e dedicacao a causas!!!
mas para aqueles que só querem dar nas vistas o trabalho cansa e como tal a enfermagem está a bater no fundo como está !!!
 
""Encontro-me neste momento no 3º ano de licenciatura. Quem me garanto que daqui a dois anos tenho vaga para o dito estágio? ""

Creio que, se tiver boa nota ao concluir a sua licenciatura e for construindo um curriculo académico decente, decerto que será preferido em relação a outro colega sem os mesmos atributos - "it´s evolution baby" já diziam os pearl jam; lei do mais adaptável/ mais "forte".


""E no ano que vou ficar parado, e não posso seguir com os meus planos de vida? A OE garante-me financiamento para esse ano parado? Ou os senhores iluminados não acham que os pais e mães deste país já fazem sacrifícios suficientes? Melhor, que emprego arranjo eu no estado actual que me ajude a ser minimamente independente em termos monetários ou, pelo menos, a ajudar os meus pais nas despesas básicas?

Porque é que, ao fim de 4 anos de licenciatura com um bom aproveitamento, com assiduidade em palestras, formações e projectos internacionais, terei de adiar a minha vida? ""

Oh colega, e quantos e quantos enfermeiros recémlicenciados ficam anos, esperando por uma vaga para trabalharem enquanto enfermeiros, e enquanto nada arranjam, não trabalham até em caixas de supermercado?... é a triste e injusta realidade..



""Fechem escolas privadas e públicas. Reduzam o mesmo número de vagas nacionais disponíveis por instituição. ISTO sim, é uma prática que a OE deve privilegiar.""

Esta é uma maneira secundária de "obrigar" a fechar cursos; confio que a OE esteja a pressionar o M.Educação a limitar o nºclausus e que passe a OE, a atestar/certificar a qualidade de ensino nas muitas(demasiadas!) instituições de ensino.
De resto, compreendo bem o seu desânimo e ansiedade em relação ao futuro.. quem dera que tivesse emprego garantido; um salário decente que evitasse andar à procura de 2ºs e 3ºs empregos; que não ande a mendigar por uma migalha de trabalho...
Boa sorte colega.
um abraço
 
Caro Enfermeiro do Norte

"Oh colega, e quantos e quantos enfermeiros recém licenciados ficam anos, esperando por uma vaga para trabalharem enquanto enfermeiros, e enquanto nada arranjam, não trabalham até em caixas de supermercado?... é a triste e injusta realidade.. "

Mas lá está, porque é que eu quero tracei a minha vida a querer acabar a licenciatura e seguir para o estrangeiro tenho de ficar retido?

Acha mesmo que esta medida secundária é mais benéfica para todos, do que aquela que lhe referi do número de escolas e vagas? E não será que as instituições de saúde não começam a despedir enfermeiros, visto que a mão de obra que aí vem é mais barata?

Existem muitos alunos de 3º e 4º ano a ponderarem pedir transferência para Espanha e outros países próximos, de maneira a terminarem a sua licenciatura sem estarem sujeitos a anos de espera. Vamos continuar a remediar as situações como incompetentes?
 
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