domingo, maio 31, 2015

Reunião de Enfermeiros: finalmente!!

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Finalmente os Enfermeiros acordaram e começam a auto-organizar-se!
Na última semana aconteceu um marco histórico na classe de Enfermagem: a maior reunião de sempre de Enfermeiros-Chefes e Supervisores! Decorreu em Coimbra.
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Ao contrário do que se possa pensar ou dizer, esta reunião nasceu de um movimento autónomo que, durante algum tempo, foi trocando entre si e-mails, sms, telefonemas e.... cresceu. Isto é digno de nota!
Lutam por melhores salários, por mais dignidade profissional e pelo reconhecimento da sua autonomia e competências gestionárias. Tal e qual todos os Enfermeiros portugueses, lutam por aquilo que julgam mais justo para si e para as suas respectivas categorias profissionais.
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Este movimento não esteve sozinho naquele auditório cheio. Além de Chefes e Supervisores, compareceram livremente outros Enfermeiros. A sala não teve portas, pois naquele dia a preocupação era mais a Enfermagem do que a circunscrição "Chefes/Supervisores". Marcaram presença, também, os líderes dos dois maiores sindicatos de Enfermagem em Portugal: o Enf. José Azevedo (sempre muito perspicaz e multíscio), pelo Sindicato dos Enfermeiros, e o Enf. José Carlos Martins, pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses. Tudo isto apadrinhado pela Ordem dos Enfermeiros e pelo Bastonário Germano Couto (que, apesar de tudo, não teve um papel na criação do movimento).
É admirável o facto de um conjunto de Enfermeiros se mobilizarem em prol da defesa dos seus interesses! Quem ainda não se auto-organizou deve proceder à mesma iniciativa!
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Esta reunião foi importante por vários motivos: discutiram-se estratégias e estabeleceram-se consensos
Os Enfermeiros reprovaram, de forma avassaladora, as ideias e metodologias do SEP. Parece-me que doravante teremos alguma concertação sindical. 
Foi afirmado várias vezes que em termos retributivos todos os Enfermeiros estão a sofrer de um enorme injustiça e foi focado a necessidade de se homogeneizar os salários de entrada na grelha salarial, bem como incrementar o esquema salarial de toda a carreira de Enfermagem, independentemente da sua categoria!
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Foi elaborado um comunicado (pelos próprios Enfermeiros, não pela Ordem) a enviar para o Ministério da Saúde, subjacente à ideia unânime de que qualquer início de negociação terá um repercussão positiva em toda a carreira (como sabem estão em cima da mesa as negociação dos Acordos Colectivos de Trabalho), a exigir um conjunto de renegociações! Recordo que os Chefes/Supervisores, bem ou mal, são entendidos como representantes da classe!
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Uma nota final para o Bastonário Germano Couto que durante o seu mandato apoiou todos os movimentos e petições criados pelos Enfermeiros para a defesa dos seus interesses e da profissão!
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Recordo-me da petição a favor da reintrodução da categoria de Enfermeiro Especialista (chegou a acompanhar os peticionários à Assembleia da República!), do apoio aos Enfermeiros Militares (que após décadas finalmente viram a concretização dos seus objectivos), apoiou as reivindicações antigas do Enfermeiros das Salas Operatórias, criando uma nova especialidade, apoiou todas as iniciativas dos Enfermeiros do Pré-Hospitalar e a apadrinhou várias reuniões de Coordenadores, etc, e apoiou e serviu de anfitrião ao maior conjunto de reuniões entre Enfermeiros, Associações e Sindicatos dos Enfermeiros, para estabelecer estratégias e delinear princípios para defender a profissão! Temos que lhe tirar o chapéu ao nosso Bastonário porque até hoje ninguém encontrou a sua porta fechada!
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Para um futuro a curtíssimo prazo: a cereja em cima do bolo seria ver nos Enfermeiros o mesmo ânimo para criação de um movimento para sacudisse as estruturas e profissão e reivindicasse a si tudo aquilo que é devido à Enfermagem! Estou certo que, uma vez mais, o Bastonário lá estará para apoiar!

Comments:
Não é só "finalmente uma reunião de enfermeiros" é mais "finalmente um post sobre enfermeiros. Finalmente!
 
O que é giro nisto tudo é que os próprios enfermeiros renegam a muito má estratégia negocial do SEP. mas vao lá sempre depois no fim das contas, votar nestes
 
Que mal tem dos chefes pedirem para eles? Não podemos impedir os outros, devemos focar-nos em nós proprios! Devemos exigir todos mais!
 
Grande iniciativa espontânea, o que revela a capacidade que temos de nos unir e concretizar medidas de defesa da profissão. Forma de luta muito mais importante, independentemente do impacto mediático, do que a greve. Viva a Enfermagem.
 
Parece que finalmente muitos enfermeiros
já se aperceberam do logro em que caíram apoiando o sep.
O sep mais não é do que uma extensão da cgtp, por ela controlada e que nada tem a ver com os verdadeiros interesses da enfermagem e dos enfermeiros. O que é preciso é agitação permanente, ora dos professores, ora dos enfermeiros, ora dos funcionários das autarquias, ora do metro e assim sucessivamente.
Quem consegue dar um exemplo de ganho obtido pelas sucessivas greves do sep?
Como foi possível, em tão pouco tempo, com o patrocínio do sep, tanta destruição a nível da enfermagem, incluindo a nível da sua autonomia? Quantos anos vão ser precisos para que a enfermagem volte a ser, pelo menos, o que já foi?
 
Sim de facto o SEP é mau, o SE não existe simplesmente, a OE também não é melhor.

Enfermeiros chefes e supervisores reúnem-se num acto de verdadeiro sectarismo, a clamar por aumentos para uma parcela minoritária da profissão, esquecendo-se daqueles que todos os dias andam com eles às costas - os Enfermeiros.

Nunca se viu, por exemplo, uma convenção de diretores de serviço no sentido de exigirem aumentos apenas para estes; Isto porque os Médicos raciocinam com base no todo.

Os chefes e supervisores são os únicos a terem incentivos que acrescem ao salário, incentivos esses que em alguns casos quase chegam ao valor da remuneração de um Enfermeiro.

Lembre-se também que são em muitos casos os chefes que pressionam os Enfermeiros para não aderirem às greves que visam reivindicar melhores condições para todos os Enfermeiros, e que são os primeiros a fomentar o atropelo pelos direitos dos seus dirigidos.

Para a próxima, só adiro a lutas , sejam elas sindicais ou não, que não englobem estes personagens, pois estes acabaram de mostrar que os interesses dos Enfermeiros são diferentes dos seus; daí se organizarem à parte!

Uma sugestão: Organize-se um sindicato para cada parcela da enfermagem: o dos chefes e supervisores, o dos Enfermeiros de Cuidados gerais, o de especialistas, o de professores e já agora o de Enfermeiros desempregados.



 
Não posso deixar de concordar com o comentário anterior, o medo dos chefes e supervisores é ficarem a ganhar menos que os futuros enfermeiros principais, esse é o problema.

Perante a destruição da carreira de enfermagem com o beneplácito e colaboração do SEP ao serviço do PCP, respondem os chefes e supervisores, que são os primeiros a fazer pressão junto dos generalistas para que "não haja problemas", problemas para quem?

Não hesitam em fazer horários com horas a mais a "gozar posteriormente", nao têm coragem de dizer às direcções que não têm possibilidades de fazer o horário com os elementos disponíveis, não se aperceberam ainda que têm o lugar de chefe/supervisor não por nomeação mas sim por concurso que podem dizer a sua opinião, que tal não implicará a sua exclusão do cargo de chefia ao contrário dos "chefes" nomeados que ou vão na onda ou saltam, presente do SEP ao acabar com a categoria de enfermeiro chefe, tal como acabou, por exemplo, com a eleição do enfermeiro director pelos enfermeiros, ou com a categoria de enfermeiro especialista, obrigado SEP.

Não é sectarismo que se defende a carreira, ao olharem só para o seu umbigo estão-se a esquecer do contexto que os rodeia que nunca foi tão mau. Se olhassem para o lado viam que há enfermeiros que perderam muito mais nomeadamente, os generalistas que trabalham em horário contínuo e perderam metade do dinheiro das horas incomodativas.

Não com a divisão entre os enfemeiros que se consegue alguma coisa, era preciso que os sindicatos reconhecessem isso, já pensaram porque é que há tão poucos sindicalizados? os enfermeiros não se sentem representados.

Urge unir todos em torno da nossa profissão e com atitudes destas....
 
SOU ENFº CHEFE E ESTIOVE LÁ.

"...esta reunião nasceu de um movimento autónomo..." ISTO É MENTIRA!

"apadrinhado pela Ordem dos Enfermeiros e pelo Bastonário Germano Couto (que, apesar de tudo, não teve um papel na criação do movimento)" ISTO É VERDADE GERMANO COUTO NUNCA FEZ NADA PELA ENFERMAGEM.

Este grupo de enfermeiros chefes são aqueles que têm medo de ser Principais e voltar aos cuidados porque não sabem ser enfermeiros.
Importante seria lutar pela abertura de concurso para principais para que, quem quiser melhores remunerações lutar por elas e ir a concurso.
esta maltem tem medo de ir a concurso porque à anos instalados na sua categoria não fizeram nada e veriam agoras muitos mais novos a ficar melhor posicionados que eles.

OE aproveita desespero de parasitas.


 
Já era enfermeira quando alguns dos enfermeiros atuais ainda andavam de fraldas. Nunca tive medo de trabalhar ao lado dos colegas e incentivar à luta pela dignidade profissional dos enfermeiros. Nunca deixei por mãos alheias as responsabilidades atribuídas pela legitimidade das diversas funções para as quais fui incumbida...
Será que os colegas de profissão têm o direito de questionar sobre a legitimidade dos enfermeiros das categorias subsistentes lutarem pela sua dignidade profissional? Será que sabem que os vencimentos dos enfermeiros das categorias subsistentes são inferiores aos de enfermeiro principal?
Será que os colegas já perceberam que serão enfermeiros chefes ou supervisores quem tem legitimidade para participarem nos primeiros procedimentos concursais para enfermeiro principal?
Os colegas mais novos pensem que aprenderam alguma coisa de gestão em enfermagem com as chefias que conhecem, mesmo através de alguns dos seus erros.
Por isso, apelo a todos para concentrarem sinergias em torno do que nos une e não permitam que outros que não são enfermeiros avancem para uma maior divisão da classe....
Lembrem-se sempre que não é apenas "uma andorinha que faz a primavera". Unidos seremos mais fortes para manter e cuidar da dignidade profissional dos enfermeiros, enquanto cuidadores de outros......
 
Esta reunião de chefes e relacionados tem a chancela clara do bastonário Germano Couto, que tenta encontrar nos Chefes uma falange de apoio para a sua campanha eleitoral. Julga que conquistando os chefes, domina o resto da classe. Aliás, este foi o pensamento dos administradores hospitalares da "nouvelle vague" que perceberam que não necessitavam de comprar toda uma classe para a controlar mas apenas aqueles que a chefiam, e que estiveram na tão aclamada reunião.
Os administradores tiveram sucesso no seu desiderato. Já o bastonário tenho muitas dúvidas...
 
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