quarta-feira, março 18, 2015

CIPE.

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A maior evolução da Enfermagem em termos globais aconteceu fora no período pré-CIPE. O pós-CIPE tem sido penalizador.
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Somos a única profissão que se insere num sector de actividade com uma linguagem diferente de todas as outras profissões que o compõem.
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A CIPE não tem uma aplicação transversal a toda a prática da Enfermagem. A CIPE está mais próxima da linguagem leiga do que da linguagem científica.
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A Enfermagem tem registado um afastamento notável do processo do utente, ao encriptar a nossa actividade, tornando-a ininteligível perante as outras classes profissionais. A CIPE impede a autonomização da Enfermagem, favorecendo o fenómeno da solidão existencial.
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A CIPE não se assume como premissa para a investigação em Enfermagem.
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Não se deve confundir CIPE com Sistemas de Informação em Enfermagem ou em Saúde. A profissão só voltará a evoluir, quando todas as profissões do sector partilharem uma plataforma informática e a linguagem.
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A CIPE não inventou um único termo ou conceito.
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Os registos com base na CIPE assumem-se como complexos pela sua forma e estrutura e não pelo ganho de conteúdo.
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A Enfermagem sobrevive cada vez mais afastada do mundo. Sem os sistemas de apoio médico - que os Enfermeiros têm necessidade de consultarem para se orientarem na visão global do utente - a nossa profissão teria imensas dificuldades em comunicar entre si.
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Basta ler as últimas recomendações obre os Sistemas de Informação e perceber que não há lugar, no futuro, reservado para a CIPE. A sensatez torna mandatório que se abandone os esforços e investimentos com a CIPE.
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Já existe uma linguagem comum: denomina-se ciência.

Comments:
DR ENFERMEIRO, O SEU MELHOR POST DE SEMPRE!!!!!!!!!!

ESTOU 100% DE ACORDO CONSIGO!!!!!!
 
Parece que leu os meus pensamentos! Finalmente um post à Dr. Enfermeiro!

cumps.
 
Bom dia.
Enquanto aluno fomos "obrigados" a seguir esta "nova tendência" da Enfermagem do futuro!! Enfermagem com uma língua de utilização única e exclusivo dos profissionais de Enfermagem, mas não por todos.
Julgo ser vital!!!! para a Enfermagem definir sistemas de informação capazes de demonstrar as nossas actividades.

Temos que deixar de ver a falésia ao fundo e continuar a seguir em frente.

De hoje para amanhã estaremos isolados no meio dos restantes intervenientes da Saúde.
 
CONCORDO PLENAMENTE A CIPE SÓ SERVE PARA MEIA DUZIA DE "ILUMINADOS" DA ESENF PORTO OCUPAREM O TEMPO E TESES DE QUALQUER COISA.
É RIDICULO.NÃO SERVE PARA NADA A NÃO SER PERDER TEMPO. NÃO TEM QUALQUER VALOR JÁ QUE NINGUEM A COMPREENDE NEM SERVE PARA O QUE QUER QUE SEJA A NÃO SER AFASTAR ENFº DO DOENTE.
 
Nao poderia deixar de comentar. O problema, a meu ver, não está na linguagem, mas na forma como se utiliza. A ciência está lá, mas em situações limite parece não ser de todos! Escrevemos doente com depressão e esse registo ser auditado....qual é a resposta? Isso são diagnósticos médicos! Até pode ser que num futuro distante a CIPE desapareça ou surga outra melhor, concordo que alguns conceitos e termos que contempla não são adequados, mas é uma linguagem que é NOSSA e que tem tentado evoluir e melhorar. Para alem disso já existe, pelo menos ha 20 anos. Continuamos a usar muito tempo no clique e no diagnóstico e intervenção mas, reforço, não é em essência pela linguagem mas sim pelo sistema operativo e pela nossa utilização contrariada!! Espero que melhores dias venham e que a CIPE não desapareça porque, apesar de tudo, implicaria deitar fora o esforço de anos de vários profissionais, dos apoiantes, e dos não crentes!
 
Este comentário foi removido pelo autor.
 
Não é a CIPE que impede o desenvolvimento da profissão mas sim:
Os ignorantes armados em cientistas, desde o desconhecido autor deste blogue atá à maioria dos seus seguidores. (com as palermices que aqui escreve é natural que não queira ser conhecido)
Os incompetentes dirigentes da Ordem que, com tantos estudos e trabalhos, não conseguem dar um contributo sério para que esta linguagem seja visível e valorizadora do trabalho dos enfermeiros no sistema de saúde.
 
Considero já há algum tempo , que a utilização da informática e de linguagem pré codificada só torna o nosso processo de cuidar mais penoso e inteligível !!! Os registos de enfermagem devem recorrer dos cuidados prestados e não preceder os mesmos , a menos que se tenha que assegurar uma continuidade . A decisão de enfermagem deve ser autónoma na resolução de problemas de enfermagem urgentes e emergentes, de modo a melhor os adequar ás necessidades eminentes. Olhando para o meu umbigo profissional vejo cada vez mais a valorização de registos informáticos que pouco traduzem e nada fazem transparecer os cuidados prestados. Isto complica-se mais ainda quando temos cada vez mais tarefas inventadas por outros grupos profissionais como engenheiros da qualidade tarefas estas inflacionadas e valorizadas de tal modo que têm um peso de 80% da valorização atribuída nas avaliações por CIADAP, enchendo a engenharia e a sua vida profissional de importância , pois não são eles o garante e o controlo da qualidade !!!! Quanto á Gente que cuida de Gente... vai cuidando porque pouco peso tem nas contas de quem conta!
 
Sou completamente a favor da CIPE e dos sistemas de informação. No entanto, parece-me que ultimamente se colocou a enfermagem num espremedor e só de lá sai discussões de semântica, acerca do juízo mais afinado, de intervenções diagnósticas com carácter obrigatório, do melhor sítio para arrumar determinados dados. Se calhar além disto, deveríamos introduzir nas nossas discussões também os problemas das pessoas que cuidamos e que contributo específico temos para oferecer, que outros profissionais não têm, mobilizando para tal o contributo da disciplina de enfermagem.
 
Parece-me que o grande problema estará mesmo na fragmentação de toda a informação e desigualdade no nivel de conhecimento. Ninguém gosta de teorias, ninguém gosta da CIPE, ninguém gosta de registos, ninguém gosta de...trabalhar! De pensar!
A maioria das pessoas continua relutante à mudança. Não está em questão a CIPE, ou a informatização. Até que se ganhe treino e quando digo treino, falo do treino mental,tudo é mau, tudo é complicado. E aí estagnamos. Temos que pensar mais além, temos de deixar de fazer porque sempre assim se fez e assim é que é bom. Quantos profissionais se atualizam? (Não porque é caro, não porque agora não tenho tempo, não porque não. Então, não falem!!!) Quantos profissionais olham literalmente o todo? Os sistemas de informação e a cipe, mais do que "pôr para lá", têm o objetivo fulcral de nos fazer PENSAR EM ENFERMAGEM e se formos por aí, tudo flui, tudo faz mais sentido. O problema é que a maioria não sabe. Faz e pronto. Escreve meia dúzia de coisas, sem nenhum caracter cientifico e pensa que tem o dever cumprido. Tem que se fazer bem, mas também demonstrar que se faz bem.
E também uso o anonimato, porque infelizmente, ainda vivemos na "República dos bananas".
E quem falou na ESEP, talvez não tenha lá estudado, ou se estudou, não aprendeu bem a lição.
 
O problema não é a CIPE mas sim o sistema SAPE. A CIPE é muito boa para alunos porque ajuda a organizar o pensamento mas para a pratica acho que não tem influência nenhuma. Eu tirei o meu curso com a CIPE como biblia e utilisei o SAPE que tem a CIPE como base e não acho que seja útil. Agora que trabalho no UK vejo que o SAPE não passa de uma coisa bonita e para dizer a verdade, tenho muito mais liberdade e consigo registar tudo o que faço a escrever livremente, ao contrario do que acontecia com o SAPE em que metade do que fazia não tinha onde registar.
Mais valia um sistema informatico dividido em categorias em que se possa escrever livremente. So Deus sabe as discussões inuteis que tive sobre se o Autocuidado era Dependente ou Comprometido. Ridiculo!
Ricardo
 
Pois, é dessas discussões que a "ciência" de enfermagem vive. Em vez de perdermos tempo com coisas a sério, perdemos tempo nestas tretas semânticas sem utilidade nenhuma. Olha que aos médicos, que aprenderam em escolas diferentes com nómicas diferentes, esses não os vejo a garrear sobre tretas destas.
 
Nem mais.
 
CIPE - Classificação Internacional de Enfermagem:
Em espanha ninguém sabe o que é;
Em Inglaterra ninguém utiliza;
Nos USA usam a NANDA.
Em frança não conhecem.
Registos normais de enfermagem tempo de
máximo 5/10 min.
Registos com CIPE 20/30 min. Resultado menos TEMPO para o doente.
 
E assim se (nao) faz enfermagem!
Que caramelos são estes acefalos que comandam uma classe numa visao ideologica que só se aplica ao laboratório das aulas?
Investiram dinheiro e mais recursos neste sistema, mas esqueçam os mestrados, doutoramentos que tiraram!
Isto é uma fraude!Só sobrecarrega os enfermeiros e diminui o tempo de contacto com os doentes!
 
É uma clara evidência que há hospitais e enfermeiros que infernizam a vida dos profissionais com uma burocracia nunca antes vista, completamente ridícula e que só afasta os enfermeiros dos doentes , pois passam a vida a jogar ao click e aos cuidados virtuais. É que há uns enfermeiros que como mais nada tem para oferecer, oferecem os seus complicómetros estéreis. São enfermeiros que não praticam quase deste que acabaram o seu curso e inventam mil burocracias para irem mantendo os seus lugares de privilégio, numa classe cada vez mais desigual em que há uns escravos e outros alérgicos aos doentes e que adoram papelada que não tem servido para nada.
 
Os enfermeiros têm é que simplificar ao máximo os registos, com linguagem científica e aceite por toda a comunidade científica e que crie uma série de indicadores, em pequeno número, automáticos, fáceis de entender e que contribuam para valorizar o trabalho do enfermeiro. Basta ver como os médicos registam (todos compreendem) e os indicadores simples que extraem compreendidos por todos.É o contrário do que a CIPE e o SAP-E estão a fazer. Basta imprimir alguns planos de enfermagem para perceber a confusão e o completo absurdo em que se transformou a enfermagem... e a culpa é do sistema e do processo e não de TODOS os enfermeiros.
 
Em pleno séc 21 há um conjunto de enfermeiros que quer falar sozinho, tendo uma linguagem isolada, quer acrescentar impressos, papéis, intervenções, ações, burocracia ao cuidar em enfermagem, em que os enfermeiros deviam estar era focados no doente e não no computador e no papel. Querem transformar os enfermeiros em macaquinhos de imitação, que fazem (registam) tudo padronizado, sem espírito crítico... Sim, sim...claro que estão no caminho certo! Uma profissão com futuro!
 
O DE quando deixa de lamber as botas ao germano e manifesta as suas posições sem pensar nas suas consequencias no seu plano pessoa até parece o DE antigo e um enfermeiro "à séria " ...A CIPE só serve para encher os bolsos a uns quantos iluminados e para uma cada vez mais desumanização dos cuidados!
 
Portugal deve ser o único País no Mundo a acreditar na porcaria da CIPE. Na Suiça ninguém fala na CIPE os planos são simples, organizados e fáceis de entender. Ajudam o enfermeiro a trabalhar. Quanto a Portugal e à CIPE é uma completa confusão que só serve para perturbar quem quer trabalhar.Com tanta confusão que inventam, qualquer dia nem três enfermeiros por doente são suficientes para cuidar do computador.
 
Mais uma vez alerto...não importa registos à mão ou no computador, quem não sabe fazer num, não sabe fazer noutro. Quem demora no computador mesmo com treino, também demora a escrever à mão. Pelo menos no computador, consigo ler registos, em vez de tentar decifrar. Algumas pessoas falam da Enfermagem em Espanha e Inglaterra...mas querem mesmo comparar-nos à Enfermagem que se pratica lá?! :| É natural que eles não saibam o que isso é, tal como não sabem muitas outras coisas...começando logo, por formação inferior à nossa. Nos EUA usam a Nanda, fantástico, mas usam. Nós cá...é o que cada um quiser e tanto melhor se não soubermos nada. Boring...
Os registos à mão também podem ser todos iguais e desprovidos de conteúdo...tanto como os informáticos. Sabem onde está o problema? Na cabeça de quem faz registos...e não pensa. O pensamento crítico não depende de nada...só da sua existência...o problema é que o sistema está a querer dar nozes a quem não tem dentes, desculpem-me a arrogância, mas é urgente uma mudança de mentalidade. É claro que nada é perfeito. Se usassem essa energia para melhorar o que irá para a frente, em vez de continuar a a chorar pelo leite derramado, seria tudo mais proveitoso.
 
C - CLASSIFICAÇÃO
I - IRRACIONAL
P - PROFESSORES( ESENF PORTO)
E- ESTAGNADOS
 
Atribuir os males da enfermagem portuguesa à CIPE, é o mesmo que considerar que o Hitler iniciou a 2ª Guerra Mundial só porque o Salazar era seu amigo e o apoiava. "Ah, com o Salazar a proteger-me as costas posso partir para a guerra à vontade" Mas que grande estapafurdice!!....A CIPE retira o espiríto crítico? Bem, eu ainda me recordo de "molhadas" de registos à mão (indecifráveis, diga-se)de enfermagem, que eram basicamente um "copy/ paste" do turno anterior- Isso é espirito critico? Parece-me mais uma cópia estilo "macaquinho" sem realmente pensar nos cuidados prestados. Goste-se ou não, a CIPE coloca os enfermeiros a pensar Enfermagem - se calhar há quem não goste muito disso. Porque será?
 
AMEN!
 
Quem trabalha dia a dia com o SAPE e com a CIPE sabe bem a mixórdia que aquilo é. Devia de ser proibida, pois faz os enfermeiros terem muito menos tempo para o doente. É completamente ridículo ter-se criado uma estrutura informática que em vez de ajudar os enfermeiros nos registos, facilitando-os, se tenha criado um monstro burocrático que cada vez cresce mais e consome mais e mais tempo para quase nenhum benefício.
 
Da experiência que tenho com a CIPE tiro a conclusão é que é um mau instrumento de trabalho consumidor de tempo que seria mais útil com os doentes e suas famílias, com uma linguagem hermética desadequada a roçar o cómico promovendo ....comunicação comprometida, quer entre enfermeiros quer com outros profissionais. È uma não demonstração diária daquilo que se deveria fazer e já se fez bem um dia.
Simplificando observo o prazer com que alguns "Enfermáticos" se deliciam á frente de um PC na sua demonstração de sapiência da nova forma de linguagem e termos em saúde, continuando a ser aqueles que quase fogem dos doentes. Muitos deles nem sei como conseguem obter informação para colocar no PC(Intriga-me). Agora, ver pessoal á frente dos PC é mato, com os doentes é mais difícil. Volta papel e caneta e rápido porque se alguma vês precisarmos dos nossos registos para questões legais parece-me que com o que se anda por ai a escrever estamos bem tramados.
 
se a CIPE coloca os enfermeiros a pensar, muito mal vai a enfermagem.. a CIPE só serviu a 4 docentes que vivem numa torre de marfim, a pratica já não a têm desde que deixaram as camas do hospital, após convite por compadrio e cunhas para as ditas torres.... não trouxe nada de novo, a não ser muita ilusão... o retrocesso na enfermagem é patente,,, nem categorias com alguma dignidade existem na classe (?).... acho bem, que alguns ainda se mantenham agarrados à CIPE sempre podem ajudar nos Doutoramentos dos docentes não enfermeiros...o resto é fumo!
 
Concordo plenamente consigo! A CIPE nunca será uma linguagem comum aos enfermeiros. De fato parece mais uma linguagem de leigos do que de cientifica!
Se eu tivesse poder na minha instituição bania a CIPE.
Carlos Freitas
 
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