sábado, junho 07, 2014

Não há rolhas para os Enfermeiros...

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A propósito do péssimo jornalista acerca da Lei da Rolha...
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Depois de deixar a poeira assentar, cá vai:
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1 - Não vos preocupeis, colegas, durmam descansados, o famigerado código de conduta e ética NÃO se aplica aos Enfermeiros;
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2 - Os Enfermeiros já detêm um código deontológico (o mais rigoroso do sector) pelo qual se regem. Somos a única classe que possui um código deontológico publicado com o formato de Lei (111/2009, de 16 de Setembro). Ora, a "lei da rolha" será constituída em Portaria, o que significa que, na hierarquia legal, uma Lei sobrepõem-se sempre a uma Portaria. Pacífico, portanto;
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3 - A liberdade de expressão não será coarctada. Aliás, os Enfermeiros mantém os mesmos deveres de denúncia que existem hoje. Os canais de comunicação continuarão a ser os mesmos: chefias intermédias, chefias superiores, Sindicatos/Ordem/Ministério da Saúde. Tudo com as mesmas condições e repercussões do momento actual. Sem stress;
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4 - Como qualquer organização, o SNS merece ter um simples código de conduta e ética, ou não? Uma espécie de pacto social entre os prestadores de cuidados e os respectivos utentes. O código aplica-se a todos os funcionários, expecto nos pontos que colidem com o código deontológico de cada classe (reparem que os administrativos, assistentes, etc... não têm qualquer código deontológico! - já pensaram que uma administrativa pode consultar um processo clínico e veiculá-lo em praça pública, sem nada que a proíba?);
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5 - O código de conduta e ética é um instrumento banalíssimo. No entanto, no presente momento, foi utilizado e empolado como fait-diver e arma (de arremesso) política. É um instrumento de harmonia, nada mais;
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6 - Nunca nada se resolveu em barafunda pública;
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7 - Não tomem as "dores" dos Médicos, esses sim, preocupados com este código. Estão habituados à anarquia do eu "quero, posso e mando", das ofertas de viagens e congressos encapotados, "brindes" etc. Assim esperneiam, pois claro. Acresce a isto que têm um código de ética simples, consubstanciado num simples regulamento da sua Ordem. Portanto, este código sobrepõem-se e serão "disciplinados";
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8 - Colegas, poderão, sem receios,  continuar a levar para casa as canetas que vos oferecem: galinhas debaixo do braço, potes de mel caseiro ou um café de agradecimento não serão punidos pelo código de conduta e ética. Aqueles beijos e abraços de reconhecimento sentido (que todos nós bem conhecemos) continuarão a ser bem-vindos;
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9 - Pesando tudo isto, como podem os Médicos "gramar" o Ministro Paulo Macedo?! Quando as cercas do quintal encolhem, o labrador berra;
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10 - Não se esqueçam que o documento está em auscultação pública (todos podem contribuir) e sofrerá a adaptabilidade institucional;
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11 - Por fim, reitero: descansem. Nada na nossa vida mudará. Confiem nisto: muitos de vós serão acérrimos apoiantes desta Portaria.

Comments:
Este último post relembra-me o porquê de raramente passar por cá ... comentários simplesmente patetas

a comentar não teria mesmo por onde começar ... mas uma imposição da tutela ... respondida com ataques aos do costume (médicos) ... está tudo dito
 
OH Colega, seria tão bom que a estupidez da ordem dos enfermeiros fosse igual à dos médicos! E olhe que não custava nada, os médicos só tinham que se tornar mais (muito mais) estúpidos.
 
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